Capítulo 26

Conto de SyncMaster como (Seguir)

Parte da série Tribulações

Claro que tivemos que esperar as duas se arrumarem, Ficamos na casa da Isa enquanto a Sabrina foi pra sua casa trocar de roupa! Pra ser mais exato, o Nicolas e eu ficamos na sala enquanto a Isa andava entre banheiro e quarto se arrumando.

Felipe: Elas me lembram muito a Bianca e a Angélica.

Nicolas: Lembram, né? Também acho!

Felipe: As vezes tenho saudade de ter todo mundo junto, brincando e fazendo palhaçada.

Nicolas: Por que você não conversa com a Angélica?

Felipe: Porque eu me mordo de raiva toda vez que lembro do que ela disse naquele dia.

Ele respirou fundo.

Nicolas: Talvez ela só estivesse com raiva, e falou sem pensar!

Felipe: Mas falou! E eu não acredito nessa de falar sem pensar, se ela disse, é porque acredita naquilo.

Nicolas: Você guarda rancor, né?

Felipe: Não consigo esquecer essas coisas tão fácil...

Ele se inclinou e encostou a cabeça no meu ombro, eu tombei a cabeça pro lado... apoiando minha cabeça na dele.

Nicolas: Fe, eu te amo, mas acho que você precisa ter uma conversa com ela! Seja pra reatar a amizade, ou pra acabar de vez...

Felipe: Eu também te amo! - Mas não fiz nenhum comentário sobre conversar com a Angélica, o que arrancou mais um suspiro dele.

Mas então eu percebi que tinha sido um pouco grosseiro no modo com que falei. Fiquei chateado comigo mesmo por ter sido grosseiro com o Nicolas, ele não merecia isso de mim. Então eu beijei a cabeça dele e sussurrei: "desculpa, fui grosseiro".

Nicolas: Não se preocupe... - Ele disse esfregando a mão na minha perna, e parou com ela bem próxima ao meu pênis. Nesse momento de certa forma eu me senti excitado, e a minha mão, que estava no seu ombro, acabou deslizando pra sua cintura. Cheguei a puxar sua camisa um pouco pra cima, e ele tocou minha mão.

Mas então… Não sei explicar o que houve comigo! Eu fiquei nervoso, por algum motivo eu me lembrei do Túlio e daquela cena na casa dele, o carinho que se transformou em grosseria e, de certa forma, violência! Sem pensar direito eu tirei a minha mão dali, a ergui para o alto, como se não quisesse tocar o Nicolas! Minha cabeça ficou a mil, mas não era tesão, nem nada no tipo! Era nervosismo, medo, talvez.

Nicolas: Que foi?

Felipe: Nada... - Eespondi depois de um instante.

Nicolas: Nada?

Eu sabia que eu devia falar sobre o Tulio com o Nicolas, mas aquela não era a hora e nem o local certo pra termos aquela conversa. Então tive que inventar algo, mesmo que fosse uma mentira que só fizesse ele deixar a conversa pra depois.

Felipe: É, sabe quando você encosta na pessoa e dá choque?

Nicolas: Mas não deu choque em mim.

Felipe: Em mim deu... - Falei segurando sua mão, mas não voltei a erguer sua camisa, toda aquela excitação tinha morrido.

Ele pareceu aceitar a mentira, ficou em silêncio e se aconchegou de novo no meu ombro. Fiquei me sentindo um idiota por ter inventado uma mentira daquelas, mas também fiquei com medo, mesmo depois de desaparecer, o Tulio ia me causar mais problemas?

Isa: Parece que o irmão da Sabrina vai trazer ela de carro e dar uma carona pra gente até o shopping! Melhor ainda.

Nicolas: Ah, aquele pateta?

Olhei pra ele um pouco surpreso.

Nicolas: Ele é um idiota. Só isso.

Isa: Comporte-se, Nicolas! Ele está fazendo um favor pra todos nós...

Ele ficou em silêncio. A Isa sentou-se no outro sofá e nos olhou com um sorrisinho.

Isa: Vocês são tão fofos...

