Capítulo 3

Conto de semsentimentos998 como (Seguir)

Parte da série Eu Sou o Louco Mais Louco...

(dica: https://www.youtube.com/watch?v=5lE0f0Y3cMY)

Rapaz: - E quero que me mostre mais um carro que irei dar de presente para uma pessoa muito especial, me chamo Robert Freitas. - Eu estava suando de tanto nervosismo, ele me pareceu familiar, mas não sabia de onde eu o conhecia.

Eu: - Imagina! Eu é que agradeço em nome da loja, o Senhor tem preferência por marca? - Perguntei aquilo com medo, nunca senti essas emoções antes, é um misto de felicidade e nervosismo, desespero e carisma.

Robert: - Por favor não me chame de senhor, temos quase a mesma idade! - Ele disse aquilo com tanta naturalidade que cheguei a ficar sem jeito.

Eu: - Tudo bem Robert, posso lhe fazer outra pergunta? - Senti medo, mas fui com medo mesmo, eu precisava saber aquilo.

Robert: - Claro, sinta-se a vontade para fazer quantas perguntas achar necessário. - Olhei de relance para ele sem acreditar que ele tinha dito aquilo, fiquei rubro na hora.

Eu; - Por que veio me agradecer pelo carro depois de quase quatro anos depois que eu vendi-o para sua mãe? - Sei que pareci muito íntimo dele, mas eu senti certa liberdade em falar com ele, mesmo quando minhas pernas estavam tremendo de tanto nervosismo.

Robert: - Minha mãe comprou o carro um dia antes do meu aniversário, e no dia do meu aniversário, quando eu viria aqui para o Brasil, uma pessoa muito especial para mim morreu, e adiei a viagem. Entrei em depressão, me tranquei dentro de casa e não saí mais. Mas um dia quando eu estava na Internet, encontrei uma pessoa muito legal, conversamos e - Eu estava ofegante por ele contar coisas tão íntimas dele para um simples vendedor de carros - essa pessoa me fez novamente o sentido da vida. - Ele disse isso parando na minha frente, eu olhei em seus olhos, mas logo desviei para o lado direito.

Eu: - Me desculpe, eu não devia ter lhe perguntado nada, isso é algo pessoal seu. - Eu estava com vergonha de ter perguntado aquilo e ao mesmo tempo curioso para saber mais sobre aquele rapaz encantador, de olhar feroz.

Robert: - Não tem porque se desculpar! - Ele continuou parado na minha frente me encarando, a sensação de falar com ele não me era estranho, parecia que eu o conhecia de algum lugar. - Já notou que as vezes a vida é irônica conosco? Eu perdi uma pessoa, mas conheci outra mais encantadora ainda!

Eu: - Qual o seu modelo de preferência? - Só perguntei aquilo por não saber mais o que devia lhe perguntar.

Robert: - Se esse carro fosse para você, qual desses você escolheria? - Olhei-o novamente com espanto, ele e eu tínhamos uma certa intimidade que não sei explicar. - Qual você acha mais bonito?

Eu: - Eu tenho afeição por SUVs, talvez não seja o carro que o senhor procura. - Eu tenho um Ix35 flex, e não tinha ideia do qual mostrar primeiro a ele.

Robert: - Não gosto muito de SUVs, mas talvez eu me interesse por algum. Pode me mostra o IX35?

Eu: - Claro! Por aqui por favor. - Falei e comecei a caminhar em direção do carro, senti seu olhar queimando nas minhas costas, mas continuei a caminhar.

Depois de muita conversa com Robert, ele acabou levando um Hyundai Santa Fé. A comissão que eu ganharia seria ótima. O resto do dia permaneceu normal, vendi mais alguns carros e no fim da tarde e já estava cansado, precisava deitar e dormir um pouco.

As seis da tarde me encaminhei para o vestiário, tirei aquele terno desconfortável e me arrumei para voltar para casa. Fiz meu trajeto normal, escutando música clássica instrumental (Ludovico Einaudi - Nuvole Bianche). Cheguei a meu prédio e quando estava passando pelas portas, o seu Pedro me chamou:

Pedro: - Boa tarde senhor Marcelo! Como foi o seu dia? - Essa era uma das coisas que eu adorava em seu Pedro, ele estava sempre disposto a nos ouvir. - Espero que tenha sido bom!

Eu: - Seu Pedro já disse para não me chamar de senhor, e meu dia foi muito bom, um pouco cansativo, mas bom. - Sentei em uma cadeira que fica logo ao lado da portaria do prédio, seu Pedro sentou-se ao meu lado. - E seu Pedro, como foi o seu dia?

Pedro: - O meu dia foi um pouco perturbado, aquele seu amigo, o de terno bem cortado, apareceu e deixou um grande presente para o senhor lá na garagem. - Eu o olhei com certo receio de ele estar brincando com a minha cara, mas ele se manteve sério. - Ele me disse que o senhor já sabia do presente e me pediu para guardar lá embaixo na garagem.

Eu: - Mas que presente? - Eu estava com minha cabeça em um turbilhão, tudo o que aconteceu nesses dois dias mexeram com minha sanidade mental, só pode ser isso. - Na verdade, ele não é meu amigo e eu não faço ideia de quem ele seja.

Pedro: - Como assim? Ontem mesmo ele me disse que você já sabia que ele estava chegando, não estou entendendo nada, mas - Eu também não estava. - Como um desconhecido te deixa um presente como aquele na garagem??

Eu: - Seu Pedro posso ver que presente é esse? - Falei aquilo com um frio na barriga, o coração disparou, minhas pernas tremiam de tanto nervosismo.

Pedro: - Claro! Venha por aqui. - Disse me seu Pedro e começou a caminhar na minha frente, minha cabeça estava a mil. - Ele teve um pouco de dificuldade de entrar na garagem com o presente, mas no fim ele conseguiu.

Chegamos na garagem, caminhamos um pouco em meio aos carros e de repente seu Pedro parou, então me indicou o tão fabuloso presente. Quase cai para trás quando eu vi o que era o presente, ele estava estacionado ao lado do meu, era preto reluzente, era um Jaguar XJ. Apenas um louco daria aquele presente a mim, e eu não conseguia acreditar naquilo. Um jaguar era um sonho de adolescência, mas como sabiam que eu queria um jaguar, sendo que ninguém sabia sobre esse sonho meu? Seu Pedro me entregou a chave e eu entrei no jaguar, era um carro de luxo com acabamentos em madeira envernizada, quase chorei de tanta emoção. E quando abri o porta luvas, achei um envelope vermelho, e nele continha um cartão com a mesma caligrafia do cartão da noite anterior. Estava escrito:

"E nos momentos de delírios encontrei a salvação, e essa salvação é você" De: Aqueles olhos.

Me ligue, 9686 - ****.

Então sem pensar disquei o número, e quando estava chamando, notei que seu Pedro ainda estava no lado da porta que estava aberta. Então mostrei o telefone para ele e ele entendeu o recado e saiu da garagem. No quinto toque, uma voz conhecida atendeu:

Voz conhecida: - Alô! Quem está falando? - Quando ouvi àquela voz, gelei. Eu conhecia aquela voz.

Eu: - Você me deixou o seu número para te ligar, eu liguei. - Disse aquilo e...

Continua...

Muito Obrigado a quem ler desde já!! Bjos.

Comentários

Há 2 comentários.

Por semsentimentos998 em 2015-11-29 01:40:12
Cinnadia muito obrigado, e eu estou me esforçando bastante para escrever essa série. bjos.
Por Cinnadia em 2015-11-28 00:28:08
Estou amando o desenrolar da série. Continue escrevendo!