Capítulo 33

Conto de SyncMaster como (Seguir)

Parte da série Tribulações

Oi pra você, leitor, hehehe.

Só quero pedir desculpas por ter demorado tanto pra continuar postando... Apesar de já ter toda a história escrita até o fim, estava em dúvida se deveria continuar... Mas enfim, acho que não vou parar.

Outra coisa: me adiciona no Telegram se quiser conversar, trocar uma ideia, sem maldade. Me chama lá: @felipe_tracker

Boa leitura! E uma ótima semana!

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Eu acordei bem cedo com o Vinicius levantando, e depois tentando se trocar em silêncio, pra não me acordar, o que não deu muito certo.

Felipe: Pode acender a luz se quiser. - Falei sonolento.

Vinicius: Aah... - Ele pareceu se assustar - Não se preocupe. Eu to bem. Desculpa te acordar...

Felipe: Não esquenta. - Falei ainda sonolento. Abri mais os olhos e olhei pra ele. O quarto estava tão escuro quanto estava quando me deitei. Mas eu podia ver o Vinicius se movendo do lado da sua cama. Eu ouvia barulho de roupa, zíper, e logo pude identificar um vulto branco na altura da sua cintura, logo percebi que era sua cueca.

Fiquei envergonhado, mesmo estando mais dormindo do que acordado. Me virei de costas pra ele e acabei dormindo de novo. Nem o vi sair.

Depois de acordar, um pouco mais tarde, eu não precisei de muito tempo pra perceber que eu estava trancado, não havia chave do portão pra mim. Assim como os telefones foram desconectados e os cabos escondidos, me senti em uma prisão, aquilo era revoltante… Minha tia pareceu ser tão contrária ä atitude do meu pai, mas agia de acordo com a vontade dele.

Arrumei a minha cama depois de tomar café, e arrumei até mesmo a cama do Vinicius. Ele devia se mexer bastante durante a noite, pois sua cama sempre acordava muito bagunçada.

Olhei o horário, era quase hora do intervalo na escola… Respirei fundo, vesti uma roupa mais apresentável e calcei um tênis. Quanto mais eu avançava, mais raiva eu sentia.

Pus os pés para fora e observei o muro, era consideravelmente mais alto que eu, mas era cimentado, áspero… Para me machucar, seria muito fácil. Encostei a porta de casa, ao menos essa deixaram uma chave para mim.

Me aproximei do muro e olhei um pouco para cima, planejando meu salto. Tomei alguns passos de distância, dei um impulso e consegui subir pelo muro, passei para o outro lado e caí na calçada. Olhei em volta, não havia ninguém me observando.

Andei apressado para o lado esquerdo… Eu não sabia ao certo qual o horário de almoço da minha tia, então eu precisava ser rápido! Andei alguns quarteirões até chegar em uma praça, eu me reparei nela no sábado a noite, meu pai passou em frente de carro, e eu memorizei o caminho até a casa da minha tia.

Na esquina havia alguns orelhões, coisa das antigas, mas nunca me pareceram tão úteis. Me aproximei de um e olhei a hora, o intervalo da escola já tinha começado há uns cinco minutos.

Tirei o telefone do gancho com o coração batendo forte, disquei o número do celular do Nícolas, à cobrar, claro. Afinal, eu não tinha dinheiro para cartão telefônico.

Minhas pernas amoleceram quando começou a tocar, porém, a cada toque sem atender, eu ficava mais nervoso. A chamada caiu e eu me senti inútil, fui até ali para não conseguir nada? Liguei novamente na casa do Nícolas, mas também chamou até cair a ligação. Eu não sabia o número do telefone celular da Bianca, nem o número do telefone da sua casa… Só consegui me lembrar do telefone da casa da Angélica, pois era parecido com o telefone da minha casa. Disquei, mas também ninguém atendeu… Xinguei em voz alta, meus dedos tremiam.

Felipe: Alguém vai ter que me atender! - Sussurrei discando novamente para o celular do Nícolas.

Antes que o primeiro toque terminasse, ele atendeu a ligação, eu estremeci e, ao mesmo tempo, me senti envergonhado por estar ligando a cobrar, mas com certeza ele entenderia.

Nícolas: Alô??? - Sua voz era inconfundível.

Me vi com os olhos cheios de lágrimas.

Felipe: Oi, Nick. - Falei com a voz fraquejando.

