Capítulo 8
Parte da série Eu Você e Ele
AGORA O BICHO VAI PEGAR!
Ps: Segurem seus forninhos. ( ͡o ͜ʖ ͡o)
***
Eu escuto um estalo fraco da madeira queimando na fogueira. Uma brasa mansa e desprovida de atenção acerta meu pé fazendo comichar. Eu esfrego a mão, tentando aliviar a dorzinha.
- Eu falei para você vir de calça – Leroy diz mordendo um pedaço do seu chocolate.
- Acho que eu deveria dar mais ouvidos a você – eu digo rindo.
Eu sinto o calor subir minhas pernas, por mais que Leroy esteja certo. Foi uma boa escolha da minha parte. Meus valiosos pés se mantem aquecidos da forma mais relaxante possível.
- Eu trouxe uma pomada para queimaduras. Se quiser eu pego na barraca!?
- Oi? – Parece que nosso instinto de “irmão” voltou a tona. Pois “Leroy o grande” acertou em cheio o que eu iria falar, e me acompanhou junto.
- Está ficando vermelho – Dá forma mais estupidamente bondosa, estas palavras saem da boca de Gabriel.
- Ele tem razão Foster... – Charles diz – Mesmo que seja difícil de acreditar – então ele franze a testa em um movimento quase que em câmera-lenta ao tirar os olhos do meu pé e volta-los para Gabriel.
Então Gabriel, dá uma engasgada. Eu percebo algo descer a garganta, mesmo que ele tente se esconder em uma expressão séria ao ouvir Charles.
Eu solto um risinho satisfeito e nada muito recebedor, mas então balanço a cabeça em forma de sim.
Foi tão rápido que quase não vi Gabriel saindo em direção a barraca.
Os dedos de Leroy contorcem-se na manga de sua jaqueta, ele me olha com desdém. O que em faz questionar o olhar perfurante dele. Mas, talvez a “bobalhiçe” dele e de Bob seja transmissível. O que me faz não captar a mensagem.
Dois minutos depois a garrafa de cerveja de Charles – que obviamente ele a trouxe escondida – estava vazia. Eu contei com tanta facilidade as cinco vezes que o gargalo encostou nos seus lábios, mandando a cerveja garganta-a-baixo.
Sorte a dele que todos foram dormir, só sobramos nós três acordados. Se John o pegasse bebendo... nem sei o que seria mais de nossas tão amadas aulas de educação física.
Charles limpa a cerveja de seu cavanhaque com o punho, e se levanta.
Ele dá um tapinha no meu obro: Boa noite; e então some em direção a cabana.
O clima ficou tão calmo, que eu me cedi a um bocejo falso. Tentando chamar a atenção do garoto ao meu lado.
Ele sobe a mão ao meu ombro, encostando a cabeça na minha.
Os dois olhando para as chamas na fogueira hipnotizante. Dividindo uma garrafa de refrigerante; sabor chocolate de brinde. Graças aos lábios de Leroy.
Eu quase bebo a última doze da garrafa, mas os passos atrás de nós me chamaram atenção.
- Aqui – diz Gabriel já na minha frente, com uma pomada estendida nas mãos.
Eu olho para a pomada, seu rosto, a pomada, seu rosto, a pomada, seu rosto...
- Não tinha uma aspirina? – eu digo com desdém.
- Vai – ele balança a pomada – Só aceita.
***
Eu passo uma pequena dosagem o local, o suficiente para matar cinco formigas indefesas - sim, já brinquei de fazer cerca de pomada só para vingar as migalhas do meu sanduiche velho -Penso talvez que seja o suficiente para o veneno que eu tenho certeza que Gabriel pois, não agir em imediato. Tempo suficiente para mergulhar meu pé na água do lago quando ele se descuidar.
- Eu distraio ele e você corre pro lago – Leroy cochicha no meu ouvido.
Eu solto um sorriso para ele, e logo lhe cedo um tapinha no ombro.
- Pronto, acho que amanhã já vai estar curado – Gabriel diz com um sorriso tosco quando eu lhe devolvo a pomada.
- Ela serve para tirar machucados também? – eu sou ótimo em ser falso!
- Machucados? – ele entorta a cabeça com um olhar confuso.
Eu levanto minha cabeça jaqueta, mostrando a barriga a ele.
- Esse!
Seus olhos abrem-se no espanto, até onde o ângulo de suas pálpebras conseguem se abrir. Ele pisca os olhos três vezes, mas ainda mantem a postura de durão que ele tem.
- Nike branco, edição limitada! – eu olho para seus pés.
Ele dá outra engasgada. Me, parece que dessa que a expressão “O Gato comeu sua língua” se aplicou em perfeita sincronia com Gabriel.
Leroy o fuzila com o olhar irritado, o azul de seus olhos é como mísseis apontados diretamente para Gabriel.
A briga entre sua covardia e sua curiosidade só tornou Gabriel mais propenso a meus xingamentos que eu guardo em local reservado dentro da minha cabeça.
Mas eu não os lanço a ele.
Se você quer ouvir a verdade sobre si mesmo. Pergunte ao seu inimigo!
Mas já que ele não perguntou. Eu vou guardar para o momento exato.
***
Uma pequena lanterna é tudo o que ilumina a barraca. Leroy me arrastou até aqui, deixando Gabriel sozinho.
Eu me envolto no cobertor, olhando o “teto” da barraca, contando mentalmente o número de vezes de ovelhas pulando a cerca; meu pai uma vez que disse que isso funciona quando se estar com insônia.
Eu sinto a mão se Leroy subir a minha.
Tiro minha mão da dele, e o olho assustado.
- Desculpa. Achei que estava dormindo. – ele diz com a voz de “noiado” enquanto esfrega os olhos já vermelhos e pesados.
- Então você faz isso sempre que estou dormindo?
- Não... não é isso – ele dá um sorrisinho envergonhado – Eu só... só quis dormir assim com você hoje.
- Se você quisesse era só me falar.
Ele se apoia em um cotovelo enquanto me olha.
Então, deita em meu peito e descansa o braço em cima do meu abdome.
Já nem liguei, até senti um certo conforto.
Meus olhos estava quase se fechando quando sinto Leroy se mexer.
Então sinto seus lábios encostarem o meu de uma forma tão rápida, e então ele se voltou a dormir sobre o meu peito.
- Continua...
***
Separei uns gifs que resume esse episódio:
https://31.media.tumblr.com/9766c15b44300edd6b2cb4497c0b1614/tumblr_inline_n0vbfm1twU1r902kb.gif
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Ps: O Que a Neyde achou desse episódio?
Confoira: http://media.giphy.com/media/v6iIoHZeYUtHy/giphy.gif
Ps: E pra quem disse que eu não escolhi o Leroy Hart certo:
http://25.media.tumblr.com/22f73c3474ca34631946e382e0c73f23/tumblr_mtgdw1Cukt1rtikv9o1_400.gif
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Abraço pra vocês :p