Capítulo 5

Conto de semsentimentos998 como (Seguir)

Parte da série Eu Sou o Louco Mais Louco...

Robert: - Melhor agora falando com você, eu liguei para te dizer que estou com saudades de conversar com você. - Eu na verdade também estava, mas preferi não dizer nada. Ele continuou. - Então ainda continua em pé o nosso encontro à noite?

Eu: - Sim e não! Vamos conversar sim, mas não é um encontro. - Me senti aliviado depois que falei isso e ao mesmo tempo senti uma culpa enorme. - Desculpa, mas as coisas estão acontecendo rápido demais.

Robert: - Tudo bem, eu te entendo. Deve ser um choque saber disso assim, de repente. - Ele tinha razão, era sim um choque enorme que me deixou atordoado.

Eu: - Sim, tenho que desligar. Vou trabalhar, até mais. - Queria continuar falando com ele, mas tinha que garantir meu sustento.

Robert: - Tudo bem, tenho um bom dia, se cuida. - O engraçado é que ele falava português sem o sotaque estrangeiro normal de pessoas que vêm de outros países. Ele tinha uma voz grave e muito sensual.

Desliguei o telefone e fiquei mais alguns minutos deitado, fiquei processando tudo o que me aconteceu nos últimos dias. Levantei e fui lavar o rosto, peguei minha mochila e me dirigi para o trabalho, sempre escutando música. Cheguei dez minutos atrasado e Sérgio me chamou na sala dele.

Bati na porta e abri, ele estava ao telefone e fez sinal para que eu me sentasse, sem hesitar o fiz. Esperei um pouco e ele desligou o telefone e falou:

Sérgio: - Me diga como foi ontem, não tive tempo para te perguntar antes. - Eu o encarei um pouco e fiquei pensando no Robert. Depois de alguns, demorados, segundo eu me toquei que precisava responder. Ele me encarava com uma das sobrancelhas erguidas.

Eu: - Ocorreu todo como os conformes, nada de mais. - Estava com medo de perguntar, mas mesmo assim eu perguntei: - Por que o senhor mandou me chamar? - Ele me encarou com tanta voracidade que fiquei rubro na hora.

Sérgio: - Já pedi para não me chamar de senhor, me faz sentir um velho e - Ele deixou a frase no ar por alguns segundos e continuou: - Eu te chamei porque você chegou um pouquinho atrasado. Você nunca chegou atrasado, está tudo bem com o meu preferido?

Eu: - Sim, está! Me atrasei pois estava falando com uma pessoa no telefone e esqueci a hora, só isso. - Achei estranho ele vir me perguntar isso, mas não dei tanta importância. - Posso voltar ao trabalho? - Perguntei secamente.

Sérgio: - Hum, essa pessoa deve ser muito importante que fez você perder a hora, posso saber quem é? - Pensei em mentir sobre quem era, mas pensei, do que me vale mentir? Nada, não me vale nada mentir, então disse:

Eu: - Era um amigo meu, fazia algum tempo que a nós não nos falávamos. - Fiquei intrigado com o fato de ele querer saber com quem eu falo, mas não ligava para o que as pessoas dizem. - Agora já posso ir?

Sérgio: - Sim, pode, mas se cuide. Quando precisar estarei aqui pronto para te ajudar. - Ele falou aquilo com uma certa ironia, fiz que não entendi.

Eu: - Muito Obrigado pela preocupação comigo. - Estava levantando quando ele falou:

Sérgio: - De nada! - Ele falou isso me encarando de novo, seu olhar era misterioso e magnético, encantava qualquer um.

Fui direto para o vestiário, me troquei rapidamente e fui para me posto de vendedor. Não era sempre que tínhamos a sorte de vender mais de cinco carros por dia, mas esse dia vendemos mais que cinco carros, vendemos sete carros. Eu consegui vender dois, um para um rapaz novo cheio de espinhas e uma mulher alta e magra com uma criança que não parava de correr por dentro da concessionária.

Desde a ligação, meu estômago ficou doendo, era a ansiedade. Eu tentava mentalizar que seria apenas uma conversa e nada mais, mas a minha mente insisti em dizer que era um encontro. Nunca tive um encontro na minha vida, mesmo eu tendo vinte e três anos. Nunca fui muito namoradeiro, sempre fui mais calmo. Odeio festas e só saio quando realmente necessário. Meus amigos são apenas os da concessionária e mais ninguém, pois quando me assumi, minha vida virou num inferno, mas consegui me reerguer, assim como uma fênix se reergue das cinzas. A depressão fez parte da minha vida, desde os quinze anos até os dezessete e como não tinha amigos, comecei a ler e escutar música, e com os livros aprendi que podemos e somos muito mais daquilo que as pessoa pensam e falam de nós.

