Capítulo 13
Parte da série VOCÊ É SÓ MEU...
Acordei pela manhã e Gabriel ainda dormia, seus braços em volta da minha cintura, quentes e aconchegantes. Assim como o seu corpo colado ao meu. Fazia um frio danado, mas ainda assim ele conseguia me esquentar. Tirei sua mão da minha cintura, e me levantei. Olhei para Gabriel e ele parecia meio... excitado, isso explica aquela “ coisa “ que eu senti encostar e mim quando acordei. Mas isso é normal, coisa de homem mesmo. Abri a barraca para ver a luz do dia, e me deparo com uma enxurrada de neve caindo em minha coxa...
- Há... – Gritei baixinho. Foi o bastante para acordar Gabriel, ele me olhou assustado ainda com os olhos vermelhos.
- O que foi?
- Nada... Só que tá frio.
- Há Rick, você me acordou. – Disse ele cobrindo seu rosto com o cobertor.
- Desculpa... – Digo tirando a neve de dentro da barraca com a mão. De repente, tive uma brilhante ideia... Junto um pouco de neve e faço uma bola. Olhei para Gabriel e ele ainda estava com o cobertor em seu rosto.
- Biel... – Digo com uma voz sexy.
- Hum... – resmungou ele.
- Me dá um beijo...
Tirei o cobertor de seu rosto. Cobri seus olhos com a mão. Ele fez biquinho pra receber o “ beijo “. Encosto a bola de neve em seus lábios que o faz abri os olhos espantados.
- Hááááá... – gritou ele baixinho. – Isso não teve graça – disse ele fazendo uma cara de brabo tão fofa.
- Haha... desculpa – Digo rindo.
- É sério, isso não teve graça idiota. – ele me olhou com um olhar sério.
O sorriso aos poucos foi se desmanchando em meus lábios. Abaixei a cabeça, arrependido do que fiz, não foi nada demais. Mas ele não gostou né... fazer o que?
- Foi mal – digo ainda com o olhar fixo no chão.
Me virei para retirar o resto de neve que havia sobrado dentro da barraca.
Gabriel, me abraça por traz, dando um beijo no meu pescoço e dizendo em meu ouvido: Achou mesmo que eu fiquei com raiva bobão?
Um sorri brotou em meu rosto, me virei para dar um beijo nele, e o que recebo? Uma enxurrada de gelo na minha cara.
- Há... Não vale – digo rindo.
- Pensa duas vezes antes de mexer comigo agora – diz ele rindo.
- Ah é? Então toma... – peguei um pouco de neve e pus dentro da sua cueca.
Gabriel, abriu os olhos ao máximo. Pelo visto a coisa foi boa.
- Rick... – ele ficou de joelhos. E pro meu espanto, abaixou as calças ali mesmo. Ele se sacudiu pra tirar o gelo da sua cueca. Eu me virei pra não ver ele ” aquilo “. Nós estamos namorando a pouco tempo e eu não queria ver ele assim daquela forma ( não ainda ). Foi a primeira vez que eu vi um cara pelado em minha frente mesmo que seja pelo um curto período de tempo. Bom, pelo menos foi justamente pelo primeiro cara que me apaixonei perdidamente. Menos mal...
- Ah Rick, você me paga. Isso é muito frustante... – Ele levantou as causas, e pôs a mão em meu ombro. – O que foi? – perguntou.
- Nada...
- Não vai me dizer que você ficou com vergonha por eu ter abaixado as calças na sua frente?
- E... mais ou menos.
- Ei... – Ele me virou ele olhou em meus olhos com um sorriso nos lábios – Eu sou seu namorado bobão, não precisa sentir vergonha de mim.
- Ei sei mas...
Ele abaixou a cabeça, e suspirou fundo.
- Ei já sei Rick, não precisa sentir vergonha. Vamos esquecer essa parte. Mas – Disse ele pondo o dedo indicador na minha testa – Vai ter revanche senhor Gustavo Henrique...
