capitulo 21 - ódio

Conto de GibGab como (Seguir)

Parte da série A cor da loucura

Nesse capítulo vamos conhecer os motivos de Victor para odiar sua mãe. Pode até parecer coisa de novela, mas é inspirado em um caso real com alguns detalhes um pouco diferentes.

Tem mais Matheus também.

Sammy Fox: Eu não sei se vai ter uma segunda temporada kkkkk... Prometo pensar.

ChrisDiamond: obrigado, Chris. Tenho uma curiosidade. Por que "Diamond"?

Henry Thorne: cubo amoroso, é? Hahaha quem sabe.

Salvatore: sim, ele ficou mesmo pra lá de feliz. Se a narração fosse de Matheus, por exemplo, eu teria que mostrar todo um processo de aceitação até ele chegar a essa decisão. Pense em como seria a versão de Matheus da história.

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Quando chegar ao fim, o último impasse, tudo vai desmoronar, até que venha o golpe final.

Eu senti a minha vida completamente destroçada. Era o fim ter que vê-lo assim. Lembrei de tudo que veio primeiro. Estava claro que alguém sairia machucado daquela situação. Eu tinha vontade de voltar a me iludir de novo, de voltar a me apegar a uma imagem falsa de Matheus, amar sem sentir ódio. Estava preso bem lá no fundo. Ele ainda era meu cavaleiro de armadura, nunca o fraco, nunca o infeliz, aquele que fazia eu me sentir como um príncipe só de imaginar que o amor era correspondido. Não queria deixar de ser... Não queria deixar de ser gay, era isso. Me apeguei tanto a sensação de amar outro garoto que já não interessava mais se eu viveria um caso escondido para sempre ou se me assumiria e enfrentaria todo aquele preconceito.

Após tanto choro, Matheus muda de afeição, enchugando as lágrimas e passando a me encarar. Ele me deixou de joelhos, olhando-o, sem dizer nada. Vi logo que nada de bom poderia sair disto. Mudei a cara de bobo e saí atrás dele. Ele não tinha pressa alguma. Quando deixei a biblioteca, pensei que ele estivesse correndo muito a minha frente.Matheus estava com uma expressão determinada que eu não me atrevia a desafiar. Quando chegamos á sala, todos já estavam indo embora. O garoto ficou louco. Agarrou Amanda pelo braço, não deixando que ela saísse. Ficamos só nós três.

— Algum problema, Matheus? — Amanda falava com uma voz naturalmente fina e carinhosa.

— Muitos, e você resolverá todos eles — ele a puxou mais uma vez, deixando suas bocas muito próximas.

Era evidente que ele tinha a intenção de beijá-la. Os olhos de Amanda brilhavam. Eu já podia ouvir seus pensamentos. Sua parada dramática me fez repensar se ele iria mesmo fazer aquilo. Amanda se aproximou um pouquinho mais, talvez acreditando que ele era tímido e ela também teria que mostrar que estava interessada. Engano. O garoto caiu de joelhos no chão, com a mão no rosto. Ela abaixou-se também, foi quando ele ergueu a cabeça na minha direção. Eu continuei parado enquanto Matheus se arrastava. Tão tremulo quanto pálido, se ergue diante de mim. Não tive tempo para opinar. Eu posso jurar que em menos de três segundos, nossos lábios já se entrelaçavam.

— Pronto!!! Vai lá contar pra todo mundo agora! — gritou extericamente.

— Tá louco, Matheus? — gritei no mesmo tom.

— Tá esperando o quê? Nós nos beijamos e não é só isso. Sabe quem tirou a virgindade dele? Fazemos isso desde crianças. Vai contar.

— Para de mentir.

— Sabe o que mais? Eu prefiro mil vezes ficar com ele, um garoto, a ficar com uma garota enjoado, pegajosa e sem sal como você. Eu odeio essa sua vozinha e esse seu jeito de menina boazinha.

— Matheus, não faz isso.

Não consegui ver o rosto de Amanda, mas eu sabia que ela não estava bem. Depois de um tempo em que Matheus a encarava, a pobrezinha começou a derramar lágrimas que se comparavam a água que escorria de uma torneira semifechada. Fazia tempo que eu não via uma pessoa chorar daquela maneira. Não era nada discreto. Ela soluçava e não parava de tremer. Matheus reclamava, mandava ela parar de chorar e ir logo contar o que viu. Eu não podia fazer nada além de sair correndo.

