Capítulo 15
Parte da série VOCÊ É SÓ MEU...
Haha... Agradeço aos elogios da série. Muitos desde sempre vem torcendo por Lucas & Gustavo, mas o Rick não foi criado inicialmente por mim para ficar com o Lucas, e sim com o Gabriel mesmo. Porém, a pedidos vou fazer a sorte bater para o lado de Lucas, mas vocês vão aprender que não se pode tirar o amor de uma pessoa assim, e eu me refiro ao Gabriel...
E uma das curiosidades da série é que eu criei os personagens de acordo com a imagem de alguns atores, são eles Theo James: Gabriel; Ryan Kelley: Gustavo; Andrew Garfield: Rafael (melhor amigo de Gabriel); e o Lucas é o Grant Gustin. Eu estava com preguiça de ficar criando personagem então eu me baseei nesses atores.
(Lembrando que os episódios são postados diariamente todas as noites no horário de Manaus. O que mais ou menos, é uma hora mais a frente (ou até duas) a mais para quem mora fora, então não se preocupem pôs de manhã vocês terão sempre um episódio novo)
***
Chegamos a casa de Gabriel, e ele estaciono o carro na garagem, saímos e caminhamos sobre um caminho com pequenos ladrilhos de pedra sobre a grama coberta de gelo. A arquitetura da casa de Gabriel era deslumbrante, luxuosa e moderna. Algumas persianas me impediam de ver a dentro das enormes janelas de vidro.
- Você mora aqui? – Perguntei a Gabriel.
- Sim, é claro. Ou estacionei no lugar errado. – disse ele sarcasticamente com um sorriso no rosto, enquanto olhava para a garagem.
- Nossa... Sua casa é linda Gabriel.
- É não é mesmo? E o melhor... – ele segurou minha mão – É que temos ela todinha só para nós!
- Como assim?
- Meus pais viajaram no mesmo dia em que fomos pro acampamento, eles só voltam daqui a três semanas. Ou seja, só eu e você!
- Eu não vou estar todos os dias aqui. Ou seja, só você mesmo! – digo rindo.
- É o que você pensa. Eu já ganhei a confiança de seu pai, então... vai ser fichinha te trazer todos os dias pra cá.
- Nossa... E eu pensei que você só usava a cabeça pra atacar os seus rivais nos jogos.
- Acredite, sou mais esperto que você! – disse ele fazendo cara de orgulhoso.
- Eu sou o nerd aqui!
- O nerd que eu amo. – disse ele me abraçando e me dando um beijo.
- Gabriel, alguém pode estar vendo. – digo afastando ele.
- Ninguém está vendo. O pessoal aqui só se preocupa com seu status pessoal, ou seja... Não ligam pra vida de ninguém.
Eu moro aqui a cinco anos e só conheço uma pessoa.
- Nossa... seu anti-social.
- Você entendeu... agora vamos entrar.
Entramos e sua casa, e realmente, era tão bonita por dentro quanto por fora. Tudo muito bem arrumado, e pelo que pude sentir, vinha um cheiro delicioso da cozinha.
- Que cheiro é esse?
- Deve ser a empregada. Espera aqui!
Ele foi até a cozinha, e eu fiquei em pé perto a um vaso de planta que ficava perto a porta. Gabriel voltou da cozinha com uma senhora, não muito velha e aparentemente doce e educada.
- Molly, esse é o meu amigo Gustavo. – disse ele segurando ela pelos ombros.
- Há... então você é o Gustavo? – ela me cumprimentou.
- Ham? Você sabe quem é ele? – perguntou Gabriel confuso.
- Sim, se eu não me engano, esse é o garoto que você sempre falar quando está dormindo.
Olhei para Gabriel com um sorriso no rosto, ele parecia assustado.
- Mas... Molly, você entra no meu quarto quando eu estou dormindo?
- Eu entro no seu quarto todos os dias de manhã para arruma-lo, o que você esperava? Que era a fada madrinha que deixava ele todos os dias arrumado?
- Bem... Mas, em relação a ele... – Gabriel olhou envergonhado para ela – O que eu falo?
- Bem, depende. Algumas vezes diz que odeia ele, outras que o ama... Essas coisas.
- E por acaso meus pais sabem disso?
- Não. Eu lá vou me meter na sua vida menino.
- Obrigado... eu acho. – disse ele rindo. – Agora eu tenho uma boa notícia!
- E qual é? – perguntou ela.
- Você pode tirar a semana inteira de folga!
- Mas, Gabriel e a casa quem é que vai cuidar?
- Bem, eu posso me virar sozinho.
- Você Gabriel? – ela fez cara de cínica.
- Sim...
Depois de muito insistir, Gabriel conseguiu em fim fazer ela sair. Ele deu uma grana pra ela e ela se foi. Assim que ela saiu pela porta da casa, Gabriel olhou para mim;
- Vai ficar parado ai pero da porta?
- É...
- Anda, vem. Vou te mostrar o meu quarto.
