CAPITULO DEZESSEIS - AGINDO POR IMPULSO OU A MANDO DO CORAÇÃO?

Conto de Tyler Langdon como (Seguir)

Parte da série Os Dois Lados do Espelho

Eu me levantei e ele também se levantou. Ficamos nos olhando um pouco.

- Está quase na hora da leitura. Eles já devem está chegando. - falei quebrando o silêncio.

- Sim, verdade. - disse ele sorrindo.

Ele segurou minha mão e sorriu. Foi um sorriso terno. Me ajudou a pegar os livros e levar para o jardim. Enquanto organizava as coisas lá, ele foi chamar Arthur.

Onde faziamos a leitura havia uma mesinha com cadeiras, o lugar era coberto e todo aberto. Na frente as pessoas escutavam a leitura sentadas na grama no chão.

- Nossa, eu adormeci. - disse Arthur se aproximando de onde estava.

- Verdade. Acho que a viagem ontem lhe cansou. - disse.

Ele sentou em uma das cadeiras e Henrique em outra. Pedi a Antonela para fazer alguns lanches para distribuir. Meu irmão não fazia lanches, mas como ele não estava e eu estava no comando. Achei que poderia fazer isso.

As pessoas começaram a chegar e iam até onde estavamos para fazer a saudação formal. Após chegar todas as pessoas, eu anunciei que começaria a leitura.

Todos ficavam observando e de olhos bem abertos, atentos, escutando cada palavra que eu falava. Eu me levantei com o livro, e sai lendo e caminhando entre eles. Confesso que não percebi que havia feito isso, mas quando percebi já estava lá, lendo com todo entusiasmo.

Eu via os rostos surpresos, felizes, curiosos, a cada nova frase que lia. Era livro sobre contos magicos. Todos estavam encantados.

Um tempo depois, avistei Antonela com alguns empregados trazendo o lanche. Parei a leitura um pouco e encaminhei para a mesinha.

- Sei que não é costume fazermos isso, mas acho que toda leitura fica mais saborosa se estivermos bem alimentos. - falei sorrindo enquanto organizavam as comidas em uma mesa. - Sintam-se a vontade para se alimentar.

Deveriam ter umas 30 pessoas ali. A maioria jovens e crianças. Eles eram humildes e simples.

- Belo gesto esse seu. - disse Henrique.

- Obrigado. - falei me sentando. - Sabe, a ideia da leitura é para trazer algo de bom pra essas pessoas. Principalmente jovens e crianças. A educação deve ser a base fundamental para lapidar o caráter dessas pessoas. E acho que ensiná-los a tomar gosto pela leitura é o mínimo que podemos fazer. - disse olhando para eles.

- Você é realmente maravilhoso, Charlie. Você seria um ótimo rei. - disse Arthur.

Sorri com a gentileza dele. Após a refeição, eles se sentaram novamente para que eu finalizasse a leitura. E assim o fiz. Todos aplaudiram. Sorriam felizes. Eles sairam em busca de suas casas, ficando só nós três.

- Temos que ir, Charlie. Foi muito boa a leitura e o dia aqui. - falou Henrique.

- Foi incrível. Você é demais. - disse Arthur pulando em cima de mim para dar um abraço. Quantos abraços em um dia, pensei.

- Estaremos de portas abertas para vocês sempre que quiserem vir. - disse.

Caminhamos conversando até a sala, para que Arthur pegasse suas coisas.

- Espera que eu te ajudo. - disse a Arthur que já estava subindo.

- Não precisa, eu posso pegar sozinho. - disse sorrindo.

Ele subiu e fiquei na sala com o Henrique. Que me olhava sorrindo. E eu estava começando a ficar vermelho de vergonha.

Ele se aproximou e segurou nos meus braços, logo abaixo do ombro.

- Obrigado Charlie, por sua amizade com meu irmão. Tem feito ele ficar muito feliz.

- Não precisa agradecer. Acho que ambos fazemos bem um ao outro. - disse.

Ele sorriu e aproximou seu rosto do meu. Sussurando em meu ouvido "você ainda será muito feliz", e deu um beijo na minha bochecha. Instantaneamente fiquei vermelho. Ele sorriu ao perceber isso. Fiquei estático sem entender direito o que estava sentindo com aquilo. Meus olhos parados encontraram os dele. E por impulso eu retribui o gesto encostando meus lábios nos dele. De uma forma bem sutil e rápida. Foi em uma fração de segundos que pude senti o toque dos seus lábios nos meus. Mas foi o suficiente para assustá-lo e me assustar com isso também.

- Deuses. Pe...perdão. Eu não medi... Não sei o que houve. - falava gaguejando tentanto me explicar.

- Fica tranquilo, não estou reclamando. - disse ele sorrindo de minha reação.

Eu me afastei dele e fiquei calado. E ele permaneceu assim também. Eu estava com muita vergonha do que tinha acabado de acontecer. Ele não parecia envergonhado, mas compreendeu meu silêncio.

Arthur desceu rápidamente e logo nos despedimos.

Eu subi para meu quarto ainda incrédulo e deitei. Eu me sentia estranho e ao mesmo tempo muito bem. Procurei não pensar muito, apenas sorri e adormeci.

~ Longe dali ~

- Tenho que conseguir completar o que comecei há anos atrás. Não posso me perder desta vez, preciso de foco. E pensar bem... Pelo menos percebi que meu feitiço não foi quebrado ainda. E isso é ótimo... Agora eu não só quero destruí-lo, como quero tudo que é dele.

Ouço a porta bater e me tira de meus pensamentos.

- Mãe... Cheguei.

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Aqui está o capítulo. O próximo já esta a caminho também. Espero que gostem e novamente peço desculpas pela ausência. No próximo agradeço a cada um que conentou e acompanhou até aqui.

Ah, só respondendo ao Bianucci, sou o homem kkkkk estou com as mão pra cima e tinta no rosto, na foto do perfil. Faz parte do que faço hahaha

Beijos lindos ❤

Comentários

Há 3 comentários.

Por WDG em 2016-12-29 18:31:37
Eyta q tá ficando bom d mais da conta rsrs. Acho que não é o q eu tou imaginado, hum só esperando o próximo cap pra descobrir bjs Tyler
Por Bianucci Devonne em 2016-12-29 14:55:58
OMG!!! Você sabe como me tirar do serio? Garoto que capitulo foi esse? To adorando, so acho que Charlie e Henrique deveria se envolver de veez logoooooooooo. Ok, vou começar a seguir você agora mesmo. 😊
Por edward em 2016-12-29 13:47:47
Perfeito