Cheguei em casa meio disnorteado. Coloquei a mochila no chão e sentei na frente de casa. Matheus não demorou muito para chegar, e ao me ver, ficou no meio da rua, fazendo um sinal feio com o dedo e movimentando os lábios sem emitir som. "você tá ferrado" foi o que eu consegui entender através de leitura labial. Retribuí o favor e entrei. Estava indo ao quarto do meu pai, quando ouvi a voz de mamãe. Ah! A velha tradição de ouvir atrás da porta.

— Você não pode continuar mentindo.

— O que é isso? Você sabe que sempre fui um bom mentiroso.

— Por quê tenta resolver as coisas sozinho?

— Eu vou morrer sozinho, Helena. Ninguém aqui vai me acompanhar.

— Eu quero entender. Antes você tinha a bebida para afogar as mágoas, não é?

— Você está certa. A morte já me roubou três partes da alma. A bebida me mantinha com a mente ocupada.

— Aurora e nosso filho. Você gostava mesmo dela?

— Eu sempre fui um moleque irresponsável. Eu devo ter muitos outros filhos por aí que ainda não apareceram. Diferente de todas as outras, eu até me senti envergonhado.

— Envergonhado?

— Eu me senti uma puta na frente de uma santa.

— Pensei que os homens não se importassem com esse tipo de coisa.

— Naquele momento eu me importava.

.— A mãe dela esteve aqui. Talvez ela o tenha perdoado.

— Ela só veio para me ver sofrer.

— A culpa não é sua.

— É claro que é. Eu fui irresponsável.

— Será que você me amou ao menos metade do que amou essa mulher?

— Se eu te amei? Eu ainda te amo.

— Então por que?

— Não tivemos muitas alegrias nesta vida juntos. Eu fiz isso por você e pelos meninos. Eles não merecem pais como nós e você não merece um marido como eu.

— Você é um bom pai. O problema é que sua vida, toda sua trajetória, está carregada de tristeza. Em relação a mim, você está certo. Eles não merecem uma mãe como eu. Eu fui horrível, principalmente, com Victor.

— Você não consegue vê-lo como filho, não é?

— Eu tentei e continuo tentando. Victor é um garoto muito difícil e agora ele conseguiu influenciar Rodrigo com sua rebeldia. Não pense que não me preocupo com ele.

— Nós não deveríamos ter contado nada a ele. Rodrigo é mais novo e tem lá seus problemas, então precisamos cuidar melhor dele. A rejeição e adoção de Victor o fez ver isto com outros olhos.

— Quando vejo aquele olhar de ódio para cima de mim, só consigo me lembrar do lindo bebezinho que ele era. Ele não chorou quando o coloquei nos braços pela primeira vez desde...

— Eu sempre fiquei mais tempo fora de casa e isso me protegeu um pouco da revolta dos garotos. O que veio depois a eles foi a ilusão de que eu fui o primeiro a ter alguma atitude.

— Por que deixou que eu fosse vista como a bruxa da história?

— Você precisa ser livre, Helena. A vida familiar não te faz bem e nem a eles.

— Quer que eu abandone meus filhos? E o que vai acontecer depois que você morrer? O que será deles?

— Victor cuidará muito bem de Rodrigo.

— Você parece tão tranquilo quanto a isso.

— É porque eu confio nos meus filhos. Eu tenho fé neles.

— Você acha que enfim terá seu descanso? Você sabe, eu temo a morte, então não consigo imaginar isso como uma coisa boa. Não tenho rancor da vida.

— Depois de tantas perdas a vejo como um fardo.

— Por favor, não se apegue tanto ao que já se foi. Busque pensar nos nossos filhos, nos que estão vivos. Você quer se juntar aos fantasmas que te assombram?

— Todos irão morrer algum dia. A minha morte será mais justa do que a de Aurora. Eu deixei meu filho morrer e por isso vivi tanto. Vivi só para sofrer o que tinha que sofrer.

— Você não é o primeiro que passa por isso e não será o último. A aids não é uma coisa nova criada especialmente para destruir sua vida.

— Ela não merecia morrer assim. Isso pode manchar a honra de qualquer uma.

Não consegui ouvir mais nada. Era muito para mim. É incrível como milhares de coisas acontecem em um só dia. E o meu anjo da guarda sabe-se lá onde está. Não é bem assim. Doutor Ramos desempenhava bem esse papel. Em nenhum momento perdi a calma. Tudo que eu ouvi não era suficiente para a esperança de que tudo fosse um mal-entendido. Eu estava agindo com indiferença, isto é, no fundo, eu estava completamente desesperado.

