Capitulo 1 - O jantar

Parte da série Um amor nas estrelas

Oi meu povo Adriano falando, eu fiquei pensado no que colocar no começo até que deixei meus dedos digitarem e eu terminei, espero que vcs gostem.

Beijão.

***

Eu estava no País das Maravilhas, beija-lo era uma sensação nova pra mim, já que eu nunca tinha beijado ninguém na minha vida e isso era totalmente novo. Então paramos o beijo e ele ficou me olhando, e disse:

- Desculpa! - Ele disse se afastando e indo pra trás.

- Não, a culpa foi minha. - Eu disse olhando pra ele.

- Eu não devia ter feito isso, eu só fiquei... - Eu o interrompi.

- Não termina essa frase, eu não quero que vc fale que ficou com pena de mim.

- Nunca, claro que não.

- Tudo bem, então vamos esquecer sobre isso, até pq vc tem uma namorada.

- Falando nela eu tenho que encontra-la.

- Tudo bem, então vai.

- Desculpa mesmo. - Ele disse apertando minha mão.

- Mesmo acontecendo o que aconteceu, eu fico feliz por ter te conhecido Miguel. - Eu disse sinceramente.

- Eu também Alex.

Ele me deu mais um abraço no quarto e nós fomos para a sala e eu vi que meu pai estava sentado no sofá mexendo no seu computador, quando viu Miguel ele se levantou e apertou sua mão, então eu levei Miguel até seu carro e me despedi dele mais uma vez.

Eu não conseguia parar de pensar no bendito beijo, ele era perfeito. Eu pensei que eu nunca iria conhecer alguém como o Miguel, mas eu estava totalmente errado, agora eu tinha um novo amigo. QUEM EU ESTAVA QUERENDO ENGANAR? EU estava pirando com aquele beijo, eu não sei como eu tinha conseguido ser tão frio com aquela situação, mas agora eu tinha que dormir, amanha eu tinha que ir para a escola e minha cabeça estava doendo um pouco, então entrei em casa e meu pai estava mexendo no seu Facebook - pois é meu povo, meu pai era uma pessoa moderna -, quando ele me viu ele fechou o notebook e disse:

- Vem filhão, senta no colo no papai. - Ele disse batendo a mão na sua perna.

- Vc não acha que eu sou um pouco grande para isso? - Eu perguntei rindo.

- Vc vai ser para sempre meu bebê. - Ele disse fazendo bico.

- Tudo bem.

Eu me sentei em seu colo e ele beijou minha cabeça. E ficou fazendo carinho, eu olhei para o seu rosto vi que ele estava segurando o choro. Eu estava quase chorando também e disse com a minha voz embargada.

- Pode chorar pai, não precisa se fazer de forte o tempo todo.

Eu disse isso e ele caiu no choro.

Eu nunca tinha visto meu pai naquela situação, mas eu sabia que era tudo muito difícil tanto pra eles como pra mim. Eu estava sendo meio egoísta em reclamar pq eu não tinha feito os meus planos e tudo mais, mas também sabia que era muito difícil perder um filho, então eu me levantei e o abracei forte.

- O que vc esta fazendo aqui? - Eu perguntei para ele.

- Como assim? - Ele perguntou limpando suas lagrimas.

- Seus amigos estão lá fora.

- Eu fui procurar uma noticia na Internet para mostrar ao Leonardo.

- Tudo bem, vai lá e não esqueça de dizer que o Miguel foi embora já que ele tinha que encontrar a namorada. - Eu disse com uma cara não muito boa.

- Ele namorada né? Não foi dessa vez.

- Aff pai, da licença que eu vou tomar um banho.

Ele deu uma risada gostosa e foi para o lado externo da casa.

Eu fui para o meu quarto e entrei no banheiro para tomar um banho e fiquei de baixo da água quente por vários e vários minutos. Depois eu sai e vesti um pijama e deitei na minha cama e acabei vendo meu violão, como ele era lindo todo preto. Então eu o peguei e deitei na minha cama novamente e comecei a tocar.

30 Seconds To Mars - The Kill

What if I wanted to break?

Laugh it all off in your face

What would you do?

What if I fell to the floor?

Couldn't take this anymore

What would you do, do, do?

Come break me down

Bury me, bury me

I am finished with you

What if I wanted to fight?

Beg for the rest of my life

What would you do?

You say you wanted more

What are you waiting for?

I'm not running from you

Come break me down

Bury me, bury me

I am finished with you

Look in my eyes

You're killing me, killing me

All I wanted was you

I tried to be someone else

But nothing seemed to change, I know now

This is who I really am inside

Finally found myself

Fighting for a chance, I know now

This is who I really am

Come break me down

Bury me, bury me

I am finished with you, you, you

Look in my eyes

You're killing me, killing me

All I wanted was you

Come break me down (bury me, bury me)

Break me down (bury me, bury me)

Break me down (bury me, bury me)

(Say you wanted more)

What if I wanted to break?