Nicolas: Já disse isso, Isa... - Ele riu, e ela mostrou a lingua.

De repente, uma buzina tocou várias vezes lá fora.

Isa: Nossa, mas já? - Ela levantou num pulo.

O Nicolas se sentou direito e eu levantei do sofá. Fui até a cozinha e pedi um copo de água pra Isa antes de sairmos, ela me disse onde tinha copo e água, e disse que eu podia me servir enquanto ela fechava as janelas da casa pra irmos embora.

Devo ter bebido uns quatro ou cinco copos. Eu sempre tive o costume de beber muita água durante o dia, e naquele dia eu ainda não tinha bebido nada além de um copo de leite, que não ajudava em nada com sede.

Depois a Isa voltou nos apressando pra irmos logo, pois a Sabrina e seu irmão estavam apenas nos esperando.

Nicolas: Deixe que esperem, não vão morrer em cinco minutos.

Isa: Não gosto de deixar os outros esperando, Nicolas... você sabe!

Nicolas: Prefiro ir andando a ir com aquele idiota...

Felipe: Por que tanta raiva dele? - Perguntei já enciumado.

Nicolas: Outra hora eu explico...

Felipe: Táá... - Falei lavando o copo que eu tinha usado e deixando no escorredor.

Isa: Que fofo você... Obrigada! - Ela sorriu.

Felipe: Não por isso...

Isa: Agora VAMOS CAMBADA! - Ela disse nos empurrando.

Com um pouco de insistência, o Nicolas se livrou das mãos da Isa, voltou e pegou seu celular em cima da mesa de centro da sala. Depois correu até nós dizendo: "provavelmente não vamos voltar aqui, então...".

Fomos na frente enquanto a Isa trancava o portão. Observei por um instante aquele Fiat Uno branco, do novo modelo. Nós três nos apertamos no banco de trás, o Nicolas foi no meio, eu fui a sua esquerda, atrás do banco do motorista... Assim que entramos, a Isa cumprimentou o rapaz no banco do motorista. Eu não sabia seu nome, ou pelo menos havia esquecido, então soltei apenas um "oi", e o Nicolas quase nem isso disse. Observei bem o rapaz pelo retrovisor, tinha cabelos pretos, arrepiados, seus olhos pareciam ser da cor castanha, bem claros! Tinha uma barba rala e dentes brancos como leite. Era muito bonito, mas tinha jeito de ser aqueles machões metidos, que gostam de se mostrar superiores em tudo. Parecia ser bem jovem também, não devia ter muito mais que 20 anos.

Fiquei olhando-o pelo retrovisor enquanto tentava pensar em várias coisas ao mesmo tempo, como o que havia entre o Nicolas e ele, e o que seria de mim com esse lance do Túlio, que não saia da minha cabeça, e acabei não percebendo que o rapaz começou a me observar também. Quando voltei ao mundo real, e percebi que ele estava me olhando também, desviei o olhar rapidamente, fiquei o resto do caminho olhando pela janela. Mesmo que não houvesse nada bonito pra observar.

Finalmente chegamos ao shopping, ele nos deixou no portão de entrada, se passasse dali, teria que pegar o cartão de entrada e toda aquela chatice, então nos deixou ali mesmo, nós descemos e ele saiu logo em seguida, sem falar nada!

Havia bastante gente ali na entrada do shopping, a maioria eram jovens, via-se um ou outro idoso no ponto de ônibus do lado de fora e alguns casais atravessando a passarela que cruzava a avenida em frente ao shopping.

Sabrina: Sempre sonhei em ser pedida em casamento ali em cima, durante a noite, quando todas as luzes da cidade estão acesas, é tão bonito.

Isa: É tão cafona... - Ela riu.

Sabrina: Não enche! Melhor do que ser pedida em casamento na sacada de um hotel em frente à praia...

Isa: Precisava contar, sua besta?

Felipe: Vocês tem uns sonhos curiosos. Imagino seus fetiches como são... - Falei só pra atormentar. A Sabrina ficou vermelha, mas a Isa aproveitou a situação.

Isa: A Sabrina curte uma cuequinha de elefante.

