AMOR E SANGUE - PARTE 1

AMOR E SANGUE

Meu nome é Felipe. Acordei de manhã com uma dor de cabeça insuportável e minha barriga doía. Não queria ir ao colégio, mas tinha prova bimestral biologia e minhas notas nessa disciplina... Bem, não estava muito boa. Coloquei o uniforme do colégio e peguei o ônibus. Sentei-me no fundo no último banco vazio do ônibus ao lado de Johnny, que era o garoto mais popular do colégio inteiro. Ele morava na mesma rua que eu, mas nós nunca tínhamos conversado. Johnny tem cabelos pretos e arrepiados olhos castanhos e que eu sabia tinha a mesma idade que eu: 16. Eu sentia seu perfume claramente e era muito atraente. Levei um susto quando ele disse:

Johnny: Você é de que sala?

Demorei para responder.

Eu: 1°C. E você?

Ele riu.

Johnny: Eu sou da mesma sala que você. Poxa, se nunca me viu lá?

Não sabia onde enfiava minha cara.

Eu: há... Bem... Já sim é que eu estava em outro mundo. Desculpa.

Ele riu de novo.

Johnny: Tudo bem. Você estudou para á prova?

Eu: Não e você?

Johnny: Não. Essa prova vai ser uma passagem com tudo pago para ficar de exame de biologia. Aquela professora não pega leve em nada.

Eu: É. Ela é muito chata e irritante. Ela parece que joga os problemas dela em cima dos alunos. Ela acha que nos têm culpa.

Johnny: Ta certo.

O ônibus parou no ponto do colégio. Eu e ele descemos.

Johnny: Então até daqui á pouco.

Eu: Até.

Eu fui encontrar meus amigos e ele foi encontrar os dele.

O sino bateu e nós fomos enfrentar a prova do demônio no primeiro tempo. Na próxima aula era Educação física. Eu não gostava de participar das aulas por que não gostava nem um pouco. Johnny estava organizando o time de basquete com o pessoal e estava faltando um membro no time dele.

Johnny: Ei Felipe! Não quer jogar com a gente? Está faltando um no meu time. Entra ai irmão.

Eu: Há não. Não gosto muito de jogar.

Johnny: Para com isso, vem logo.

Ele e o pessoal do time dele insistiram tanto para eu jogar que acabei tendo de ir. Faltando alguns minutos para a próxima aula, o professor mandou a gente descansar e aproveitar para ir ao banheiro ou beber água. Eu e um grupinho fomos ao banheiro para jogar uma água no rosto para refrescar por que estava muito calor. Johnny entrou logo depois da gente.

Johnny: Belo jogo, você sabe jogar bem. Devia jogar com a gente toda aula. Você meio que se isola nos cantos.

Eu: É. Eu sou assim mesmo.

Sai do banheiro e logo depois o sino bateu. A terceira aula foi um tédio, exceto pela bagunça de Johnny e seus colegas que fazia toda a classe rirem. Lucas e Michelle eram meus melhores amigos e sem eles minha vida provavelmente seria profundamente solitária. Lucas e Michelle chegaram perto de mim e Michelle perguntou:

Michelle: Você acha que tirou uma nota alta na prova de biologia?

Eu: Não sei. Acho fiquei pelo menos na média.

Lucas: Pode ser que você tenha conseguido pelo menos na média porque eu tenho certeza que fui lá embaixo.

Nós três ficamos conversando até o intervalo. Quando bateu o sino pro intervalo eu fiquei na sala como sempre e Lucas e Michelle saíram. Fiquei sozinho na sala. Quando estava perto de bater o sino pra acabar o intervalo eu fui ao banheiro porque não gosto de ficar pedindo pros professores para ficar saindo em horário de aula. Cheguei ao banheiro e meu coração pulou quando vi Johnny na pia lavando á mão. Olhei para pia e vi que estava toda cheia de sangue. Olhei no chão e tinha umas gotas de sangue e uma faca caída toda suja de sangue também. Ele me encarou.

Eu: Meu deus, o que é isso? Olha pra sua mão. Olha o tamanho desse corte. Caramba o que aconteceu aqui?

Johnny: Ai, como isso dói. Fique tranqüilo estou bem.

Eu: Está bem? Você precisa de um médico pra fazer um curativo nisso ai. Esse corte está muito grande. Esperai que vou chamar alguém pra te ajudar.

Johnny: Não! Não chame ninguém. Estou bem?

Eu: Meu deus Johnny. O que aconteceu? Alguém tentou te esfaquear?

Johnny: Olha faz um favor pra mim?

Eu: O que?

Johnny: Peguei a faca do chão e se livre dela. Não deixe ninguém ver.

Estava assustado por que o corte na mão dele era realmente muito grande. Peguei a faca do chão.

Eu: E onde vou colocar isso?

Johnny: Jogue no lixo, ou esconda sei lá.

Quando Johnny terminou de falar, o sino bateu.

ohnny: Meu deus! Não posso deixar que ninguém veja isso. Faz outro favor pra mim?

Eu: O que?

Johnny: Vá até a sala de aula e traga minha mochila. Corre!

Eu: Ta bem.

Corri até a minha sala. Os alunos da minha sala estavam entrando e o professor já estava na sala. Fui até a mesa do Johnny e guardei seu material. Todo mundo estava me encarando. Lucas chegou perto de mim.

Lucas: Nossa eu até assuntei quando não vi você na sala quando cheguei. Você nunca sai daqui a hora do intervalo e... Uai! Por que está com a mochila do Johnny?

Passei por ele. E disse:

Eu: É bem... Eu não estou roubando não.

Lucas: Ta eu sei Mas porque está com a mochila dele?

Eu: longa história.

