Capítulo 6
Parte da série Eu Você e Ele
Pelos minúsculos buracos que formam o tecido azul da barraca, a luz do sol penetra vorazmente. Eu abro os olhos e vejo Leroy dormindo do meu lado. Desta vez não dormiu com o rosto próximo aos meus pés, nem lembrei-me de checar quando estava dormindo. Mas pelo que posso julgar em suas pálpebras pregadas suavemente, e a ponta dos dentes brancos dele aparecendo, ele deve ter dormindo perfeitamente essa noite.
Não sei se é uma falha minha, mas... meu amigo realmente parece diferente desde que pusemos os pés nesse acampamento.
Talvez eu não o tenho reparado tanto ao longo dos dez anos, mas, de alguma forma eu o vejo com outros olhos.
Out talvez ele só esteja ficando bonito mesmo.
O relógio preto preso ao meu pulso indica 07:00 horas. Uma hora a mais do que o habitual das minhas manhãs!
Eu estico os braços fazendo as juntas estalarem. E logo um mixe de estalos soa por toda a barraca quando eu me espreguiço por inteiro.
- Parece que tem alguém aqui crocante! – eu ouço a voz de Leroy acordando. Ele dá seu famoso sorriso, mas ainda me esconde o tom azul de seus olhos.
- Acordou?
- É claro, com algo tão crocante assim eu não tenho o por quer de dormir mais. Eu estou com uma fome... – ele abre os olhos, e lança os lábios vermelhos e carnudos aos dentes.
Mesmo que por um segundo nosso olhar se encontra tímido, mas não somos fortes o bastante para suportar tamanha sensação.
“Hunrum” Eu souto um grunhido a garganta mudando o foco da conversa para algo mais “interessante”.
- Nós acordamos um pouco tarte – eu digo procurando algo na mochila.
- “Poiser” – ele se apoia em um cotovelo, e com a outra mão serra o pescoço envergonhado.
Agora eu sei como ele se sentiu quando eu provoquei ele naquela manhã no meu quarto.
É.... parece que as coisas andam meio loucas para nós dois.
***
Desta vez o diretor John resolveu montar duas fileiras com duas mesas com cadeiras em cada; como no refeitório da escola. Ele pois em uma parte elevada como um mini barranco, assim nós sentíamos o frescor desta manhã e desfrutamos da magnifica vista que a mãe natureza nos proporciona.
Há estudantes sentas em quase todas, comendo, brincando, falando alto... coisas de adolescentes!
Eu e Leroy desviamos o curso quando os vimos, um banho na água gelada do lago seria ótimo. Mas seria meio desconfortável nos ensaboarmos enquanto imensos olhos nos fitam. Então caminhamos até a cabana.
Os banheiros são levemente confortáveis, há o dos meninos como também o das meninas. Ao entrarmos no masculino eu percebo alguns mictórios velhos quase desmoronando da parede, e uma carreira com cinco chuveiros masculinos em “cabines”.
Eu entro em um, giro a torneira de ferro. E para minha surpresa...
- Não tem água quente! – eu digo e olho para Leroy.
- Ora... você queria oque? É um acampamento! – A voz bobona de Bob Wood já se era quase distinta para mim.
Os cachos oleosos e emaranhados de Bob Wood caem sobre os olhos escuros dele, escondendo algumas espinhas de sua testa. Mas eu ainda posso ver uma pontinha amarela brotar na ponta de seu nariz de batata.
- Não sei. Talvez uns aromatizantes, uma banheira e todo o shampoo do mundo.
- Vai nessa Foster – Leroy murmura na cabine ao lado.
Nós soltamos um riso juntos e logo a água não se foi mais um incomodo para mim.
Eu me envolto em minha toalha branca, eliminado cada vestígio de água em meu corpo. Eu seco os destroços amarelados do que antes era minha franja, fazendo cair sobre meus olhos e me causar leves cócegas; sou muito sensível!
Ouço a porta fechar atrás de mim, Leroy e Bobo... ops, Bob Wood devem estar muito apressados, tanto que esqueceram de mim aqui dentro; talvez Bob pense que todos acabaram o café da manhã e esqueçam dele. E Leroy, bem, talvez pense que todo o chocolate do mundo tenha acabado.
Eu calço meu chinelo azul; ganhei do Leroy quando fomos a uma feira de vendas, eu gosto dele. Perfeitamente aconchegantes. Meus dedos agradecem. Não mais calos.
Um risco agudo e tremulo soa no banheiro quando a porta velha se abre. Eu não me importo, apenas visto minha bermuda listrada.
- Desculpa, pensei que não havia ninguém. – uma voz soa.
Eu me viro prendendo o botão da minha calça.
- E quem se importa?
