O Segredo Eminente
Parte da série Encontros e Desencontros
Era de praxe após o almoço descansar no quarto de meus pais. Certa tarde ao fazê-lo, eu fui surpreendido novamente pela presença do meu moreno maduro. Não havia mais ninguém na casa além de mim. Era ocasião ideal para retomarmos aquilo que ficou pendente na nossa primeira “noite de amor”. Ele entrou no quarto utilizado a própria janela. Imediatamente, fechei todos os cômodos. Trazia consigo alguns pertences que logo tratei de guardá-los. Despiu-se inteiro. Parecia inacreditável que eu teria mais uma vez ele só para mim. Segurei aquele cacete imenso e o pus na boca. Mamava-o com voracidade.
De repente, ouço o barulho dos cadeados do portão principal da casa. “É o papai”. Falei tenebrosamente. Pedi ao Dedé para ir ao quarto e que permanece debaixo de minha cama. Naquele momento ali era o lugar mais seguro. Dificilmente, papai iria até lá. Ele acatou minhas instruções. Às pressas, consegui arrumar a cama, recolher nossas roupas que estavam dispersas no chão e esconder os pertences do meu amado. Papai entra em casa. Ficou desconfiado com alguma coisa estranha que acontecia ali. Disse a ele que havia fechado todos os cômodos para não ser importunado, pois estava acometido de uma terrível cefaleia. Não sei se ele viu, pois por descuido deixei os sapatos desconhecidos no quarto. Quando percebi o que fazia feito, tratei de recolhê-los imediatamente. Subitamente, o improvável aconteceu: papai saiu em direção ao meu quarto. Não sabia o que aconteceria a qualquer momento. Ele se debruçou no parapeito da janela por alguns minutos. Seu semblante transparecia sua inquietação diante do acontecimento misterioso. No entanto, retirou-se do quarto. Um alívio maravilhoso chegou até mim.
Passou algum tempo, papai entrou no banheiro. Dedé apanhou os pertences que trazia consigo e através da janela saiu do interior do imóvel. Despediu-se e foi embora. Ainda penso naquele episódio até hoje. Seu desfecho poderia ter sido uma tragédia. Felizmente, o segredo ainda permanece irrevelável.