O doutor mostrou-me um olhar de fúria assim que me viu entrando, aliás, sem bater. Eu não tive tempo de falar sobre a nossa, digamos, missão. Ele deveria estar bravo por isso. Não o convenci muito bem com a minha explicação, mas ao ouvir o que contei sobre a situação mais recente, ele nem perdeu tempo, tratando logo de me tirar aquele peso.

— Sei o que está pensando, Rodrigo. Não faz sentido.

— Pensa bem, a tal Aurora tinha aids, meu irmão morreu ainda bebê, Victor é adotado e meu pai fica pegando doenças que nem sei de onde vem.

— Eles disseram que Victor é adotado. Niguem disse que ele não é seu irmão biológico.

— O que você sabe?

— É só um boato. Não leve muito a sério.

— Eu quero saber.

— Dizem que sua mãe entregou Victor para adoção. Quando seu pai tentou recuperá-lo, Victor já havia sido adotado. Por sorte, seus pais sentiram pena e o devolveram, não sendo necessário um longo processo. O problema era que Victor foi Simplesmente abandonado, tendo zero de burocracia, além do que, ele nem tinha sido registrado. O pai teve que adotar o próprio filho.

— O que?

— Não fique muito chocado. Já vi muitos casos parecidos.

— Está louco! Isso não pode ser normal.

— Normal! Acha que somos normais? Somos melhores que isso. Somos um bom exemplo anormal, não acha?

— Meu irmão passou quase que a vida toda brigando com aquela mulher. Eu só sabia defendê-la.

— Não a culpe. Ela já se culpa demais. Muitas mulheres passam por depressão pós-parto.

— Tio Ramos!!!

— Não fique assim. Ainda tem mais. Pelo que sei sua mãe nunca apresentou um mínimo sinal da doença. Para o bebê nascer com aids, ele teria que ser contaminado com o sangue da mãe, não é hereditário. Essa falha nas defesas do corpo do seu pai começaram recentemente. É verdade que o vírus pode hibernar por até dez anos, mas, segundo o que você me contou, já se passou mais tempo que isso. É impossível esconder esse quadro por tanto tempo.

— Não consigo parar de pemnsar nisso.

— Descanse. Você tem andado muito preocupado com tudo, um tanto neorotico.

— Eu sei — respirei fundo, fazendo um pequeno esforço para falar.

— Não tem sido fácil. Sei que, com essa história, você deve estar se desmanchando por dentro, mas o cansaço o impede de demonstrar.

— Vou tentar esquecer essa história. Meu irmão e meu pai merecem o meu melhor.

— Não quero que simplesmente tente. Quero que consiga.

— Eu vou conseguir — falei me fazendo de determinado.

— Agora vá. A noite vai chegar rapidinho.

— Obrigado por ser esse cara. Só você mesmo para me tirar um peso desses. Eu vou ter um pouco mais de paciência daqui pra frente — não consegui mais segurar o choro.

— Pode chorar. O estranho seria se você continuasse agindo com sangue frio. Você não precisa carregar o mundo nas costas. Desabafe, chore.

Eu fiquei a tarde toda conversando com Dr. Ramos. Minha mãe me deu uma bronca e me fez um monte de perguntas. Nem eu sabia dessa minha facilidade para atuar. Menti, menti descaradamente, menti mesmo. Segui o conselho do doutor e não falei nada para nenhum de meus pais. Fui para o quarto de papai, conversei um pouco e cochilei. Acordei uma hora da madrugada, indo para o meu quarto sem a certeza de que estava sonhando. Desmoronei na cama, esquecendo aquele dia horrível.

Na escola todos me encaravam. Amanda fez o que Matheus a mandou fazer, deu com a língua nos dentes, pensei. Esperei os as ofensas preconceituosas aparecerem. Sabe que não houve nada disso. Na sala, precisei ignorar os comentários sobre meu namoro com Ana, entretanto, nem todos se conformaram com o básico. Meus amigos queriam saber de tudo. Eu nem cheguei a me sentar, Tabatha já me arrostou para canto da sala onde ninguém sentava.

— Vou deixar o bom dia para sua namorada. Ela saberá como dar um bom dia, um maravilhoso — falou Tabatha Cheia de malícia — Conta logo o que foi aquilo.

— Não, Ro. Não conta. Eu tenho que ir ao banheiro. Não quero perder nada — disse Yuri, saindo com as pernas grudadas uma na outra. Rimos na hora.

— Ei! Não seja frouxo. Você pode aguentar — ela gritou chamando a atenção de todos, menos de seu namorado, que já sumia na porta.

