Capítulo Vinte e Três / Segunda Temporada (02x09)

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Tudo bom galera?!

"Everton": kkkkkk valeu pela ideia, mas eu já pesnsei nisso antes, porém acho que um livro de romance gay não traria os resultados esperados, ainda mais o meu romance que é amador. Mas valeu. Obrigado.

"BielRock": o Tom que espere? kkkkkkk Achei que você teria outra reação, mas tudo bem. É bom estar com a cabeça aberta a outras possibilidades... kkkkk

"GibGab": não quis parecer que tenho um ego inflado, mas tudo bem. Você é meu fã? Eu sou seu ídolo? Isso sim me deixou com o ego inflado kkkkkkkkk

"Gnomos": calma, calma. Eu tenho que por outras pessoas na série e novos caminhos para os personagens. Adam não pode viver a espera do possível amor de Tomás. Me desculpe, mas continue lendo!

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Agora o Vigésimo Terceiro Capítulo da Segunda Temporada de Um Amor de Infância.

... ele saiu correndo em alta velocidade pelo asfalto, me deixando boquiaberto na calçada...

Caminhei devagar pela calçada até chegar a casa. Ainda sentia alguns membros meus atrofiados pelas enzimas paralisadoras. Subi a escadinha da frente e entrei em casa.

- Ali?

- Dan, estou aqui na cozinha...

- E ai mana como você tá? – me virei pra ela e vi Tomás ao seu lado – Eu deduzi que você estivesse aqui mesmo – disse a ele, apontando para a porta, na direção de seu carro.

- Você sai de casa e a única coisa que você deixa é um bilhete? – Tomás me perguntou sorrindo.

- Desculpa se não fui sincero o suficiente – disse levantando as mãos altura da cabeça em sinal de “me rendo”. A feição de Ali mudou.

- Por que a sua mão está sangrando tanto?

Foi aí que me lembrei do machucado em minha mão.

- Ah... – tentei enrolar – Isso foi uma queda que eu levei na rua. Ainda não estou acostumado a andar naturalmente... – ótimo, fui bem convincente.

- E aquele cara que estava com você há pouco? Quem é ele? – perguntou Ali.

- É quem é o cara? – completou Tomás.

- Que cara? – eu disse automaticamente sem pensar. Tomás levantou as sobrancelhas, tipo: “Sério? Você vai mentir descaradamente assim?” – Ata o cara da moto. Ele me ofereceu uma carona quando viu que eu precisava de cuidados...

- Que cara solidário, você não acha Ali? – Tomás disse ironicamente desconfiado.

- E por que ele parou tão longe de casa, sendo que você estava assim?

- Eu que pedi pra ele.

- Só porque viu o meu carro lá fora? – perguntou Tomás.

- Não tem nada a ver com o carro. Eu só não queria dar a ele meu endereço.

- E como você sabe se ele não está na esquina, esperando para que você entrasse em casa? – perguntou Tomás olhando pela janela de modo observador.

- Dá pra você parar com essa besteira de perseguidor? Eu não estou sendo seguido por ninguém. Eu apenas tive a sorte de encontrar com alguém legal que se dispôs a me dar uma carona! – eu estava com a voz bem alterada, brava, estava com raiva de Tomás. Até parecia que ele era o perseguidor.

- Me desculpa se me preocupo com o seu bem! – ele também estava quase gritando.

Alicia olhou rapidamente para Tomás e fez um gesto facial quase imperceptível para o meu ponto de vista: ela arregalou os olhos e mordeu com mais força as arcadas dentárias. Tipo como se ela quisesse alertar Tomás, um aviso parecido com esse: “Olha o que você está falando...”. Não entendi o que ela queria dizer pra ele no momento, eu só queria desabafar a minha raiva em Tomás. Raiva por ele me fazer um boneco que ele pode fazer o que quer com meus sentimentos.

- Não deveria se preocupar comigo. Não sou sua namorada ou sua mulher. Essas são as pessoas com quem você deveria estar agora!

- Talvez eu devesse dar valor a quem me dá valor mesmo. Meus amigos de verdade!

- Então vai em frente. Vai agarrar a Chris. Ela deve estar louca para sentir você sugar a boca dela como um aspirador.

- Antes beijar ela que estar ouvindo você ser ingrato comigo – ele disse enquanto andava para a porta.

- Vá embora então! – consegui gritar mais alto que o barulho do batido da porta.

