Um barman chamado Ravi

Conto de Soturno como (Seguir)

Parte da série Apenas eu

Olá, infelizmente eu não postei mais aqui como eu queria. Enfim mais um capítulo da Primeira parte - Meu destino.

3. Um barman chamado Ravi

Eu odeio ter mentir para as pessoas que amo, ainda mais para Leo que meu melhor e único amigo. Menti sobre o que verdadeiramente estava escrito no bilhete do meu EU do futuro, disse que “ele” era de um mundo paralelo e que tinha se confundido e voltou ao seu mundo. Não sei se ele acreditou mesmo nessa mentira ou se ficou com pena de me deixar ainda mais louco. Contudo nós sabíamos o que tínhamos visto. Pedi segredo a ele e realmente o assunto morreu ali, assim como a minha inocência do nosso mundo oculto.

Segunda-feira dia de voltar à monomania tediosa, voltar ao colégio e esquecer os dias anteriores, o que seria bem difícil. Após está pronto peguei minha mochila e me agachei para pegar a caixa (aquela que recebi junto com o bilhete) debaixo da cama. “caixa de pandora” como eu a batizei. Ela não pesa quase nada, entretanto todas as vezes que toco nela eu sinto que algo muito importante esta guardado lá. Também contém alguns símbolos estranhos, como se fossem brasão de alguma coisa. Guardei na mochila e dei uma última penteada nos meus cabelos.

Fui para a cozinha onde Julieta, minha mãe estava. Eu não sei como foi que conseguir arrumar toda aquela bagunça, depois da invasão, a tempo de ela chegar.

– Bom dia! Como dormiu a noite? – Cumprimentei assim que a vi.

– Bom dia! Muito bem. – disse após tomar gole do café – Vejo que está de bom humor, acho que o vou prolongar seu castigo. – ironizou.

– Anh! O que? Eu me comportei não sair de casa nem nada.

Soei um pouco frio ao dizer a última parte. Me sentei e comecei a comer um pão com geleia, arriscando ser o mais convincente possível.

– você está parcialmente liberado do castigo, e se eu souber que você bebeu de novo eu te interno numa clínica de reabilitação, ok? – Assenti e fiquei feliz.

Depois do café tomado, eu pus a minha mochila nas costas e dei um beijo na sua face e sair do cômodo. Porém minhas pernas e minha boca tiveram a ousadia de tomar vida própria e voltar ao local.

– Ah, eu posso ir hoje casa de um amigo? Nós vamos estudar.

– Não precisa me pedir para ir à casa dos Moscovis. Aliás, como o Léo está?

Fiquei decepcionado ao ver que ela pensa que só tenho o Léo de amigo. E como qualquer um sabe inclusive ela que isso é verdade.

– Não. Outro amigo – eu menti muito mal.

– Eu não sei, nem conheço a família...

– Deixa vai, só tem duas semanas antes das provas bimestrais e preciso recuperar minhas médias passadas.

Após a chantagem ela ficou pensativa e deixou de mau gosto.

Eu cheguei atrasado e tive que sentar na frente não me contentei com meu lugar. Às primeiras aulas se passaram rápido não conseguir me concentrar em nada, só estava pensando no barman. Na hora do intervalo eu me insolei entre duas árvores, onde apenas eu ficaria junto de meus pensamentos. Claro não era sempre que estava sozinho, pois não era difícil encontrar algum casal se pegando atrás da moita.

Na volta eu contava os segundos para o toque final, eu já havia guardado todo o meu material e posto a mochila nas costas. Quando finalmente tocou o sinal eu fui o primeiro a sair da sala. Na saída do colégio mudei minha rota, em vez de ir para casa eu fui pelo caminho do centro a procura do bar “Last name”.

Já tinha vindo a esse bar poucas vezes, porém nunca de dia. O letreiro é um pouco enferrujado, embora a noite não dê para notar. Eu entrei com calma e não tinha nenhum segurança dessa vez, havia algumas pessoas ali. Acho que deviam estar ali desde a noite passada. Presumir.

Fui até o balcão de drinks onde só tinha uma garota de cabelos estilo menininho gótico. Me aproximei da garota que agora estava de costas.

– Ah, oi você poderia...