Que coincidência, nós sozinhos em uma casa imensa. E o primeiro lugar que ele quer me mostrar é o quarto. Esse cara... O que tem de esperto tem de safado.
Subimos até o seu quarto e realmente era um lugar bonito. Com uma TV gigante na parede, uma estante cheia de livros, uma mesa com um computador em cima e a sua cama.
- Não sabia que gostava de ler! – digo pegando um exemplar de A Culpa é das estrelas de sua estante.
- É apenas um passa tempo, quase ninguém sabe.
- Bem... A culpa é das Estrelas? Eu gosto muito desse livro. Gosta de romances?
- Sim, apesar de um pouco chato, mas sim.
- E o que achou do livro?
- Ainda estou terminando de ler, mas gostei bastante.
- Há... Seria uma pena se eu te dissesse que o Gus morre não é mesmo?
Gabriel me olhou irritado, e pegou o livro da minha mão.
- Rick, eu não acredito que você me contou o final do livro! E como assim ele morre? Ele é todo foda, perneta e ainda consegue conquistar o coração da gata. E você me vem com um “Ele morre”.
- Então é essa a sensação de fazer o mal? – digo olhando para o lado.
- Ah, Acabou o amor... Eu não acredito que ele morre cara, eu estava torcendo pra eles ficarem juntos. – disse ele sentando na sua cama.
- Também fiquei assim no começo, foi deprimente... – digo sentando ao seu lado.
- Bem... Pelo menos alguém aqui tem um final feliz.
- Quem?
- Eu e você.
Ele me jogou na cama e subiu em cima de mim, começou a me beijar... a mais que droga, pensei que ele era romântico. Tirei ele de cima de mim e olhei irritado pra ele.
- Para!
- Por que? Eu não estou te forçando a nada, só quero beijar meu namorado. É pedir demais por acaso?
- Bem...
- Vem... Vou te ensinar a fazer isso.
- Oque?
- A beijar!
Sem ao menos esperar uma resposta, ele me saca um beijo. Que aos poucos fui me rendendo.
Depois de uma aula com o professor mais lindo do mundo, até que eu peguei jeito...
- Viu, não é tão mal assim. – disse ele sorrindo.
- Não é tão mal assim quando o cara que está te ensinando, beija bem e é lindo.
- Eu sei que sou. – disse ele segurando minha mão.
- Convencido.
- Você me dá motivos!
Gabriel se levantou, e tirou sua camisa, depois a calça e ficou só de cueca.
- Que isso? Aulas de sexo agora? – digo rindo.
- Não! Relaxa, só vou tomar um banho.
Ele foi até o banheiro e fechou a porta, eu fiquei sentado em sua cama olhando para o teto.
Gabriel abriu a porta e pôs a cabeça pra fora...
- Você pode me fazer companhia se quiser! – disse ele fazendo uma cara sexy.
- Não obrigado, mas eu recuso seu convite!
Ele começou a rir e fechou a porta do banheiro.
Gabriel demorou bastante no banho, eu já estava me sentindo sozinho no quarto... Caminhei até a porta e dei uma batida.
- Gabriel!
- ...
- Gabriel, tá me ouvido?
- ...
Mas que droga, resolvi abrir a porta, pôs já estava preocupado. Quando eu abro, lá estava ele, dentro da banheira, coberto de espuma me olhando com um sorriso no rosto.
- Você demorou! – disse ele rindo.
- Mas que droga Gabriel, achei que você tinha desmaiado ou sei lá... algo pior.
- Você realmente se preocupa comigo?
- É bem óbvio não é? Agora, não demora muito. Eu também quero tomar banho.
Fechei a porta e me sentei em sua cama.
- ... – Um barulho veio do computador. Era uma mensagem no Skype.
Me sentei na cadeira de sua escrivaninha e dei um click com o mouse na tela, mas estava bloqueada. Mas que droga o que estou fazendo? Ainda estamos em faze de conhecimento e eu já estou mexendo em suas coisas? Ele certamente não vai gostar disso...
Me sentei novamente em sua cama. E comecei a pensar no Lucas, coitado do meu amigo, está passando por uma faze tão difícil, eu preciso falar realmente com ele, saber como ele está.
- ... – Outra mensagem.
- Gabriel, mensagem no PC... e sai do banheiro eu quero tomar banho.
- Já estou saindo. – disse ele abrindo a porta só de tolha.
- Até que enfim... – me levantei e entrei no banheiro.
- Onde tem uma toalha? – digo abrindo a porta.
Ele estava sentando em frente ao computador respondendo a mensagem e quando percebe que abro a porta minimiza a janela.
- Você pode pegar uma dentro do armário.
- Ok.
Liguei o chuveiro e a única coisa que se passava na minha cabeça era quem havia mandado a mensagem. Resolvi esquecer, pôs não quero ser chato. Não sou ciumento nem nada... mas do valor ao que é “meu”. Minutos se passaram, sai do banheiro e Gabriel não estava no quarto. Aproveitei para trocar de roupa. Sentei em sua cama e fiquei olhando para porta.