Sabrina: Ai, que calúnia... - Ela riu.

Isa: Até tem uma em casa, ela faz os garotos usarem logo na primeira vez.

Sabrina: Te odeio, Isa... - Ela continuou rindo - É mentira, Felipe! Não acredita nela, não!

Nicolas: Perdeu a virgindade, Sabrina? - Ele entrou na brincadeira.

A garota ficou vermelha como um pimentão.

Sabrina: Não! Não sou sortuda igual o senhor!

Felipe: Nossa, obrigado.

Sabrina: Por nada, Fe...

Nicolas: Hey, que isso? - Ele disse brincando e passando a mão por cima do meu ombro - Ele é meu!

Pensei em falar que ainda não tínhamos transado, mas o Nicolas ficou quieto quanto a isso, então pensei que talvez fosse melhor não falar, por mais que elas fossem amigas.

Isa: Ela perdeu sim, Nicolas! Conta pra ele, Sah!

Nicolas: Se tiver cueca de elefante no meio, eu prefiro não saber...

Todos deram risada, ele disse de um jeito engraçado.

Isa: Não tem, porque ela tirou a cueca dele logo no começo.

Sabrina: Ow, gente, que pouca vergonha. Até parece que sou disso...

Nicolas: Ok, mas conta, quem foi?

Sabrina: Lembra do Bill?

Nicolas: Lembro, foi com ele?

Sabrina: Foi... - Ela sorriu envergonhada.

Felipe: Alguém pode me informar um pouco sobre esse Bill?

Isa: Estuda com a gente, na mesma sala e tudo. Tem fama de gay, mas é só fama mesmo...

Sabrina: Com certeza é só fama... - Ela suspirou.

Eu não consegui segurar a risada..

Sabrina: Que foi?

Felipe: Nada! Mas e aí, como rolou?

Já estávamos dentro do shopping, andando sem rumo entre as lojas.

Sabrina: Bom, ele nunca tinha me dado atenção! O Nicolas sabe, mas aí, em janeiro, ele começou a postar umas fotos no facebook dele sem camisa, na academia, deitado, antes de dormir. E eu fui me interessando, mas até aí era só pela beleza dele. Quando ele começou a postar umas coisas meio depressivas, de alguém magoado, tadinho... - Ela riu - Eu pensei: "por que não? Eu posso ser a garota dos sonhos dele". E chamei ele pra conversar. Começou no facebook, partiu pra um encontro, alguns dias de paquera, muitas mensagens trocadas, até que rolou, num sábado de noite, na casa dele.

Nicolas: Mas acabou?

Sabrina: Não, ainda estamos saindo juntos, está ficando sério.

Isa: Ela tá apaixonada...

Nicolas: Eu acho que ele tá te enrolando. Nem pediu em namoro nem nada... - Ele riu.

Sabrina: Aí, obrigado por me animar...

Nicolas: Huum...

Sabrina: Mas chega desse assunto, né? O que vamos comer?

Isa: Ai, vamos andar um pouco. Não to a fim de comer agora...

Sabrina: Tá. Vamos nos separar?

Isa: Por que? - Ela perguntou como se aquela fosse a ideia mais idiota do mundo.

Sabrina: Eu vou com o Felipe e você com o Nicolas. Pra conversarmos sobre coisas que o casal não discute junto um do outro.

Felipe: Ai que medo...

Nicolas: Acredite, a Sabrina é menos pior que a Isa...

Isa: Ah, valeu...

Nicolas: Por nada...

Nesse momento a Sabrina agarrou meu braço e me puxou pra uma direção diferente.

Isa: Mas ninguém disse que aceita essa ideia maluca...

A Sabrina não respondeu, só continuou me puxando pra longe deles. Até que finalmente largou meu braço, e voltamos a andar direito.

Felipe: Já entendi que você tem alguma coisa específica pra falar comigo. Não precisava disso...

Sabrina: Você é espertinho! - Ela riu - Adoro essa loja... - Ela disse entrando numa loja de doces.

Entrei atrás, e a acompanhei enquanto ela escolhia alguma coisa na prateleira.

