Construindo o amor

Parte da série Construindo o amor

Meu nome é Willian (fictício) e vou dividir com vocês, um grande momento que estou vivendo em minha vida...

Sou de uma cidade do interior, e cidade pequena, já viram como é, todo mundo conhece todo mundo... As vidas são meio que "compartilhadas". Eu sempre fui uma pessoa muito comunicativa, e na minha cidade sou muito popular. Sempre vivi cercado de muitas pessoas, frequentando bons lugares, sempre badalando... Mas com o passar do tempo percebi que minhas amizades eram um pouco vazias. Comecei a participar de um grupo de jovens, do qual faziam parte aproximadamente 120 pessoas. Alguns eu conhecia e tinha afinidade, outros não ... Só de vista mesmo. E um desses era o Guilherme (Fictício). Tínhamos um amigo em comum, que era o Otávio. Essa era nossa unica afinidade. Eu nunca havia falado com ele, e achava ele metido e escroto.

Com a criação do grupo nós acabamos por nos aproximar em uma das atividades, por que na hora de ir embora, saímos num grupo de pessoas conversando, e quando vi, ficamos nós dois, por que morávamos na mesma direção. A partir desse dia vi que as aparências enganam e que ele era uma boa pessoa. Nos adicionamos no msn, e conversávamos todas as noites. Eu já era assumidamente gay, tinha acabado de terminar uma relação de quase 08 anos. Ele era o típico playboy, pegava todas as menininhas, era o bambambam ... Nossas conversas estavam se tornando cada vez mais frequente, agora também conversávamos por SMS. Em pouco tempo começamos a sair juntos, nos identificamos, uma amizade nascia, era algo forte, apesar do pouco tempo. Eu sempre estava ajudando ele com as suas garotas, era meio que um prazer, vê-lo se sentir realizado, compartilhávamos tudo, saíamos juntos todos os dias, ele sabia da minha opção sexual, e eu achava o máximo a maneira como ele, mesmo sendo hetero não se impunha a isso (como tipicamente as cidades pequenas são).

Nossa amizade cresceu tanto e em pouco tempo nos tornamos dependentes um do outro, fazíamos tudo juntos... Era engraçado, por que não era uma amizade comum, eu no fundo sabia que tinha algo mais... Comecei a sentir um pouco de ciúmes das garotas que ele ficava, e num determinado dia, ele ficou com uma menina que eu desaprovei... Brigamos feio, e eu disse a ele que nunca mais queria vê-lo por que ele tinha traído minha confiança.

No mesmo instante ele me manda uma SMS, pedindo desculpas, dizendo pra eu não fazer isso, que ele precisava de mim. Mas eu continuava irredutível...

Quando ele me manda uma outra SMS dizendo que se eu seria feliz sem ele, ele aceitaria não falar mais comigo, mas que ele nunca gostou de ninguém da forma que ele gostava de mim, e me perguntava se eu poderia me encontrar com ele, pra ele me dizer uma última coisa, e me entregar algo que ele já queria ter dado a mais tempo. E finalizou dizendo "Te amo"

Senti meus pés fora do chão quando li essa mensagem. Respondi, pedindo que ele marcasse o lugar que eu iria sim, imaginando ser uma praça, ou uma lanchonete qualquer.

Quando ele me responde pedindo pra que eu fosse a um lugar que eu já conhecia, porem afastado de movimento. Mas mesmo assim respondi que iria. Chegando no lugar, ele estava sentado, estava escuro,eu cheguei e me sentei, notei que ele estava chorando, mas eu continuava bravo.

Eu disse: - Pode falar o que você quer, por que eu estou com pressa. Ele ficou em silêncio por um tempo e depois o unico ruído que eu ouvia era seu choro, que eu sentia que era de verdade. Aquilo estava cortando meu coração, mas eu não mudei de opinião e disse: - Dá pra falar? Eu estou com pressa, se não vou embora. (E saí andando). Ele se levantou mais que depressa, e veio ao meu encontro, me abraçando e pedindo que eu não amasse outra pessoa que não fosse ele, e o que ele queria me dar era o coração dele.

Quase morri! Comecei a chorar junto com ele, nos sentamos abraçados, ele me pediu perdão, e eu perdoei ... A partir daí a história começava a mudar ...

Nos dias que se seguiram comecei a notar que ele estava mais atencioso e mais efusivo nos seus gestos. Me fazia carinho discretamente escondido quando estávamos juntos. Dizia que me amava em todas as mensagens, sempre que ninguém estava olhando pegava discretamente a minha mão...

E eu comecei a corresponder, mas sempre pensando em amizade ... Sempre que estávamos juntos a gente se falava sobre isso. Sobre a nossa relação de amizade, que se um dia acontecesse alguma coisa ia ser de comum acordo ... Coisas assim.

Um dia ele me chamou pra voltar ao lugar daquele primeiro abraço, e eu fui, chegando lá, ficamos abraçados, com nossos corpos bem colados, eu sentindo muito tesão, e sabendo que ele também, mas sem pronunciar uma unica palavra, apenas em silêncio, despertando vontade um no outro, mas ambos sem coragem de tomar a iniciativa.

Chegou o ano novo, e ele me disse que queria me dar os cumprimentos neste lugar, saímos da festa da rua e fomos para lá, ficamos como sempre abraçados, bem próximos, eu podia sentir o pau dele pulsando em contato com meu corpo. Mas tudo no silêncio sem uma palavra. Ele começa então a me olhar nos olhos, e ficamos assim por um longo tempo, e de repente, num impulso nossos narizes se tocam e começamos a nos beijar, foi o beijo mais maravilhoso que eu já dei na minha vida. Era algo que nós dois esperamos por muito tempo. E foi de um sentimento tão grande e de uma intensidade tão profunda... Depois de alguns minutos saboreando nossas bocas, noto que ele fica mais intenso e conduz minha mão até o seu pau, não me fiz de rogado, peguei, senti, queria aquilo, sentir que ele tinha prazer em estar comigo me fazia bem, ele gemia e me beijava, fazia juras... Dizia do prazer que estava sentindo, quando ele pede que eu toque uma pra ele... Eu comecei com movimentos leves, ele beijava meu pescoço, me mordia e dizia que esperou demais por aquele momento. Ficamos nesse clima até ele gozar na minha mão. Ele queria mais, mas eu fiquei com medo devido ao lugar, apesar de também querer... Limpei minha mão e voltamos para a festa a rua. Depois desse dia muitos outros momentos, brigas, discussões e histórias incríveis aconteceram ... CONTINUA ...