Capitulo 1: Como tudo começou.

Parte da série A história jamais esquecida

Certa vez o Buda disse, que tudo nesse mundo iria morrer, o sol, as estrelas, a lua, a terra. E nossas vidas comparadas a esses grandes astros, é como se nós vivêssemos poucos segundos, e nesses poucos segundos nós nascemos, crescemos, amamos uns, odiamos outros, nos casamos, temos filhos, envelhecemos e morremos. Mas não é quando se nasce ou como se vive que descobrimos o que temos que fazer para mantermos as pessoas que amamos longe do sofrimento, e sim quando sabemos como morreremos e quando, assim acreditamos que teremos uma morte tranquila e calma, longe o suficiente para não fazer as pessoas sofrerem.

Mas antes de jogar toda essa baboseira sobre vocês, voltarei no tempo onde tudo começou.

Ah, deixa eu me aprensentar, me chamo Toby, nome pequeno e simples para se aprender, tenho 1,78 de altura, magro, mas um pouco definido com 68 kg, sou pardo, tenho olhos castanhos claro esverdeados e cabelo castanho também. Agora estou em uma cama de um hospital, tenho câncer de pulmão e um tumor na parte superior do cérebro, onde nem um dos dois pode ser operado, por isso a primeira conversa lá no início dessa serie.

Tudo começou no meu primeiro dia de aula do primeiro ano do ensino médio, em 2005.

Eu acordei as 6:00 da manhã com os gritos da minha mãe.

-Acorda ou vai se atrasar para a escola.

-Ja acordei- Respondi para ela e ja fui indo direto para o banheiro, escovo os dentes, tomo um banho, visto uma camisa azul e um calça preta. Como é o primeiro dia eles não cobrarão pelo uniforme.

Fui tomar café com ela, enquanto ela dizia que iria passa o dia fora no serviço dela, ela é enfermeira de um hospital particular, terminei, saí de casa, abri o portão e olhei para a esquerda uns seis quarteirões, dava para eu ver uma movimentação de uma mudança, mas não liguei muito. O ônibus chegou, entrei nele e fui para o fundo, minha casa fica na frente de um ponto então ficava fácil para mim. Quando o ônibus estava chegando na quadra que eu vi a movimentação. Ele entrou no ônibus, eu vi pela primeira vez o menino mais lindo do mundo.

Quando bati os olhos nele pela primeira vez, percebi que uma reação estranha ocorreu dentro de mim. E não tem nada a ver com o fisico dele, apesar de contar bastante, mas a primeira coisa que realmente me chamou atenção foi o sorriso devastador! Como poderia existir alguém com um sorriso tão perfeito como aquele? Tão branco? Era um sorriso singelo, másculo, que denotava ainda mais seu queixo quadrado, sua pele morena que o deixa com um charme a mais. Os cabelos ondulados, pretos cobertos por um boné de aba reta. E o que dizer do corpo? Dava pra ver que ele era bem fortinho e usava uma camisa que ressaltava isso. Desenhando com precisão o peitoral definido.

Ele trazia a mochila, a mochila com apenas uma das alças apoiada sobre o ombro. Esse jeito descolado mexeu comigo. Fiquei entretido olhando, observando, e só saí do transe quando ele olhou para os bancos atras de mim, o deus grego olhava para todos os bancos desocupados para sentar. Ele vinha em minha direção, e sentou no banco ao lado do meu, eu pude sentir o cheiro amadeirado dele, que loucura! Ele era homem dos pés a cabeça, de todos os sentidos. Eu me viro para a janela e fico olhando o que se passava do lado de fora do ônibus para evitar olhar para ele. Até que do nada ele pigarreou, senti um frio subir pela espinha, fechei os olhos e respirei fundo, de repente sem que eu me desse conta senti sua mão tocar meu ombro de leve.

-E ai cara beleza?-peguntou ele com uma voz grossa e as palavras bem pronunciadas.

Engoli em seco. Queria controla meus próprios impulsos.

-O que foi? Vai mim dizer que o gato comeu sua língua?- peguntou ele.

Continua...