CAPITULO VINTE E SEIS - A MAÇÃ

Conto de Tyler Langdon como (Seguir)

Parte da série Os Dois Lados do Espelho

Vejo o mensageiro entregando um bilhete a minha mãe. Que a essa altura eu não acredito mas que seja ela. Observo de longe ela olhando o bilhete e sorrindo.

- De onde vem esse bilhete. - perguntei sussurrando ao mensageiro que passava por mim.

- Do outro reino. - disse ele.

O deixei ir. Aquilo estava muito estranho. Fiquei observando escondido os passos dela e percebi que ela ia se retirar. Deve ir para o reino.

- Agora eu descubro o que quer, Tia. - penso alto e monto no meu cavalo.

Eu estava atordoado com tudo que estava acontecendo. Não conseguia pensar direito ou formular uma estratégia para pegá-los, conseguir extrair toda verdade disso tudo e trazer Charlie a salvo de volta. E o que será que havia acontecido com minha mãe? Se essa não é mesmo ela.

Mau percebi que já estava perto de chegar no castelo do Ethan. De longe avisto a carruagem chegando e minha mãe descendo. Rapidamente apresso o cavalo para chegar mais rápido e poder entrar junto com os outros cavaleiros que acompanhavam minha Tia sem que os guardas percebessem que estava junto.

Ao entrar vejo minha o Ethan cumprimentando ela e entrando. Os sigo sem que ninguém me veja. Eles entraram na biblioteca e os segui para escutar de fora o que falavam. Quando estava chegando na porta percebo alguém se aproximando, Antonela.

- O que faz aqui Majestade? - disse um pouco assustada.

- Me da cobertura, por favor. É pelo bem do Charlie, juro que o trarei de volta intacto. - falei tentando conseguir ajuda dela.

- Você sabe onde ele está? Ele está bem? - perguntava ansiosa.

- Calma, não sei onde ele está, mais sinto que estou prestes a descobrir. - falei a convencendo.

Ela me levou para uma porta que dava entrada em uma salinha que havia atrás da biblioteca. Nesta salinha tinha uma outra porta que dava acesso a parte onde eles estavam conversando. E lá dava pra ouvir claramente o que falavam.

A conversa foi rápida. Não ouvi muito do que falavam. Mas ouvi o suficiente pra saber que eles sabiam onde o Charlie se encontrava e que não estavam planejando algo bom. Tenho que ficar na cola deles.

~ Narrado por Charlie

O dia amanheceu lindo hoje. Os pássaros estão cantando fervorosamente por entre as árvores. Apesar de tudo, meu coração aperta forte no peito. Eu sentia que algo não estava certo. Decidi então ir de encontro a Úrsula, ver como ela estava.

- Bom Dia. - disse sorrindo e me sentando.

- Bom Dia, querido. Como você passou a noite? - perguntou ela.

- Bem, na medida do possível. - forcei um sorriso. - Está conseguindo controlar seus feitiços?

Ela então se sentou e estendeu as mãos juntas com as palmas para cima. Surgiu uma luz branca com azul nas mãos dela e foi se intensificando. E sumiu depois de ficar forte.

- Isso é a força dele, o tempo que posso controla-lo. Não é o suficiente, mas já é alguma coisa. - disse ela.

- Acredito que vamos conseguir sair dessa. - falei sorrindo tentando animá-la. - Ah, lhe trouxe isso. - entreguei a ela umas flores que havia colhido.

- Nossa, obrigado. São lindas. - disse com os olhos marejados. - Tanto tempo que não vejo flores.

Senti uma dor no peito por ouvir aquilo. Ela era uma mulher incrível e não merecia passar por tudo isso que estava passando. Era uma pena ter que vê-la ali e não poder fazer muito.

Fiquei sentado conversando mais um pouco e sai para a floresta. Caminhar um pouco. Sento-me em um tronco seco e fico pensando um pouco. Ouvindo o cantar dos pássaros, o barulho das folhas. Fecho os olhos e penso em tudo que já havia acontecido. Todo aquele sofrimento que estávamos passando, o sofrimento que eu havia passado até então. Pensei no Henrique, e meu coração se encheu de esperança. E sorri.

Pouco tempo depois, os pássaros que estavam cantando se calam. E o sorriso que estava no meu rosto se fecha e a calmaria que estava sentindo some deixando espaço para o medo. Abro os olhos e me levanto. Vou caminhando devagar um pouco assustado. Até que sem perceber esbarro em alguém. Mas precisamente em uma senhora.

- Desculpa meu jovem. Estou voltando pra casa do mercado, não quis lhe assustar. - disse ela ao ver meu rosto espantado.

Ela era velha, deveria ter seus setenta anos. E aparentava um pouco desgastada. Acredito que era camponesa.

- Não se preocupa. Eu que peço perdão. - falei.

- O que o jovem faz por aqui? Está perdido? - indagou ela parecendo preocupada.

- Não.. não estou perdido. Moro numa fazenda por aqui, vim passear um pouco. - menti forçando um sorriso.

- Ah, tudo bem. Vou continuar caminhando. - disse ela se afastando. Depois de dar alguns passos ela parou e se virou. - Está com fome meu jovem?

- Um pouco. - disse colocando a mão na barriga.

- Toma então. - falou me entregando uma maçã bem vermelha que estava dentro do seu cesto de compras. - Não é muito, mas é o que eu tenho pra oferecer.

Peguei a maçã e agradeci a gentileza. Logo ela sumiu e fiquei lá, com a maçã. Caminhei até a casa onde estava dona Úrsula e sentei na escadaria que havia lá. Como não havia comido nada ainda, resolvi comer a maçã que estava com uma aparência muito boa.

Dei a primeira mordida, mastiguei e engoli. Antes de conseguir dar a segunda, meu corpo começou a fraquejar. Minha cabeça começou a pesar. Tentei me levantar, mas não obtive sucesso.

- Não... não posso cair. Não agora... Úrsula. - tentei gritar, sem sucesso.

E em menos de um segundo, tudo se apagou. E eu não senti mais meu corpo.

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VOLTEI! Agora para terminar.

Comentários

Há 4 comentários.

Por Bianucci em 2017-04-12 19:37:40
Ameeemm kkkkk. Tava com saudades ja, pensei que tinha desistido. Continua e pfvr nao demora a postar. Tava com mts sdds
Por Elizalva.c.s em 2017-04-12 17:39:05
Que bom que voltou estou ansiosa pra ver o final dessa história.😘😘😘😘
Por Guerra21 em 2017-04-12 00:16:28
Tão pouco, haaaaa. Tudo bem.
Por edward em 2017-04-11 19:58:48
Tô passado ! E agora ? Fico feliz em saber que você voltou ! Bjs