Capítulo 3
Parte da série VOCÊ É SÓ MEU...
Pessoal desculpa pela demora. Fiquei sem tempo esses dias para escrever, mas estou de volta.
...
- Ah vá se fuder...
- Oque rapaz? – Disse o Dr. Rogerio se levantando...
Ele olhou furioso para Gabriel. Parecia que iria devora-lo...
- Não foi nada. Des...cul...pa. – Respondeu Gabriel gaguejando.
Rogerio suspirou fundo para não pular no pescoço daquele rapaz.
- Tudo bem. – Disse ele dando uma leve ajeitada em sua gravata vermelha.
- Olha aqui. Os três...
Ai meu Deus, lá vem bomba...
- Isso não vai ficar assim. Vou comunicar os pais de vocês.
- Não! Por favor – Disse Gabriel desesperado.
- A palavra já foi dada. Podem se retirar. – Disse Rogerio desviando o olhar para a tela de seu computador. Gabriel estava desesperado, acho que os pais dele devem ser bem severos. Eu e Lucas estamos normais, meus pais vão entender, já os de Lucas acho que vai ser o mesmo, já que ele continuava.
Nos levantamos e saímos pela porta. Bia estava sentada do lado de fora nos esperando.
- A... Graças a Deus. Vocês estão bem... – Disse ela desesperada.
- Calma mulher, não sofremos nenhum acidente – Disse Lucas contorcendo as sobrancelhas para ela.
- Estou falando sério...
- Estamos ótimos Bia, não foi nada de mais! – Respondi a ela.
- Graças a Deus... – Disse ela dando um forte suspiro.
Meu Deus, que garota alarmante... Mas ela é legal!
- Pera ai... Cadê o delinquente? – Disse Lucas olhando rumo ao fim do corredor.
- Não sei, não quero saber... E tenho raiva de quem sabe! – Respondi a ele.
- Calma ai... – Disse ele dando um tapinha nas minhas costas.
- Vamos logo para a sala de aula – Disse Bia.
- Espera, vou pedir outra camisa do Diretor, não vou ficar assim não é? – Disse Lucas enquanto olhava para sua barriguinha sarada.
- Vai mesmo. Não quero nenhuma piriguete olhando para meu macho... – Respondeu Bia.
Nós dois nos olhamos espantados com a resposta daquela menina, e demos uma gargalhada, que de tão alta o diretor abre a porta de sua sala.
- Será que dá pra irem para suas salas? – Disse ele.
- Tudo bem. Desculpa. – Respondi a ele calmo.
Eu e Bia nos dirigimos a sala de aula. Lucas ficou com o diretor para pedir sua farda.
Chegamos a sala e Gabriel não estava lá. Estranho... mas estou nem ai!
O tempo se passou e o primeiro dia de aula se findou. Era hora de irmos para nossas casas...
- Vamos Guto? – Disse Bia.
- Vamos...
Fomos até o portão conversando.
- Onde você mora Guto? – Perguntou Bia.
- Há umas duas quadras daqui. E você?
- Eu moro um pouco longe. Mas fica perto da casa do Lucas.
- Vocês vem juntos?
- Sim! O motorista vem deixar nos dois aqui na escola.
- Nossa...
- Que foi? – Perguntou ela.
- Nada não. Tenho que ir... Até mais.
Dei tchau para Bia e Lucas e fui embora. Eles me ofereceram carona, mas eu não quis. Preferi ir a pé mesmo.
Fui caminhando pela calçada coberta pela sombra das árvores. Estava uma bela manhã naquele dia. Porém, o caminho que eu tenho de traçar até minha casa é meio deserto. Vim o tempo todo a sensação de esta sendo perseguido....
Do nada um cara em uma moto preta, para do meu lado, ele estava de capacete e não dava pra ver seu rosto... Aprecei o passo mas não adiantou...
Ele puxou meu abraço com força...
- Achou que iria se livrar de mim viadinho?
Olhei para traz e era ele... O Gabriel!
- O que você quer? Me deixa em paz – Tentei me soltar mas foi em vão...
- Acho que deixamos algo inacabado essa manhã não acha? – Disse ele me olhando com um olhar furioso.
- Me solta cara, eu nem te conheço.
- Pôs devia conhecer... Quem você acha que é pra fazer aquilo comigo?
- Aquilo oque cara? Foi você quem começou!
- Eu comecei? Eu comecei? – Disse ele gritando.
- Cara me solta, por favor. Oque você vai fazer, me larga.
Ele me empurrou e eu cai no chão. Ele pulou em cima de mim e segurou meus braços.
Mas que merda, por que não passa nem um carro nessa droga de rua?
- Não adianta pedir ajuda, ninguém vai te ouvir!
- Sai de cima de mim... – Disse eu me sacudindo para ele sair, mas foi em vão...
- Você não vai sair daqui até eu terminar o que eu vim fazer aqui...
- Do que você está falando?
- Disso...
Do nada ele me beijou. Ele ficou ali parado, com os lábios colados ao meu... já não era necessário ele segurar meus braços, já que eu nem tentava fugir mais...
- O foi isso? – Perguntei a ele assustado depois dele retirar seus lábios se cima dos meus.
- Um pedido de desculpas! – Disse ele com um sorriso maroto cravado em seu rosto.
- Mas, mas... Eu nem te conhe... – Ele calou minha boca com mais um beijo.
- Xi... Não mandamos no coração – Disse ele enquanto olhava em meus olhos profundamente.
- Mas do que você está falando? – Perguntei a ele assustado.
Ele abaixou a cabeça e deu leve suspiro, seguidos de uma mordida nos lábios que deixou louco.
Enfim ele retornou o seu olhar ao meu e me respondeu:
- Eu estou apaixonado por você!
- Continua...