Capitulo 10

Parte da série Três Paixões

Oi gente desculpa, cada vez eu estou demorando de postar, mais tipo a minha vida virou de ponta cabeça, eu não estou convivendo muito bem com a minha mãe, estou desempregado, tem hora que eu tenho vontade de jogar tudo pro alto e fugir, mais ai eu me lembro do Paulo, agente acabou se separando na semana passada, mais essa semana, vocês nem acreditam oque ele fez, ele fez uma serenata pra mim, e pediu pra gente voltar, eu ia até desistir de escrever, por que eu não via minha vida sem ele, mais como agora nós estamos juntos, eu estou mais disposto até mesmo pra viver, e agora apareceu uma missão pra mim, cuidar dele, dois dias depois que voltamos a namorar, fomos andar de skate, na verdade ele, eu fui de patins, ele acabou se esborrachando na pista de skate que temos na cidade, ela é de concreto, ele acabou se ralando todo. bom vamos começar com a história

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Hahahahahaha – eu gritei tão alto que fiquei até com medo de perder a voz

Ai Thiago para de gritar – falou o Paulo Ricardo me olhando

O que você está fazendo aqui? – eu perguntei bravo

Eu que te pergunto, no seu quarto tem banheiro, o que você está fazendo aqui? – ele me perguntou dando espaço para mim sair

Eu não quero que o Paulo Henrique me veja – eu respondi saindo

Mais por que? Vocês brigaram? – ele perguntou

Vocês são tão amigos e ele não te contou por que brigamos? – eu perguntei meio seco

Não, eu até perguntei mais ele não quis falar nada – ele respondeu fechando a porta do banheiro

Eu resolvi ir pra sala, quando o Paulo Ricardo passasse ali eu explicaria para ele, se passou alguns minutos e ele apareceu na sala

E ai, você pode me explicar porque vocês brigaram? – ele perguntou

Agente não brigou, eu não dei tempo para nós brigarmos – eu respondi ligando a TV

Mais o que aconteceu pra ele ficar tão mal daquele jeito? – ele insistia

Eu contei o que aconteceu, falei do Mateus, falei que o Paulo Henrique, disse que eu tinha um caso com o Mateus, sobre a tentativa de assalto na casa da Ludmila, falei como foi meu dia pra ele, ele ficou super preocupado quando soube que eu tinha levado um tiro, mais eu falei que foi de raspão e já estava melhor, eu mostrei o braço onde eu tinha levado o tiro, e ele falou que eu precisava ir para o hospital, por que poderia infeccionar, e eu disse que iria no dia seguinte depois do Studio, e ele concordou, ele deu boa noite e foi para o quarto, tentou fazer eu ir para o quarto também, mais eu disse que iria ficar e ele não insistiu mais, assim eu acabei dormindo no sofá mesmo, com a TV ligada (sempre fazia isso). Quando eu acordei, eu me senti estranho, como se tivesse um braço em cima da minha barriga, eu deduzi que o tinha me carregado até o quarto, eu já ia brigar com ele quando eu tomo o maior susto, não era o Paulo Henrique mais sim o Luiz Henrique

Bom dia amor – ele falou mais eu não conseguia falar nada

Thiago estou falando com você – ele falou passado a mão na frente dos meus olhos que nem piscava

Lu... Luiz? O que você está fazendo na minha cama, na verdade o que você está fazendo em Buenos Aires? – eu perguntei

Ele começou a rir da minha cara

Do que você está rindo? – eu perguntei bravo

Da onde você tirou essa história que estamos na Argentina, a gente está no Brasil, e pra sua informação essa cama não é sua, é a minha – ele respondeu fazendo uma cara de cínico

Foi ai que eu olhei em volta, realmente era o quarto do Luiz Henrique, mais eu não conseguia entender – me responde uma coisa – eu falei

O que você quiser – ele falou me dando um selinho

Que dia é hoje? – eu perguntei

Você acha mesmo que eu ia esquecer que dia é hoje? – ele perguntou fazendo cara de magoado

O que que tem hoje? – eu perguntei bravo

Calma ai queridinho, não precisa ficar bravo – ele falou se levantando e indo até a sua como e abrindo a primeira gaveta, assim que ele se virou eu vi o que ele tinha ali, era uma caixinha de joia – Feliz aniversário meu Amor – ele falou se sentando na cama e abrindo a caixinha

Nesse momento eu senti um grande aperto no peito, logo eu passei a mão no meu pescoço para ver se a minha correntinha estava lá, e para o meu desespero não estava – Luiz cadê minha correntinha que o Paulo Henrique me deu? – eu perguntei desesperado

Que correntinha? E quem é esse Paulo Henrique? E por que ele te daria uma corrente? – ele perguntou bravo chegou a me dar medo

Por que você está gritando comigo? – eu perguntei

E como você quer que eu fale, o meu namorado acorda na minha cama no dia do aniversário dele, e ele me pergunta cadê a correntinha que um outro cara deu pra ele? A faça mil favor Thiago – ele falava sem paciência

Luiz você não é meu namorado, você é só meu amigo, meu melhor amigo desde pequenos, eu sempre te amei, é verdade mais agora eu amo outro – eu falei tentando o acalmar

Thiago – ele falou mais calmo e colocou a mão no meu braço, e eu fiz uma cara de que iria doer – o que foi? Por que você fez essa cara?

