Capítulo 47

Conto de SyncMaster como (Seguir)

Parte da série Tribulações

Vinícius: Por que chegou mais cedo?

Ele parecia bravo, como se ela estivesse cometendo um crime por estar ali naquele momento.

Izaura: Ué. Tivemos nosso almoço pra comemorar o aniversário da empresa e fomos dispensados. E eu preciso conversar sobre duas coisas com vocês dois.

Fiquei com medo, várias coisas se passaram pela minha cabeça naquele momento.

Vinícius: Um pra cada um de nós, ou os dois são pros dois?

Izaura: Um é pra um de vocês, o outro, pros dois. - Ela disse sentando-se conosco.

Vinícius: Tá, então fala. - ele ainda demonstrava estar bravo por ela ter atrapalhado nossa conversa. E para ser sincero, eu também estava.

Izaura: Bom, vou começar pelo o assunto que envolve os dois… - Ela fez uma pausa. - Me ofereceram uma promoção no trabalho.

Vinícius: Que ótimo, mãe! - Ele sorriu.

Felipe: Olha só, parabéns, tia!

Izaura: Obrigada. Mas tem uma coisa… eles precisam que eu faça um tipo de curso antes de assumir o cargo!

Vinícius: Que tipo de curso? - Ele perguntou confuso.

Izaura: Do tipo essa semana, sábado o dia todo! Do tipo que vou precisar viajar na sexta e só voltar domingo!

Vinícius: Vixe. - Ele pareceu rir.

Izaura: Vixe mesmo. - Ela riu. - A empresa vai bancar a viagem, hospedagem, isso não é o problema. Estou conversando com vocês porque eu quero saber se vocês ficarão bem aqui, se vão saber se virar… quero saber se eu posso ir tranquila!

Vinícius: Claro que pode, mãe! A gente se vira, o Lipe cozinha, ele fez o almoço hoje! - Dei risada enquanto ele falava. - Pode ir, faz o curso, pega essa promoção! A gente sobrevive!

Izaura: Que ótimo! Esse Lipe é nossa salvação! - Ela deu uma certa ênfase no “Lipe”. - Então eu posso ir? Vocês ficarão bem, tem certeza?

Vinícius: Absoluta, mãe! Vai na fé!

Ela riu.

Izaura: Ok, então tá bom. Era isso!

Vinícius E o outro assunto?

Ela me olhou e eu gelei na hora.

Izaura: O outro assunto é com o Felipe. Pode me deixar falar com ele, filho?

Ele pareceu assustado, no começo pensei que fosse sobre a briga, mas o Vinícius sabia sobre a briga, por que pedir para ele sair?

Vinícius: Tudo bem… - Ele disse confuso. Vou pro quarto.

Izaura: E nada de ficar ouvindo nossa conversa, hein!

Vinícius: Fica tranquila. - Ele disse saindo da cozinha.

Minha tia e eu ficamos nos entreolhando por alguns segundos, e então ela se levantou sussurrando: “Vou conferir se ele não está aqui do lado ouvindo o que falamos”. Ela deixou a cozinha também, deve ter ido até o quarto ver se o Vinícius estava lá mesmo, e então voltou, sentou-se e respirou fundo.

Izaura: Fê, eu recebi uma ligação da escola agora pouco dizendo que a inspetora de alunos viu você dando um soco em um outro aluno, mas como vocês estavam fora da escola, a inspetora não pode chamar os dois para a diretoria, aplicar uma advertência, blá blá blá… como eu te conheço, imagino duas explicações: a inspetora confundiu outro aluno com você, ou então tem algum ótimo motivo pra você bater assim em um aluno.

Respirei fundo.

Felipe: Era eu, sim. Dei um soco no Guilherme.

Izaura: E por qual motivo?

Felipe: Ele começou a fazer piadas sobre mim, e sobre o Vinícius… no começo eu ignorei, mas depois não consegui, comecei a discutir com ele na sala, acabei deixado ele com raiva. E depois, quando a aula acabou, ele juntou a turma dele e veio atrás de mim, provavelmente iam me bater, então eu bati primeiro.

Izaura: Foi por isso mesmo que você bateu nele?

Tive raiva e medo ao mesmo tempo.