(What are you waiting for?) (bury me, bury me)

(I'm not running from you)

What if I, what if I

What if I, what if I (bury me, bury me)

Quando eu terminei de tocar eu já estava chorando novamente, eu estava muito sensível por causa da doença, e agora tinha o Miguel que eu não conseguia tirar da minha cabeça. O que estava acontecendo comigo, pq eu tinha aqueles pensamentos, pq eu sentia aquelas coisas quando estávamos juntos? Sera que eu estava apaixonado? Não, eu não podia, ainda mais agora que eu tenho um determinado tempo de vida. Eu não posso nem pensar em me envolver emocionalmente com alguém agora, ainda mais alguém que tinha uma namorada.

Fiquei pensando nisso até eu cair no sono.

***

Eu estava acabando de me vestir quando minha mãe bateu na porta do quarto, eu disse para ela esperar um pouco e abri a porta.

- Oi meu filho.

- Oi mãe.

- Esta tudo bem? Não sentiu nenhuma dor a noite?

- Não, esta tudo bem.

- Certo, eu vou tomar um banho para ir trabalhar, seu pai já esta te esperando para te levar a escola

- Okay, tchau.

- Tchau me lindo.

Ela saiu do meu quarto e eu peguei a minha mochila.

Cheguei na cozinha e meu pai estava tomando o seu café e Mag (a nossa empregada) estava lavando a louça, quando ela me viu ela não aguentou e começou a chorar, eu fiquei muito sem graça. Meu pai ficou olhando para nós dois, ela veio e me abraçou forte ainda chorando.

- Margarete eu disse que era para vc se controlar.

- Eu não consegui me segurar senhor Fernando, meu menino tão novo e lindo não pode...

- Nem termina. - Eu disse para ela - eu não quero ver vc chorando por ai, vc me ouviu?

- Tudo bem meu filho.

Eu me sentei na mesa e tomei meu café.

Percebi que depois que eu recebi a noticia do Sandro que eu estava morrendo, eu estava sendo tratado como porcelana, então meu pai, Mag, minha mãe ficavam todos em cima de mim. E isso me deixava meio bravo, mas eu não podia falar nada, não queria deixar todos tristes.

Depois que tomei meu café eu peguei minha mochila e meu pai me levou para a escola. Quando chegamos meu pai falou:

- Se aquele porrinha falar merda para vc, pode me falar que eu vou quebrar a cara dele.

- Tudo bem senhor Fernando. Tchau pai. - Eu dei um beijo nele.

- Tchau meu filho.

Nós nos despedimos eu entrei na sala escola.

Quando eu entrei na sala de aula eu dei de cara com o Bernardo.

- Olha para frente porra, ou se não...

- Ou se não oque? - Eu estava cansado de fugir do homofóbico do Bernardo.

- Eu vou te matar. - Ele disse rosnando.

- Pode fazer isso. Eu estou morrendo mesmo. - Eu disse alto o bastante para todos olharem pra mim.

- O que? - Ele perguntou confuso, mas ainda assim com a sua cara carrancuda.

- Isso mesmo que vc ouviu, eu estou com um tumor no cérebro e se vc me matar agora ou depois não vai fazer diferença, eu estou morrendo e tenho só alguns meses de vida. - Eu disse e minha visão foi ficando turva e eu me desequilibrei.

Ele me segurou e tudo foi ficando preto e eu acabei desmaiando.

***

Eu acordei em um quarto de hospital e vi que minha mãe estava do meu lado, ela estava com os olhos inchados e passando a mão na minha testa.

- Esta tudo bem meu pequeno?

- Esta sim mãe.

- Vc me deu um susto e tanto.

- Eu acho que me senti indisposto.

- Eu acho melhor nós cancelarmos o jantar.

- Nada disso mãe. Nós vamos nesse jantar sim, eu preciso esfriar minha cabeça.

- Vc tem certeza?

- Sim.

O Dr. Sandro entrou no quarto e disse que fez um exame e foi apenas uma queda de pressão. Disse para eu ficar de repouso algumas horas e tudo iria ficar bem. Nós nos despedimos dele e fomos para a minha casa, passamos a tarde conversando, ela não voltou para o trabalho e ficamos juntos a tarde toda. A noite meu pai chegou do trabalho e ficou irado com a minha mãe quando descobriu que eu fui para o hospital e ninguém lhe contou.

Ela disse para ele parar de fazer drama e fomos nos arrumar, eu me vesti com uma camisa social branca, uma calça preta e um sapato social, minha mãe vestiu um vestido preto e meu pai um terno cinza, ficamos todos lindos e fomos a caminho da casa do Miguel, quando chegamos a casa era linda, tinha um enorme jardim e era bem grande.

Meu pai apertou a campainha e uma moça linda atendeu, ela parecia ter uns 20 anos, era loira com os cabelos bem claros, tinha o olhos verdes e ela era bem estilosa.

- Pois não? - Ela perguntou.

- Oi nós viemos para um jantar.

- Claro, desculpa a grosseria podem entrar.

- Desculpa vc é? - Minha mãe perguntou.

- Lola, a namorada do Miguel.

Continua...