A árvore - Final Parte 01
Parte da série A árvore (Conto gay)
Então sai daquela sala, e fui ao bicicletário naquela forte chuva e fui embora sendo molhado por aquela água do céu, que molhava meu rosto e escorria em minha alma.
Senti um aperto no coração, algo que me dizia que não o veria mais, mas desprezei aquilo e deixei de lado, e senti aquela chuva lavar tudo de ruim que estava impregnado em mim.
Cheguei em casa, tirei minha roupa molhada e fui tomar um banho relaxante, entrei no banheiro e a água descia em meu corpo quente e pueril.
Meu corpo estava relaxado, minhas emoções estavam quietas e eu precisava daquilo, para fazer aquele momento ficar perfeito: "Ele".
Precisava dele ali me beijando com seus em volta de meu corpo debaixo do chuveiro com os nossos corpos nus, de suas mãos deslizando sobre o meu corpo magro e indefeso.
Cada momento do banho, eu pensava nele e de repente penso no sonho, exatamente no momento em que eu vejo ele seminu com aquele grande volume em sua cueca, surge então uma ereção em mim. Cada movimento que eu fazia em meu pau, me fazia pensar ainda mais naquele garoto, rude e playboy.
Passava as mãos sobre o meu corpo naquela longa masturbação, mas aquilo eu não queria. Eu quero seu corpo, seu pau, quero sentir seu amor por mim e amá-lo.
Nunca na minha vida, tinha sentido tanto tesão por um homem daquele, e ter desejo pelo corpo dele, de ele me segurar em seus braços e dizer que me ama.
Na minha vida sempre fui solitário, mas agora eu estava nas mãos de um garoto que quase era um homem formado. Um garoto que me deixou enfeitiçado por seu sorriso, pelo seu corpo, pela sua personalidade e de jeito de ser no dia a dia.
Terminei de tomar o banho, me sequei e fui me trocar para sair um pouco. Aproveito que meus pais, viajaram e fui tomar um lanche no shopping.
Me arrumei todo, peguei minha carteira e fui fazer um lanche, e depois assistir um filme. Esquecer dele, só por um momento ter paz em minha alma, paz em meu coração. Distrair um pouco a minha mente.
Então fui a uma das lanchonetes e pedi um pastel de pizza com um suco de laranja natural e sem açúcar. A garçonete anotou e foi fazer o pedido ao cozinheiro. Enquanto, eu ficava olhando em volta das outras lanchonetes e os clientes, que ali estavam e de repente vi ele com aquela piranha, piriguete e p***, andando pelas lojas do shopping, mais do que depressa virei a cara e fingi que olhava os painéis de comidas da lanchonete.
Eles passaram por mim, e não repararam que eu estava ali também. Esperei eles se afastarem e os olhei de volta. Ele estava lindo, com aquelas calças moletom cinza e aquela camisa gola polo vermelha, que marcava seus peitorais, já a piriguete estava com mini mini short e blusa estampada com flores e um salto 15. Ela estava horrível, não entendo nada de moda, mas eu achei ela um babador de bebê vomitado e comido novamente.
Então o lanche chegou, e eu me servir daquele delicioso pastel bem frito e cheio de recheio até a borda, como eu gostava.
Terminei de comer e bebi o suco de laranja, e fui pagar a conta. E, depois escolhi um filme para assistir, tinha uns de terror e outros de comédia e drama. Escolhi o de terror. Comprei pipoca e refri e entrei na sala, quando me deparo com eles ali na primeira fileira se beijando, mas ele nem percebeu minha presença, e subi até a última fila, e não consegui me concentrar naquele filme. Só ficava vendo os dois abraçados.
- Me jura amor. E diz que quer me ver amanhã às cinco da tarde, e agora fica com essa bis.... e p***.. – eu pensava e sentia uma vontade de bater naquela garota, mas eu fiquei na minha, e esperei o filme acabar e eles saírem, para depois eu sair de lá.
Saí daquela sala, e fiquei olhando para todos os lados, para ver se eles estavam ali, e fui andando pelos corredores e via as funcionárias me oferecendo roupas caríssimas e de baixa qualidade de tecido e estampa.
E eu saí do shopping e fui para a casa, e quando chego de frente ela, vejo ele encostado no portão.
- O que você quer? – falei com a voz entalada com o choro.
- Vim te ver. Não posso mais? – ele falou sensualmente me fazendo tremer na base e o levar para dentro de casa e aproveitar logo aquele corpo, aquele garoto de 17 anos ali na minha frente.