Ele abriu a porta, enquanto falava ao telefone.
- Ok. Tchau... – Ele desligou o telefone e sorriu.
- Quem era?
- Ninguém importante. O que importa agora é que vamos deitar nessa cama e assistir o filme mais assustador do mundo.
- E qual seria?
- “Terror em Amityville” – ele fez voz de monstro.
- Nossa que medo. – digo fazendo cara de bobo.
- “É pra ter medo mesmo”
- Não, você não me assusta com essa voz Gabriel. Basta falar com sua voz normal que já me assusto... voz de monstro!
- "Eu vou te pegar de noite e te levar pra minha casa".
- Já está de noite, e nós já estamos em sua casa.
Ele parou, olhou para o chão, fez uma cara estranha e olhou pra mim.
- Estragou a piada. – ele ficou sério.
- Nossa... – me levantei e comecei a fazer uma encenação tosca de mocinho com medo – "Ó senhor monstro. Você já me tem em sua casa, o que vai fazer comigo agora".
Gabriel me olhou com um olhar 43 e sorriu.
- “Vou te jogar em minha cama”... – ele se aproximou de mim. Me jogou na cama e continuou...
- “E vou fazer muitas cócegas”
Ele começou a seção cócegas e eu já não estava aguentando mais.
- Para!
- Não...
- Amor para, você pode machucar minha perna.
Ele parou ainda rindo.
- Eu te amo. – disse ele me beijando.
- Eu também te amo, voz de monstro.
Gabriel pôs o filme, trouxe a pipoca e nós deitamos na cama. Me deitei sobre seu peito e o filme começou. Minutos se passaram e o filme já avia começado, eu estava torcendo para não tomar um susto.
- Olha agora... – Gabriel falou com a boca cheia de pipoca – Vai aparecer um monte de mãos.
- ... – Então eu tomo susto com aquele típico barulho de filme de terror, enquanto aparecia umas mãos de morto na tela.
- Hááá... – gritou baixinho enquanto seguro no braço do Gabriel. Eu realmente tinha tomado um susto.
- Haha... medroso. – Disse ele passando a mão em meus cabelos.
- ... – Fomos interrompidos pelo barulho do celular de Gabriel tocando.
Peguei ele e olhei para Gabriel, fazendo tipo “Posso atender?”, já que ele parecia nem dar bola para o telefone. Ele fez que sim com a cabeça e atendi.
- “Alô”
- “Oi, eu gostaria de falar com o Gabriel por favor” – era a voz de uma garota.
- “Ele está ocupado agora, não pode atender” – menti pôs não queria atrapalhar nosso filme.
- “Tudo bem, você avisa pra ele que eu liguei?” – disse ela com a voz doce e calma.
- “Tudo bem, aviso sim. Em nome de quem?”
- “E só falar que a namorada dele ligou e ele vai saber”
Naquele mesmo momento minha expressão mudou...
- “OK”
Ela desligou. Pus o celular do Gabriel ao lado dele.
- Quem era?
- Ninguém importante.
Ele não deu importância e continuou assistindo o filme. Eu pus meu braço em cima de sua barriga e o abracei bem forte, escondendo meu rosto sobre seu peito não querendo demonstrar minha tristeza. Ele percebeu e começou a fazer carinho em mim.
Minutos se passaram e nem mesmo o filme mais causava reação alguma em mim, eu olhava para a TV sem de ânimo algum. Com minha cabeça sobre o peito de Gabriel pude ouvir as batidas de seu coração, calmo e feroz ao mesmo tempo, o que fazia jus a sua imagem. Pude perceber que ele avia dormido e me levantei, sem fazer barulho para não acorda-lo. Sai de seu quarto e me sentei sobre os degraus gelados da escada de sua casa. Pus meu rosto sobre meus joelhos e comecei a chorar, baixinho para não acorda-lo, para ele não escutar o choro de um derrotado. Como ele pode fazer isso comigo? Eu o amo tanto, eu pensei que ele avia mudado, se redimido. Mas não... Ele realmente me magoou muito. Meu coração estava quebrado em mil... Nem mesmo a alma mais pura carregada de amor conseguiria preencher o vazio que eu sentia no meu peito. Por que ele me enganou, se ele houvesse dito a verdade no começo não teria acontecido isso. Nós podíamos continua nas brigas, eu poderia sim aguentar mais... Um soco dói menos que um coração partido.
- Rick, você está bem? Está chorando? – disse Gabriel. Ele se sentou ao meu lado e começou a fazer carinho em minha costa.
- Estou bem...
- Por que está chorando?
- Não estou chorando.
- Olha pra mim.
- Não.
- Amor. Ei olha pra mim... - ele segurou meu queixo e virou meu rosto para ele. Seus olhos vermelhos de quem acabara de acordar, com o ar de preocupação só me causavam mais tristeza ainda.
- Por que você está chorando?
Sem ao menos responder o abracei. Bem forte, não quero largar ele nunca. Sua camisa já estava marcada com minhas lágrimas.
- Eu te amo de mais...
- Continua...