No Laço dos Cowboys- Parte II
Rich olhou para o cara parado a sua frente, o homem era absurdamente lindo, vestido com calças jeans surradas e uma camisa polo vermelha, o chapéu dava apenas um toque especial na constituição do homem, Rich percebeu que Bruno era um pouco menor que ele, tinha braços musculosos e coxas grossas, como era de se esperar, seu pênis começou a endurecer dentro de suas calças. Se a mini tenda armada nas calças do homem fosse qualquer indicação, o sujeito também estava excitado por ele.
“Vamos para o meu escritório Bruno, lá podemos conversar com mais privacidade,” Rich virou-se na direção do corredor, mas não antes de perceber o leve tremor que percorreu o corpo de Bruno, continuou a andar, chegando ao fim do corredor abriu a porta de seu escritório e ficou de lado para que Bruno pudesse passar, apontou para a cadeira e esperou o homem sentar, enquanto encostava a porta imaginou Bruno curvado sobre sua mesa de carvalho, com as calças abaixadas até o tornozelo enquanto Rich entrava e saia de sua bunda, a cena que imaginou parecia tão verdadeira que segurou o gemido que ameaçava sair de sua boca, tentou reajustar seu pau muito duro em suas calças e foi para trás de sua mesa.
“Então você está aqui para a vaga de capataz,” Rich perguntou e o homem timidamente assentiu, “analisei seu currículo e ele é muito bom, também liguei para suas referências e ouvi coisas muito boas sobre seu trabalho, minha fazenda não é diferente das outras em que você trabalhou, lidamos na maior parte com o gado, também temos algumas plantações, com as renovações que andei fazendo o serviço aumentou e não estou conseguindo administrar tudo sozinho, pretendo me iniciar no mundo dos rodeios e preciso de alguém que saiba lidar com os homens com respeito e confiança, meus homens são muito bons e leais, mas infelizmente falta-lhes um pulso firme, e é ai que você entra. Alguma pergunta?”.
Rich pegou a garrafa de água e tomou um gole, sua garganta ficou seca após seu breve discurso, uma gota de água escapou de sua boca e escorreu pelo queixo, viu como Bruno seguiu a gota de água com olhos cheios de luxuria, Rich sempre seguiu sua regra principal, a de não dormir com nenhum empregado da fazenda, mais com Bruno, poderia facilmente quebrar essa regra.
****
Bruno continuou a olhar para a simples gota que continuava a descer pelo queixo do homem, estava completamente hipnotizado, seu pênis que antes estava meio duro, agora parecia aço, Rich era o sexo em pessoa, o cara exalava poder e dominação, não tinha sequer noção da sexualidade do cara, mas tinha certeza que dentro do quarto quem dava as ordens era Rich, gemeu interiormente, o único homem que conhecia que exalava esse mesmo tipo de poder era Renato, de repente a realidade o bateu e seu sangue gelou. Deus, estou pensando em outro homem que não é o meu namorado. Culpa o correu ferozmente e Bruno se obrigou a sair de seu devaneio, “Desculpe, mais o que o Sr. Disse?”
“Primeiro de tudo, Senhor está no céu, em segundo lugar, estava perguntando se você tinha alguma pergunta sobre o cargo.”
“Tenho algumas, mas antes de qualquer coisa, preciso lhe contar um fato que pode alterar sua decisão de me contratar, sou gay, e o motivo maior de sair de meu antigo emprego é que o dono do lugar era um babaca homofóbico, e eu me cansei de escutar as gracinhas que ele falava, se você tem algo contra homossexuais eu preciso que me diga agora para que eu possa ir embora de suas terras,” Bruno falou tão rápido que não sabia se o homem tinha conseguido escutar seu discurso, quando olhou para Rich o olhar do homem não deixava nada transparecer, todas as inseguranças que tinha afastado de si antes da entrevista começar voltaram com força total.
“O que me disse não afetará minha decisão de te contratar, sou gay e todos os meus trabalhadores sabem disso e respeitam isso, sabem que não tolero esse tipo de merda dentro de minhas terras, se essa era sua maior preocupação em não pegar o trabalho, você pode ficar tranquilo.”
