Capítulo 24 – Wallace 2.0

Conto de Sonhador Viajante como (Seguir)

Parte da série As Férias Dos Meus Sonhos (Baseada Numa História Real)

Antes...

18 de Outubro de 2015 – Las Vegas

Wallace correu quinze quilômetros naquele dia... O suor escorria em litros, pelas suas largas costas flexíveis, quando ele chegou a sua casa naquela manhã nebulosa. Ele tirou a camisa, o calção, e a cueca. Caminhando nu, pelos seus aposentos, em direção ao seu banheiro. Ele ligou o chuveiro e entrou debaixo d’água... A água quente queimou e efervesceu o calor de seu corpaço peludo... Escorrendo pelo seu peitoral e descendo pela sua barriga, passando pelas suas pernonas, também peludas. A bunda grandiosa e empinada se contraiu. Ele estava ficando excitado. Seu pênis babou de excitação. Ele encostou a cabeça na parede do chuveiro e ali ficou.

Ele daria tudo para ter alguém naquele momento. Alguém de verdade. Não um caso de uma noite... Havia muito tempo, desde a última vez em que ele ficou com alguém. Tinha se cansado das transas sem compromisso. Queria algo mais. Algo real. Queria sentir seu coração bater. Palpitar. Queria a magia do encantamento. Sua última experiência, quase lhe custou seu pau. Culpa do ninfomaníaco que ele tinha conhecido, num show. No final, só durou cerca de dois meses... E ainda foi muito. O cara era fissurado no corpo de Wallace. Um grude do sexo. Praticamente. No término, ele tinha dito que só estava com Wallace pelo seu corpo. Uma coisa que ele já sabia. Mas ainda assim, aceitou, pensando que os dois pudessem se apaixonar. Que nada!

Após alguns minutos, ele saiu do boxe, molhado e ainda de pau duro. Enrolou-se numa toalha e olhou a hora no seu Iphone seis. Estava quase na hora de voltar para o restaurante. O dia seria cheio. De novo... Foi quando percebeu as muitas mensagens na sua caixa de entrada. Seus pais. Seus irmãos. Todo mundo parecia ter ligado pra ele.

“Wallace... Cadê você, que não ligou, ontem? Foi aniversário da sua irmã! Dá pra fazer o favor de ligar pra ela? Espero sua resposta. Como você está? Se alimentando corretamente? Tudo certo pra dezembro, não é?”. Perguntou sua mãe. Ela não via a hora de chegar o grande dia. Agora que ele tinha decidido voltar, teria que ir em frente com o combinado. Vai ver até seria bom, sair daquela monotonia insana.

“Desculpa, mãe! Eu me esqueci completamente. Sorry! Tô cheio de coisas pra fazer... A senhora sabe... Agora que vou tirar essas férias aí no Brasil, preciso deixar tudo certo na minha ausência aqui. Eu vou indo bem. E sim, estou me alimentando, tá? Como a senhora está?”. Respondeu ele, antes que ela pegasse um avião e aparecesse de surpresa, só pra saber por que ele não tinha respondido antes.

A resposta veio na mesma hora. Sua mãe estava interligada, vinte e quatro horas nas redes sociais. Wallace não se conectava a nada. Tinha uma vida. Não podia ficar de olho no celular o tempo todo. Nem queria e nem tinha tempo.

“Graças a Deus! Estava preocupada. Só estarei bem, quando você voltar...”. Respondeu sua mãe.

A próxima mensagem foi um lembrete.

(Aniversariante do dia: Jennifer). Como ele podia ter esquecido? Wallace decidiu fazer algo. Compensar de alguma forma. Era o mínimo que podia fazer. Entrou no seu facebook e foi na lista de amigos e familiares. Encontrou o perfil de Jennifer e rolou a barra do mural, se espantando com a quantidade de mensagens de feliz aniversário. Sua irmã era fogo. Ele sorria ao ler cada mensagem mais mirabolante que a outra, enviadas para ela... Mas uma em especial, chamou muito sua atenção. Tanto pela mensagem, como pela foto. Ele abriu a postagem. As palavras doces, amorosas, e cheia de coraçãozinho, o fez ter um pouco de ciúme da sua irmã. Não entendeu aquela reação, até olhar bem de perto, quadro por quadro, a foto de Jennifer com seu amigo. Wallace olhou para a foto e ficou admirando-a. Era engraçado. Já tinha visto aquele garoto.

Na foto, ele sorria olhando para o alto. Feliz. Alegre. Um sorriso encantador. Sincero. Gentil. Humilde. Pela primeira vez em muito tempo, Wallace se encantou com o sorriso de uma pessoa desconhecida. Ele sentiu vontade sorrir com aquele rapaz. Sentiu vontade de ser amigo daquele sorriso. De fazer parte daquele universo tão singelo e descomplicado. De repente, ele acordou pra vida. Não podia se apaixonar por um sorriso. Seria tolice. Até onde sua carência o estava levando? Olhou para a foto de novo e dessa vez, percebeu os olhos do garoto. Brilhavam. Acesos. Também sentiu vontade de ter aqueles olhos, voltados para ele. Era estranho. Mas algo estremeceu seu coração. Um calor, inclusive.