- Pois, pode voltar à sua casa. Não quero que ninguém veja nós dois aqui. – eu falei e fui para o portão e ele me segurou pelo braço de novo e me fez virar para ele.
- Pare de usar essa desculpa. Estou cheio disso. – ele me olhou e foi se aproximando novamente seu rosto no meu, e seus lábios iam quase se encostando nos meus lábios.
- Isso não está certo. – empurrei ele e tentei entrar em minha casa e ele me segurou de novo.
- Certo o quê?
- De você namorar com ela e ter eu como amante.
- Eu não estou mais namorando ela. Terminei com ela agora, a poucos minutos em sua casa e aproveitei para vir na sua.
- Mas, eu te vi beijando ela no cinema.
- Então, você estava lá? – ele riu de lado e me encantou todo.
- Sim. Eu queria sair um pouco e acabei encontrando você. Agora me solta.
- Só se for na sua cama.
- Não. Me solta por favor. Meus pais podem ver.
- Seus pais não estão aí. Vamos entrar e foder gostoso. Vamos?
- Idiota! – dei um tapa na cara dele e entrei correndo para dentro de casa e comecei a chorar.
- Amanhã, quero que você vá a árvore. Não estou com raiva de você. Mas, quero te pedir algo muito importante! Espero que vá. – ele saiu de cabeça baixa, vi pela janela ele andando e como ficava sexy com camisa gola pólo.
Me sentei na cama e comecei a chorar, e dizer para mim mesmo que não vou na escola no dia seguinte.
Em meio aquelas lágrimas, adormeci e fui em sonhos. Vi ele seminu de novo com aquele corpo que me despertava desejos sexuais, algo que me fazia querer ele.
E ele veio, e sentou em minha cama, colocou suas mãos no cobertor, e o tirou e começou a deslizá-las sobre a minha barriga fazendo movimentos circulares. E passou a mão em meu pau que já pulsava, e eu gemia. Mas, não os gemidos de prazer que eu queria. Só tinha gemidos de tesão.
E ele veio me beijar. Quando, estava quase me tocando os lábios, eu acordo e já é a manhã bela de um sábado. Acordei com a cueca melada de esperma, e o pau meu já estava duro e latejava de tesão ainda mais por aquele garoto. E me lembrei da burrada que fiz ontem a noite.
- Que bosta! O que eu fiz?! – minha chance de ser feliz pelo menos uma vez na vida, foi pelo ralo novamente. Me senti um otário, idiota e um aborrescente.
Me levantei e fui tomar café da manhã, e assisti desenhos animados que passava na tv. Me divertia com o bob esponja. Desliguei a tv e fui procuro algo para fazer o almoço.
Demorei certo tempo para fazer o almoço, mas terminei de fazer e almocei. E ficava olhando toda a hora o relógio, para ver se era cinco horas. Estava impaciente, e ao mesmo tempo não sabia se devia ir ou não.
Mas, decidi ir lá ver o que ele tinha de tão importante para falar comigo.
Deu duas horas da tarde, três e quando faltava dez minutos para às cinco horas, saí de casa e fui para a escola. Cheguei lá, o portão da escola estava aberto, e entrei e coloquei minha bicicleta, e fui a árvore esperar por ele.
Me sentei e fiquei pensando no que ele ia fazer ou me pedir, e me encostei no tronco da árvore, e fechei meus olhos. Quando ouço passos lentos e me levanto para ver quem é.
Era ele. Estava tão lindo com aquela camisa branca e sua calça moletom preta. E ele trazia algo em suas mãos.
- Ora, ora. Vejo que veio mesmo, depois de ter me dado um tapa. – ele me falou e me fez ficar nervoso.
- Me fala logo, o que é. – eu fiquei ansioso.
- Ale. Pedi para que você viesse aqui, porque eu quero falar algo para você, e é muito importante.
- Fala logo! Estou curioso.
- Desde conheci, me apaixonei pela pessoa que você é, pelo nerd da turma. Mesmo, as pessoas tiram sarro de sua aparência, eu a vejo como linda e pura. – ele disse se aproximando de mim.
- Sim. O qu..que....e..é - eu gaguejei na hora de perguntar.
- Sempre te amei, nunca esqueci de você, sempre esteve presente em meu coração, nunca parei de pensar em você um só segundo. E é por isso que te peço aqui. – ele se ajoelhou diante de mim e retirou uma caixinha com dois anéis – Ale, você quer namorar comigo?