Nícolas: Onde você acha que tá? O que pensa que tá fazendo??? TEM NOÇÃO DE COMO EU FIQUEI DEPOIS QUE SEUS PAIS ME DISSERAM QUE VOCÊ FOI EMBORA?

Respirei fundo.

Felipe: Não é nada disso que meus pais te disseram, seja lá qual for a versão completa da história deles.... - Falei sem ânimo na voz.

Ele ficou quieto, parecia sem palavras, ouvi uma voz que parecia da Bianca ao fundo, perguntando: “é ele???”.

Felipe: Nick, me escuta! Meus pais descobriram que a gente tava namorando… Quando entrei em casa no sábado, eles estavam me esperando com minhas malas prontas, tomaram meu celular, eu não tive como te avisar!

Nícolas: Malas??? Onde você tá?

Falei o nome da cidade para ele.

Felipe: Tô na casa de uma tia, ela é legal… Tem meu primo, da nossa idade, ele é legal também… Não tô em nenhum purgatório.

Nícolas: E por que não me ligou antes? Por que só agora??? - Ele estava nervoso, e com razão.

Felipe: Meu pai disse pra minha tia não me deixar usar telefone nem internet… Acho que ela não vai contrariar meu pai, apesar de não concordar com ele… Eu ainda não sei qual é a da minha tia!

Nícolas: E por que não pediu pro seu primo? Se ele é tão legal, teria te ajudado.

Felipe: Ele não sabe o real motivo de eu estar aqui… Ele acha que só vim estudar numa escola melhor. Eu achei melhor não contar pra ele, tive medo de ter que enfrentar preconceito da parte dele… Se eu pedisse pra usar o celular dele, provavelmente ele ia comentar com a minha tia depois, e se eu arriscasse pedir pra ele manter segredo, provavelmente ele ia querer saber o porquê. Se eu não contasse, provavelmente ele perguntaria para minha tia. Eu não quero que eles saibam que falei com você, entende? Por isso só liguei agora!

Nícolas: E de onde você tá ligando?

Felipe: De um orelhão numa praça perto da casa da minha tia. Ela foi trabalhar, meu primo foi pra escola, eu tava sozinho… Então pulei o muro e vim procurar um telefone pra te ligar.

Nícolas: Pulou o muro???

Felipe: É… Eu tô trancado, Nick… Tenho que ir da escola pra casa, e de casa pra escola… Já disse que não posso usar telefone, meu celular foi confiscado… - Parei de falar.

Nícolas: Seu pai tá de brincadeira, né? Perdeu a noção? Isso é irracional!

Felipe: O preconceito e a ignorância sempre têm algo pra surpreender a gente.

Ele bufou do outro lado.

Nícolas: eu vou falar com meus pais… Vou dar um jeito de buscar você.

Felipe: Não, Nick.

Nícolas: Quê? Como não? Você vai aceitar isso???

Felipe: Não, mas quanto mais eu bater de frente, mais drásticas vão ser as atitudes do meu pai.

Nícolas: E o que você pretende, então?

Respirei fundo.

Felipe: Eu te prometo que vou dar um jeito… Por enquanto me dá só alguns dias, deixa meu pai se acalmar e refletir sobre o que ele tá fazendo, tá? Depois eu tento conseguir ajuda da minha tia, ou da minha mãe, ela pareceu totalmente contra essa história toda… Se as coisas começarem a demorar muito pra andar, fazemos do seu jeito.

Nícolas: Tá… Até lá eu mantenho meu celular com crédito pra poder receber suas ligações. - Ele pareceu bem humorado nesse momento.

Felipe: Não vou conseguir te ligar com muita frequência, Nick… Amanhã eu começo a ir à escola com meu primo, nossos horários vão ser os mesmos… Não sei quando vou ficar sozinho de novo pra escapar e vir te ligar. Mas eu prometo que te ligo assim que eu puder! Sempre que puder! Eu prometo… - minha voz fraquejou - Que logo eu vou voltar pra perto de você!

Nícolas: Eu confio em você.

Pude ouvir o sinal da escola, o intervalo estava acabando.

Felipe: Hora de voltar pra sala?

Nícolas: É… - Ele disse cabisbaixo.

Felipe: Vai lá… Eu prometo te ligar logo…

Nícolas: Tá bom… Eu vou esperar.

Felipe: Nick?

Nícolas: Oi, Lipe.

Felipe: Eu te amo, tá? Me perdoa por tudo isso que tá acontecendo.

