Capítulo 9
Parte da série VOCÊ É SÓ MEU...
Bom, como todos disseram que não queriam, eu não vou juntar as duas séries (FOREVER? e VOCÊ É SÓ MEU), mas permaneço com a ficção de VOCÊ É SÓ MEU. Relaxem, não tem vampiros e seres sobrenaturais. Até acho legal, pois seria muito trabalhoso juntar as duas.
Então, vamos a mais episódio.
- Gabriel – Gritei novamente.
Ele não me responde.
Me levantei olhei para todos os cantos atrás dele.
- Que droga. Será que ele me deixou aqui sozinho? – murmurei.
Ouço um galho estalar atrás de mim. Me viro assustado, e era Gabriel. Ele estava parado me olhando com um sorriso no rosto.
- Sentiu tanto minha falta assim foi? – indagou ele.
- Não brinca idiota. Pensei que você avia me deixado sozinho aqui. Ou sei lá... tivesse sido devorado por alguma coisa.
- Nossa Rick, não sabia que você era dramático assim. – Disse ele cruzando os braços.
- Não sou. Só sou realista...
- Onde cabe o realismo em suas palavras?
- Está me chamando de mentiroso?
- Não, você me entendeu mau. Eu só quis dizer que isso soa como tolice. – Respondeu ele pondo as mãos nos bolso.
- Tolice, está me chamando de tolo? – Indaguei.
- Não... Nossa Rick, está difícil! – Disse ele revirando os olhos.
- Vamos esquecer isso...
- Tudo bem – respondeu.
O fato de estarmos sozinho ali me deixou nervoso. Ficar sozinho com Gabriel é como contratar um babá cujo passatempo preferido é amolar facas. Posso ter virado amigo dele, mas ainda sinto certo receio em ficar sozinho com ele.
- Não gosto de ficar sozinho – Disse eu pondo as mãos nos bolso da minha jaqueta azul, e olhando adentre o verde daquela mata vazia e silenciosa.
- Você está com medo? – Perguntou Gabriel.
- Todos nós temos nossos medos e fraquezas. É quase que uma identidade pessoal – Respondi.
- Não acho.
- Vai dizer não possui medos? – perguntei quase que inocentemente.
- Não! – Disse ele orgulhosamente.
- Ata, sei! Todos nós temos Gabriel. Sem exceções.
- Isso não se aplica a mim.
- Como não? Você diz isso por que não quer parecer um covarde!
- Não sou um covarde!
- Se não quer assumir seus medos, isso significa que você é covarde. Ou é tolo o bastante para priva-los de si mesmo. – Disse eu olhando em seus olhos.
- A questão não é essa...
- E qual é então? – Perguntei.
- Aprender a controlar seu medo e libertar-se dele é o verdadeiro objetivo – respondeu.
- Tudo bem. Você me convenceu. – Disse eu com um sorriso no rosto.
- Até que enfim. É difícil arrancar um desses de você. – Disse ele com um olhar fixo em meus olhos.
- Não é difícil, basta você merecer. – respondi.
- Tudo bem. – Disse ele olhando para baixo mordendo os lábios.
Desviei minha atenção de Gabriel, e olhei mais adentre os galhos altos das árvores, avistei uma montanha, por mais esquisito que pareça eu não me lembrava dela. Resolvi chegar mais perto.
- Onde você vai? – Disse Gabriel segurando meu braço.
- Vem comigo.
- Tudo bem. – Disse ele segurando minha mão. Olhei para nossas mãos juntas e sorri, mas não dei muita atenção.
Precisávamos sair dali.
Chegamos mais perto e pude avistar o lago.
- Ali, vamos para a margem. Vai que eles estejam por ali.
Nos aproximamos e chegamos até a areia molhada que dava uma nova aparência aquele local.
- Até que enfim, areia e água. Já estava cansado de ver mato – disse eu me sentando no chão.
- Também, estou com uma cede. – Disse Gabriel pondo a mão em sua garganta.
- Então é dois.
- Espera...
Gabriel pegou seu cantil que avia levado com água para ver se ainda avia sobrado algo.
- Aqui, ainda sobrou um pouco – Disse ele estendendo o cantil a mim. – Bebe você primeiro, não se preocupe comigo.
- Mas, você está com cede Gabriel.
- Eu não sou tão importante assim.
- Não diga besteiras.
- Bebe logo. – Disse ele.
- Tem certeza? – Perguntei.
- Sim!
- Tudo bem.
Obedeci e enfim saciei a minha cede. Até que estou começando a me sentir mais confortável na presença do Gabriel, sou apaixonado por ele, mas não quero dar bandeira não é.
- Obrigado. – Disse eu secando minha boca na manga da minha jaqueta.
- Poxa, você quase não deixa nada pra mim cabeção. – Disse ele espremendo os olhos dentro da cantil.
- Desculpa – Disse eu meio sem jeito.
Gabriel olhou pra mim e deu um sorriso.
- Tudo bem. Eu pego mais da água do lago.
- Você acha que é limpa?
- Não sei, mas tem uma boa aparência. – Disse ele se levantando.
Gabriel se acocou e mergulhou o cantil na água, e puxou ele para fora. Primeiro deu uma cheirada pra confirmar se estava tudo certo e então mandou garganta a baixo.
- Nossa. Até que não é tão ruim. – Disse ele rindo.
- Corajoso você.
- Porque? Com cede – Ele se sentou ao meu lado – Até você faria isso – Disse ele dando um beijo na minha bochecha.
Fiquei meio sem jeito com aquele gesto. Resolvi deixar pra lá.
- Gabriel, você já avia visto essa montanha ai? – Disse eu apontando para ela.
- Não. Iria te perguntar isso. Não me lembro de ter visto ela antes.
- Estranho não acha? – Perguntei.
- Sim! – respondeu ele.
Gabriel olhou para baixo, parecia que estava pensando em algo. De repente olhou para cima com um sorriso no rosto.
- Tive uma ideia! – Disse ele com um sorriso no rosto.
Continua...