Como se não houvesse amanhã cap.3

Conto de tuca como (Seguir)

Parte da série Como se não houvesse amanhã

-Lucas

Quando cheguei em casa ja era noite. Entrei pelos fundos a pedido de minha mãe para que meu pai não ficasse questionando, como se ele se importasse comigo (desde que me assusmi aos 14 anos, ele nao aceitou muito bem que seu único filho fosse gay, hoje tenho 16 e nada mudou). Subi para o quarto, peguei uma roupa limpa e tomei um banho quente.

O resto da noite foi entediante. Pesquisei sobre a doença com minha mãe, tomei remédios para não gripar (qualquer infecção pode ser fatal agora que meus glóbulos brancos precisam de ajuda para combate-las) tomei uma sopa, peguei um lençol a mais e fui dormir.

Acordei eram 6 horas, fiz minha higiene matinal e desci para tomar café com meus pais.

- dona Rose vai trabalhar aqui novamente filho.

-por que ?!

-também nao sei o porque dessa frescura- resmungou meu pai.

-com essa doença - explica minha mãe olhando torto para ele - a atenção com você deve ser redobrado, filho. Você nao pode ficar sozinho, pode acontecer algo.

-Mas... - tentei protestar mas fui interrompido por ela ao falar novamente.

-ah e outra coisa, seu tratamento começa amanhã.

Dito isso ela olha no relógio em seu braço, se levanta, diz um "preciso ir, tome cuidado" e vai para garagem apressada. Meu pai levanta, limpa a boca com um pano e a acompanha, segundos depois eles vão embora no mesmo carro.

Minha mãe trabalha em uma agência de modelos e meu pai em um restaurante fino (levo uma vida até boa) eles sempre vão juntos, pois o restaurante é logo depois da, agência. Ontem minha mãe tirou a tarde de folga para me levar ao médico, ja que meu pai se recusou a fazer isso mesmo tendo ganhado o dia de folga.

Fui para meu quarto e mandei mensagem no Facebook para a isabella e para o kian - eu poderia ligar ou mandar mensagem pelo meu celular, mas na verdade nem sei onde ele foi parar naquele rio.

Isa e kian são meus melhores amigos, uma prova disso é eles não terem me abandonado depois que me assumi, como o jhoe fez.

Isa foi a primeira à chegar, ela mora do lado da minha casa. É quase do meu tamanho, cabelos lisos e pretos, olhos cor de mel e tem a pele um pouco mais escura que a minha. Nos conhecemos desde sempre.

-você é louco ?! Diz ela assim que entra- o que te deu para ter sumido ? Queria morrer ?!

-no começo sim- susurrei

-oq disse !?

-que agora estou bem, nao precisa ficar assim, afinal como soube ?

- sua mãe ligou para nós quando estava te procurando, para saber se estava com a gente- diz kian entrando pela porta dos fundos e pegando uma pêra que estava na cozinha.

Kian é 5 meses mais velho doque eu, porem é mais forte, possui um corte de cabelo alto em cima e curto em baixo -e é preto- olhos castanhos que na luz solar você jura ser verde e pele igual a de isa -um pouco mais escura que a minha.

-então vocês ja sabem de tudo ? Quero dizer, da doença ?

- não, ela só disse q você fugiu do hospital.

Contei a eles sobre a tal doença e de como fugi, quando estava na parte "então escutei um som de jet ski" alguém bate na porta.

-Dona Rose - digo

-como ?! - disseram juntos

-cuidados de mãe, atenção redobrada.

-e ela está certa- diz kian- é perigoso para você ficar sozinho agora - olho para isa que confirma com a cabeça.

Desço até a sala e abro a porta e nao havia ninguém, estranho, fecho a porta

-até que enfim apareceu -alguém diz atrás de mim.

Pulei de susto e olhei para ver quem era.

- dona Rose, a senhora quase me mata, porque entrou ? Digo sem deixa que tivesse aberto a porta primeiro ?

-garoto, ja sou praticamente da família, só bati apertei a campainha para ser educada.

- entendi - digo fazendo cara de "tá né".

Voltei ao quarto.

-nossa que lindo isso -diz isabella

-o que ? Eu quase ter morrido afogado ?

-não idiota, a parte que o estranho te salvou, claro.

-podiamos procurar o local. Se esse menino trabalha mesmo perto do rio deviamos tentar acha-lo

- exato - diz isa - vai que ele é gatinho... que foi gente, por que essa cara, até parece que você nao gosta Lucas

-enfim, 16 horas pode ser, claro que pode, eu sabia que vocês me ajudariam, amo vocês - termino o assunto.

Eles ficaram um tempo batendo um papo comigo e depois isa teve que ir, e logo kian também. Cientes de que 16 horas estaríamos juntos de novo.

Eles chegaram 16:05, pegamos uma pêra cada um e fomos à procura.

Andamos pelo mesmo percurso que fiz de casa para o hospital e do hospital para o rio, achamos a ponte e fomos até ela, quero dizer EU fui até ela, pois isa ficou com sede e foi até uma sorveteria a uns 200 metros dali com kian. "quando voltarem me procurem por aqui por perto, nao irei longe". foi o que eu disse a eles antes de irem.

Ao subir na ponte olho para baixo, acho que na esperança de ver meu celular pelas margens do rio. Bem, o celular nao achei, mas logo ali, na beira do rio, havia um bar. Decido ir até lá.

Ao chegar lá, noto que o nome do estabelecimento é "quebra-galho", acho que ja ouvi esse nome antes. Entro no local, na esperança de achar alguém.

-posso ajudar em algo ?- diz alguém atrás de mim

Acho que tiraram o dia para me assustar. Virei-me, era um menino, acho que devia ter 17 ou 18 anos.

-estou procurando alguém- respondo

- e esse alguém, ele tem nome ?

-acho que sim, mas nao sei qual é

-hum, tá difícil então. Como é esse "alguém"?

- também nao sei- disse corando

- nossa, que legal garoto, como vamos...

-pode deixar Adam- alguém atrás de mim o interrompe- acho que ele quer falar comigo - nessa hora, senti que todos os cabelos do meu corpo se arrepiaram.

Fim do 3° capítulo

Nota do autor: o conto se passa em uma cidade fictícia nos EUA.

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