Foi mais adiante e resolveu entrar no perfil daquele estranho que se chamava (Alef Morais), que de um jeito tão simples, encantou-o tão plenamente. Foi nesse momento que a bateria do notebook, que se encontrava fraca, desligou tudo. Não deu tempo nem de entrar no perfil do rapaz interessante. Wallace fechou o aparelho, decepcionado, e pegou seu Iphone, fazendo uma ligação para o Brasil.

Ligou pra sua irmã e desejou um “feliz aniversário” atrasado. Tudo voltou ao normal. Wallace jogou seu notebook do lado e começou a enxugar-se. Escolheu uma roupa no seu closet e a vestiu. Estava atrasado. Precisava voltar pro seu restaurante. No caminho para o trabalho... Ficou pensando no sorriso. “Que estranho”. Pensou ele. No final do dia, nem lembrou mais do acontecido. A ocupação das últimas semanas nos estados unidos, o ocupou e não deixou lacunas para mais nada. O garoto do sorriso que ele lembrava ter visto em algum lugar, sumiu da sua mente.

***

Agora...

06 de Janeiro de 2016...

Existia choro suficiente para acabar com a água do corpo? Ele já tinha chorado o bastante? Quando pararia? Quando conseguiria? Será que pararia algum dia? Por mais de três horas, ele desligou-se completamente... Não falou. Não ouviu. Não se mexeu. Nem piscou os olhos... Ele não respirou. Seu brilho foi ofuscado. Seu sol apagado. Wallace não mais resplandecia. Ele era só um cara, acabado e destroçado, esperando uma boa notícia. Sentado numa cadeira, no meio de um grande corredor movimentado, cheios de enfermos e doentes, ele se encontrava totalmente vulnerável. Como nunca tinha estado antes. Ali, bem no cerne do seu caos, Wallace não era mais o bonitão do pedaço. Não era mais o chef de cozinha, de um restaurante em LA. Não era mais o conquistador sedutor. Não era mais o bravo homem que ele adorava ser. Ele era só o Wallace. E nada mais.

Sua grandeza. Sua beleza. Sua pose autoritária. De nada adiantaram. Ele não era nada ali... Ele não queria ser. Olhando apenas para o chão, ele ficou imerso na sua solidão... As pessoas que passavam na sua frente, não existiam para ele. Todos eram vultos estranhos. Nada significava. Nada importava. Somente o seu pesar, segurava a sua âncora. Ele se sentia como um barco parado no meio de uma tempestade. Balançando e sendo jogado para todos os lados. As ondas o invadiam, enchendo-o, afogando-o. Afundando-o. Ele sabia que aquele barco logo viraria, mais cedo ou mais tarde... E virou... Naufragou completamente... Daquele dia em diante, ele saberia o verdadeiro preço que se pagava, para se viver intensamente com a pessoa que ele amava... Ele aprenderia a valorizar os mais breves momentos... Ele mudaria a visão que tinha do amor e da definição de reciprocidade... Ele seria outra pessoa... Não o mesmo, mas uma nova versão dele mesmo.

Era imaturo querer mudar, quando a pessoa que você é, é exatamente tudo que a pessoa que você ama deseja. Alef o queria daquele jeito. Alef não mudaria nada nele. Mas Wallace sim. Wallace queria mudar. Ele iria. Precisava ser uma pessoa melhor. Deveria. Ele nunca tinha se avaliado tanto como naquela noite. Quem ele era, tinha causado tudo isso. Wallace se sentia um poço de culpa. Um assassino. De novo. E nunca se perdoaria por isso. Nunca!

Afinal, corroer-se em culpa era um bom remédio para torturá-lo? Valeria mesmo a pena se crucificar, depois da merda ter sido feita? Sim... E ele se culparia pelo resto da sua vida, pelas coisas que não tinha sido... Pela verdade que ele aprisionou... Pelo diálogo que lhe faltou... Se ele ao menos tivesse conversado com seu amado, ele talvez nunca tivesse ido embora... Wallace quis voltar no tempo... Fazer diferente... Mas o tempo não voltaria. Ele teria que conviver com aquele erro... Aquela seria mais uma das muitas feridas inflamadas na sua coleção... Mais um motivo para ele pensar em desistir, quando tivesse naqueles dias de crise existencial.

As horas não passavam... Ele olhava para o relógio e era como se o mundo tivesse parado de girar... Para Wallace, era como se existisse uma lacuna muito grande naquele espaço de tempo... Como se a vida dele, tivesse parado no meio do caminho. Interrompida. Pausada. E agora? O que ele faria? Por que se sentia tão impotente? Tão inútil? Ele não sabia... Mas remoía repetidamente, o que ele poderia ter feito de diferente.

***

Depois que o médico disse seu veredicto, Jennifer foi a mais controlada dos dois. O que devia ser o contrário, mas não foi. Ela sabia como disfarçar uma dor. Como contorná-la. Foi ela que segurou as pontas do irmão, quando ele desabou. Foi ela quem tomou as rédeas daquela carroça desgovernada, quando os freios já não funcionavam mais. Foi Jennifer quem ligou para a mãe de Alef e contou toda a tragédia. Foi ela que teve que escutar os gritos e lamentos da mãe do seu melhor amigo. Foi Jennifer quem também falou com a polícia, quando eles vieram-lhe entregar os pertences de Alef. Que só não tinham se perdido, por causa do saco plástico, onde os bandidos tinham entocado tudo. Uma mochila com roupas, uma carteira, um celular e por incrível que pareça, um boné, foram entregues á ela. Segundo a polícia, o boné estava boiando na margem, no momento em que a perícia tirava o carro do fundo do rio.