Sai da sala de aula e ouvi o professor berrando perguntando aonde eu ia. Cheguei ao banheiro e entreguei a mochila pra ele. Ele agradeceu e pegou uma camiseta que estava na sua mochila própria para fazer aulas de educação física e enrolou na sua mão.

Eu: O que aconteceu?

Johnny: Nada.

Eu: então ta. Já que não quer me falar eu vou pra sala.

Eu ia saindo do banheiro quando ele segurou meu braço.

Johnny: Obrigado por se preocupar comigo.

Fiquei sem palavras. Fui para á sala de aula e levei uma bronca do professor. Não vi Johnny durante dois dias seguidos.

Eu estava em casa depois de dois dias do ocorrido e a campainha tocou. Abri a porta. E meu coração pulou pela segunda vez desde que eu andei falando com o Johnny.

Johnny: Oi.

Eu: há, oi. Mas o que se está fazendo aqui? E como sabia que eu morava aqui?

Ele riu.

Johnny: se esqueceu que moramos na mesma rua. Caramba. Eu to começando a pensar que sou invisível.

Eu: Desculpa. Eu sou meio avoado mesmo. Você quer entrar?

Johnny: Posso?

Eu: claro. Entre. Estou sozinho, minha mãe e meu irmão mais velho trabalham quase o dia todo e então fico sozinho. Parece que sua mão melhorou.

Johnny: é melhorou um pouco.

Ele entrou e eu pedi pra ele se sentar no sofá da sala e aguardar enquanto eu ia pegar um refrigerante lá na cozinha para a gente tomar. Quando eu ia voltar para a sala com os copos ele entrou na cozinha.

Johnny: Olha cara, eu acho que eu não quero nada não. Valeu. Eu só vim aqui te falar uma coisa e te perguntar uma coisa também.

Eu: Há é mesmo? E o que é?

Johnny chegou perto de mim e me beijou. Fiquei arrepiado. Nunca senti aquilo que estava sentindo naquele instante antes. Os dois copos na minha mão cairão no chão e voaram cacos de vidro para todos os lados. Johnny se afastou de mim por causa dos cacos e eu fiquei meio em transe.

Johnny: é isso que eu queria falar. Bem... Estou gostando de você e isso não é de agora. Eu olho pra você desde o meu primeiro dia de aula no colégio.

Eu: Não. Por que você fez isso. Não devia ter feito isso.

Johnny: Fiz por que eu gosto de você.

Ele foi se aproximando de mim para me dar outro beijo, mas eu o empurrei tão forte que ele cambaleou para trás e caiu batendo a testa na quina no armário e caindo no chão. Ele se sentou ali mesmo onde caiu. Sua testa começou a sangrar. E sangrar. Ele passou a mão na testa e viu que estava sangrando. Ele se levantou chateado e foi embora. Eu não sabia o que fazer. Eu estava assustado. Como que aquilo foi acontecer comigo? Um deus, o Johnny é gay. Eu pensava um monte de coisas. Comecei a varrer os cacos de vidro e limpar os pingos de sangue que caiu da teta de Johnny. Depois tomei um banho e deitei na cama e comecei a lembrar de tudo o que havia acontecido. Eu estava sentindo uma coisa estranha dentro de mim. Era como se eu estive-se querendo que aquele beijo se repetisse novamente. Dormi e só acordei com minha mãe me chamando para jantar.

Mãe: o filho acorda. Vem vamos jantar.

Minha cabeça doía. Levantei-me e desci para jantar. Meu irmão Richard já estava jantando.

Richard: E ai maninho. Esqueceu de acordar?

Mal ouvi ele falando por que ainda estava pensando no Johnny.

Richard: Maninho? Se ta bem?

Eu: Estou. Desculpa. O que você disse?

Richard: Nada esquece.

Eu jantei fui assistir OS VINGADORES com minha mãe e meu irmão. Mas nem prestei atenção no filme. Quando o filme acabou, fui deitar. Acordei no outro dia me troquei de roupa para ir pro colégio. Peguei o ônibus com medo de encontrar Johnny sentado no fundo. Mas ele não estava. Cheguei à escola um pouco atrasado, pedi licença pro professor e me sentei no meu lugar. Olhei para a mesa de Johnny e ele não estava lá. Foi quando Michelle que estava atrás de mim me cutucou.

Michelle: Hoje logo depois que bateu o sino à diretora veio na sala chamar o Johnny. Ele quis mudar de sala. Todo mundo estranhou a atitude dele. Ele estava muito estranho hoje e estava com um a testa rocha. Acho que apanhou em casa.

Eu: É mesmo. Não diga.

Michelle: Você não sabe de nada né? Você e ele não se tornaram amigos nos últimos dias? O que aconteceu?

Eu: Quer parar de ser curiosa. E eu não sei de nada não. Não sou amigo dele e não fico cuidando da vida dele.

Michelle: Nossa que mal humor. Ta bom, não está mais aqui quem perguntou.

O resto da aula foi silenciosa e calma. A sala não era a mesma coisa sem o Johnny. Comecei a pensar. Será que eu devia falar com ele?

--------#continua#--------

COMENTÁRIO DO AUTOR:

Olá pessoal. Espero que vocês gostaram da primeira parte da história. Têm muitas coisa pela frente ainda. Vou deixar meu e-mail aqui para quem quizer dar opiniões para os próximos contos e dizer um oi. Abraços.

campoazul_10@hotmail.com

EM BREVE! A SEGUNDA PARTE DE: AMOR E SANGUE.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Oi em 2013-08-14 18:14:12
ADOREIII.. CONTINUA,E SE NÃO VAI CONTINUAR AQUI PASSA O OUTRO SUTE