Nícolas: Eu também te amo, Lipe. E não precisa pedir perdão, nós vamos superar essa e muitas outras coisas pela vida. E obrigado por ligar, eu ia surtar se você continuasse sumido.

Felipe: É… Eu queria ter ligado antes…

Nícolas: Eu sei, eu te entendo. Confio em você, tudo vai dar certo!

Felipe: Vai sim… Eu te amo!

Nícolas: Também te amo.

Felipe: Então tchau?

Nicolas: Tchau, Lipe… Não demora pra ligar!

Felipe: Não vou.

Nícolas: Então tchau… Inspetora vindo me recolher…

Dei risada.

Felipe: Tchau, beijão.

Nícolas: Beijão!

Pude ouvir a voz de uma mulher chamando o Nícolas e então ele desligou o celular. Torci para a inspetora não tomar o celular dele como fazia com outros alunos. Coloquei o telefone no gancho e já pude me sentir um pouco melhor por ter conversado com ele. Tive um pouco de esperança de que conseguiria resolver aquilo tudo.

A tia Izaura chegou pouco mais de onze da manhã, eu fiquei na cozinha com ela, mas ninguém comentou nada sobre os telefones, ou a internet, ou eu ficar trancado em casa.

O Vinícius chegou depois do meio dia, já era quase meio dia e meio quando ele entrou na cozinha e me deu um tapa de leve na cabeça.

Vinícius: E aí...

Felipe: E aí...

Vinícius: Desculpa ter te acordado hoje cedo...

Felipe: Ah, não se preocupa. Eu voltei a dormir antes mesmo de você sair.

Vinícius: Ah, então por isso você não respondeu meu "tchau". Achei que tava mau humorado.

Felipe: Não, eu já tava dormindo mesmo. - Dei risada.

Vinícius: Menos mal...

Felipe: Besta...

Ele foi pro quarto, e voltou um tempo depois com uma camisa comum e chinelo em vez de tênis.

Vinícius: Já almoçou?

Felipe: Não...

Izaura: Ele quis te esperar... - a Izaura se intrometeu.

Vinícius: Pelo menos alguém me espera... - Ele disse brincando, mas foi uma indireta pra minha tia.

Izaura: Eu não te espero porque não daria tempo. Uma hora eu tenho que estar no serviço, filho, você sabe!

Vinícius: Só to brincando, mãe...

Ela deu uma risadinha.

Izaura: E aí, vão pra academia hoje?

Vinícius: Vamos, né? - Ele perguntou me olhando.

Fiz que sim com a cabeça, e respondi: "sem dúvida".

Vinícius: Senti firmeza! Parece que tá com o humor melhorzinho hoje! - Ele disse erguendo a mão acima da cabeça. Ergui a minha também e batemos as mãos.

A Izaura voltou trabalhar não muito tempo depois. E ficamos sozinhos. Cheguei a pensar que meu pai apareceria por lá, já que ele iria pra cidade pra fazer minha matrícula na escola nova. Mas ele não apareceu, e minha tia não mencionou ele em nenhum momento durante o almoço.

Na parte da tarde o Vinícius tinha tarefa pra fazer, e eu acabei ajudando. Era de matemática, e tinha umas contas malucas pra se fazer. Mas para dois alunos que queriam seguir na área das exatas, não deveria ser um problema muito grande fazer aquilo...

Eu fiz alguns exercícios enquanto o Vinicius fez outros...

Vinicius: Falei de você pro pessoal. - Ele disse enquanto fazia a tarefa.

Felipe: Como assim? - Perguntei assustado.

Vinicius: Comentei que você veio pra cá. E que talvez estude na mesma sala que nós...

Felipe: Entendi. O que falaram?

Vinicius: Teve uma menina que quis saber mais de você.

Felipe: Aah. Só? - Falei meio em deboche.

Vinicius: Só... - Ele riu - Mas quando falei que você é bom com exatas, agradeceram porque vão ter mais um pra ajudar nas matérias...

Felipe: Não gosto de ajudar com tarefa...

Vinicius: Então por que tá me ajudando?

Felipe: Sei lá...

Vinicius: Devo me sentir privilegiado?

Felipe: Não sei. Eu sou motivo pra se sentir privilegiado?

Vinícius: Pára de se menosprezar! Você é um cara legal, parceiro.

Felipe: Fala isso pra que eu não pare de te ajudar.

Vinicius: Besta! Você é legal, isso não é mentira!

Felipe: Eu não sou besta, besta!

