Capítulo 1 - Teaser
Parte da série Torneio de Campeões
“A ordem é provavelmente o pior lugar para se estar. Capaz de corromper o melhor coração possível. Junte-se a ela e se tornará uma fera indomável, mas que tropeçará e cairá em um abismo profundo.” – Louise Busson.
Esta série é baseada nos livros de Harry Potter, Jogos Vorazes e Divergente. Três grandes séries que conquistou o mundo inteiro, espero que gostem.
***
Está frio aqui, o assoalho está gelado como gelo. Deito-me nele mesmo sabendo de tais circunstâncias, se ao menos tivesse um cobertor que preste para me aquecer nesse frio... Como se não bastasse o frio, ainda tinha de vir a fome imensa que estou sentindo. Já se faz dois dias, dois dias inteiros comendo apenas migalhas de pães jogadas ao chão, como se fazem na roça para alimentar as galinhas. Eu já nem sei quanto tempo eu estou aqui, e o por que...
Me chamo Dylan, e sou um jovem qualquer brasileiro, ou pelo menos era... Fui trazido a força para uma espécie de “campo de escravidão” situado em Chicago, uma cidade américa, que agora se encontra cercada por grandes muros eletrocutados para impedir a qualquer um de adentrar ou sair da cidade. Sai eu sei que todos querem, entrar eu já não sei se tem alguém que queria isso, ou se ainda existe alguém. O mundo foi dominado por uma guerra oculta, ninguém sabe o por quer. Da noite pro dia, tudo o que nós conhecemos, amamos, e admiramos... se viu cercado por uma grande devastação. Uma guerra que levou a extinção da raça humana, ou pelo menos eu achava que era isso, até ser resgatado por um grupo de agentes especiais desconhecidos. Eles me prometerão abrigo e comida, mas não foi bem isso que eu recebi. Ao invés, fui espancado e testado até não ter mais força para continuar.
Eu vivo em uma espécie de casa, ou mais precisamente um distrito. Em que sobreviventes ajudam a manter uma espécie de sociedade modernista e corrupta... A Capital! Meninos e meninas de até 18 anos, são enviado todos os anos para uma espécie de torneio, onde eles tendem de lutar até morte para sobreviver e saírem vitoriosos, trazendo assim orgulho para seu distrito. Eu cheguei aqui, no distrito 12 faz alguns dias. Eles me puseram aqui, e já aprendi mais ou menos a como funciona as coisas. Graças a Lily, uma garotinha de olhos azuis e nariz arrebitado, que me ensinou tudo o que eu precisava para me manter vivo.
Lily é a única pessoa que eu conheço aqui até agora. Já que os outros não foram bem receptivos comigo. Vai ver é por que sou brasileiro... Consigo me comunicar bem, graças as aulas de inglês que eu recebia do meu pai, que faleceu durante a guerra. Assim como toda a minha família.
***
Eu estava comendo aquelas migalhas (ou pelo menos tentando), quando Lily aparece na porta com um sorriso no rosto, como ela sempre faz todas as manhãs. Aquele sorrio com uma brechinha... Sim, ele está sem um dentinho!
- Bom dia. – Disse ela com aquela voz fofa – Eu trouxe algo pra você olha.
Ela tirou um cacho de uvas de do bolço de seu uniforme azul.
- Lily. Onde foi que você conseguiu isso garotinha? – digo me levantando e indo em sua direção.
Me ajoelhei em sua frente e sorri para ela.
- Eu peguei com os garotos. Eles foram caçar, e trouxeram para mim. Está faltando algumas... eu comi no caminho. Mas deixei pra você, toma... – ela me deu.
- Lily, obrigado. Mas cuidado ao receber isso das pessoas. – franzi a sobrancelha.
- Eles são confiáveis. – ela tampou a brechinha dos dentes com a ponta dos dedinhos e girou o pé.
- Eu sei, mas se os guardas te virem pegando essas coisas, você sabe o que pode acontecer!
- Eu tenho 8 anos. Sei me cuidar sozinha Dylan.
- Eu sei Lily, mas tem de ter mais cuidado.
- Ok. – ela fez cara de que estava achando um saco aquela conversa.
- Tudo bem. Agora vai lá senhora adulta. Se os guardas te virem aqui...
- Tudo bem... – ela saiu correndo.
Me levantei com um sorriso no rosto e comecei a comer aquelas deliciosas uvas. Vesti meu uniforme e fiquei sentado no chão. Comendo as uvas, e soprano as sementes uma a uma na parede tentando conta-las, no que parecia ser inútil, a cada semente que eu contava, eu esquecia da anterior.
Eu estava conseguindo contar três sementes quando um guarda aparece na porta. Ele possuía uma espécie de arma futurística meio esquisita empunhada a sua frente. Ele olhou para baixo e mandou eu levantar.
- Siga-me. – disse ele com aquela voz robótica modificada pelo capacete protetor. Lí sobre esses capacetes uma vez em uma revista que meu pai tinha, achei que não era tanta coisa mais pelo visto era, quando combinava com aquela armadura meio mecânica e doura então... Deve ser muito irado estar dento de uma dessas....
- Pra onde iremos? – perguntou inocentemente.
- Sem perguntas. – disse ele se virando.
Segui ele e sai pela porta. Todos alí me olhavam com um olhar curioso. Os rostos sujos de pó de carvão, resultado do trabalho duro que eles tinham de dar todos os dias desde a grande guerra. Eles deveriam estar me achando um tolo. “Quem é ele?”, “Mal chegou e já estar indo para o matadouro”, “Pra onde eles estão indo?”. Perguntas essas passavam-se pela minha cabeça naquele extado momento, eu estava ansioso e ao mesmo tempo nervoso para saber aonde é que ele me levaria.
Caminhamos até um imenso portão cercado por mais guardas armados. O portão era tão alto e assustador quando aqueles guardas. Estava nele um imenso número 12 referente ao distrito, junto com um imenso brasão ilustrado com as ferramentas de mineração.
O guarda em que eu seguia, levantou a mão até um pequeno botão em seu capacete e disse para abrirem o portão. Não demorou muito abriu-se aos poucos, em uma pequena abertura o suficiente para nós passarmos sem que alguém tente fugir junto. Quando pus meu pé para fora daquele local pude ver uma imensa estrada, e um carro prateado a frente, suspenso no ar. Nos aproximamos do carro e a porta se abriu para a cima. Entrei e me sentei no banco de trás, o guarda se sentou a frente a porta se fechou. O cinto de segurança se fechou sozinho em mim, sem que eu tivesse de por. Eu estava achando aquilo tudo incrível.
- Olá senhor Dylan Green. – disse uma voz esquisita.
- O que? Mas... quem é você? – perguntei curioso enquanto vasculhava com os olhos cada canto daquele carro.
- Você pode me chamar de Navi. Sou a inteligência artificial que conduz este carro, e estou lhe dando as boas vindas a meu humilde local.
- Sem gracinhas Navi. – disse o guarda agora abrindo o capacete.
- Oh, desculpe senhor. Só quero dar as boas vindas a esse belo rapaz. – disse a voz.
- Quem é você? – perguntei de novo a aquela coisa.
- Como já disse, me chamo Navi. E você é Dylan Green.
- Abre o banco de dados dele para mim Navi. – disse o guarda.
- Ok. Abrindo banco de dados.
Continua...
Tá ai pessoal, esse é apenas um teaser... espero que gostem. Comente com as suas opiniões, amanhã tem mais...