Fiquei estatizado e perplexo com o que ele disse, não acreditava no que ele dizia.
- Repete por favor. Não estou acreditando.
- Ale, você quer namorar comigo? – ele estava com seus olhos brilhando.
- Ai não sei.
- Ale, pensa bem. – ele disse quase implorando.
- Sim, eu aceito namorar com você. – eu aceitei e ele se levantou e colocou o anel de compromisso em meu dedo e eu coloquei no dele. E finalmente, com os raios solares atravessando as folhas e galhos da árvore e que iluminava eu e ele, nossos rostos foram se aproximando, até que senti seus lábios macios e rosadinhos nos meus. Foi um beijo arrebatador, ele com seu braço forte me envolveu no meu corpo, e puxou para si, para nossos corpos grudarem.
- Eu te amo Ale. – ele disse com sua sussurrada.
- Eu também te amo. – eu cruzei meus braços sobre seu pescoço, e ele me segurou pela cintura.
- Então era ele?! Esse veadinho?! – era a ex namorada dele.
- Já disse, que não tenho nada com você mais. Vá embora por favor. – ele falou desprezando sua presença.
- Mas, isso vai acabar agora. Ou eu, ou ele! – ela saca uma arma e aponta para mim.
- Calma. Por favor não faça besteiras agora. Deixa essa arma de lado e vamos conversar normalmente. – eu ouvi a voz dele sair calma, para não dar uma consequência fatal.
- Me jurou amor eterno, me disse que ia casar comigo! E agora acaba com o nosso namoro e você pede ele em namoro e ainda dá uma aliança!
- Calma Aline.
- Calma o caralho! Agora você escolhe. Ou eu ou ele! Pois, só um de nós dois irá ficar vivo.
Eu fiquei sem reação, só olhava para ela e comecei a chorar.
- Que foi veado?! Quer a mamãezinha?!
Eu não conseguia falar, só chorava e soluçava muito.
- Você será meu. Somente meu! Esse viadinho aí, não vai me atrapalhar – ela gritava de raiva e até tremia.
- Aline, não precisamos disso. Larga essa arma por favor. – ele dizia mais calmamente, e eu tentava me controlar e me acalmar e secar as lágrimas.
- Agora, me diz por que você acabou comigo?! – ela começou apontou a arma para ele.
- Porque eu não te amo. Amo o Ale.
- Mas, os dois não viverão tanto tempo assim. – ela disse e eu abri meus braços.
- Ele mesmo vai entregar sua vida, para salvar a sua. – ela apontou a arma para mim.
- Não faça isso por favor. Não faça eu te imploro! – ele se ajoelhou e implorou para ela.
- Por que eu não devo fazer isso? – ele encostou a arma em sua testa.
- Não! Me mata, mas não mata ele! Por favor nãoooooooo!!! – ela se virou e disparou contra o meu peito. Naquele momento, senti uma dor imensa e o sangue começou a jorrar, e eu caí no chão, e ele derrubou ela no chão e entraram numa luta corporal.
- Vai morrer também! Junto com ele seu baytola! – e os dois ficarão cara a cara, se mexendo de um lado para o outro, e de repente ouço um tiro. E ele cai do lado, e Aline é atingida com um tiro certeiro em seu coração.
- Amor! Amor! – ele veio até mim, não aguentava de tanta dor. Eu queria morrer logo ali e deixar ele viver. Eu só era mais um nerd solitário no mundo, e sem chance de viver no mundo. E ele se levantou e veio até mim, onde eu estava caído e pôs a mão, aonde estava sangrando. Eu cuspia sangue e sentia muita dor.
- Eu quero morrer logo!
- Para de falar assim! A ajuda já está a caminho amor, calma! – ele falou e chegou algumas pessoas, para ajudar a gente e chamaram novamente o samu.
Então eles chegaram, me socorreram e fizeram a sutura. Mas, deu uma hemorragia interna em mim. A bala, entrou muito fundo e provocou isso.
Me levaram ao hospital, e eu estava ficando pálido, tinha perdido muito sangue. Então, eles me levaram à sala de cirurgia e conseguiram retirar a bala e ele estava do lado de fora, vendo tudo. Poderia invadir a sala a qualquer momento. Havia entrado num coma forçado pelo meu próprio corpo.
Então eles perceberam, que uma hemorragia interna estava impedindo eles de terminar. E meus batimentos, iam mais e mais batendo devagar. Quase não tinha pulsação. Então ele do outro lado começa a chorar e as enfermeiras o apararam. Não podia ver nada, do que estava acontecendo, mas sentia o que cada um tinha em seus corações.