“Realmente, fico mais tranquilo com suas palavras, você me disse que está querendo entrar para o rodeio e tenho um pouco de experiência nessa área, a fazenda do Sr. Cruz cria gados de rodeio e aprendi muitas coisas lá, mas se não for abusar de sua boa vontade conheço alguém que sempre trabalhou nessa área e tem muito conhecimento no mundo do rodeio, antes de você dizer que queria entrar para o rodeio eu já ia lhe perguntar se você tinha uma vaga para ele, trata-se do meu namorado, o nome dele é Renato, ele está terminando de entregar alguns cavalos ao rodeio e depois disso ele virá me encontrar.”
Rich ficou congelado em sua cadeira, não podia acreditar no que tinha acabo de escutar, á um minuto estava radiante, seu mais novo sonho molhado era gay, e agora o cara não só estava falando que tinha um namorado, como também estava pedindo um emprego para o cara, tentou engolir sua saliva mais sentiu um amargo em sua boca, seu estomago deu um nó e um estranho sentimento apertou seu peito, respirou fundo e tentou mostrar indiferença.
“Entendo que você queira ficar perto do seu namorado, mais não posso contrata-lo baseado em suas palavras, não me leve a mal, mais mau conheço você e antes de te contratar fiz uma pesquisa minuciosa em suas referências e antecedentes, para poder contrata-lo preciso ver seu currículo e fazer a mesma pesquisa,” Rich falou um pouco duro de mais, enquanto olhava para Bruno, viu o lampejo de tristeza que passou pelo olhar do outro homem.
“Não estou dizendo que não irei contrata-lo, mas preciso de seu currículo para pesquisar suas referências, assim que o tiver feito te dou uma resposta sobre a vaga, ok?”
“Tudo bem, mais uma vez agradeço e peço-lhe desculpas pelo abuso, sei que não tem motivos para acreditar em mim mas Renato é um excelente cowboy, tem prática e conhecimento em rodeio, claro que para você pode ser difícil acreditar por que ele é meu namorado, mas não o teria indicado se ele não fosse um excelente profissional.”
Rich olhos dentro dos olhos de Bruno e o que encontrou foi sinceridade, Bruno o olhava diretamente, não tentava fugir de seu olhar e não se mostrava nervoso ao ser questionado, queria dizer não a contratação do namorado de Bruno, mais nunca deixou seus desejos nublarem sua obrigação com a fazenda, se o cara era bom mesmo como afirmava seu namorado, o cara já podia se considerar contratado.
“Eu irei enviar sua documentação para o meu advogado junto com o currículo de seu namorado, ele te ligara para marcar o melhor horário para que você possa assinar os papeis, e você irá combinar com ele o seu salário, como novo capataz você poderá morar na casa que era de Demetrio, ele era o antigo capataz e se aposentou a alguns meses, se seu namorado for contratado ele poderá morara com você. Vou pedir para Benta chamar Guto para que ele lhe mostre a fazenda, se estiver tudo bem para você, tire o dia hoje livre para que você possa se instalar e comece amanhã, o café é servido ás 7:00 da manhã no barracão. Bem-vindo a fazenda Santa Luiza.”
Rich foi até a porta e chamou por Benta, dentro de instantes a velha senhora veio a seu escritório, “Benta, telefone para o barracão ou para o celeiro e chame Guto, peça para que ele leve Bruno para conhecer a fazenda e depois o leve para a cabana que era de Demetrio, a partir de hoje essa será a casa dele.” Virando-se para Bruno, disse: “Não irei acompanha-lo, tenho que ir a cidade, qualquer problema fale com Guto ou Benta que eles saberão aonde me encontrar, vejo você amanhã.”
Com isso, voltou para trás de sua escrivaninha e começou a trabalhar, estava enlouquecendo com a presença do outro homem no pequeno escritório, amaldiçoou mais uma vez por ter sido rude, mas tinha que fazê-lo, poderia estar disposto á quebrar sua primeira regra: Não transar com um trabalhador da fazenda, mais com certeza não queria quebrar sua segunda regra: Não transar com homens comprometidos. Podia ser um pouco de uma vadia ao se tratar de transar com vários homens, mais mexer com homens comprometidos era demais até para seus próprios conceitos.