– A senhora que sentava do lado dele, nos contou que esse boné era do refém... E que foi tomado por um dos bandidos no assalto.

Jennifer pegou o boné molhado, reconhecendo-o. Balançou a cabeça e segurou o choro.

– Sim... É dele. – murmurou ela sem voz, segurando-o com ternura.

Ela se lembrava do quanto tinha achado aquele boné ridículo, quando o viu pela primeira vez na cabeça do Alef. Agora, ela só queria poder vestir aquilo no seu amigo de novo... Com as coisas na mão, ela caminhou até onde Wallace estava paralisado. A tarefa de falar o que quer que fosse com ele, se estendeu durante toda a noite. Ela tentava se aproximar, mas ele não queria papo. Ele estava distante. Aquilo já tinha começado á assustá-la. Ele precisava reagir. Wallace tinha olhos tão vidrados, que mais pareciam hipnotizados... Sua depressão caiu em sem limites em cima dele. Quando ele chorou nos braços dela, ela achou que aquele homenzarrão superaria rápido e lhe daria forças, mas não foi bem assim. Foi pior. Ele ficou muito mal. Ele se fechou.

– Wallace... Wallace! – chamou-o ela pela milésima vez. – Fala comigo. Fala alguma coisa.

Ele permanecia irredutível. Como se tivesse se punindo mentalmente. As mãos entrelaçadas sob a barriga. A cabeça imóvel.

– Olha... A polícia me entregou essas coisas... – disse ela, engolindo em seco, e mostrando a mochila para ele. – São as coisas do Alef, que eles conseguiram recuperar dos bandidos...

Ele continuou á não respondê-la. Ignorando-a. Ela mostrou o boné na frente dele.

– Você deu pra ele, não foi? – perguntou ela.

Ele reavivou. Pegou o boné das mãos dela e o apertou com força no peito. Depois se mortificou de novo. Voltando ao seu estado nebuloso. Jennifer enfureceu-se.

– Você não pode se entregar desse jeito, ouviu bem? Para com isso! Você tá me assustando... Cadê a sua força? Hein? Cadê aquele Wallace que tudo enfrenta? Acha mesmo que o Alef iria querer te ver assim? Você parece estar morto. Não faz isso, Wallace. Por favor! Reage... Seja forte. Por você. Por ele. – disse ela, rouca de torpor.

A expressão dele era uma máscara dura. Presa. Longínqua. Foi aí, que ela não aguentou mais... Saiu de perto dele, correndo lá pra fora. E chorando de novo... Sua maquiagem já não mais existia. E ela não estava nem aí... Jennifer era a mais pura cara limpa. Era difícil vê-la maquiada. Se algum garoto fosse gostar dela, não seria por causa da aparência do seu rosto. Jennifer não curtia a feminilidade que as garotas prezavam. Pra ela, tudo sempre funcionava do seu jeito. Do seu modo. Ela era original pra ela mesma. Uma garota imprevisível... Devia ser por isso, que Alef gostava tanto dela.

No ensino médio era somente ela e Alef. O tempo todo. Pra baixo e pra cima. Eram duplas em tudo que tinha na sala. Faziam programas juntos, todos os finais de semana. Sem falar nas confidências que trocavam. Eles não desgrudavam. Por isso, sempre achavam que os dois namoravam. A amizade era mais forte do que nunca. No final, Alef se tornou mais importante pra ela, do que alguém já foi algum dia. E agora, com seu irmão gostando dele, os laços se solidificavam ainda mais. Ela teria Alef na vida dela para sempre. Os dois nunca mais se separariam. Ele seria seu mais novo irmão. Mas ao se lembrar do estado grave em que ele se encontrava, ela não quis mais pensar dessa forma. Não queria sofrer se algo pior acontecesse.

Jennifer pegou o celular, quase descarregando, e ligou para as últimas pessoas que ela imaginou ligar... Seu pai atendeu no terceiro toque... E mesmo não querendo contar. Ela teve que dizer tudo. Dadas às circunstâncias do estado de Wallace. Ela precisaria de toda a ajuda que encontrasse. Seu pai foi o único que se importou o bastante, e se dispôs a vir ao hospital. Wallace precisava de ajuda. Seu pai era a melhor opção. A sua melhor alternativa.

***

07 de Janeiro de 2016...

01h15min da madrugada...

O médico que estava de plantão no caso, acenou na frente de Wallace, acordando-o do seu transe martirizante.

– Senhor? Senhor? Está tudo bem? – preocupou-se o médico, acenando na frente de Wallace.

Wallace levantou a cabeça... Olheiras marcantes rodeavam seu olhar... Seus lábios estavam secos, rachados... O rosto exausto, encovado... As pupilas sombrias e sem cor... Sua pele era de uma brancura doentia... A barba crescia desigual... O cabelo num assanhamento descompassado... Ele olhou para o médico com esperança. Seus olhos chegaram a brilhar, com as lágrimas querendo sair.

– Ele acordou? – perguntou Wallace, ansiosamente.

– Infelizmente não... Ainda é muito cedo... Mas, você pode vê-lo agora... – disse o médico, colocando a mão no seu ombro, prestativo. Wallace baixou a cabeça. – Por favor, me siga!