Sabrina: E aí, Fê?

Felipe: O que?

Sabrina: Tá gostando de namorar o Nicolas?

Felipe: Por que não estaria?

Sabrina: Não sei, por isso perguntei... - Ela riu.

Felipe: Faz sentido...

Sabrina: Você sabe tudo sobre o Nicolas?

Felipe: Não, não sei. Ele diz que não quer jogar tudo em cima de mim de uma vez só...

Sabrina: Normal...

Felipe: Por que tá perguntando essas coisas? Não vai tentar me impedir de ficar com ele também, né?

Sabrina: Lógico que não. Não me compare à sua amiga...

Dei risada.

Sabrina: O Nicolas é... - Ela parou e pensou um pouco - Ele nunca amou ninguém.

Felipe: Tá dizendo que ele não me ama?

Sabrina: Não, besta. To dizendo que ele te ama como ninguém te amou! O Nicolas é difícil de se agradar! Nós sempre pegamos no pé dele pra ficar com alguém, ter uma vida amorosa! Mas ele sempre disse “não”, que queria a pessoa certa, e ainda não tinha encontrado...

Felipe: Entendi...

Sabrina: Ele sempre foi muito sentimental! E as vezes encara a vida como uma novela. Sabe? Ele espera aquele amor perfeito, de conto de fadas. Espera um príncipe que vai se declarar na frente de uma multidão pra ele...

Felipe: E você não acredita nesse príncipe?

Sabrina: Com certeza ele deve existir. Não sei se é você, porque não te conheço o suficiente. Eu só quero que o Nicolas encontre alguém que o ame de verdade.

Felipe: Acha que esse não sou eu?

Sabrina: Ai, to me enrolando... - Ela riu - O que você se vê disposto a fazer pelo Nicolas?

Respirei fundo. Sentamos do lado de fora da loja e ficamos comendo os doces que ela comprou enquanto conversamos.

Felipe: Qualquer coisa!

Sabrina: Palavras são bonitas, Fê! Mas você faria mesmo qualquer coisa por ele? Se tivesse que enfrentar seus pais de novo pra ficar com ele? Teria coragem de enfrentar seu pai dessa vez? Se tivesse que assumir pros seus amigos da escola, se tivesse que enfrentar todo o preconceito que a sociedade tem contra homossexuaisw Vai ter coragem de enfrentar tudo isso pelo Nicolas? E se tivesse que escolher entre seus pais e ele?

Felipe: Você duvida muito de mim...

Sabrina: Não to duvidando de você! Eu quero que você mesmo pare e reflita... se avalie, com sinceridade! Valorize as palavras que saem da sua boca, e não as diga em vão! Outro garoto como o Nicolas você não vai encontrar tão fácil! Eu conheço ele há anos! Sei do que to falando...

Achei engraçado, eu estava levando uma bronca dela?

Felipe: Eu sei... eu valorizo ele... respeito ele... faço de tudo pra que ele se sinta bem!

Sabrina: Não quero que me entenda mal, Fe...

Felipe: Nah, fica tranquila... - Falei um pouco pensativo.

Sabrina: O que foi?

Felipe: Já tinha pensado em tudo o que você acabou de falar. Eu não sei se eu vou conseguir enfrentar meus pais! Só sei que eu vou ter que tentar! A última coisa que eu quero é ficar sem o Nicolas.

Sabrina: E você sabe que não pode fugir, cedo ou tarde, seus pais vão cobrar uma posição de você! E você vai ter que escolher entre uma vida de mentiras, pra fazer do jeito dos seus pais, ou a vida que você realmente quer pra vocês dois!

Felipe: Eu sei disso... - Falei um pouco sério.

Sabrina: Olha, desculpa mesmo, a gente quase não se conhece, e eu to aqui te dando um sermão...

Felipe: Fica tranquila...

Sabrina: Eu só quero ter certeza que o Nicolas vai ficar bem com você! Eu gosto muito dele.

Pensei em perguntar: "mas você entende que tem certas coisas nas quais você não tem que se intrometer?", mas isso provavelmente geraria mais desconforto ainda.