Felipe: Foi porque ele chamou o Vinícius de bosta! Eu só quis defender o Vinícius, caramba! Em todo o tempo que eu fiquei com o Nicolas, nunca tive coragem de enfrentar ninguém pra defender a gente dessas piadas idiotas!

Izaura: Eu sei que tipo de piada ele estava fazendo. E não te culpo por tentar defender seu primo, fico até feliz em ver que você quer defendê-lo. Mas cuidado, um soco pode não ser a solução, muito pelo contrário, pode piorar a situação pra vocês.

Felipe: Eu sei, tia! Eu sei! Mas era bater ou apanhar, e eu não queria apanhar!

Izaura: Ninguém ia querer. - Ela riu. - Mas me promete que vai tomar cuidado, seja mais paciente! Às vezes, pra manter você e seu primo seguros, o melhor vai ser fingir que não escutou nada do que disseram.

Felipe: Tá. Eu prometo. - Falei um pouco bravo.

Izaura: Posso fazer uma última pergunta?

Felipe: Pode.

Izaura: Você e o Vinícius andam muito próximos. Conversam até tarde na mesma cama, fazem tudo juntos, arrumam briga pra defender um ao outro, dão apelidos carinhosos… isso é coisa de primos?

Fiquei um pouco atordoado com a pergunta dela, porque eu mesmo não sabia dizer.

Felipe: Acredito que sim.

Izaura: Entendi. Tudo bem, então! - Ela disse se levantando. - Era só isso, mais cuidado com essas brigas, hein! Não vou contar ao seu pai dessa vez, mas se acontecer de novo, ele vai ficar sabendo!

Felipe: Tá, pode deixar. - Falei me levantando. - Vou chamar o Vinícius pra arrumar isso aqui.

Izaura: Não precisa, querido. Pode ir pro quarto, eu limpo tudo aqui.

Sorri e dei alguns passos, mas parei.

Felipe: Tia?

Izaura: Oi.

Felipe: Você gosta que eu more aqui com vocês?

Izaura: Mas é claro que eu gosto! - Ela riu. - Por que?

Felipe: Por nada. Obrigado! - Falei deixando a cozinha enquanto ela me observava assustada com a minha pergunta.

Entrei no quarto e me sentei na cama.

Vinícius: Levou bronca?

Felipe: Mais ou menos.

Vinícius: Foi por causa da briga? - Fiz que sim com a cabeça. - Como ela sabe?

Felipe: A inspetora viu a briga, infelizmente ela me conheceu e sabe que moro com vocês, então ela ligou pra sua mãe.

Vinícius: Aff. Mas e aí?

Felipe: Ela me disse pra ter mais cuidado, disse também que dessa vez ela não vai contar ao meu pai, mas se acontecer de novo, ela vai contar.

Vinícius: Ah, podia ser pior.

Felipe: É. - Respondi seco.

Vinícius: Por que você está assim?

Felipe: Assim como?

Vinícius: Seco, parece que só está falando comigo por obrigação!

Respirei fundo.

Felipe: Tá tudo uma bagunça… - Falei sem pensar.

Vinícius: Como assim?

Felipe: Minha cabeça… Sei lá.

Vinícius: Pode explicar melhor? - Ele pareceu rir. - Que parte está bagunçada e o que eu posso fazer pra consertar?

Encarei-o, essas atitudes dele me assustavam.

Felipe: Eu não sei o que eu tô sentindo… é só isso.

Ele continuou me observando com um olhar sério.

Vinícius: Imaginei que estava assim por dentro.

Felipe: Quê? - Perguntei assustado.

Vinícius: Imaginei que estava assim por dentro. - Ele disse exatamente da mesma forma.

Felipe: Eu entendi as palavras, só não sei o que quis dizer com isso.

Vinícius: Não quis dizer nada além do que eu disse. - Ele pareceu triste, aborrecido, talvez decepcionado. - Acho que não posso fazer nada sobre isso, né?

Fiz que não com a cabeça.

Felipe: Desculpa, mas eu acho que não!

Vinícius: É, eu imaginei!

Nos encaramos por alguns segundos, e então ele se levantou da cama dizendo: “Bom, academia?”.

Na quarta-feira seguinte, acordei com o Vinícius me chamando, pouco antes do meu celular despertar. Já pude sentir seu “cheiro de banho”, seu perfume que predominava o quarto, e que eu adorava.