A cara do médico era a mesma de antes. Vazia. Sem esperança. Wallace se levantou da cadeira. O médico o convidou á acompanhá-lo, e ele o seguiu... Andaram por um longo corredor... Eram tantas portas e entradas, que Wallace nem sabia mais onde estava. Ele só seguia... Seu coração palpitava inseguro... Seus passos eram fracos... Sua força diluída... Como ele reagiria quando o visse? Jennifer não estava ali para lhe dar força, pois tinha ido pra frente do hospital, esperar a mãe de Alef chegar. Portanto, ele estava sozinho. E teria que encontrar seu ponto de equilíbrio... Precisava ser forte... Precisava aguentar... O seu barco não podia virar agora.

Os dois chegaram a uma sala grande e pouco iluminada, que ficava numa ala distante das demais. Wallace caminhava cada vez mais tenso... Ele sabia que não estava nada bem... E tinha consciência que não podia desabar agora... Seu olhar correu pela sala á procura... Algumas poucas macas tomavam conta de um lado. Rodeadas por cortinas azuis, que dividiam os poucos pacientes daquela instância. Tinham apenas duas pessoas internadas naquele setor. O médico caminhou devagar, quando chegou á uma das camas. Wallace se preparou, mesmo sabendo que nunca estaria pronto para aquilo. Respirou fundo... As cortinas que estavam fechadas foram abertas. Ele ia desmaiar... Não conseguiria... Cairia... O chão não o seguraria... Até que ele apareceu... E tudo mudou para Wallace. Ele respiraria... Agora mais do que nunca.

Wallace não o reconheceu. Aquele não era o Alef que ele tinha conhecido. Não podia ser. O que tinham feito com seu amado? Por que o tinham transformado naquele desconhecido, diferente... Alef era uma lua cheia... Uma estrela brilhante numa noite escura... E não aquela coisa apagada. Wallace balançou a cabeça, inconformado com a vida. Com o destino. Com tudo. Aquela não era a história deles. Não era! Os dois faziam parte de outro núcleo... Outra circunstância... Outra dimensão... Eles eram aquele casal que vivia discutindo e ao mesmo tempo se amando... Eles eram o casal que tinham transado no mesmo dia em que tinham se conhecido... E depois daí, se apaixonados perdidamente... Alef era o garoto sonhador e inocente, que tinha se declarado primeiro... Enquanto que Wallace era o cara indeciso e inseguro... Os dois eram a combinação perfeita para um filme de comédia romântica... E não aquele drama triste e condenado.

Wallace foi chegando mais perto da cama... Controlando a sua urgência de abraçá-lo... De protegê-lo... De querer concertá-lo de alguma forma... A dor o invadiu, cortando seu coração em pedaços... Ele não conseguiu segurar as lágrimas por muito tempo... Elas desceram, jorrando sem parar... Ver a pessoa que você ama numa situação daquela, era o pior tipo de inferno que existia... Ele pegou na mão de Alef e apertou–a... Segurando-a como se nunca mais fosse soltá-la... Ele beijou-a repetidamente... Numa delicadeza e cuidado, que impressionou o médico ao lado... Wallace acariciou os dedos dele... Levou a mão de Alef ao seu rosto, e sentiu a epiderme dele na sua barba... Alef adorava sua barba crescida... Como era bom sentir o toque dele no seu rosto... Mesmo que não tivesse resposta. Alef estava entubado. Usando uma mangueira respiratória na boca. Sua cabeça estava enfaixada, por causa da operação feita recentemente. Aparelhos ligavam seus batimentos cardíacos á uma máquina. Ele até parecia estar dormindo. Wallace quis acreditar nisso... Seu Alef só estava dormindo.

– Oi, Lef... – sussurrou Wallace, finalmente tendo voz para falar.

Ele olhou para Alef, fixando-o plenamente... Carinhoso, ele alisou o pulso dele... A serenidade absoluta intensificava ainda mais seu amor por ele. Era possível amar tanto uma pessoa, mais do que já a amava? Wallace, agora, sabia que sim... Curvado sobre a cama, ele começou a conversar com sua vida. Sua razão de respirar.

– Se você conseguir me ouvir de alguma forma... Por menor que seja... Quero que saiba que estou aqui, viu? Estou segurando sua mão... E não vou soltá-la nunca mais. Aliás, não vou soltar mais nada que me ligue a você. Meu coração é seu... Minha vida... Meu eu... Sou todo seu... Para sempre... Achou mesmo que ia fugir de mim, não é? Só que eu te encontrei... E sempre vou encontrar. Eu sei que você deve tá decepcionado comigo. Eu também estou... Mereci aquele chute... Sou um idiota... Sabe, desde o momento em que te conheci, fui um imbecil... Você não sabe como eu me arrependo, por todo o transtorno que eu te causei nesses últimos dias... Por todas as nossas brigas... Por ter te colocado naquele tumulto todo... Você não merecia passar por isso... Apesar de eu gostar de te ver bravo comigo, apenas pra apreciar essa sua carinha vermelha fofa... Você deveria ter vivido coisa melhor. Se eu fosse esperto o bastante, teria te cortejado... Te apreciado... Te amado, desde a nossa primeira noite juntos... Mas não, eu tinha que ser o babaca... Preferi ser o cara sem coração, só pra não me envolver... O que você não sabe, é que eu já estava envolvido. Só não quis admitir essa verdade. Só não quis acreditar que era mesmo possível, um garoto mexer tanto com a minha cabeça em tão pouco tempo... Mas você provou que tudo é mesmo possível... Existiam paredes ao meu redor... Quando eu descobri que te amava, você já tinha quebrado todas elas... O mais interessante era que eu queria isso... Eu queria que você avançasse o sinal em mim... Eu queria você na minha vida, antes mesmo de querer te conhecer... Nunca quis tanto uma pessoa como um dia eu te quis... Como eu te quero agora nesse exato momento, e como vou querer daqui pra frente... Você vai ficar bem viu... É só um pesadelo... Logo você vai acordar... E nós vamos viver o nosso amor do jeito certo... Começaremos como sempre deveríamos ter começado. Eu sei que sim... Você consegue. É forte. Mais até do que eu... Dá pra acreditar? É sim. Eu acredito em você. – confessou Wallace, chorando.

