Capítulo 20 - Diego, Ricardo e Paulo (Parte 5 - Última Parte)
Parte da série UM EM UM MILHÃO
Nós tiramos um breve cochilo e quando acordamos, fomos tomar banho juntos, mas só beijos e carícias de baixo do chuveiro, ainda sentia uma dor por ter sido minha primeira vez. Toda vez que eu reclama do incomodo na região traseira o Diego ria e me dava um tapinha no bumbum que me deixava vermelho de vergonha.
Terminada toda a higiene matinal, já era quase meio dia, descemos até a cozinha e todos já estavam lá acordados.
- Bom dia, dorminhocos! – disse o Luís, sem perder a oportunidade de zoar comigo por ter ficado um tempo na cama.
- Olha quem fala sobre dormir demais! – Eu retruquei.
E todos riram menos o Pulo, a cara dele não era uma das mais amigáveis, eu já estava me sentindo incomodado com isso, era como ter um cão raivoso como companheiro de viagem, nem mesmo o Ricardo que tinha me alertado sobre o Diego demonstrava estar com raiva ou preocupado com minha aproximação com o Diego.
O dia estava abafado demais, mas o tempo estava virando, o sol estava perdendo espaço para imensas nuvens cinzentas que apareciam ameaçadoras sobre nós.
O pessoal aproveitou a piscina enquanto pode, eu fiquei sentado na beirada apensas molhando os pés apesar das inúmeras tentativas de fazerem entrar na água dizendo que iriam me segurar e não me deixariam morrer afogado, mas eu realmente não estava afim, mas acabei tão molhado quanto eles em uma verdadeira guerra de água.
Eu peguei minha toalha para me secar e entrei novamente na casa para poder trocar minha roupa molhada. Subi até o quarto e a sensação de casa vazia me deixava nervoso por alguma razão, acho que tantos anos sozinho em casa me deixaram traumatizado e agora que eu vivia rodeado de gente já não poderia voltar para a vida de antes. O único som que se ouvia era o do pessoal brincando lá fora na piscina.
Peguei minhas roupas na mala e antes de me trocar, eu olhei pela janela todos brincando lá embaixo e me senti feliz por ter encontrado amigos tão bons.
Distraído com a cena eu me assustei com o som da porta se fechando e sendo trancada, olho assustado para trás e vejo o Paulo atrás de mim. Ele parecia estar alterado, sua fisionomia realmente me deu medo.
- Oi Paulo, aconteceu alguma coisa?
- Por que você ficou ele?
- Você está falando do Diego?
-Sim, por que ficou com ele? Você mal o conhece.
- Gosto dele Paulo e em desculpe, mas eu não preciso te dar satisfações do que eu fiz ou deixei de fazer, nós não temos nada.
- Só por que você não me deu uma segunda chance.
- Não daria certo Paulo, talvez tenha sido melhor assim.
- Não é melhor assim. Eu quero sentir seu beijo novamente, seu corpo junto ao meu. – ele foi falando isso se aproximando de mim, eu queria me afastar, mas estava contra a janela então eu não tinha para onde correr.
- Paulo, sério, deixa eu me trocar. A gente fala sobre isso outra hora. – disse tentando me desviar, mas foi em vão.
- Fala que não sente mais nada por mim. Eu sei que você ainda sente algo. – falou segurando o meu braço, eu já estava apavorado e tremia de frio pelas roupas molhadas e esse tremor era mais forte pelo medo.
- Paulo para com isso, eu não quero mais nada com você, me solta. – mas foi em vão.
Ele me agarrou me envolvendo em seus braços em um abraço que eu não conseguia me soltar. Começou a me beijar o pescoço e se esfregar em mim.
- Paulo! Para! Me solta! – Falei gritando, mas mesmo assim não era muito alto para que o resto da turma me ouvisse lá fora em meio ao barulho que estavam fazendo se divertindo na piscina.
Ele tapou minha boca com uma das mãos e mesmo assim não conseguia me soltar dele. Ele foi me empurrando até a cama onde ficou por cima de mim. Num ato impensado eu mordi a mão dele e ele gritou de dor segurando a minha mão e eu tentei sair correndo, tentar sair pela porta era inviável, com minha velocidade ele me alcançaria antes mesmo de eu destrancar a porta. Minha única opção era ir para a janela e gritar para que alguém me ouvisse. Juntei todas as minhas forças para gritar.
- Socorro! – e bati na janela o mais forte que eu pude chegando a rachar o vidro.
Não deu tempo de gritar novamente e nem de ver se alguém tinha me ouvido. o Paulo me agarrou pelo braço e me jogou com força na cama e veio pra cima de mim. Eu tentei chutá-lo e me debater, mas foi em vão. Ele conseguiu me imobilizar e já estava novamente me beijando e me alisando contra minha vontade.
Foi quando começaram as batidas na porta, eu tentei gritar, porém, o Paulo me deu um tapa no rosto tão forte que me fez meus olhos encherem de lágrimas instantaneamente e sentir meu rosto queimar.
A porta foi arrombada e caiu com um estrondo no chão que assustou o Paulo que se ergueu na cama, o Ricardo entrou correndo e deu um soco tão forte no Paulo que o fez ir da cama ao chão, foi tão violento que eu realmente pensei que ele poderia ter esmagado o crânio do Paulo ou ter afundado o seu olho tamanho foi o impacto.
Diego veio ao meu socorro e me abraçou com força, ao ver a marca da mão do Paulo no meu rosto ele avançou em cima do Paulo que ainda estava caído ao chão.
Ricardo o segurou ou ele poderia acabar fazendo uma besteira, os demais estavam parados na entrada do quarto estarrecidos com a cena. O Paulo conseguiu levantar e saiu correndo do quarto. Foi difícil impedir o Diego de segui-lo. Logo ouvimos o som do carro dele saindo acelerado. A chuva começou a cair pesada e intensa, tudo escureceu somente os relâmpagos clareavam o dia. Todas as luzes se apagaram e a energia da casa acabou.
Estava tudo escuro, mas estava tudo acabado.
Nos reunimos na sala, ascendemos a lareira e o Diego não desgrudava mais de mim colocaram gelo na marca no meu roso e fizeram o mesmo com o ombro do Ricardo que havia se ferido ao arrombar a porta do quarto. Decidimos não denunciar o Paulo pelo que havia acabado de fazer, mas todos ficaram preocupados com o que poderia acontecer quando voltássemos trabalho.
Nós conversamos, nos divertimos e esquecemos os problemas, a energia demorou a voltar, mas as meninas e meu irmão nem ligavam mais pra isso, dançavam riam, nós brincamos de várias coisas. Ricardo e eu resolvemos dormir na sala, não queria voltar para aquele quarto.
A noite terminou com o Diego e eu abraçados. No chão da sala, os outros já tinham ido para seus respectivos quartos.
- Gatinho?
- Hum? – falei me aconchegando em seu peito.
- Quer namorar comigo?
- Quero. – disse abrindo um sorriso que foi recompensado com um beijo na testa.
- Te amo gatinho.
E assim dormimos com o som da chuva lá fora e o crepitar das fagulhas que haviam ainda na lareira... CONTINUA
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Muito obrigado pelo apoio de todos vocês esperam que gostem também dessa parte, para quem quiser me add no face:
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Um beijo a todos gosto muito de vocês Fozzi, Kõning, Fernando, DarkPrince e Thiago <3 beijo a todos vocês