Meu braço, eu acabei levando um tiro ontem de um assaltante – eu respondi virando o rosto para meu braço, e acabo me assustando, não tinha nenhum ferimento ali – mais como?

O Luiz riu da minha cara – Amor você teve foi um sonho – ele falou enquanto ria

Mais foi tão real, não pode ter sido só um sonho – eu falei meio sem acreditar

Claro que pode, ontem depois o aniversário do seu sobrinho você e eu e todos os nossos amigos fomos para a balada, você bebeu todas lá, quase tirou toda a roupa, e como eu não podia te levar pra casa assim, eu liguei pra sogrona e falei que você ia dormir aqui em casa – ele falou

Eu não cons... – antes que eu pudesse terminar de falar a porta se abre

Luiz acorda o café está pronto, desculpa não sabia que o Thiago estava aqui – era a dona Neila mãe do Luiz – Bom dia Thiago

Eu estava morrendo de vergonha, estava só de cueca, ai eu me escondi embaixo da coberta – Bom dia dona Neila

Você vai ficar pro café? – ela perguntou

Vai sim mãe – falou o Luiz

Então se aprecem – ela falou antes de sair e fechar a porta

Ai que vergonha – eu falei tampando meu rosto com as mãos

Vergonha do que? Nós temos o direito de dormimos juntos, namoramos já faz 3 anos, minha mãe está acostumada de você dormir aqui em casa – ele falou se levando e sumiu pro banheiro

Eu fiquei ali pensando tentando assimilar tudo o que estava acontecendo, assim que o Luiz saiu do banheiro eu entrei, eu estava começando a acreditar que foi tudo um sonho, eu sai do banheiro e fui para o quarto mais o Luiz não estava mais lá, como eu estava sem roupa pra vestir resolvi colocar alguma roupa dele, assim que cheguei na cozinha estava, o Luiz, sua mãe e seu Pai, ele me olhou rapidamente e voltou a ler seu jornal

Ué Thiago por que você está usando minhas roupas? – perguntou com um sorriso no rosto

Por que eu não tenho roupa aqui – eu respondi envergonhado

Como não, você tem roupas aqui desde o ano passado, está tudo na segunda gaveta da minha cômoda – falou o Luiz

Tenho? – perguntei meio surpreso

Sim – ele respondeu rindo

Assim tomamos café, e a dona Neila falou para nos apressarmos, por que se não a gente ia chegar atrasado na escola, assim que estávamos chegando eu falei

Luiz meus materiais, eu não trouxe – eu falei

Não se preocupa, eu liguei para a Sthefany enquanto você tomava banho e pedi pra ela passar lá e pegar pra você – ele respondeu se aproximando para me dar um beijo e eu me afastei – o que foi por que não quer me beijar? – ele perguntou

Assim em público? – eu perguntei olhando em volta

O que tem haver? – ele perguntou se aproximando e me roubando um beijo

Todo mundo sabe do nosso namoro? – eu perguntei

Sim, eu te pedi em namoro encima de um palco, como ninguém vai saber, a cidade inteira sabe – ele falou pegando em uma das minha mãos

Thiago – alguém gritou o meu nome

Eu olhei para trás e vi a Sthefany correndo em minha direção, assim que ela chegou perto de mim ela jogou o meu material pra cima do Luiz e me deu um abraço

Parabéns meu nego – ela dizia – olha eu te comprei isso aqui – ela falou estendendo a mão e me entregando um embrulho pequeno

Não precisava – eu falei pegando o presente

Então tá, eu devolvo pra loja e fico com o dinheiro – ela falou puxando o presente de volta – brincadeira toma – ele me devolveu

Assim que eu abri eu vi que era um caixinha de relógio, quando eu abri eu vi que ele era lindo mais também não era só isso, ele era de marca era da Rolex uma das melhores marcas de relógios já feitos no mundo – Sthefany, eu nem sei o que dizer ele é lindo, muito obrigado

Que nada, você é meu melhor amigo merece o melhor – assim que ela falou o sino de entrada bateu