Ele sentiu um peso. Um toque. Um aperto... Que logo cessou... Wallace voltou à vida. O seu espanto foi reanimador. Ele sorriu pela primeira vez naquela noite.

– Ele respondeu... Apertou minha mão... – disse Wallace, sorrindo muito. – Eu sabia que ele ia reagir... Você vai sair dessa, meu amor. Vai sim... E vou estar aqui te esperando... O tempo que precisar.

Wallace se empolgou, beijando a mão de Alef de novo e de novo. A alegria estampando seu rosto. O médico não acreditou. Era impressionante o carinho que aquele cara sentia por aquele rapaz morrendo. Os estímulos no monitor se intensificaram... Só que os batimentos despencaram... A máquina de batimentos começou a disparar... O coração de Alef enfraqueceu e parou. Um “pi” eterno ecoou no ar. Wallace se desesperou.

– Não, Alef! Você não pode me deixar... Não! FAÇAM ALGUMA COISA! Alef, você tem que resistir! Por favor. – disse Wallace, acabando-se em lágrimas.

Estava bom demais pra ser verdade. Como todas as alegrias, aquela foi passageira. Enfermeiros e médicos chegaram correndo, trazendo equipamentos para reanimá-lo. A massagem cardíaca começou na mesma hora.

– Senhor... Você precisa se afastar. AGORA! Tirem o daqui... – ordenou outro médico, ventilando um balão de ar.

– O que tá acontecendo? Ele... Ele reagiu... Ele apertou a minha mão! – exclamou Wallace, sendo levado para fora da sala á força. Ele não entendia. Por um momento, ele tinha se perdido de novo.

A equipe médica fazia o que podia, tentando trazê-lo de volta. Wallace foi jogado de novo no corredor. Ele não resistiu e meio que caiu no chão, desabando em um choro pesado. As pessoas ao redor se comoveram e tentaram levantá-lo. Só que ninguém conseguiu. Wallace era muito forte e muito alto. Somente uma pessoa poderia tirá-lo daquele inferno... E essa mesma pessoa estava nesse momento, lutando pela vida do outro lado da porta.

***

07 de Janeiro de 2016...

04h10min da madrugada...

Wallace estava na mesma posição, sentado no chão do corredor, no meio de outros doentes, esperando por notícias, quando a mãe de Alef chegou com tudo pra cima dele.

– Seu monstro! Nojento! Safado! Filho da puta! - gritou ela, batendo em Wallace com as mãos. – O que você fez com meu filho? O que você fez? Você prometeu que cuidaria dele. Você prometeu! – ela estava totalmente descontrolada.

– Desculpa. Desculpa! – disse ele, inconsolável.

A tapa na cara que ela deu nele estralou e marcou o rosto dele. Wallace deixou que ela batesse mais. Que o chutasse. Que o espancasse do jeito que ela quisesse. Ele queria que ela o matasse. Se fosse viver num mundo onde o Alef não mais existisse, preferia morrer agora. Não dava para suportar essa tormenta. Não mais. Não sem o Alef do seu lado... Enfermeiros e seguranças a seguraram, retirando os dois do hospital. Jennifer pedia calma, mas não adiantava. Ela estava brava e possessa. Afinal, era o filho dela que tinha se prejudicado. Era ele que lutava pela vida. Tudo por causa daquela maldita viagem de ano novo.

Lá fora, ela começou a chorar. Jennifer a abraçou. Ela se acalmou mais. Wallace encostou-se a uma parede e baixou a cabeça. Ele estava desoladíssimo. Não sabia mais o que esperar... Ou o que acreditar. Alef estava por um fio. Todos estavam.

A mãe de Alef olhou para Wallace, e disse:

– Se ele não sobreviver... Vai ser tudo culpa sua. Você vai ser o culpado!

Wallace não respondeu. E a carga de culpa que ele sentia só se intensificou ainda mais. Á cada momento, ele era dilacerado parte por parte. Como se estivesse se descontruindo totalmente. Quem ele seria quando aquilo tivesse um fim? Um carro parou na frente do hospital. Jennifer já sabia quem era... Ela acenou para ele e apontou para Wallace.

– Filho... – disse seu pai, descendo do carro e correndo em direção á ele. – Eu sinto muito.