- Espero que seja boa – digo rindo.
- Ah vai! Vai ser ótima. – Diz ele com um olhar intimidador.
- Nossa, dizendo assim eu fico até com medo.
- Medo de mim? Haha... eu sou uma pessoa tão boa – o tom de sarcasmo em sua voz era evidente.
- Tanto que você me deu isso aqui – Pus a mão em minha perna quebrada.
Sua expressão facial mudou rapidamente, ele deu um sorriso forçado e se virou pra pegar sua escova em sua bolça. Droga, eu sou um idiota mesmo, por que eu fui tocar nesse assunto? Eu sei que ele se sente culpado por isso. “ Valeu senhor Miller, você realmente consegue estragar tudo “.
Gabriel permaneceu calado, e a única coisa que ele fazia era me respondeu com gestos com a cabeça. Fomos até o banheiro, pôs o lago estava totalmente congelado, e só restou o banheiro. Gabriel me carregou nas costas, por com aquela bota imobilizadora era totalmente difícil andar com o chão coberto de neve. Chegamos ao banheiro e pra nossa surpresa a fila pra entrar nele imensa, todo mundo com agoniado pra tomar banho. Avistei Rafa em pé ao lado de Lucas. Lucas sorria olhando para Rafa, e quando me viu sua cara ficou séria. Ele se virou.
- Pelo visto a coisa funcionou – Disse Gabriel. ( ele falou *-* )
- É... – digo mordendo seu pescoço.
- Rick... – murmurou ele.
- Desculpa... Ninguém viu. – Digo baixinho.
- Hum...
Ficamos em pé na fila. Eu estava coberto com a jaqueta do time de futebol do Gabriel ( ele é Quarterback ); Não demorou muito chegou nossa vez. Só tinha três chuveiros no banheiro, então entrou eu, Gabriel e Max, um amigo de Gabriel.
- E ai cara. – Diz Max cumprimentando Gabriel com um soco de leve no braço.
- Nossa... É assim que se cumprimentam? Parecem uns animais... – digo olhando para ele sorrindo.
- Cala boca sua bixa, isso é coisa de macho. – Diz Max.
Gabriel olhou para mim e a única coisa que fez foi virar a cara e ligar o chuveiro. Então é isso, vai deixar ele me xingar assim e não vai fazer nada?
- Nossa, foi mal...
Me virei, liguei o chuveiro e encostei na parede. Gabriel, tomou seu banho sem ao menos falar comigo. Parecíamos mais dois desconhecidos, do que namorados...
Max me olhava com olhar de fúria, parecia que iria pular ali mesmo em cima de mim. Eu virava o rosto para não olhar para ele. Terminei de tomar meu banho e me enxuguei. Max saiu primeiro. Me vesti e caminhei até a porta.
- Espera Rick. – Disse Gabriel, vindo até a mim.
Olhei para o seu peito, não querendo olhar em seus olhos. Eu estava realmente decepcionado com ele. Não falei nada e caminhei até a minha barraca, Gabriel foi para a dele.
Me vesti, e comecei a arrumar as minhas coisas na mochila. Pôs queria deixar tudo arrumado e não ter esse trabalho depois. Enquanto dobro minha jaqueta azul, ouço alguém se aproximando.
- Seu cobertor – Diz Gabriel se agachando e estendendo a mão com meu cobertor.
- Valeu.
Pego e ponho dentro da mochila. Em seguida me levanto para ir ao refeitório.
- Espera... Vai aonde bobão? – Diz Gabriel segurando meu braço.
- Ao refeitório, estou com fome – digo seco.
- Sem mim?
- Não nasci grudado em você!
- Nossa... Não precisava falar assim! – Diz ele sem entender muito.
- Tanto faz. Se quiser, você pode vir comigo.
- Ok. Vem... Sobe nas minhas costas.
