Capítulo 13 - Uma Nova Oportunidade
Parte da série Um amor nas estrelas
Gente eu estou de volta.
Infelizmente o Thiago não vai mais poder escrever a serie junto comigo (xoranu), então resolvi continua, porque adoro de coração escrever 6 meses e ainda temos muito pela frente. Eu espero que vocês gostem dessa continuação e a serie ira ser postada uma ou duas vezes por semana.
Eu estava com planos de começar dois novos romances, mas vai ficar muito complicado postar todos, então será apenas esse, O Contrato e Três é de mais (Historia Alternativa).
Beijão povo lindo.
-ooOoo-
Assim como eu Miguel estava com seus olhos arregalados e olhando para aquele menino pequeno e indefeso. Então Miguel passou por mim e pegou o pequeno no colo e colocou sua jaqueta nele, O menino estava tremendo de medo e frio.
Quando Lola e Eros viram, o menino na hora já ficaram preocupados com ele, eu não conseguia dizer nada, ainda estava em choque pelo acontecido. Miguel então teve a ideia de leva-lo na emergência mais perto, ele deu sinal para um táxi e todos nos entramos, o menino ainda chorava, mas não tirava seus braços de volta do pescoço do meu namorado.
Quando chegamos ao hospital, ele fez uma bateria de exames, mas graças a Deus ele não tinha nada, o médico ainda perguntou onde encontramos o menino, mas Miguel disse alguma coisa e ele acabou liberando a criança.
Voltamos para o hotel e Miguel deu um banho nele - a única pessoa em que ele confiava era o Miguel.
De banho tomado e cheirosinho, Miguel deitou ele na cama e ficou me olhando.
Eu estava observando a paisagem fora do hotel e ele me abraçou por trás e continuou em silencio.
- Eu realmente não sei o que pensar - eu disse sentindo meus olhos arderem por causa das lagrimas que já caiam no meu rosto. - Como uma criança tão pequena pode ser deixada na rua com tanta maldade que acontece no mundo?
- Amanha eu vou tratar de saber o que aconteceu e quem é ele.
- Ele é o menino do meu sonho Miguel.
Eu disse olhando em seus olhos, ele levantou uma sobrancelha e continuei.
- Lembra que eu disse que tinha sonhado com um menino pequeno e loirinho? - ele concordou com a cabeça. - Pois então, ele é o menino. O menino que vai mudar as nossas vidas.
- Mas como você sabe disso meu anjo?
- Eu não sei, mas apenas sinto aqui dentro - eu disse apontando para o meu peito. - Ele pode ser sua fortaleza quando eu...
- Pelo amor de Deus não diga uma coisa dessas.
- Miguel, não podemos mudar o futuro, mas podemos dar um jeito de coisas melhores aconteçam.
- Alex, as coisas não são fáceis assim. Não sabemos como funciona a burocracia aqui na Itália, não sabemos se podemos adotar uma criança. Você é de menor e eu nem tenho casa própria.
- Mas meus pais podem.
- O que?
- Isso mesmo, meus podem. Miguel, se ele estiver contigo tudo será mais fácil.
- Por que você acha que perder uma amor é fácil? Nada que existir nesse mundo vai fazer com que a dor da minha perda seja menor. Alex você é a coisa mais maravilhosa que já me aconteceu, não sei o que vai ser de mim sem você. Eu tento ser forte, eu tento se passar segurança, mas eu sei que tudo isso é apenas um disfarce, a minha dor é tão grande que eu não consigo ficar em pé.
Ele disse chorando e caindo de joelhos. Eu me abaixei e lhe dei um abraço apertado. Ficamos assim por um bom tempo até ele dizer no meu ouvido.
- Se você quer que ele fique com a gente, ele vai ficar e eu vou te fazer o garoto mais feliz desse mundo.
- Você não existe.
- Sim eu existo, assim como você que é que me mantem em pé.
Eu dei um beijo apaixonado nele e deitamos no sofá que tinha no quarto já que a cama estava ocupada pelo pequeno que nós nem sabíamos o nome. Eu deitei com a minha cabeça ao seu peito e acabamos adormecendo.
***
No dia seguinte quando eu abri meus olhos eu vi um menino lindo me olhando, seus olhos azuis como o céu era alucinante. Ele estava sentando na cama e ficou assim até nós dois levantarmos.
Ele olhou Miguel e ficou em silencio.
Miguel me olhou e disse para ele em Italiano:
- Sabe onde estão seus pais? - o menino apenas concordou com a cabeça e disse:
- Minha mamãe disse que vai voltar em breve, por isso temos que voltar para lá antes que ela chegue.
- E quando foi isso? - ele perguntou me olhando.