- Adam! – Alicia disse, seu rosto mostrava que ela estava desapontada comigo – Poxa, ele veio aqui por você! – ela correu atrás de Tomás que já dava partida no carro.

Quando me encontrei sozinho na cozinha, em pé e vi tudo o que tinha acabado de acontecer, senti as lagrimas invadirem meus olhos e caírem sobre meu rosto. Corri para o quarto o mais rápido que pude (não muito, pois estava machucado ainda) e tranquei a porta. Depois disso, me joguei na cama e chorei.

Como eu podia? Como eu podia ter dito aquelas coisas a ele? Que raiva foi essa que me possuiu e me descontrolou? Pior: será que é meu real pensamento sobre Tomás? Minha cabeça estava muito confusa e eu não conseguia tecer um raciocínio lógico para responder a todas as questões. Tudo o que eu sabia era que a besteira estava feita e tudo o que eu podia fazer era nada. Tomás é que saberia o que fazer, ele sempre sabe. Se ele vier aqui em casa, eu me desculpo. Se ele ligar, eu me desculpo. Se ele passar na minha rua, eu grito desculpas. Mas se ele não fizer nada disso e não manter contato, eu não faço nada. Infelizmente, sou orgulhoso demais.

Do lado de fora do quarto eu escuto os passos de Alicia. Ela queria conversar comigo, mas estava com medo de bater na porta e receber um gripo meu. Então eu tomei a iniciativa. Levantei-me e destranquei a porta. Ela se assustou a me ver e se acalmou.

- Posso entrar? – ela perguntou com tom de voz calmo.

- Claro – eu dei espaço pra que ela entrasse.

- Olha, você sabe que não deveria ter feito aquilo...

- Eu sei, é que às vezes ele é protetor de mais, me sufoca sabe...

- Eu convivi com você por dezessete anos e nunca briguei com você daquele jeito.

- Mas você não é como ele...

- Mas você é – ela fez uma pausa e continuou – Você é mais protetor que ele. Você quase morreu pelos seus amigos. E ele apenas ficou preocupado com você...

- Eu não me joguei na boca da morte pelos meus amigos. Era você. Você estava no meio...

- Você realmente acha que me engana com esse papo de que tem uma irmã frágil? Nós sabemos que era por causa de todos nós.

Eu me sentei na cama e colei os joelhos no peito, passando os braços pelas pernas. Encostei a cabeça nos joelhos.

- Eu não devia ter falado aquilo pra ele... Ele não merecia...

- Odeio dizer isso, mas você está certo. Você foi injusto com ele.

- O que eu vou fazer agora? Ele me odeia.

- Depois do que você fez, ele não deveria voltar aqui tão cedo. Mas se eu o conheço como acho que conheço, ele vai passar aqui depois, assim que a poeira abaixar.

- Poeira? Ela já abaixou faz tempo. Estou afundando na lama há horas.

- Ele vai te perdoar Adam, se acalma.

- Me perdoar? Ele deveria me bater até eu sentir tanta dor que não sinta mais nada.

- Você iria gostar de apanhar dele, não é? – ela sorriu, queria me alegrar.

- Depois de tudo isso vou ter sorte se ele me olhar como antes. Daquele jeito que eu gosto.

- Você vai conquista-lo de novo.

- O problema é que eu não sei se quero.

- Peraí, como é? Você não quer o Tomás só pra você?

- Querer, eu quero. Mas do que adianta se ele não sente o mesmo. Vou aproveitar essa briga para tentar me livrar da atração que me ele me faz sentir. Preciso ir adiante, viver minha vida.

- Se é isso que você realmente quer, eu te dou todo o apoio que você precisa.

- Isso não é o que eu quero. É o que tem que ser feito para que ele possa viver a vida dele sem dúvidas sobre mim.

- E mais uma vez você está agindo pensando nos outros. Seria bom se você pensasse em você de vez em quando sabia...

- No momento não posso me dar esse luxo.

Ao mesmo tempo nossos celulares dentro dos bolsos biparam e nós sabíamos o que significava: Whatsapp (eu tinha ganhado um novo dos meus pais que ficaram sabendo de tudo, mas não podiam ir me ver). Pegamos os celulares dos bolsos e checamos as mensagens. Alicia foi mais rápida que eu e viu logo o que se tratava. Sua expressão congelou e ela me olhou. Tentou pegar meu celular da minha mão, mas eu não deixei. Olhei a mensagem e ela ficou esperando minha reação. Uma foto de Tomás beijando Chris intensamente. Poderia ser uma armação da Chris, mas ele estava agarrando sua cintura, o que mostrava que era verdade. Meus olhos permaneceram quietos, minha boca franziu um pouco. Desliguei a tela do celular e coloquei-o de lado na cama.