Vinícius: Bom dia. - Ele disse sentado na beirada da minha cama.

Felipe: Bom dia, Vini. - Falei me espreguiçando.

Vinícius: Hora de se arrumar, moço. Ainda é quarta feira!

Dei risada.

Felipe: É, não queremos perder a revanche do Guilherme.

Vinícius: Ele não vai fazer nada. Você bateu nele no meio de toda a turminha dele, ele vai ficar quietinho agora, humilhado.

Felipe: Espero que sim. - Falei me levantando e pegando minhas coisas para tomar banho.

Deixei o quarto enquanto o Vinícius calçava o tênis. Naquele dia eu comecei a me perguntar se ele se vestia no quarto, enquanto eu dormia. Seria estranho se ele fizesse isso, pelo menos eu me sentiria estranho, envergonhado por saber que ele estava ali, nu, se vestindo, enquanto eu estava do lado, apenas dormindo. Tentei não pensar no assunto enquanto tomei banho.

Na aula, nada de extraordinário aconteceu. O Guilherme ficou quietinho no seu canto da sala, ouvi alguns alunos zombando dele quando entrei, mas não encarei ninguém, apenas me sentei e fiquei em silêncio após cumprimentar meus amigos.

Letícia: O que você tem na cabeça? - Ela me perguntou. - Foi bater logo no Guilherme!?

Felipe: Nem vem, já ouvi gente demais me chamando de maluco!

Ela encarou o Vinícius, que deu um sorriso.

Letícia: Você defende ele, né? - Ela perguntou ao Vinícius.

Felipe: Não, ele foi o primeiro que me chamou de doido.

De repente ela se virou pra frente e não falou mais com a gente. Parecia mais brava do que minha tia.

Pedro: Aí, Fê… - Ele chamou minha atenção. - Foi um soco bonito! - Ele riu quando olhei-o.

Acabei dando risada com eles. Ninguém mais comentou nada sobre a briga, nem meus amigos, e nem o restante da sala. No decorrer da aula, o Guilherme não abriu a boca nem mesmo uma vez! Ele ficou quieto o tempo todo, e em nenhum momento ele me encarou. Me senti estranho, como se eu fosse um daqueles valentões que impõe medo aos outros.

Vinícius: Eu falei que ele ia ficar quietinho… - Ele me disse no final da aula, quando estávamos indo pra casa.

Felipe: Só vou acreditar quando entrarmos em casa seguros e ilesos. - Falei brincando.

Vinícius: Ele não vai fazer nada! - Insistiu, e eu dei risada.

Izaura: Olá, meninos bonitos. - O mesmo cumprimento de sempre.

Nos sentamos com ela para comer, mas ela ficou ali conosco por menos de vinte minutos.

Izaura: Aí, me desculpem. Quem sabe depois que eu for promovida, consigo mudar meu horário de almoço pra um melhor. Aí posso almoçar com vocês!

Vinícius: Não se preocupa, mãe! Nós entendemos.

Izaura: Vocês são uns amores! - Ela disse mandando um beijo de longe e saindo da cozinha.

Felipe: É legal ver o jeito que você incentiva sua mãe. - Falei depois de alguns segundos.

Vinícius: Se não for eu, ninguém vai incentivar. - Ele pareceu preocupado.

Felipe: Ela não quer conhecer outro homem? De repente namorar… sei lá.

Vinícius: Não sei, nunca falamos sobre isso.

Felipe: O que você acha?

Vinícius: Eu acho que deveria. Já faz tanto tempo que meu pai… você sabe.

Ficamos em silêncio por um momento.

Vinícius: Se você encontrasse alguém agora, acha que consegue se comprometer de novo?

Felipe: Eu não sei…

Vinícius: É.

Felipe: E você, não pensa em arrumar alguém?

Vinícius: Cada dia mais.

Felipe: Então por que não arruma?

Vinícius: Nossa! - Ele quis rir. - Como se fosse fácil assim! Eu não quero qualquer pessoa!

Felipe: Quem você quer? A Letícia?

Vinícius: Letícia, Letícia… por que insiste nela?

Felipe: Porque é óbvio.

Vinícius: Posso fazer uma pergunta?

Felipe: Claro.

Vinícius: Quando você olha pra mim… você pensa que a melhor pessoa pra ficar comigo é a Letícia?