Felipe: Te garanto que ele vai.

Ficamos em silêncio por um momento, mas eu interrompi.

Felipe: O Nicolas tem algum sonho secreto? Algum desejo que já contou pra você?

Sabrina: Não, o Nicolas não é disso. A única coisa que ele me disse uma vez foi sobre uma declaração em público. Mas tipo, ele não disse que é um sonho, ele só disse: "pensou que fofo seria?".

Felipe: Ele gosta muito de escrever, não gosta?

Sabrina: Ele adora escrever. Uma vez ele disse que queria escrever um livro!

Felipe: E escreveu?

Sabrina: Diz que começou e parou depois, mas nunca me deixou ler nada... nem vestígios do tal livro eu vi.

Felipe: Ele também nunca me disse nada sobre um livro...

Sabrina: E você, o que gosta de fazer?

Pensei bem pra responder.

Felipe: Bom, eu não tenho nenhum hobbie, sou bem calmo. Gosto de matemática, física. Ultimamente tenho passado muito tempo com o Nicolas...

Sabrina: O que vocês fazem?

Felipe: Almoçamos, fazemos trabalhos da escola, assistimos TV, andamos sem rumo pelo bairro, entre outras coisas do dia a dia!

Sabrina: Vocês ainda não... ?

Ela fez uma cara que deixou bem claro o que queria saber.

Felipe: Não, ainda não.

Sabrina: E por que?

Felipe: Bom, ele diz que quer ir devagar, curtir os momentos do namoro...

Sabrina: É a cara dele... - Ela sorriu - E você não se incomoda com isso?

Felipe: Não, porque eu penso da mesma maneira. E mais do que isso, eu respeito a opinião dele!

Ela me olhou de um jeito difícil de decifrar. Parecia surpresa, talvez assustada. Pensei em falar com ela sobre o Túlio, pedir uma opinião ou algo assim, mas tive medo de como ela reagiria, já que tinha acabado de demonstrar o quanto era super protetora. Além disso, pra ser sincero, no que ela poderia ajudar nesse assunto?

Sabrina: Que fofo você... - Ela disse ainda sorrindo.

Olhei em volta e vi o Nicolas andando com a Isa, não estavam tão longe de nós, e o Nicolas olhou direto pra mim e trocamos um olhar rápido, ele parecia estar bem.

Sabrina: Posso fazer uma pergunta um pouco abusada?

Felipe: Tenho medo quando me perguntam se podem fazer uma pergunta...

Sabrina: Bobo!

Felipe: Pode perguntar...

Sabrina: Quem é o passivo e quem é o ativo?

Felipe: Eu... - Parei pra pensar. Fiquei envergonhado, muito envergonhado!

Sabrina: Você o que?

Pensei bem antes de falar qualquer coisa, com o Túlio eu me senti como passivo, minha vontade foi ser passivo! Mas com o Nicolas, eu não sabia o que queria, pra ser sincero, ainda nem tinha pensado nisso. Contei isso a ela, que deu risada.

Sabrina: Você nunca namorou antes, né?

Felipe: Não... - Fiquei meio sem graça.

Sabrina: Eu nunca falei sobre isso com o Nicolas, pra ser sincera! Então não sei a preferência dele. - Ela fez uma pausa - Ah, eu tô me intrometendo demais nesse assunto, desculpa.

Não respondi, alguma coisa na minha cabeça insistia em imaginar o Nicolas me agarrando e agindo da mesma maneira que o Túlio! Apesar de eu saber que ele não seria assim. Mas a cena do Tulio não saia da minha cabeça desde aquele momento no sofá com o Nicolas. Fiquei tenso, respirei fundo, fechei os olhos e tentei imaginar qualquer outra coisa.

Sabrina: Desculpa? - Ela insistiu, depois de um tempo de silêncio.

Felipe: Ah… Tudo bem, sem problema!

Comentários

Há 1 comentários.

Por Elizalva.c.s em 2017-03-20 13:56:49
Muito bom,e cada capítulo fica melhor.😍😍😍😘😘😘