— Fala baixo, sua maluca. Nem todo mundo tá acostumado com isso.

— Ai! Não precisa me dar sermão. Eu só quero saber o que aconteceu. Depois do beijo você e seu cunhadinho sumiram.

— Não te interessa. Vai lá cuidar dos rins do seu namorado.

— E depois a grossa sou eu. O que você tem hoje? Está muito mais chato do que de costume.

— Eu sei. Me desculpa. É que...

— É que o que?

— Eu não sei se essa história vai ter um final muito feliz.

— Ah! é isso? Não tem porque se preocupar com isso. Você ainda é jovem, seu bobão. Acha o que? Que já estão noivos?

— Sei lá, Tabatha. Tenho tanto pra pensar.

— Abre logo o jogo comigo. Tem que ter um motivo pra tanta insegurança.

— Eu acho que gosto de outra pessoa.

— Já!!! — ela voltou a chamar a atenção da classe.

— Já disse pra falar baixo — sussurrei.

— Como controlar a minha voz depois disso? Você mal começou com a garota, e já tem outra.

— Não me venha com essa. Não estou com saco para ser julgado.

— Acha que eu vou te julgar? Pelo Contrário. Acho que você está certo. Vai logo curtir a vida.

— O que?

— É isso mesmo. Você é muito jovem pra ficar se prendendo a relacionamentos. Você já namorou antes? Claro que não. Tem é que sair pegando todas mesmo.

— Ahá! Então você costuma fazer isso com Yuri também? Te peguei, garota — brinquei tentando desviar o assunto.

— Claro que não. Não sou eu que estou apaixonada por duas pessoas ao mesmo tempo.

— E se forem três?

— Que merda, Rodrigo. Aí já é demais. Ficar de pau duro toda vez que vê um traseiro bonito não é se apaixonar.

— Não, não é assim. Você não entenderia.

— Ana que se cuide. Tenho muita pena dela.

— Que tal falarmos de outra coisa?

— Nada. Você sabe, aquele velho papo de irmão protetor — menti — Por falar em Matheus, onde está ele? Não veio?

— Não sei porque pergunta para mim. Eu nem gosto dele. Por sorte sei que ele veio porque vi quando chegou. Tava esperando?

— Agora podemos mudar de assunto?

— Que menino chato, você. Está bem, vou mudar de assunto — ela fez uma cara de birra infantil — O que aconteceu com você e Arthur?

— Na verdade, eu gostaria de perguntar sobre Romeo.

— Está bem, mas não pense que vai me enrrolar — ela pôs a mão próxima ao meu rosto, esperando qualquer deslize para me esbofetiar — Ele está passando por algo sério. Otem ele saiu para fazer as compras e quando voltou, sua mãe e seu irmão não estavam. Você não viu o noticiário?

— Não vi. Ele deve está arrasado.

— É, ele está. Mas diz aí o que houve com o Arthur.

— Ele fez sua escolha. O Arthur não liga mais para nós, Tabatha.

— Que triste. Nós perdemos nosso anjinho.

— Deixa desse papo. Aquilo lá não é anjo porcaria nenhuma.

— Ok, ok. Você não quer falar sobre nada.

— Ei, essa professora não chega, não?

— Acho que não veio.

— Seu namorado também está demorando. A coisa deve tá feia.

— Nem me fale. Vou procurá-lo.

Yuri demorava muito a voltar. Tabatha ficou precupada. Sua demora a fez sair para procurá-lo. Dessa vez, era ela que demorava. Eu ainda aguardava a chegada de Matheus, até que, não aguentando mais a demora de meus amigos, abandonei a espera por ele, partindo em busca dos dois. Quem sabe não encontrava Matheus também.

Não sei porque, um mal pressentimento ia me preenchendo a medida que ia me aproximando do banheiro. Tive medo de tocar na maçaneta. Por que será? Não havia ninguém a vista. O frio que começava no meu estômago se juntou ao calor que vinha da minha cabeça, me causando um aperto no peito. Minhas mãos tremiam, dificultando o contato com a maçaneta. Vi um líquido sair pela brecha entre a porta e o chão. Foi aí que me desesperei. Tentei abrir, estava trancada. Tirei forças do meu desespero para arrombar a porta mais que rápido.