A hora passou muito rápido naquela tarde. Nós demoramos pra terminar os exercícios porque a cada pouco parávamos pra conversar, beber água, comer alguma coisa, ou apenas fazer uma pausa. E ficávamos mais tempo parados do que estudando.

Vinicius: Vamos nos arrumar, quase hora de ir... - Ele disse mais tarde.

Felipe: Tá.

Eu fui convencido de que eu não poderia começar logo naquele dia. Provavelmente eu teria que levar papéis pra preencher em casa, e depois levar os papéis preenchidos junto com o dinheiro da primeira mensalidade! Eu nunca tinha entrado numa academia, não sabia como era o modelo de trabalho.

Foi o próprio dono da academia que nos atendeu no balcão. A academia era muito grande, e haviam mais duas moças na entrada com ele, as duas com crachá de identificação, que eu não me preocupei em ler nome.

Pra minha surpresa, depois de algumas perguntas sobre minha saúde, ele me liberou para entrar já naquela hora. Claro, tinha lá seus formulários de matrícula, autorização de um responsável, por eu ser menor de idade, uma coisa ou outra além disso, mas ele me deixou levar no dia seguinte.

O Vinicius me apresentou pra Suse, uma moça bonita e com um belo corpo. Demorei pra entender que ela era instrutora da academia. Ela me perguntou algumas coisas, novamente perguntou sobre minha saúde, entre outras coisas.

Já cheguei em casa com braços moles.

Vinicius: A Suse pegou pesado?

Felipe: Não.

Vinicius: Então ergue os braços!

Ergui, mas não ao máximo, ergui só um pouco, porque não conseguia erguer mais. Ele riu, e disse que no começo era assim mesmo. E logo meu corpo se acostumaria.

Na terça eu tive meu primeiro dia na escola nova. Acordei cedo com o Vinicius me cutucando e dizendo: "levanta aí, mano, tá na hora". Me senti em casa porque o Vinícius me tocou com a mão inteira, diferente da minha mãe, que me cutucava com um dedo só desde que descobriu a mensagem do Tulio.

Levantei com um certo custo. Tomei banho depois do Vinícius e me vesti. Tive que emprestar uma camisa de uniforme dele, pois minha tia havia esquecido de passar comprar uma pra mim. Pra minha sorte a camisa dele me serviu bem, não ficou nem larga, nem curta.

Saímos de casa quinze para as sete, fomos andando, o Vinícius parecia não ter pressa nenhuma.

Felipe: Vamos de ônibus?

Vinícius: Não, a pé...

Felipe: É longe?

Vinícius: Não! Uns quatro ou cinco quarteirões.

Felipe: Aaah...

Vinícius: Sua escola era longe lá?

Felipe: Um pouco, sim. Eu tinha que ir de ônibus...

Vinícius: Entendi. Aqui é perto pra mim, mas também tem outros alunos que precisam pegar ônibus.

Felipe: Entendi. Você é o sortudo, então?

Ele riu.

Vinicius: Dizem que sim...

Chegamos na escola depois de pouca caminhada, era grande, elegante, bonita. Parecia um formigueiro, alunos entrando e saindo sem parar.

Ele foi andando no meio dos alunos sem cumprimentar ninguém! Ninguém o chamava ou acenava pra ele. Percebi que ele realmente não era um dos populares. A primeira pessoa que cumprimentou ele foi uma garota morena, pele num tom bonito, café com leite, ela estava no portão da escola, sozinha, mexendo no celular.

Vinícius: Oi, Letícia...

Letícia: Tudo bem?

Vinícius: Tudo, e você?

Letícia: To bem... - E então ela me olhou - É o seu primo?

Vinícius: É! Felipe, essa é a Letícia, Letícia, esse é o Felipe...

Letícia: Me falaram só um pouco de você... - Ela deu uma risadinha.

Felipe: Espero que tenham falado bem.

Letícia: Falaram, não se preocupe... - Ela piscou, e fomos entrando na escola - A Juliana tá doida pra te conhecer.

Felipe: Hum. Ela tá na nossa sala?

Letícia: Aí, você ficou na nossa sala?

Fiz que sim com a cabeça.

Letícia: Que massa. Sim, ela tá na nossa sala. Mas ela é meio mala, eu não daria corda se fosse você.

Felipe: Obrigado pelo aviso.

