Capítulo Um "prévia"
Parte da série SETE CHAVES (Romance Gay)
Pov: Júnior
03:07 da madrugada
Estava em um beco escuro dando uma bela mijada enquanto as batidas da balada continuavam na minha cabeça, as luzes ainda refletiam em meus olhos enquanto minhas pupilas estavam completamente chapadas.
“Cara você é muito louco, beijou outra garota na frente da Megan.” disse o Rubens do meu lado, ele também estava chapado.
Eu ainda sentia o gosto do brilho labial em meus lábios e balançando a minha enorme tromba falei:
“A Megan é mó pé no saco as vezes”
O Rubens deu uma gargalhada e disse:
“Ela ficou puta cara.”
Eu já imagino o drama que ela vai fazer, já que não fez barraco na festa.
“Mas e a garota que foi contigo pra festa?” perguntei enquanto colocava minha giromba dentro da minha cueca e em seguida abotoando e fechando o zíper.
O Rubens:
“Mano, eu não vi mas ela, deve tá na pica em algum lugar”
Caímos na gargalhada, o Rubens mijou e logo voltamos pro carro, peguei um cigarro e acendi enquanto oferecia um para o Rubens.
“Não cara tô de boa” disse ele também se escorando no carro. “Mas porque tu ainda tá com a Megan cara, vocês parecem cão e gato”
Eu esbocei uma leve risada depois de uma tragada profunda e falei:
“Sei lá, o meu pai tem negócios com a família dela, ele acha que esse namoro segura o negócio deles e como tu mesmo sabe a gente tá junto há mais de três anos”
O Rubens ficou de frente para mim e disse:
“Três anos de tortura né cara, é e eu tou ligado desse rolo de vocês, eu basicamente vi esse namoro nascer, mas sei que você meu amigo, não gosta dela, eu queria adivinhar quem é a garota que perturba teus pensamentos, tu nunca quis me contar e eu sei que não é a Megan”
De repente uma lembrança veio do nada na minha cabeça.
'Estávamos no meu quarto, tão perto um do outro que eu conseguia ver as cores de seus olhos, sua respiração quente era notável e o seu cheiro chegava em mim, minha boca estava seca com sede daqueles lindos lábios, o nervosismo estava presente, mas nada que nos atrapalhasse. Finalmente dei mais um passo pra frente e meu corpo encostou no seu, minha boca continuava seca, eu precisava mergulhar o quanto antes, dois inocentes sem saber o que fazer, minhas mãos suavam e o Fernando continuava neutro esperando por alguma atitude minha, que logo veio, encostei meus lábios nos dele e ambos fomos interrompidos.
“Mas o que significa isso?” Era o meu pai.’
“Não tem garota nenhuma Rubens, deixa de onda” falei olhando para frente dando uma profunda tragada no cigarro, enquanto pensava no Fernando.
Pov: Fernando
Eu cambaleava para casa, com a imagem do Cauã beijando outro garoto ainda na minha cabeça, suas palavras foram firmes ao dizer que nunca tivemos nada sério e que o que a gente tinha era apenas curtição, aquilo me doeu mesmo sabendo que ele tinha razão, eu aceitei algo casual e caí na minha própria armadilha, sabia que bebedeiras não acaba com o nosso sofrimento, mas pelo menos ameniza. Meus passos eram fracos e meu rosto estava oleoso, cheiro forte de álcool e vista girando, finalmente cheguei na minha moto e logo pensei em como pilotar nesse estado, peguei a chave que caiu no chão, foi quando ouvi uma movimentação atrás de mim.
“Tá tudo bem aí?” era um garoto.
Eu olhei para para ele e falei:
“Tá tudo ótimo mano”
Ele chegou perto e logo disse com as mãos na cintura:
“Não parece cara, você não pode dirigir bêbado”
“Eu não tou bêbedo, saí fora” falei.
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