O menino ficou nos olhando e fez uma carinha de pensativo e contou algo nos dedos, depois ele nos olhou novamente e disse:
- Três dias atrás - ele disse fazendo três com os seus pequenos dedos.
- Quanto anos você tem? - eu perguntei e mais uma vez ele fez sinal de 6 com as mãos.
- Como se chama?
- Lorenzo.
Eu olhei mais uma vez para o Miguel e alguém bateu na porta, fui atender enquanto os dois ficavam conversando, quando abri era o Eros e a Lola. Então expliquei para eles a situação e minha amiga já queria chorar, também expliquei para eles o que eu queria fazer e eles me deram total apoio.
Depois disso nós descemos para tomar café e depois Miguel foi resolver a estadia do Lorenzo no hotel. Deixei ele brincando com o Eros e fui ligar para o meu pai, eu estava rezando para que ele me entendesse assim como a minha mãe e me ajudassem.
- Alex? - era tão bom ouvir sua voz.
- Oi pai.
- Está tudo bem com você?
- Sim, e com o senhor?
- Está tudo ótimo, mas estou morrendo de saudades.
- Pai, preciso de sua ajuda.
- Aconteceu alguma coisa?
Então expliquei para ele toda a situação, disse do menino e a minha ideia.
Meu pai ficou em silencio alguns segundos, mas disse:
- Sabe o que você está me pedindo é bem complicado né?
- Sim, mas eu sei que o senhor vai me ajudar.
- Sim, eu vou e informar melhor, mas a primeira coisa que você tem que fazer é ir a policia com o Miguel, explicar para eles a situação e dizer o que estão pensando em fazer. Também tem que localizar a mãe dele, pode ter acontecido alguma coisa com ela.
Eu concordei com o meu pai e ele disse que iria me ligar assim que conseguisse noticias.
Miguel e eu fomos a delegacia e deixamos Lorenzo com Lola e Eros, eu estava tremendo com o que poderia acontecer, eu precisava ter aquele menino comigo, Miguel precisava dele. Ele era o anjo que o ajudaria a suportar tudo isso.
Quando chegamos lá, dissemos que queríamos falar com o delegado e logo eles nos atendeu.
- Em que posso ajuda-los? - ele parecia ser bem simpático.
- Senhor, temos algo muito serio para tratar contigo - disse Miguel e eu apenas concordei.
- Aconteceu alguma coisa? - ele perguntou preocupado.
- Ontem a noite nós achamos um menino jogado na rua, ele tem 6 anos e se chama Lorenzo. Pelo que disse, a mãe saiu e disse que voltaria, mas infelizmente isso já faz três dias. Nós levamos ele para o hospital e depois para o hotel em que estamos hospedados.
- Santo Cristo - ele disse se levantando e esfregando os olhos, quando ia falar alguma coisa eu chamei sua atenção.
- Senhor? - ele me olhou e eu continuei. - Nós queríamos saber se podemos ficar com ele.
Ele me olhou com interesse e se sentou na cadeira em nossa frente querendo saber mais sobre o assunto. E então explicamos para ele sobre os meus pais, ele ficou interessado, mas queria saber porque dois jovens garotos queriam ficar com o menino, então Miguel pegou na minha mão e falamos sobre a nossa historia e sobre os meus 5 meses de vida.
O delegado ficou chocado e bem emocionado, mesmo não deixando transparecer, mas dava para sentir em sua voz.
- Eu farei de tudo para ajudar vocês - ele disse por fim.
- Serio? - eu perguntei animado.
- Sim. A muito tempo atrás meu filho foi sequestrado por um bando de monstros. Eles queriam vingança por eu ter prendido o seu pai. Então meu marido se ofereceu para ficar no lugar do meu filho, eu implorei para que não fizesse, mas ele disse que era nosso filho, que não poderíamos deixa-lo morrer nas mãos daqueles homens, eu ainda pedi que fosse eu, mas o malditos não me quiseram... Ele fizeram a troca e deram um tiro na cabeça do meu marido na frente do meu filho, na minha frente. Se não fosse por meu garoto, acho que eu não estaria aqui hoje. Sei o que perder alguém que amamos e uma criança pode te ajudar a enfrentar isso...
Miguel apertou minha mão eu me segurei para não chorar e disse:
- Sinto muito.
- Eu já superei, mas infelizmente eu não esqueci.
- Mas o senhor se casou de novo?
- Não, Giovanni será para sempre meu único amor. Acredito que nós amamos uma pessoa na vida e Giovanni é essa pessoa.
Miguel me olhou e soltou um pequeno sorriso tristinho que foi de partir meu coração.
***
1 MÊS DEPOIS
Um mês se passou desde que o processo de adoção do Enzo começou, minha mãe assim como o meu pai vieram para Itália já que eles seriam os guardiões legais. Mais um mês de vida foi tirado de mim, agora só faltavam três meses e cada vez mais eu ficava abatido.