– Estamos fechados. Só abrimos às sete da noite. – ela se virou frete a mim.

– Não eu queria uma informação. Eu queria saber se o... - pensei por um instante e não lembrava o nome dele, mas depois me lembrei que estava escrito no bilhete. – Ravi está.

– Ah eu sou nova aqui, não conheço nem um dos homens. ANA VOCÊ CONHECE ALGUM RAVI QUE TRABALHA AQUI? – ela gritou para outra garota que estava ajoelhada ao chão limpando alguma bebida derramada.

– Não. Nunca teve alguém com esse nome aqui. – respondeu Ana do outro lado.

Bom eu fiquei confuso, eu queria mais respostas, embora não queria incomodar o trabalho da moça. Eu sorri agradecido e sair pela porta todo desanimado. O sol logo se manifestou e em passos lentos (já que agora eu não estava com pressa) caminhei para a sombra. De repente ouço alguém gritar baixo quase sussurrando.

– Ei garoto espera.

Quando virei para trás eu vi que era Ana lá do bar. Ela chegou perto de mim. Pude ver que o corte de cabelo dela era parecido com o da outra atendente. Com coloração preta e vermelha. Usava lentes amarelas e uma infinita série de pulseiras no braço.

– De onde conhece o Ravi?

–Ah bom. Eu o conheci ai uma noite dessas.

– O que quer com ele? Você é X9?

– Não o que? Eu devo um favor a ele queria agradecê-lo só isso. Mas você disse que não conhecia nem um...

– Sei onde encontrá-lo, eu sou amiga dele. Meu turno termina em meia hora se você quiser esperar eu posso te levar a casa dele.

– Sim eu espero. Obrigado.

Depois de muito tempo esperando ela me levou a casa onde ela também morava com o Ravi, ela abriu a porta da casa me deu sua bolsa e saiu logo em seguida, mas antes me disse que era só chama-lo que ele viria. Assim o fiz ele saiu do quarto com seus cachos negros bagunçados acompadro de uma loira universitária (Talvez). Ele estava apenas de cueca, com seu definido corpo amostra.

– Tony você aqui? – ele falou surpreso.

Um tempo depois, a garota já havia ido embora e ficamos a sós na casa. Eu relatei tudo de como cheguei ali e sobre e a visita do meu eu do futuro, acompanhado de uma xícara de chá com biscoitos. Ele não quis saber muito sobre, por medo de algo possa ser mudado no seu destino. Ele também se revelou ser o que eu já esperava: um feiticeiro.

– Eu tenho algo para você, eu não sei pra que serve. Segundo EU mesmo você sabe lidar com isso. – Disse e lhe entrei a caixa.

– Eu reconheço isso, é um objeto muito sagrado. É usado para guardar armas. – Falou o barman antes de dar mais um gole na sua bebida quente.

– Armas? Que tipo?

– Eu não sei nunca vi. Antes que diga pra eu abrir, não posso. Não de imediato preciso de um tempo para executar um feitiço.

Eu gostei dele. Não por seu porte físico, mas ele parecia ser alguém confiável e simpático. Eu não sabia muito porque ele era tão bom, e me ajudava nessa minha estranha vida.

Papo vai papo vem, e eu simplesmente apaguei. Me lembro de estar numa casa iluminada, sentado de cabeça abaixada e sinto umas mãos me tocando e me levando para um quarto onde acontecia uma orgia. Todos aqueles homens nus e gemendo era relaxante. Seu beijo era doce, com um veneno hipnótico.

Nos juntamos aos outros eu e Ravi, ele ficava ainda mais lindo com o refletor do fundo. Ele me possuía com amor e travessura. E todos se juntaram para me ver sendo fodido por aquele cara. Se masturbavam e me beijavam. E finalizou quando ele despejou seus jatos dentro de mim.

Acordei numa manhã, na cama com um acompanhante. Sim era aquele tal barman chamado Ravi.

– Ei acorda! O que estamos fazendo aqui? – Eu falei aflito chacoalhando seu braço.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Arthur em 2016-09-22 09:21:45
Fantastico rapaz
Por edward em 2016-09-22 09:20:28
Cara adorei a serie principalmente pelo toque de humor e ironia bjs