Vamos entrar? – falou o Luiz

Vamos sim – respondi

Assim que entramos, eu vi todos os meus amigos, todos vieram me parabenizar, a nossa aula ocorreu normalmente, mais eu não conseguia tirar o Paulo Henrique, o Leon nem o Mateus da cabeça, será que eu estava ficando doido, imaginando coisas, quando deu o sinal do intervalo eu fui ao banheiro, logo que eu fui lavar as mãos eu me olhei no espelho, me assustei ao ver um cicatriz de um corte na testa, quando eu cheguei na cantina eu comprimente quem estava na mesa, e dei um beijo no Luiz, assim que eu o beijei ouvi uma voz atrás de mim que me causou até arrepio

Olha só se não é o casalzinho de fruta do colégio – sim era ele mesmo o Kayron, como eu odiava aquele menino, minha vontade foi de pular em cima dele e arrancar seus olhos fora

O que você quer desgraça? – eu perguntei voltando a olhar pra o centro da mesa

Que isso maninho, eu vim aqui só te dar os parabéns, viu como eu sou bom? Meu aniversário foi a 11 dias e você nem veio me dar os parabéns – ele falou num tom provocativo

É isso que você quer? Então meus parabéns agora vaza daqui – eu falei

Vamos Kayron deixa esse idiota pra lá – falou o Vinicius atrás dele

E assim eles saíram, e eu me sento

Você está bem amor? – perguntou o Luiz

Estou sim, tem hora que eu odeio o meu pai por ter traído a minha mãe e ter me dado uma desgraça dessa como irmão – eu respondi

Calma, não liga pra ele faz isso só pra te provocar – falou o Luiz dando um beijo na minha boxeia

O sino bateu

Eu acho melhores irmos para a sala, é a aula do Render, ele até pode ser legal, mais não tolera atrasos – falou a Sthefany

Assim fomos para a sala, o professor já estava lá quando chegamos – vocês não vão entrar – ele falou assim que nos viu

A professor deixa só hoje, o Thiago teve um pequeno contratempo com o Kayron na hora do recreio – falou o Luiz Henrique para o professor

Tudo bem podem entrar – ele falou – há e aproposito Thiago meus parabéns, quantos anos? – ele perguntou

17 – eu respondi e fui me sentar

Ele estava explicando alguma coisa que eu não me lembro muito bem, quando a sala começou a falar mais alto que ele, e ele pegou a régua dele e bateu na mesa, que todo mundo calou a boca (é uma régua mesmo, era uma régua de madeira de 1 metro de altura) todo mundo odiava aquela régua.

O restante das aulas correram normalmente, quando deu a hora de ir embora, eu estava a caminha da minha casa quando o Luiz corre até mim e segura no meu braço

Espera, aonde você vai? – ele perguntou meio ofegante

Pra minha casa – eu respondi o que era o obvio

Não você não pode... é quer dizer eu planejei uma tarde especial para nos hoje – ele falou

Não. Eu quero ir pra casa ver minha mãe e depois ir na casa da minha avó - eu falei me virando e indo embora

Espera, você não pode ir pra sua casa, ou sua mãe me mata – ele falou isso e eu parei

Como assim, minha mãe te mata? – eu perguntei sério a ele

É que, é que... – eu o interrompi

É que o que? – eu perguntei bravo

Sua mãe vai fazer uma festa de surpresa pra você, e eu fiquei com a missão de te afastar de casa, enquanto ela arruma tudo – ele respondeu

Serio? – eu nunca ganhei uma festa de aniversário na minha vida inteira, e agora eu tinha uma que seria surpresa

Sim, mais agora eu estraguei tudo – ele falou meio entristecido

Ei olha pra mim, você não foi o culpado, na verdade foi eu – assim que eu falei eu dei um passo para trás, quando senti uma pancada no meu braço esquerdo

Um garoto estava correndo de bicicleta e sem querer esbarrou em mim, com fiquei caído no chão meio zonzo por não entender o que tinha acontecido, aquele garoto veio até mim falando

Mio Dio, mille scuse, stai bene? Vorrei non l’avessi fatto – ele disse olhando pra mim

(Meu Deus, mil desculpas, está bem? Eu não queria ter feito isso)

Assim que eu olhei para ele, eu não acreditei, sim era o Paulo Henrique

Paulo é você mesmo? – eu disse

Eu não acredito, é você mesmo? – eu perguntei

Non capisco – ele falou

(Não entendo)

O Luiz Henrique só olhava sem entender

NARRADO POR LUIZ HENRIQUE

Eu não entendo, o Thiago acordou, muito esquisito hoje cedo, falando de um tal de Paulo que era namorado dele, ele provavelmente estava sonhando, eu até relevei, mais agora não dava, ele olhava para esse Paulo de um jeito diferente, tinha um brilho no olhar dele, isso eu não poderia aceitar, eu teria que fazer alguma coisa....