Sempre tentando agir com naturalidade e calma, mas por dentro eu estava um mar de nervos. As vezes eu queria que aquele exame nunca tivesse ficado pronto, acho que se tudo acontece sem eu saber seria mais fácil, eu não ficaria pensando como seria morrer, porque é o que se passa na minha cabeça metade do dia.
Estávamos sentados no lado de fora de um fórum esperando para saber qual foi a decisão da juíza. Descobrimos que infelizmente a mãe do Enzo foi morta por bandidos, claro que não contamos para ele, esperaríamos para dar essa noticia de uma forma amigável.
Depois de 2 horas esperando, meus pais saem do fórum com cara de cansados, eles estavam com o advogado da família.
- E então? - eu perguntei preocupado.
- Conseguimos.
Disse meu pai sorrindo e eu não me aguentei, pulei em cima dele e comecei a chorar. Miguel ficou que nem um louco e nós fomos para o orfanato pegar nosso anjinho, quando Enzo nos viu veio correndo e falando algo sobre seus amigos, quando dissemos que ele iria embora conosco, seu sorriso quase não cabia no rosto, era até uma cena linda de ser.
Ele se despediu de todos os seus amigos e depois fomos para o aeroporto de volta para o Brasil.
No avião foi uma festa, Enzo com medo da altura, mas ao mesmo tempo loco para dar uma olhada pela janelinha. Meu pai com medo porque odiava voar e Eros sempre tirando uma com ele, era até uma cena engraçada.
Quando chegamos cada um foi para sua casa, eu com os meus pais, Eros com o Miguel e Lola com o seu carro que estava a sua espera com uma amiga da faculdade.
Quando cheguei em casa mostrei tudo para o Enzo que ficou alucinado quando viu a piscina e um pouco assustado quando ouviu a Meg gritar que nem uma louca. Seu quarto estava arrumado com diversos brinquedos e outras coisas, seus olhos chegavam a brilhar, eram muito bom ver que ele estava feliz.
Depois de tanto pular ele comeu alguma coisa e tomou um banho e dormiu, então meu pai decidiu me levar até a ONG para me mostrar como estava ficando a obra. Quando chegamos estava tudo nos trilhos, a casa estava sendo construída e os homens trabalhavam perfeitamente.
- O que acha? - perguntou meu pai.
- Está tudo perfeito.
- Esse aqui é o Pablo, ele é o arquiteto que desenhou as plantas.
- Como vai?
- Bem e você? - eu perguntei pegando na sua mão.
- Ótimo, é um prazer conhece-lo.
Ele era um cara até que bonito. Tem o corpo magro, cabelo castanho meio bagunçado e com barba no rosto. Usava um óculos e tinha um sorriso carismático, até achei ele muito novo para ser arquiteto.
- Tenho 24 - ele disse sorrindo para mim.
- Nossa, parece mais novo.
- Obrigado - ele disse em um tom divertido.
- Pablo, mostra para o meu filho o projeto que você fez.
Nós fomos até um todo que estava levantado e espalhou seus projetos em cima de uma mesa.
- Então, eu espero que goste já que quem é o criador de tudo isso é você - ele disse sorrindo. - No primeiro andar da casa fiara uma sala, a cozinha, dois banheiros e o refeitório. Como sua ideia é de cuidar de crianças órfãs sem a capacidade de tratamento e de crianças com renda mensal baixa, eu resolvi fazer uma casa bem grande, já que algumas crianças moraram aqui. No segundo e no terceiro andar serão os quartos, feminino e masculinos separados por andar, com dois banheiros em casa andar para as crianças escovarem os dentes ou usarem de madrugada. Já o quarto andar será uma ala medica, como as crianças são mais frágeis, elas precisam de cuidados maiores e acho que tendo uma ala hospitalar aqui será muito melhor.
Então ele pegou seus outros desenhos e continuou:
- Aqui será outro prédio, com chuveiros. Como se fossem vestiários masculinos e femininos, paras as crianças não saírem no frio eu vou fazer um corredor ligando os dois prédios e no segundo andar será um lugar para artes. Musica, desenho, teatro, essas coisas que eles gostam de fazer. E como o terreno é bem grande, podemos fazer um jardim para que eles fiquem mais a vontade, com alguns brinquedos para lazer. O que achou?
Ele ficou me olhando.
- Mais que perfeito - eu disse me levantando. - Acho que não conheceria alguém melhor para ter essas ideias. Podem dar continuidade ao projeto.
- Meu irmão será o engenheiro - ele disse animado. - Saiba que o que você está fazendo é muito inspirador.
- Obrigado Pablo, agradeço de coração.
*
Continua