Wallace deu um abraço tão forte no seu pai, que ele mesmo não tinha dado um desses, desde os seus dez anos de idade. Seu pai o confortou e o apertou contra si.

***

O tempo não passou mais... Estagnou. Parou. Morreu. Não existiam mais dias... E sim, continuações de uma noite sem fim. Wallace ficou mais magro... Mais barbudo... Mais cabeludo... Mais quebrado... Mais morto vivo. Todos os dias, em que ele visitou Alef na UTI, usou sempre o mesmo boné. Era como um amuleto. Uma parte de Alef. A mãe de Alef bufava. Engolindo tudo calada.

Um Mês se passou... Alef continuou num coma profundo. Desacreditando á todos. Menos Wallace. Ele acreditava que ele acordaria. Sempre acreditaria... Nas visitas, Wallace sempre achava que de alguma forma, Alef o correspondia... Fazendo movimentos... Apertando sua mão, como sempre... Só que ninguém acreditava nele. A insuperável mãe de Alef começou a tomar providências quanto á isso... As visitas de Wallace começaram a ser controladas com mais afinco... E selecionadas por ordem da mãe. Wallace se viu no meio de um conflito.

– Por que a senhora não autorizou minha entrada? Eu sempre visito o Alef. Eu tenho direito á isso. – disse Wallace, barrado na porta.

– Direito? Faça-me o favor... Quem é você na vida do meu filho? Nem namorado você foi... – detonou ela.

– Mas seria! Se isso não tivesse acontecido... E serei, quando ele acordar. – rebateu Wallace.

– Se depender de mim... Você nunca mais vai chegar perto do Alef.

– Isso não dependerá de você. Agora, se a senhora me der licença... – Wallace tentou passar por ela, mas foi bloqueado.

– O quê que é? Acha-se dono dele, agora? Quem você acha que é? Hein? Já não basta todo o transtorno que você causou na vida dele? Quanto mais eu vejo meu filho naquela situação, mas ódio eu sinto por você. Tem horas que eu tenho vontade de te matar... Só te aturo por causa da tua irmã... Apenas isso... Eu quero você longe do meu filho, se ele um dia acordar. Longe! – avisou-lhe ela, empurrando Wallace.

– Eu não vou desistir dele. – avisou Wallace. – Nunca!

– Pois desista... Ou vou fazer da sua vida um inferno. Você não tem noção do que uma mãe enraivecida é capaz de fazer por um filho. – esbravejou ela, dando as costas para Wallace.

As brigas não pararam por aí... Era guerra entre sogra e genro todo dia... Até que a mãe de Alef decidiu jogar baixo... Ela proibiu de vez a entrada de Wallace. E foi isso que destruiu nosso herói... Entre idas e retornos, Wallace começou a enlouquecer naquela realidade... Correndo para o caminho mais obscuro... Descontando sua fúria e frustação em si próprio... Ele voltou a usar drogas. E foi como se tudo que ele já tinha sido antes, voltasse. Sua família enlouqueceu. Wallace voltou a cheirar pó... E não parou. Ele se afogou nas drogas.

***

Dois meses depois... A mãe de Alef conseguiu uma ordem judicial, para afastar Wallace e toda a sua família do hospital. Wallace foi proibido pelo juiz, de entrar e até de chegar perto de Alef. Ele tinha que ficar mais de 100 metros, afastado do seu amado. Aquilo o despedaçou completamente. Mas ele não desistiu. Wallace se fez de louco. Por duas semanas, ele se vestiu de médico e burlou as leis, visitando Alef ás escondidas... O disfarce durou muito pouco. Ele foi descoberto. Só não o prenderam, porque Jennifer pediu de joelhos para a mãe do Alef não levar aquilo adiante... Foi à gota d’água. Wallace teve que se afastar de vez.

***

Três meses depois... Wallace foi internado numa clínica para dependentes químicos. Ele estava irreconhecível. Ele não era mais o garanhão de antes. Ele era um fantasma do que ele já tinha sido. Foi preciso colocá-lo lá, na marra. Sem notícias de Alef, Wallace se sentia desolado. Tudo que ele queria era vê-lo. Wallace entrou em colapso e começou a matar os seus demônios interiores. Foi a sua fase mais difícil e também a mais curativa.

***

Quatro meses depois...

– Ele ainda continua no coma... – disse uma fonte segura, pelo telefone.

Wallace ouviu aquilo com pesar. Era a primeira vez em semanas, que conseguia ouvir notícias de Alef. Ele desligou e ficou olhando para um campo verde, na clínica privada onde ele estava internado. Ele tinha esperança de que Alef acordasse, de que ficasse bem... De que voltasse pra ele... Mas era tudo tão distante... Nada mudava naquele caso... Nenhuma nova esperança tinha sido escrita naquele romance... E se Alef ficasse em coma para sempre? E se não existisse chance para eles dois? Talvez Wallace nunca alcançasse um final feliz... Com esse pensamento, Wallace foi obrigado a seguir em frente... Ele precisou seguir. Mesmo que não querendo.

***

Cinco meses depois... A vida continuou... Todo mundo continuou... O globo girou. Ninguém parou por isso.

– Você tem que me dizer... Qualquer coisa que você puder... Qualquer informação... Tudo! Ouviu bem? Por favor! – pediu Wallace, abraçando Jennifer.

