Capítulo I
Parte da série Eu Sou o Louco Mais Louco...
(dica: Say Something - A grat Big World)
Ah! As estrelas são tão lindas quando o amor invade nossas vidas, ele vem calmamente, mas quando se vai, ele destrói tudo que já havia sido criado. A cada queda levantamos, sacudimos a poeira e seguimos em frente, assim são algumas pessoas. Há àquelas que mesmo tentando esquecer, não conseguem.
Eu Sou um louco, sou confuso, sou a loucura propriamente dita, eu sou o amor, eu me chamo Marcelo. Tenho sonhos, tenho medos, tenho vergonha, tenho também dezessete anos. Meu coração é de vidro, meu coração é seu, meu coração, acima de tudo, é amor. Eu te amei, eu te amo, eu não te esqueço, eu ainda vivo por ti, eu ainda vivo por nós.
Muitos saem da escola e seguem a carreira que querem, seguem para caminhos diferentes, e, assim como eu, existem ainda as pessoas que se sentem perdidas após sair da escola. Foi difícil lagar os amigos, até mesmo os inimigos foi difícil, eu senti saudades, senti falta de quem nunca sentirá a minha.
Foi um ano complicado, um ano cheio de aventuras, cheios de devaneios, foi o meu último ano na escola. Depois disso procurei estudar, e como estudei, corri atrás dos meus sonhos, acreditei em mim mesmo, e, eu fracassei.
Ele me disse: - Isso não é para pessoas como você! - Foi como se tivessem me apunhalado com uma adaga nas costas, ouvir aqui do reitor da faculdade, nem de longe é uma coisa boa, não desejo aos meus inimigos aquilo que eu ouvi.
Eu: - Então é para que tipo de pessoas? Que tipo de pessoa eu sou? - Falei aquilo com vontade de gritar na cara do reitor, meu coração parecia que iria explodir dentro do peito de tão forte que batia. Sentei na cadeira em frente a mesa dele e o choro veio compulsivo, veio das profundezas de minha alma, e eu não as consegui contê-las.
Reitor: - O tipo de pessoas que esta renomada instituição procura são pessoas que sejam normais, e - Ele fez uma pausa demorada, provavelmente avaliando o que diria a seguir - VOCÊ É UM "VIADO"! NÃO QUERO "VIADO" AQUI DENTRO DA MINHA UNIVERSIDADE! - O seu tom era tão ameaçador que me contive, levantei e saí, corri para casa.
Cheguei em casa com o coração despedaçado, a falta que minha mãe fazia era enorme, como que queria que ela estivesse ali pra me abraçar e dizer que ficaria tudo bem. Mas ela não estava, eu não tinha ninguém, perdi tudo. Meus amigos se foram, minha mãe me expulsou de casa, meu pai faleceu antes mesmo de eu nascer, nunca me contaram o motivo pelo qual ele morreu. Eu trabalho a cinco anos em uma loja de revende de carros, no início aluguei um quartinho na casa de um colega de trabalho. Financiei um apartamento, hoje moro nele, sozinho, é onde o mundo não pode me ver.
Como seria dali para frente? Não, eu não sei a resposta. A cada dia que passa, acho que vou perdendo um pouco da minha sanidade, vou me perdendo em pensamentos, me perdendo em mim mesmo. Como pode Deus ter permitido tudo aquilo em minha vida? Não sei. O que eu fiz de errado?
Eu: - O QUE FIZ DE ERRADO? QUAL A "MERDA" QUE EU FIZ ERRADO? - Gritei sem me importar com os meus vizinhos, cai no chão, gritei, chorei. Àquela dor fazia eu me remexer no chão gelado, me debatendo feito um peixe fora d'água. Depois de escurecer e eu ainda estar deitado no chão, ainda chorando, foi que notei que já havia escurecido. Levantei do chão, fui direto para o banheiro, entrei na banheira de roupa e liguei o chuveiro, o primeiro jato veio gelado e não me importei. Enquanto a água subia sobre minhas roupas que grudavam ao meu corpo, fiquei pensando no que faria dali para frente, tudo o que eu tentei fracassou, não tive nenhum incentivo, nem sequer um ombro amigo. Tirei lentamente a roupa, lavei-me calmamente e me senti aliviado. Passaram-se mais de uma hora que eu estava dentro da banheira, minha barriga roncava, fazia tempo que não comia nada.
Liguei para uma pizzaria qualquer e pedi uma pizza e refrigerante e fiquei esperando, cerca de quinze minutos depois, a campainha toca. Pego minha carteira para pagar a pizza, mas quando abro a porta, não vejo ninguém, então quando fui sair no corredor do prédio, que vi um lindo buquê de rosas vermelhas. Juntei-o e o levei para dentro, sentei-me no sofá e vi que havia um cartão escrito com uma caligrafia perfeita, nele dizia: - De vitória e fracasso a nossa vida é feita. Seja a minha vitória, pois o fracasso já sou eu". - De: Aqueles olhos.
Continua...
Espero que gostem, e compartilhem. Muito Obrigado!
Obrigadíssimo Edu! S2.