Fiquei olhando-o sem reação, sem saber o que falar. Que raio de pergunta era aquela?

Felipe: Eu não sei… - Falei incerto. Meus pensamentos estavam entrando em contradição uns com os outros.

Vinícius: Você não imagina nada pra mim? - Sua voz parecia triste.

Por que ele insistia em agir daquela forma? Se eu ao menos conseguisse entendê-lo, se eu conseguisse saber em que ele estava pensando, eu poderia imaginar algo. Mas o Vinícius era um mistério pra mim! Durante um tempo eu achei que o conhecia bem, acreditei que conhecia seus pensamentos, seus sentimentos, assim como ele conhecia os meus (ou parte deles), mas há um certo tempo eu estava em dúvida sobre isso, comecei a achar que eu não conhecia seus sentimentos, nenhum deles!

Felipe: Eu não consigo…

Vinícius: Por que não?

Felipe: Porque você é um mistério pra mim. Eu passo o dia todo com você, e ainda assim não consigo entender o que você está sentindo, muito menos por quem está sentindo!

Ele ficou em silêncio, me observando com os olhos arregalados.

Vinícius: Entendi. - Ele disse sério. - Bom, desculpa te fazer pensar nessas coisas bobas sobre mim.

E então ele se levantou, eu me senti um pouco decepcionado comigo mesmo. Não era minha intenção chateá-lo, só achei que poderia entendê-lo melhor se me abrisse um pouco mais.

Felipe: Não são bobas. Você é importante pra mim, eu tento te entender o tempo todo! Eu fico pensando em você e em quem você é pra mim…

Me enrolei no final e parei de falar, mas ele não respondeu. Apenas ficou de costas para mim, encostado na pia. Por um minuto eu achei que ele estava chorando e me assustei, mas então ele disse com uma voz bem firme: “Melhor lavar a louça pra minha mãe”.

Ajudei-o com a louça e a arrumar a cozinha, não conversamos mais sobre aquele assunto, mas ele ficou sério, falou muito pouco comigo. Ele não parecia bravo, parecia triste! Eu me senti mal o tempo todo, pensei em pedir desculpas, mas seria inútil agora que eu já havia dito tantas coisas.

Passamos o resto do dia com uma certa distância entre nós dois. Fomos à academia e fizemos tudo o que costumávamos fazer, mas sem aquela proximidade, sem aquela intimidade de sempre. De certa forma, essa situação me fez entender o que já deveria ser óbvio.

Mas apesar disso, essa tensão entre nós se estendeu até a quinta feira. Ele me acordou pela manhã, como de costume, e eu fui tomar banho, depois tomamos café juntos, pegamos nossas coisas e fomos à escola.

Ele ficou quieto durante a manhã toda, nas poucas vezes que conversamos, ele continuava me olhando com aquela mesma expressão atenciosa e tranquila de sempre. Apesar de estar muito claro que havia algo estranho entre nós dois, ninguém perguntou nada, nem mesmo a Letícia.

O tempo estava nublado quando saímos ao final da aula. Parecia que ia chover por várias semanas seguidas! Nos apressamos, pois poderia chover a qualquer momento, e não tínhamos nenhum guarda-chuva!

Izaura: Achei que chegariam encharcados! - Ela riu.

Vinícius: Olha, foi por pouco! - Ele brincou, foi a primeira brincadeira dele no dia.

Izaura: O almoço está quentinho, eu já estou de saída!

Vinícius: Tá. E amanhã?

Izaura: Vou viajar depois do almoço. Conversamos sobre isso de noite!

Concordamos, ela pegou sua bolsa, uma pasta cheia de papéis, e foi embora.

Vinícius: Será que sobrevivemos ao fim de semana sem minha mãe?

Dei risada.

Felipe: Você sozinho, não sei. Mas como tô aqui também, vamos sobreviver.

Ele riu.

Vinícius: Convencido!

Aos poucos, durante o almoço, fomos voltando ao normal um com o outro. Ele brincou, fez piadas e até me provocou fingindo que ia roubar comida do meu prato. Em poucos minutos eu já nem me lembrava que estávamos frios um com o outro até pouco tempo atrás.

Depois de almoçar, juntamos os pratos e colocamos na pia, arrumamos a mesa, e então ele ficou imóvel em frente à pia.