Fui para casa me arrumar para a conversa que teria com Robert. Tomei um banho demorado, com direito as espuma na banheira. Fiquei em dúvida com qual roupa ir, então lembrei que vi em um filme que, se eu for arrumado demais é um encontro, e se, eu for mais casual vou passar a impressão que é apenas uma conversa de amigos. Então vesti uma camiseta azul marinho, um jeans preto e um All Star branco, passei um pouco de perfume, como de costume. Desci e fui para a garagem, desativei o alarme do meu carro e quando liguei ele, lembrei que Robert me pediu que eu fosse com o carro que ele me deu. Subi de novo para meu apartamento e peguei a chave do Jaguar, desci de novo e dei a partida no carro. Me impressionei com o motor do carro de tão silencioso que ele era, tinha direção hidráulica e freios ABS. Achei um pouco dificultoso tirar ele da vaga , já que estava apertado entre o Ix35 e o carro de um dos moradores do prédio. Depois de cinco minutos, consegui sair da vaga sem bater.

O restaurante era perto de onde eu trabalho, então achei com mais facilidade do que esperava. O carro era ótimo de dirigir, sem falar que por dentro ele é impecável de tão lindo. Enquanto me aproximava do restaurante, me surgiu uma preocupação. Onde eu iria estacionar um carro de mais de cinco metros de comprimento. Logo que cheguei, vi que o restaurante possuía um estacionamento próprio. Estacionei ao lado de um sonata preto, quando desci, a porta do motorista do sonata se abre e aparece ele, um deus grego. Estava vestindo um terno bem cortado, azul marinho e uma gravata preta, os calçados estavam lindamente brilhando, mesmo com pouca luminosidade que tinha estacionamento. Ele fechou a porta e veio na minha direção, meu coração acelerou e fiquei trêmulo na hora. Então ele me disse:

Robert: - Oi, chegou cedo. Achei que não iria vir, mas vejo que é um rapaz pontual. - Ele falou essa frase olhando para o relógio de ouro no pulso esquerdo.

Eu: - Oi, gosto da pontualidade. - Ele acenou a cabeça concordando com o que havia acabado de dizer. - Como o Prometido. - Falei olhando para o carro.

Robert: - Vejo que sim, adorei sua roupa. Te deixa mais bonito! - Ainda bem que estávamos sozinhos ali e com pouca claridade, pois quando ele disse aquilo eu fiquei rubro e com o rosto pegando fogo de vergonha.

Eu: - Obrigado! - Falei aquilo e me senti um idiota por não elogia-lo também. - Você também está bem nesse terno, ele caiu bem em você.

Robert: - Capaz, imagina! - Ele se aproximou mais ainda e ficou quase colado a mim, que estava escorado no Jaguar. Meu coração estava a mil, minha respiração ficou dificultosa e ofegante, o suor escorria entre meus dedos. - Vamos entrar?

Eu: - Sim. - Eu estava com tanto nervosismo que meu estômago estava virado, não senti fome nenhuma, apenas borboletas voando dentro dele.

Ele foi na minha frente, passamos na recepção e fomos levados a uma das mesas reservadas do restaurante, que ficava mais ao fundo, dentro de uma salinha com um imenso lustre de cristais suspenso em cima da mesa. Achei aquilo a coisa mais linda que eu vira em tempos. Fizemos o nosso pedido, ele pediu "Escargots" e eu não sabia o que pedir, já que não conhecia nada da culinária francesa, então pedi a mesma coisa que ele. Foi nojento comer aquilo, mas depois de comer o primeiro os outros são magníficos. Comemos sem conversar, apenas com ele me encarando de vez em quando. Depois que o garçom levou nossos pratos ele pediu um vinho dos melhores, o nome era Domaine de La Romanee-Conti Montrachet Grand Cru e seu preço era um absurdo de R$ 18.100,74. Ele começou a conversa:

Robert: - A propósito, não precisa se preocupar com a conta, eu vou pagar. - Ele me disse com um belo sorriso no rosto.

Eu: - Eu até queria ajudar a pagar, mas depois desse vinho é meio complicado pra mim. - Disse aquilo porque era verdade, que pessoa pagaria R$ 18.100,74 em um único vinho? Sim, ele pagaria. - Esse vinho é a melhor bebida que já tomei na vida.

Robert: - Eu sabia que você iria adorar, por isso pedi que importassem esse semana passada - Como assim semana passada? Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, ele já tinha em mente me levar para sair.

Eu: - Como assim você importou ele semana passada? - Disse aquilo com uma velocidade que fez com que ele ficasse um pouco surpreso com minha reação ao seu comentário.

Robert: - Sim, eu tinha planos de sair com você. - Eu estava me sentindo mal de tanta informação que houve. - E...

Continua...

Muito obrigado a quem lê a série, e quero te agradecer Cinnadia por estar acompanhando a série.

Contatos: E-mail's: Marcellosilva21111998@outlook.com, Martinsmarcelo849@gmail.com.

Whatsapp: (54) 9686-6354.

Merci.

Comentários

Há 3 comentários.

Por semsentimentos998 em 2015-12-06 01:40:20
Tenha certeza que sim Martines. E Elton daqui alguns dias postarei o próximo capítulo. Muito obrigado por lerem a série. s2
Por Martines em 2015-12-05 10:44:31
ainda vai dar merda
Por Elton Oliverr em 2015-12-05 10:10:42
Posta outra pfv estou amando