- Dan...

- Está bem claro: ele está me dizendo para seguir em frente e é isso que vou fazer...

Continua...

Comentários

Há 3 comentários.

Por Arthur em 2015-03-07 11:45:55
Oi Salvatore. Há um mês que não falo contigo, escritor. Como sempre o tempo tem sido mau comigo, tenho de me afastar de atividades prazerosas. Como disse em comentários anteriores, sempre leio teus capítulos, porém comentários são poucos. Agradeço-te o espaço dados a nós leitores prar comentarmos. Deixemos os circunlóquios e deixe-me ir ao que interessa. Trarei questões e as reponderei de forma retórica. Como disse, não serei ilativo de dizer isso ou aquilo, é arriscado contigo pois és como Tomás, um mistério shshsh. Amo teu conto por ser clean, simples, envolvente e imprevisível. Quando da parte do médico com Tomás "– Aquele seu pedido, lembra? Já pode, viu." amo este tipo de suspense básico. Vamos aos pesares que são muitos ao meu ver. Retifico-me em relação a Tomás, agora o acho infantil. Desde o início o mesmo nos envolveu com sua hombridade, virilidade, afabilidade, melindre, na mais doce expectativa de concretização de nossos sonhos homoeróticos, nem que seja para nosso amigo Adam, tornamo-nos telespectadores do envolvimento dos protagonistas. À medida que avançamos, sendo mais preciso, capítulos anteriores, Tomás tem se distanciado de Adam. Descobertas e mais descobertas. Leitura do diário, conversa com Alícia com Tomás sobre Adam foram determinantes para o cadenciado distanciamento entre os dois amigos de infância. Amigos? Sim, amigos. Por mais que haja amor recíproco, são diferentes tipos de amor, bem sei. O amor de Adam, carnal e unilateral se choca de frente com o zelo do amor fraternal de Tomás, causando más discussões, desentendimentos desnecessários, ferindo o coração de Dan. Sinto-me representado neste conto, creio que muitos aqui também, quem nunca amou desta forma? Por isso Salvatore, gostaria que ouvisse uma música que, para mim, é a essência desse momento. aha - crying in the rain. Por favor, ouve-a. Retifico-me também na parte de expectativas concretizadas. Triste nosso Adam não ficar com quem ama, feliz a ideia dele seguir com a vida, relativos são os sentimentos que engrandecem a alma e nos tornam fortes antes a adversidades do nosso caminho a ser trilhado. Nosso famoso choque de realidade fará, pois tenho certeza, de nosso querido, amado por alguém por vir. Destarte, se possível fosse cantaria aos ventos encantamentos de forma cadenciada destinados a Adam, para que seja feliz. Como dizem aqui em Sergipe 'É algo sem futuro" dar falsas esperanças, e isso Tomás tem feito muito bem. Adam, para mim, é pseudônimo de todos nós, homossexuais, que buscam o amor e se entristecem quando da não correspondência. Sou um pouco dramático, bem sei, perdoe-me se sou fastidioso shshsh. Em relação à infantilidade de Tomás, a chamada do app, causar ciúmes? Ciúme é causador primário de desentendimentos, sentimento infantil. Se eu o encontrasse, falaria "Tem de te comportares como adulto". Dele nada mais falarei, meus sentimentos que antes eram vivazes, se tornaram fugazes. Quem sou eu para julgá-lo? Mas espero que a felicidade e o amor correspondido entre e faça parte do coração de nosso Adam, como fala a música que pedi que ouvisse. Se torne loquaz e que Tomás veja o que perdeu, pois bem lembro de como ele ficava quando das visitas de Adam shshsh. Um abraço, Salvatore
Por Everton em 2015-03-06 20:40:43
Tom filho da mae (@%¥₹¿) cade vez melhor baby se superando a cada capitulo
Por BielRock em 2015-03-06 20:24:52
Adorei. Agora mais que tudo, eu estou com raiva do Tom, Adam meu querido siga em frente e deixe o Tom. Fica com o motoqueiro gostoso que você ganha mais. Haja. Continuaaaa