– Pode deixar... A mãe do Alef não vai conseguir me interceptar... Sei como conseguir dobrá-la... Só segue em frente, ok? Não volta para aquele caminho de novo... Faça isso por ele. Você precisa voltar para a sua vida. – pediu Jennifer.

Com essa despedida, Wallace voltou para os Estados Unidos... Retomando sua vida, sua rotina, seus negócios e seu trabalho... Mas nunca esquecendo quem ele deixou para trás. Alef estaria com ele, hoje e sempre... Ele nunca, nem por um minuto, o esqueceria. Para provar isso, dentro da sua casa em LA, as paredes do seu quarto foram lapidas, por um papel de parede com a foto de Alef... Wallace sempre o admirava, quando chegava á noite do trabalho... Dormia olhando para aquela foto... Sonhava com aquela carinha da foto... Acordava olhando para a foto. Era obsessão? Não, era só o mais puro amor.

O restaurante dele era agora, um dos mais badalados da cidade. A comida brasileira atraía á todos... Inclusive brasileiros que visitavam o lugar... Wallace começou a viver sua fase mais próspera... Mas de nada adiantava... Ele queria outra coisa... Outro tipo de felicidade... Wallace queria mesmo era Alef, ali com ele... Queria seus beijos delicados... Seu olhar acanhado... E seu sorriso inocente... De que adiantava estar no topo, se estando sozinho?

***

Seis Meses Depois...

11 de Julho de 2016...

Numa noite de segunda-feira, ele tinha acabado de cair na cama, exausto e cansado, depois de um dia cheio, quando o seu celular começou á tocar. Chamou várias vezes... Até Wallace resolver atender, ainda zonzo de sono. Quando ele viu quem era, seu sono sumiu na hora. Jennifer apareceu na tela.

– Fala Jennifer... Alguma mudança? – perguntou Wallace, se sentando na cama, imediatamente.

– Eu tenho notícias maravilhosas... E péssimas ao mesmo tempo. – falou ela.

– Fala! Eu tô preparado pra tudo. – disse Wallace.

– Alef acordou... Já faz uma semana... A nossa fonte disse que ele está se recuperando bem... Só não se lembra de muitas coisas... Sua mente ainda está reaprendendo, entende? – disse Jennifer, emocionada.

– Graças á Deus! Você não sabe como eu tô feliz pra caralho, agora. Só de ele ter acordado, já é uma vitória. Ufa! – disse ele, aliviado por dentro e por fora. Seu coração acelerou, voltando a bater, após meses parado.

– Eu também estou. Queria poder pegar o primeiro avião pra Recife, só pra vê-lo... Se não fosse aquela ação judicial da mãe dele, eu já estaria com ele. – disse ela, convicta.

– Só você? Eu largaria tudo aqui também. Daria tudo para encontrar aquele olhar de novo... Sentir o calor dele. Tudo... O que a gente faz Jennifer? O que eu faço? – indaga Wallace, preocupado.

– Tudo se dá um jeito. Você vai vê-lo de novo! Tenho certeza disso... Nosso maior problema agora, não é esse.

– E qual é então?

– Alef foi transferido daquele hospital... Tentei fazer a nossa fonte encontrá-lo, e ele até achou, só que o Alef não estava lá. O outro hospital onde ele deveria estar agora, não consta sua presença... Não consegui descobrir mais desde então... Ninguém descobriu nada. A mãe dele deve ter o levado para algum lugar distante... Eu não sei. A nova vilã da história soube muito bem como jogar agora... Ela levou o Alef para algum lugar, Wallace. Só precisamos descobrir onde. – revelou-lhe ela.

– Se ela pensa que não vamos descobrir... Ela tá muito enganada. Eu sabia que ela tentaria fazer qualquer coisa para nos afastar do Alef. Só não pensei que fosse chegar tão longe... Do que você precisa para encontrá-lo? – perguntou ele, com raiva.

Wallace olhou para a foto de Alef na parede, e viu a chama do seu amor, reacender em labaredas intensas.

– Eu vou te encontrar, meu amor! Eu vou te encontrar. – disse Wallace, com aquele olhar penetrante.

***

Nove Meses Depois...

Wallace acertava o cardápio do dia, com seus aprendizes a chefs escutando-o atentamente, quando seu celular vibrou. Ele leu rapidamente. Era apenas uma mensagem em letras maiúsculas, no meio de várias, com somente três palavras:

“EU O ENCONTREI”.

– Desculpem-me... Eu preciso de um minuto. – desculpou-se Wallace num inglês fluente, saindo da cozinha e caminhando até seu escritório.

Ao chegar lá. Ligou o computador e começou a comprar suas passagens aéreas para o Brasil.

Continua...

Nota do Autor: Olá leitores! Tudo bom com vocês? Espero que sim!

Quero agradecer a todos os comentários e incentivos de vocês! Fico super agradecido e feliz por vocês estarem tão envolvidos com essa história e ainda mais com esses personagens. Leio cada comentário viu! E entendo como vocês se sentem... Esse conto tá mexendo com vocês, não é? Cada dia vejo mais pessoas encontrando essa série e gostando... Que bom que eu consigo envolver vocês de alguma forma. Só de conseguir tirar vocês da realidade e colocá-los nessa dimensão louca do Alef, já fico em êxtase. Obrigada mais uma vez! Sempre vou agradecer.