- Não valeu, prefiro ir andando mesmo. Pernas foram feitas pra isso!
- Nossa... Que mal humor é esse amor?
- Nada.
Depois de tanta insistência, eu resolvo subir em suas costas.
Fomos ao refeitório e estavam todos triste. Afinal é hoje que vamos embora, depois do café do almoço.
Peguei meu lanche e sentei ao lado de Rafael. Gabriel se sentou ao meu lado.
- Então... Como foi a noite de você?
- Ham? – digo confuso enquanto dou uma mordida no meu sanduiche de manteiga de amendoim.
- Ah... Você sabe... – Diz ele rindo.
- Não sei do que você está falando.
- Vocês transaram?
- O que?
Me engasgo com o meu sanduiche. Tomei um copo d’agua, e me recompus.
- Me desculpa... – diz ele rindo.
- Você... você contou a ele? – digo baixinho para Gabriel.
- Há... Não! Estou tão surpreso quanto você! – respondeu ele.
- Não foi preciso. Sou o melhor amigo do Gabriel, e sei quando ele está apaixonado!
- E isso é motivo pra pensar que nós andamos... “ transando “? – digo fazendo aspas com os dedos.
- Bem... Se vocês se amam, não há nada de errado nisso. Não sou preconceituoso. Além do mais, eu sempre soube que o Gabriel curtia caras, uma vez em uma festa. Ele estava bêbado, e quando foi dormir. Não parava de falar o seu nome. “ Guto eu te amo “, “ Gustavo fica comigo pra sempre, não me deixa meu amor “...
- Perai... Você bebe? – pergunto a Gabriel com cara de raiva.
- Há... Rafa eu acho que você já falou demais. – Disse ele todo vermelho.
- Foi mal. Mas não precisam se preocupar, eu não vou contar isso pra ninguém! – Disse ele tomando um gole do seu suco de laranja.
- Ok... Eu acho.
As horas se passaram, e já estava na hora de irmos. Eu já havia desarmado a barraca, eu não, o Gabriel é claro. Não fez por mal. O ônibus que nos levaria até a cidade já avia chegado, subi e me sentei lá no final, na janela é claro, gosto do vendo batendo em meu rosto. Gabriel sentou ao meu lado, e o Rafa sentou ao lado de Lucas, acho que eles viraram amigos, e isso é algo bom. O ônibus deu a partida e fomos então.
A estrada era longa, o vento gelado batia me deixando com sono, eu estava quase adormecendo. Aquele frio era bom, mas era de mais, fechei a janela e pus minha jaqueta que estava no meu colo.
- Está com frio? – Perguntou Gabriel.
- Que pergunta mais besta. – digo sarcasticamente.
- O que você tem em Rick, tá me tratando tão mal.
- Nada... Só estou com sono.
Deitei minha cabeça em sua coxa, e ele ficou fazendo carinho em meu cabelo, passava sua mão quente em minha nuca e subia até minhas orelhas. Eu amo aquilo, o calor do seu corpo é tão agradável. O que realmente me deixa chateado é o fato dele não ter tomado uma atitude quando o seu “ amigo “ me humilhou. Isso me deixou muito chateado. Sem falar no fato de que ele bebe, odeio fumantes e alcoólatras. Meu pai bebe, e de vez em quando bate em minha mãe e em mim, ele pode ser um homem bom as vezes, mas o que realmente me chateia é isso.
Me perdi em devaneios, e adormeci no colo de Gabriel. Seu cheiro, seu toque, sem calor e seus carinhos eram impossíveis de resistir.
- Continua...
Está ai mais um episódio. Um forte abraço, e agradeço os seus comentários. O carinho de vocês são sempre um ótimo incentivo a escrever mais ainda. E em relação ao comentário do carinha que disse que eu poderia publicar no “ A Casa dos Contos “, não acho muito legal, pôs lá rola muito contos eróticos e eu não curto muito, sou mais romântico mesmo Haha...