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Conto de WDG como (Seguir)

Parte da série EU CONFESSO

Episódio (7)

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Episódio - 7

[DANILO]

É o Juliano é um cara legal, depois que ele saiu do meu quarto fiquei pensando no que ele falou, o Marcelo não usa droga, isso não pode ser verdade. Assim que meu pai chegou Juliano foi embora, meu pai elogia muito ele, embora o pai dele ter dinheiro mesmo assim ele não faz faculdade, tem 19 ano e tá aí, bom não sei como é a vida familiar dele, acho que por ele ser o caçula da família é rebelde e mimado faz tudo o que quer e quando quer.

Na hora do jantar na mesa eu falei pro meu pai:

— Até quando eu vou viver nesse inferno?

Meu pai me olhou com raiva e disse:

— Até quando eu quiser, tu tem 16 anos não cai nem um pouco bem tu ficar andando com aquele moleque.

— Aquele moleque é meu amigo. — falei me levantei e sai dali, fui pro meu quarto quase chorando, ele não pode fazer isso comigo não pode.

"..." — Eu acho que eu tou apaixonado.

Eu tomei coragem e falei pro Marcelo, ele me olhou e...

— Danilo?

— DANILO.

Levei um susto tava sonhando, vi Juliano me chamando era 6 e 30 da manhã.

— Tá maluco é muito cedo, pera aí o que tu faz aqui essa hora? — falei esfregando meus olhos.

Juliano responde:

— O teu pai pediu, ele não vai vim pro almoço.

Não acredito que o Juliano não vai mais sair aqui de casa, tão eu falo:

— Eu sei me virar sozinho.

Juliano deu uma risada e antes de sair do meu quarto disse:

— Tá sei.

Depois de fazer meu deveres matinais, desce para tomar meu café da manhã, me deparei na sala com o Juliano sem camisa, jogado no sofá, com a perna aberta mostrando toda sua mala, que não era pequena não, olhei pra ele, ele viu e perguntou:

— O que foi?

Eu:

— Não nada não é que tu é folgado né!

Juliano deu uma risada sem graça e disse:

— Cara tá quente.

Eu finge que acreditei, não tá quente coisa nenhuma tá até um clima agradável e ótimo, mesmo assim fui para a cozinha. Depois ainda cozinha depois que terminei meu café fiquei pensando no sonho estranho, eu não conseguir descobrir o que o Marcelo falou após eu falar aquilo, aquela frase sem sentindo, por quê não pode ser eu não tou apaixonado pelo Marcelo, mais por quê eu insisto nisso, já sonhei até tranzando com ele, e se eu falar isso pra ele, ele vai achar que eu sou gay e ele pode me desprezar, mais eu gosto dele eu tenho que confessar, não sei o que é isso que eu sinto.

[MARCELO]

Depois que levei meus irmãos pra casa, fiquei pensando no caminho até a minha casa, agora vai ficar muito difícil deu ver o Dan, o pai dele é capaz de tudo, eu não sei porquê ele não gosta de mim.

No outro dia depois do meu curso fui pra casa, eu tava decidido em ir no colégio ver o Dan, nem que seja só de longe, tive uma idéia brilhante o pai dele vai levar ele agora aí eu vejo ele na entrada do colégio, é isso que eu vou fazer, em casa tomei uma ducha vestir uma roupa e sem almoçar fui até a frente do colégio, fiquei olhando pra rua o tempo todo e nada deu ver o carro do pai do Dan, será que o Dan não vem hoje, foi aí que eu vi uma moto parar em frente o portão assim que olhei direito vi o Dan na garupa, não acreditei, o que o Dan faz com aquele babaca do Juliano, e por quê ele trouxe ele de moto, eu não posso acreditar nisso, o pai do Dan me proibiu de ver ele e deixa o filho andar com esse cara, não pode ser. Vi o Dan sorrir e dizer '-tchau' pra aquele idiota, me veio algo estranho doeu aqui dentro não sei por quê, sentindo uma sensação estranha voltei pra casa muito triste, não conseguia pensar em nada só no Dan sorrindo pra aquele cara, tem que ter alguma coisa errada aí tem que ter.

Cheguei em casa emburrado, chutei a porta do meu quarto e bagunçei minha cama, depois fiquei quieto pensativo, eu não fazia a mínima idéia de que o Dan era amigo daquele babaca, agora tudo faz sentindo, eu já vi alguns olhares do Juliano em direção ao Dan, será que o Juliano gosta do Dan, ele é daquele jeito todo valente quando tá com os coleguinhas dele sozinho fica pianinho, o Dan sabe que eu não vou muito com a cara do Juliano acho que tem algo aí, ou o pai do Dan deixa deixa ele andar com aquele idiota. Com esses pensamentos me deitei em minha cama, nada me distraia só pensava no Dan, mas logo senti fome e fui procurar algo pra comer, se não minha mãe me mata quando ela chegar do trabalho ela sempre diz que eu não como direito, mas assim que eu ia pra cozinha ouço a campainha da porta, fiquei pensando 'quem será', e fui ver quem era, me surpreende.

— Dan ... o-u-o tu faz aqui cara? — vi o Dan na porta e me veio essas palavras.

Ele sorrindo me olhou e entrando em minha residência respondeu:

— Eu arrumei um jeito de vim ti ver hoje.

Eu olhando pra ele fechei a porta e lembrei de hoje no comecinho da tarde, Dan parecia feliz em me ver, eu logo pensei assim, 'se ele já era amigo do Juliano a muito tempo não vai ser hoje que ele vai me contar', então resolve abrir o jogo e deixar tudo claro:

— Eu vi tu e o Juliano.

Eu não consegui falar de outra forma afinal eu não posso e não tenho o direito de proibir o Dan de ser amigo do Juliano, e eu não quero deixar visível o meu ciúme e a minha indignação por conta disso. Dan mudou sua expressão o sorriso que estava ali desapareceu, e aquele olhar de anos atrás surgiu novamente, aquele olhar nervoso, tímido, carente e preocupado, do dia que eu olhei pra ele pela primeira vez, ele assim falou:

— Marcelo eu ... — eu percebia o nervosismo na fala dele e então atrapalhei ele falando:

— Dan não precisa ficar nervoso, tu pode ser amigo de quem tu quiser, e só pelo fato de tu tá bem e contente com a presença dele me conforta porquê eu e tu não podemos mais ser amigos.

Dan logo reagiu:

— O quê não Marcelo eu não sou amigo do Juliano, o único amigo que eu tenho é tu e eu não posso viver sem a tua amizade.

Me gelei nessa hora, logo pensei 'ele sente o mesmo que eu' e então perguntei pro Dan:

— E por quê ele ti leva no colégio de moto ainda por cima?

— Meu pai tá pagando ele pra me vigiar pra eu poder não ti ver. — respondeu Dan de cabeça baixa.

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Eu Confesso

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