Meus pais iam sofrer muito por ter perdido seu único filho.
Então concluíram o processo de parar com a hemorragia, e me levaram às pressas numa U.T.I, e me sedaram. Mas, cada vez mais o coração batia mais devagar, e ele ali do meu lado todo o tempo. Ouvia seus pedidos para eu não morrer.
- Não morrer não, por favor. Aprendi a amar alguém e agora a pessoa que eu tanto amo, está morrendo. Não morre amor. Não morre! – eu senti ele segurando minha mão com as suas, senti suas lágrimas molharem minhas mãos, mas não podias te corresponder.
E de repente, vejo uma forte luz branca adentrar sobre toda a sala, e iluminar, mas não via meu amor ali. E um homem de branco está de braços abertos, e minha alma estava flutuando em meu corpo e levitou devagar.
- Amor! Amor! – ele mexia em meu corpo, mas eu não respondia. E minha alma se levantou do meu corpo e pegou nas mãos desse homem de branco e foi indo em direção a uma forte luz que iluminava o quarto. E quando eu estava chegando na escada toda de ouro, algo me impede de ir. Era a voz dele. E olho para trás.
- Ale. Eu te amo. Você sabe disso. Mas não me abandona. Aprendi a amar com você, desde o primeiro momento que te vi. Mesmo eu te humilhando, não conseguia parar de pensar em você. – e eu vejo ele deitado, abraçado com meu corpo ali parado, meu corpo estava pálido e minha pulsação havia parado de vez, meu corpo já estava morto. E esse homem de branco me fala.
- Alessandro. Você tem duas escolhas. Ou vem morar comigo pela eternidade, ou vive sua vida com a pessoa que você mais ama. – ele me falou e olhei para ele atentamente e olhei de novo, para o meu amor que estava chorando, e de repente ele senta em cima do meu corpo e tenta me reanimar, mas é frustrante.
- Senhor Deus. Eu escolho viver com ele. Não posso morrer agora. – eu disse e ele me respondeu.
- Eu sabia o que ias responder, não é chegada a sua hora de ir comigo. Pois, eu estava provando seu amor e o amor dele ali. – ele disse apontando para o meu namorado. – Meu filho, estou indo. Seja feliz, não importando as circunstâncias desse mundo, mesmo você sendo gay. Vou te amar do mesmo jeito, que amo meus filhos "crentes". Você é importante para o meu reino, e quero que saiba que eu estarei ao seu lado nas suas horas mais difíceis. Agora estou indo, e você agora retorne ao seu corpo. – ele ordenou e eu me virei ao meu corpo, e ia em direção a cama, quando os médicos entram e tentam me reanimar, mas se frustraram e deram eu como morto, e pediu para que a enfermeira tirasse todos os tubos.
Mas, meu namorado subiu de novo em mim, e me deu um beijo na boca, e de repente sinto puxado fortemente, para meu corpo e retomo meu folego de vida, e sinto o gosto de seus lábios tocarem a minha boca, e meus batimentos retornam, e todos ali se assustaram, quando eu retornei a vida.
- Eu te amo. – disse para ele sussurrando.
- Amor!!!! Te amooooo!!! – ele me abraçou e eu o retribui, e choramos juntos ali, e a junta médica aplaudiram o que o verdadeiro amor é capaz de fazer uma pessoa reviver, sentir-se viva e revigorada novamente.
- Senhor Alessandro. Ficará sob observação por cinco dias e depois terá alta, e damos os medicamentos para você tomar e ter uma recuperação rápida. – o médico disse e o meu amor saiu de cima de mim e sentou-se ao meu lado.
- Mas, o que aconteceu amor? – perguntei a ele.
- Depois falo mor. Agora descanse. Amanhã eles vão tirar essas coisas e você, e terá um pouco de liberdade.
- Tá mor. – e ele ia saindo e o segurei-o pelo braço. – vai não amor. Fica.
- Tenho que ir, meus pais devem estar preocupados. Tá tarde. – eu ri quando falei aquilo para ele na sala de aula.
- Fodam se seus pais. Quero você, somente você. – eu disse e pisquei o olho para ele e ele sorriu com uma cara safada.
- Tá bom eu fico com você e durmo com você mor.
- Vamos pessoal, preparar os medicamentos para ele tomar. Vamos.
CONTINUA...................