Além da Letícia, o Vinícius me apresentou pra uma outra garota que eles chamaram apenas de "Jô". Um garoto chamado Pedro, um outro chamado Carlos, e mais uma menina chamada Helena. A tal Ju se apresentou por conta própria na sala. Eu já estava sentado atrás do Vinícius quando ela parou em pé do lado da minha carteira, eu olhei pra ela. Era bonitinha, loira, magra, olhos azuis como o céu.

Ju: Oooi, você deve ser o Felipe!

Felipe: Eu mesmo... E você? - Fingi que não sabia.

Ju: Sou Juliana, mas pode chamar de Jú! Bem vindo, tá? Se precisar de algo, eu sento ali atrás.

Felipe: Tá, obrigado… - Forcei um sorriso.

Ju: De nada! - Ela sorriu e foi pro seu lugar.

Troquei um olhar com o Vinícius, que estava rindo, fez sinal de "não" com a cabeça e olhou pra frente, pois o professor já estava entrando.

Era um homem já de certa idade, tinha pouco cabelo, e o pouco que tinha, era bem branco.

Ju: Aluno novo, professor! - Ela gritou lá de trás.

O homem ergueu os olhos, e varreu a sala procurando por um rosto desconhecido. Depois de um tempo, ele me avistou e disse: "Ora... Bem vindo!".

Felipe: Obrigado!

Ele: Qual seu nome?

Felipe: É Felipe...

Ele: Prazer, Felipe. Meu nome é João! Sou o professor de português.

Felipe: Prazer é meu.

Ele sorriu e voltou sua atenção pra lista de chamada.

Na segunda aula, que o Vinícius me disse que seria de matemática, a Juliana fez a mesma coisa. Avisou a professora sobre o aluno novo, mas a mulher olhou direto pra mim, nem precisou procurar. Eu já sabia seu nome, era Ivana.

Ivana: Bem vindo, rapaz...

Ju: Apresentação, professora! - Ela disse de repente.

Tive vontade de ir lá atrás esfregar a cara dela na carteira.

Ivana: Quer se apresentar pra sala?

Fiz que não com a cabeça.

Ivana: Por que?

Felipe: Não precisa, né?

Ivana: Ah, se apresente! Tenho certeza que todos estão curiosos sobre você, pelo menos a Juliana está! - Ela riu - De pé, não precisa falar muito. Diga seu nome, de que matéria gosta e de que matéria não gosta. E se quiser dizer algo mais, fica a vontade!

Respirei fundo, fiquei em pé. Alguém no fundo da sala assoviou.

Ivana: Xiu... - Ela disse brava.

Felipe: Meu nome é Felipe. Eu sou primo do Vinícius! Gosto de matemática e física, e não gosto de química, nem de biologia.

Ivana: Gosta de matemática porque eu estou aqui ou porque gosta mesmo?

Felipe: Gosto mesmo… - Sorri.

Ivana: É verdade, Vinícius? - Ela perguntou brincando.

Vinícius: É verdade, professora.

Ivana: Então tá bom! Quer dizer algo a mais?

Felipe: Não...

Ivana: Ok, ok. Vamos te conhecendo melhor no decorrer do tempo. Pode se sentar, Felipe. Obrigada!

O resto da semana foi tranquila, a Juliana não alertou mais nenhum professor sobre o aluno novo. Mas claro, eles sabiam que eu estava lá, e todos me cumprimentaram, mas nenhum outro me pediu uma apresentação.

Comentários

Há 6 comentários.

Por SyncMaster em 2017-04-11 21:27:20
Olha a torcida do Vinícius se levantando... kkkkkkk
Por Tyler Langdon em 2017-04-10 18:44:15
Comecei a acompanhar hoje e já terminei. E pra ser sincero senti mais a ausência da Angelica do que do Nicolas. Uma amizades dessas acabar dessa forma, é triste. :'( Parabens pela serie 💕
Por luan silva em 2017-04-10 17:58:22
Moço não pare com a série, estou amando e tenho quase certeza de q vai rolar alguma coisa com o Vinicius.
Por edward em 2017-04-10 17:10:10
Estou amando tudo ! Alguma possibilidade de Vinícius e Felipe se pegarem ? Kkkkk
Por Elizalva.c.s em 2017-04-10 14:38:00
Cada vez melhor não desista,continue você tá fazendo um ótimo trabalho parabéns.😘😘😘😘sempre com você.😍😍😍😍
Por Ped🎶 em 2017-04-10 05:36:31
Amando a série💖💖Parabéns🎶💖