Ele então caminha de cabeça baixa até a cabine, pondo a toalha no apoio, tirando o chinelo. Mas eu ponho a camisa tão rápido que apenas vi ele tirar a dele, então eu caminho rapidamente para fora.
***
O sol foi tão generoso conosco nesta manhã, que apenas eu sinto um fraco calor entre meus dedos.
Leroy resolveu dar um passeio de canoa nesta manhã.
- Isso vai aguentar nós dois? – Eu olho a canoa velha.
Um brilho azul estala nos olhos dele, então ele me dá um sorriso.
- Por que não?
- Não sei. Parece tão... velha!?
- Mas...
- REMEM, REMEM, REMEM SUAS MOÇINHAS MEDROSAS! – Uma voz absurdamente alta soa do lago tirando minha atenção de Leroy.
Então nós olhamos junto, as integrantes do time de torcida da escola loucas e casadas. Balançando os braços para lá e para cá com o remo, enquanto a sua treinadora extremamente berrante, Amy Ross, grita em frenesis para elas.
- Viu? Se aguenta quatro líderes de torcida. E... – Leroy diz dando ênfase no E – Uma treinadora grandiosamente louca. Por que não aguentaria dois adolescentes magrelos?
- Tudo bem – eu lhe dou um sorriso abobalhado.
Eu entro com o pé direito na canoa velha; dizem que dá sorte, e sorte é tudo o que eu mais quero agora. Eu me ajeito dentro dela, sentado, espremido mesmo com todo esse espaço. Eu olho para Leroy, ele me provoca empurrando a canoa para longe da margem do lago. Causando um pânico abafado em mim.
Não tenho medo de canoa nem nada. Apenas me preocupo em o que tem debaixo dessa água esverdeada.
Já faz uns dois minutos que estamos aqui, eu apenas vejo o telhado da cabana velha, e alguns alunos brincando de lutinha na margem do lago. Eu daria tudo para estar ali com eles, longe do meio desse lago medonho.
- Não precisa ter medo – Leroy chama minha atenção na outra ponta da canoa, espremendo os olhos puxadinhos que ele tem, escondendo o azul dos seus olhos ao sol – Eu não mordo.
- Não é de você que eu tenho medo. É desse lago.
Ele então dá uma risada mesquinha.
- Não precisa Foster. Eu estou aqui.
- A... sim. Ótimo, então agora que eu tenho de me preocupar mesmo.
- Não confia em mim?
- Você é meu melhor amigo. É óbvio que eu confio em você!
- Então – ele cruza os dedos – Sem preocupações.
- Como se você se importasse.
- Ei – ele ergue o indicador enquanto faz uma cara séria – Não se esqueça, eu me importo com quem eu gosto.
- E você gosta de mim?
- Bem...
Nossa que pergunta idiota foi essa que eu fiz!?
Leroy engole em seco minha pergunta, mas não me nega uma resposta:
- S...i...m – ele diz.
Continua...
Pessoal esse capítulo saiu curto (muito), por que eu também sou um leitor nato do site. Então eu guardo um tempo para ler algumas séries. Mas, espero que gostem desse episódio ( ͡° ͜ʖ ͡°).
Há, e dessa vez eu não me inspirei em ninguém para fazer os personagens. Mas se vocês quiserem saber mais ou menos como eles são, eu procurei uns gifes de um pessoal que me lembra um pouco eles:
Leroy ( aquele que cês mais amam ¬¬ ( ͡° ͜ʖ ͡°)):
http://images5.fanpop.com/image/photos/27600000/-3-tyler-posey-27617693-500-200.gif
http://media.tumblr.com/e0b19adeea1bae11812c6ca0756d0262/tumblr_mpaz0m1ohB1srubedo1_500.gif
E esse gif especial ( ͡° ͜ʖ ͡°): https://s3.amazonaws.com/giphymedia/media/yltiSmhAuzFwk/giphy.gif
Ricky: http://media.tumblr.com/tumblr_m8ex9nTjlB1rs04bf.gif
http://media.tumblr.com/tumblr_lzrqtdx00l1r4fnwp.gif
=O : http://media.giphy.com/media/afehWTbzuZNGU/giphy.gif
Gabriel ( aquele que cê mais odeiam):
http://media.tumblr.com/tumblr_m6ki43zRwo1rud0cro1_500.gif
http://images4.fanpop.com/image/photos/22900000/Hunter-Parrish-hunter-parrish-22944581-500-213.gif
http://media.tumblr.com/tumblr_m78f0oQora1r5lqojo1_500.gif
Tá ai, eu imagino eles assim. E quando passei a assistir as séries com esses atores me lembrei deles '-'
Se vocês quiserem saber como eu imagino outros personagens é só pedir.
:p
#Abraço.