Elizalva.c.s: Olá Elizalva! Sim, também quero muito isso... Vamos ver né? Bjs!

Diva: Olá Diva! O próximo capítulo vai responder sua intuição. Se prepare! Bjs!

Guerra21: Oii Guerra 21! Eu também quero encontrar um desses... Rsrs! Estamos no mesmo clube! Wallace é um sonho, né? Rsrs! Vamo empacotar ele pra presente em 3 2 1... Bjs!

Rafinhah: Oii Rafinhah! A história vai até o capítulo 35, mas como temos muitas pontas soltas e muitas perguntas para serem respondidas, pode rolar segunda temporada e até mesmo spin-off de outros personagens. Mas não esse ano, lembrando. Mas em breve! Obrigado pelo carinho e pelas palavras, viu! Bjs!

Junior Amor: Oii Júnior Amor! Chorei com você amigo! Eu sei... Demoro pra postar, né? Culpa do Alef. Ele me deixa louco... Rsrs! Wallace nem se fala! Prometo voltar a postar sempre aos sábados! Bjs!

Jusinho: Olá Jusinho! Vai amar ainda mais! Promete! Bjs!

Tom: Olá Tom! Bota linda nisso! Aguarde mais momentos assim. Bjs!

Comentários

Há 12 comentários.

Por Julhinho em 2017-04-20 17:44:19
Aiiii KD vc amore. Estou muitoooo ancioso pela próximo capítulo. Volta logo please 😉🤓😘😘😘😘😘
Por Júnior amor em 2017-04-17 23:10:04
Amore KD o capítulo plyase posta logo estou muintoooo ancioso 😥😥❤❤😶💕
Por Júnior amor em 2017-04-16 19:37:17
KD o capítulo de ontem????? Socorrooo 😥🙏🙏🙏
Por Dinho2 em 2017-04-15 20:42:21
wouuu essa história ta mexendo muito comigo, muito boa ela, torço muito pelos dois e to ansioso para a continuação dela
Por Júnior amor em 2017-04-12 12:37:50
Ameiiiiiii está KD vez melhor super ancioso pelo próximo capítulo 😘😘😘😍❤❤❤❤❤
Por Rafinhah em 2017-04-12 02:39:39
Edit 1: Desculpa pelo erro de digitação s2
Por Rafinhah em 2017-04-12 02:37:25
(comentário sem formalidade dessa vez pq sim!) caralho, que porra de ep foi esse meu Gzuis, os outro me emocionaram pra caramba, alguns me fizeram até chorar, mas esse, me fez sentir uma dor tão grande cara, pqp. Na minha resposta vc colocou que vai ter 35 episódios e obg por osso, viver mais dessa história vai ser maravilindooo. As coisas aconteceram no tempo certo e vc novamente está de parabéns por escrever algo tão bem escrito e tão bom de se ler/de se viver. Ja to louco pelo próximo episódio. Bjoossss 💕💕💕💕💕💕💕💕
Por Guerra21 em 2017-04-11 23:58:27
Que reviravolta! Ufa! Estou incrédulo com tudo isso, de mocinha a mãe do Alef se tornou Vilã, que amor em Wallace, só acho que o Alef ficará puto em saber que seu lorde se entregou as drogas novamente, é gente essa é a vida, infelizmente muitas pessoas escolhem o caminho mais fácil. Já imaginou se durante esse tempo a mãe do Alef inventou inúmeras mentiras para separa-los, affs, na moral se sim a senhora pegou pesado, caralhoool, tadinho do Wallece ele agora é um cego em meio de um tiroteio, qual será a reação do seu amado depois de tanto tempo??? Beijos lindo até o proximo capítulo.😘
Por Elizalva.c.s em 2017-04-11 22:25:56
Nossa amado à mãe dele foi longe demais em pra que tudo isso,quando o amor é verdadeiro o mundo pode cair que ele não acaba. To com Wallace sempre corre atrás da tua Cinderela Príncipe encantado.😍😍😍😍😍😘😘😘
Por Geminiano.Apaixonado em 2017-04-11 01:27:06
Cara... To quase chorando aqui. É serio. Eu sei bem como é, passei por algo parecido, meu namorado sofreu um acidente grave e ele passou um mês em coma em estado critico, então eu entendo como é sentir a agonia de que aquele pode ser o ultimo momento com a pessoa que você ama, você olhar pra pessoa e ver ela lá deitada numa cama de hospital toda ligada por aparelhos é agonizante, você sentir que pode ser que nunca mais ouviria um "eu te amo" é horrível. Mas eu não desisti dele, jamais, eu todo dia criava cada vez mais forças pra poder viver mais um dia, e logo poder ver aquele lindo sorriso que tanto me fazia tão bem e feliz.
Por Depressivo em 2017-04-10 19:42:29
Aquela bruaca sogra interpretação do satanás em gente
Por Diva em 2017-04-10 18:54:54
Que capitulo maravilhoso, quem esperava essa transformação da mae de Alex para "anti herói"( por que ela na minha opinião não é bem uma vilã, pois acha que ta fazendo o bem para o filho) e coitado do Wallace passar por tudo isso é difícil😢☺ mas ta de boa, pode demora o tempo que for( limite umas quatros semanas) .AIS no final tem que vir um capituloelhor que esse ai, o que vai ser difícil😕😁