Yuri sempre foi inteligente, o cérebro do grupo, sendo assim um génio em aprontar. Eu sabia que poderia contar com ele para tudo. Tabatha era como uma versão feminina de mim mesmo. A diferença era que ela era mais forte psicologicamente, por isso nunca me deixava cair. Não queria lembrar do sangue ou dos corpos chogados no chão do banheiro, ou melhor, nem queria ter visto. Eu queria lembrar das lágrimas que derramamos juntos, das risadas e de toda bagunça que fizemos. Eu queria tê-los vivos em minha mente. Quem dera. A imagem dos cadáveres já estava tatuada no meu cérebro.

Um grito, um grito meu e o tumulto dos alunos já tinha sido feito. Virei-me para ter uma última visão dos meus amigos, ela me inspiraria a fazer o que vinha a seguir, e vi que mais uma monstruosidade provocada pela minha mente surgia. Ela chega a como um ser trangivel, que também desafiava a gravide, flutuando e atravessando o teto. Uma criatura alta, tão alta que sua cabeça batia no teto; com mãos grandes, maiores que minha cabeça; unhas vermelhas, e; um manto rubro. Na verdade, ela não era tão alta, porém, parecia estar crescendo sem que eu percebesse muito. Tudo começou a se mover vagarosamente. Ela se agaichou, pois estava enorme, e pegou o martelo atrás das costas. A cada passo na direção de Matheus, por mais curto que fosse, a pele branca de sua mão ia ganhando um tom avermelhado e suas veias saltavam.

A fúria me fez disparar até Matheus. Colei meus olhos nele enquanto o buscava. Seu rosto não expressava emoção. Passei a aumentar a velocidade cada vez mais. As pessoas já saiam do caminho, sem que eu precisasse empurrá-las. Ana ainda segurou meu braço, perguntando onde eu iria. Só eu conseguia enchegar o fantasma na minha cola. Bem sinto próximo uma dor alucinante na cabeça, que me faz cair no chão. O espectro havia me golpeado com seu martelo. Caí aos pés de Matheus. Caído no chão, consegui dizer algo, somente uma palavra.

— assassino.

Quero falar um pouco sobre uma coisa que expliquei mal. Na verdade, aquela curiosidade dizia o contrario do que muitos pensaram. O conto não se passa em 1995, mas tem algumas referências que o fazem parecer. Eu tentei explicar isso quando disse "A história, apesar de parecer às vezes, não se passa nem sequer a pouco tempo depois da década de 50." e acabei confundindo vocês ainda mais. Quando vi que talvez tenha me expressado mal, comecei a fazer vocês entenderem isso. O suposto anjo Metatron quando está "supostamente" falando com Deus revela o século e a era em que estava. Quando eu estava desenvolvendo a história pensei nos anos 50, porém tive medo de me enganar e pôr algum elemento dos dias de hoje.Quando vi que estava tudo muito confuso, resolvi explicar tudo, no entanto, acabei passando a mensagem contrária.

Até os anos noventa, as famílias tradicionais ainda mantinham prédios, monumentos e estabelecimentos do início do século, chegando a ser algo parecido com um bairro temático. Tudo acabou no fim dos anos noventa. As influências mais evidentes foram da década de cinquenta.

Eu estou tentando me livrar de cada traço da infância de Rodrigo. Pode se dizer que destruí a infância do garoto. Nem falo mais tanto no primeiro beijo.

Mais uma coisa. Já estou pensando em uma nova serie. Já que perdi um pouco do medo de errar, estou pensando em uma época que todos já perceberam que adoro me inspirar. Adivinhem.

Comentários

Há 4 comentários.

Por Salvatore em 2015-10-10 22:07:49
Meu Deus, me diga que Rodrigo alucinou e imaginou a morte de Yuri e Tabatha. Gente, eles n podem ter morrido! Mas quanto o conto em geral está ótimo e eu tbm espero, que caso seja vdd aquilo que Ro viu, que o assassino n seja Matheus. Vai ser muita sacanagem se for. Um abraço e espero ansioso.
Por ChrisDiamond em 2015-10-10 18:53:54
Uma pena o victor ter sido o filho rejeita e adotado depois pela familia biológica, a Ana contou para todos sobre o matheus e o rodrigo, por que ninguém fez nada? Falou nada? Estranho ai tem coisa, estou com pena do Rodrigo ele esta bem delirante e tem também a parte que pode não ser um delirio e sim uma verdade que só ele posssa ver, tantas coisas, ansioso pelo próximo capítulo
Por Henry Thorne em 2015-10-10 09:59:32
Amei, estou louco para a sua nova série e louco para o próximo capítulo, sent pena do Victor :/ coitado do ro e do mat, os dois fizeram escolhas dificeis com consequências problemáticas
Por edward em 2015-10-10 08:53:32
Incrível