Felipe: Vamos lavar a louça? - Perguntei sem pensar.

Vinícius: Não… Lipe?

Felipe: Oi, Vini.

Vinícius: Eu…

Ele pareceu esquecer do que ia falar.

Felipe: Você o que? - Perguntei achando engraçado o jeito dele.

Vinícius: Na primeira vez que você veio pra cá, você estava muito magoado, com medo, não sei…

Felipe: Vini? - Ouvi ele começar aquele discurso e tentei interrompê-lo, eu não queria que aquela tensão voltasse.

Vinícius: Não, me escuta, por favor! - Fiquei em silêncio, fechei a boca e deixei que ele continuasse. - Eu não te conhecia, mas aos poucos eu vi você se recompor, e a cada dia você me parecia mais incrível, eu nunca tinha visto ninguém igual você! Sensível, educado, bonito... - Ele falava depressa, sua voz estava trêmula, e eu estava gelado, com medo! Meu coração batia forte. - Aí eu ganhei sua confiança aos poucos, e você demonstrou se importar comigo, você parecia cuidar de mim, me dar atenção! Você parecia querer estar comigo do mesmo jeito que eu queria estar com você! Mas aí você me contou sobre o Nicolas, e eu fiquei arrasado, eu me toquei que você não me olhava do mesmo jeito que eu olhava pra você! Aquela expectativa que eu criei, era só ilusão minha! Mas ainda assim eu te apoiei, eu te ajudei a ir atrás da sua felicidade, porque era o que você queria! - Ele parou por um momento, como se estivesse tomando ar. Eu me arrepiava com seu olhar, não pude acreditar que estava ouvindo aquilo. - Aí você foi embora, você foi atrás do que era importante pra você, e eu fiquei aqui, eu perdi você! Eu abri mão do que eu mais queria, você aqui comigo! - Quanto mais ele falava, mais ar me faltava. - Aí você voltou! E, dessa vez, era só você, não tinha Nicolas! Mas você me pareceu tão confuso, continuava se distanciando quando eu tentava me aproximar! Achei que não era uma boa hora pra tentar! Então eu disse pra mim mesmo que era melhor te dar um tempo… só que essa semana você veio e me disse que acha melhor ir embora, e desde que você me disse isso, eu tô com muito medo de perder você outra vez! Eu tenho muito medo que você decida ir embora de novo! Eu não quero ficar sozinho de novo, não quero te perder outra vez!

Eu me senti completamente desnorteado.

Felipe: Por que tá me dizendo isso agora? - Foi a única coisa que consegui dizer.

Vinícius: Porque você me disse que eu sou um mistério pra você! Então tô te dizendo como eu me sinto! Pode dizer que eu sou um idiota por falar assim, mas eu já devia ter feito isso antes! Pode se afastar de mim, pode me dar gelo, só que eu não quero que você passe mais um dia sem saber que depois de todo esse tempo vivendo com você, eu passei a te amar muito! Você se tornou a única pessoa nesse mundo que eu faço questão de ter por perto! - Eu me senti completamente perdido ali, senti como se minha cabeça fosse explodir. - Eu te amo, só quero que saiba disso. Não vou deixar você ir embora de novo sem saber!

Comentários

Há 6 comentários.

Por edward em 2017-05-15 13:46:40
Awnt...Que fofo ,agora só falta o beijo kkkk
Por Elizalva.c.s em 2017-05-10 22:43:41
👏👏👏aí Vini muito fofa essa declaração de amor.😍😍😍😍😘😘😘😘😘
Por Guerra21 em 2017-05-10 18:26:30
Minha nosssaaaaaaaa. Segura o coração crianças, não é pra qualquer um, tem que aguentar a marcação pesada, vc não tem mais escolha Felipe.
Por luan silva em 2017-05-10 07:03:40
Aaaaaaaaaa porque parou?? Logo agora? Pf posta logo o próximo
Por Depressivo em 2017-05-09 23:52:27
Eu te odeio vc cortou a melhor parte que a quando eles se beijam e DPS fodem ate o talo poste logo o próximo capitulo antes que eu te sequestre e te force a escrever
Por Tyler Langdon em 2017-05-09 23:35:36
Ooooooooooown que fofo. ❤❤