Capítulo Sete

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Olha só o Capítulo Sete!!! Espero que gostem...

"BielRock": desculpa fazer esperar.

"Lucas&Bruno" e "kewlopez": se não me engano vocês são novos nos comentários... Continuem...

Agora vamos lá.

...ele apertou com mais força a minha cintura e me puxou para mais perto ainda. Minhas coxas encontraram seu membro. Ele tinha “encoxado” minha perna esquerda.

- Foi alguma coisa que eu fiz? Por favor, se tem a ver comigo eu tenho direito de saber qual foi meu erro...

Eu estava o encarando seriamente e ele também estava sério e com uma cara preocupado. Estávamos os dois calados um olhando nos olhos do outro.

- Me conta... Por favor...

Nesse momento eu tinha parado de lavar louça mais a torneira ainda estava aberta. Olhei para ela e a fechei. Me virei para ele sério. Eu não podia contar sobre o que eu ouvi ele dizer no corredor, porque isso o levaria até o meu sonho e isso o levaria até o: Eu te amo, Tomás...

Eu tinha que inventar uma desculpa, isso não poderia acontecer. Por mais que eu queira desabafar tudo encima dele eu não posso fazer isso. Muitas vezes eu já pensei em contar-lhe tudo, mas aí eu uso lógica (sou bom em lógica): eu poderia contar tudo a ele, mas ele se mostraria outra pessoa. “Mas por que? Por que ele mudaria, se até agora tudo que ele fez prova, mais do que o suficiente, que ele me ama?” Não posso me esquecer que a nossa amizade é de hetero para hetero. No momento em que ele descobrir que na verdade é de hetero para homo, ele poderia mudar. Acredite, eu penso em todas as possibilidades. Estou um passo à frente e não posso correr tanto risco.

Após a torneira fechada, o silencio era brutal, nada além dos batimentos do meu coração desordenado. “O que eu faço?” Olhei para ele e consegui pensar em algo rápido.

- Eu escutei você conversando com seus colegas hoje – por mais que aquilo seja só uma desculpa, não deixava de ser verdade – Vocês falavam sobre mim e sobre você ser o cara que tirará minha virgindade.

Eu estava forçando para chorar, mas não queria chorar. Apenas molhei os olhos. Ele tinha abaixado a vista para o canto inferior direito.

- Desculpa, aquilo foi besteira minha...

- Calma, eu não terminei. Por mais que eu tenha gostado de ouvir que as pessoas me notam, o fato de garotos notarem só a minha bunda não foi o que eu esperava ouvir. Mas isso é moleza. Ouvi os garotos falando de mim a minha infância toda, me assediando. Mas aí o cara te colocou na parede. Perguntou se você não “ia foder aquele viadinho da bunda gostosa... se você não ia me aceitar como sua prostituta, já que era isso que eu mais queria...” E você ficou pensando. Como se não soubesse se iria dizer sim ou não.

- Cara me perdoa...

- Já estou terminando. A sua indecisão não mexeu comigo. Tanto faz se você pensou em dizer sim ou se pensou em dizer não. Mas o pior foi o Max dizer que se você não fizer, ele faz. Não tenho medo, porque eu não vou ficar com o Max ou namorar com ele. O meu medo é que ele veja que eu não vou fazer isso e mesmo assim ele fizer a força. Me estuprar... – nesse momento eu sorria, para não deixar o clima tenso de mais. Tomás abaixou a vista.

- Me desculpa, por favor, eu não queria parecer indeciso (só para constar: em todas as falas de desculpa de Tomás ele não está chorando ou querendo chorar. Ele apenas está com cara de arrependido)

- Então você ia responder seu safado? – falei sorrindo para ver se aquele clima passasse, eu gosto é de alegria.

- Não me leve a mal – ele deu uma risada e eu tinha ligado a torneira – Mas é que a sua bunda é gostosa mesmo.

Olhei surpreso pra ele, com a boca aberta e os olhos semifechados. Pequei as duas mãos juntas e enchi de água na torneira e joguei no peitoral dele. Ele deu um pulo pra trás, sua camisa salmão já se misturava ao corpo dele, colando ainda mais.

- Olha o que você fez! – disse ele rindo.

Ele fez o mesmo que eu: encheu as mãos de água na torneira e lançou em minha direção. Apenas molhou a minha camisa. Ele já deveria ter percebido porque ele pegou muito na minha cintura, mas quando ele me molhou ficou evidente: eu tenho uma cintura bem acentuada, não que meu corpo seja desproporcional. Meu corpo é bonito, é considerável um corpo de garoto, mas eu tenho uma cintura fina, mesmo. Herdei da minha mãe. Ele abaixou a vista para a minha cintura e deu um sorriso lindo.

- Que curvas ein? Kkkkkkk. Assim eu fico excitado kkkkkkk.

Era tudo que eu queria ouvir. Puxei minha camisa para que ela deixasse de mostrar meu corpo, mas ele não puxou a dele e então eu soltei:

- Não fique olhando para o meu corpo, vai admirar uma garota que pode lamber esse teu peitoral sarado, vai... – disse a ele.

- E quem foi que disse você não pode? – eu voltei para a pia e continuei a lavar a louça.

- Cala a boca, seu bicho safado... kkkkkkk.

Acabei de lavar as louças e ele começou a enxugá-las para guardar. Eu me virei e me apoiei na pia enquanto olhava aqueles braços em movimento. Ai que braços...

- Onde é que tem um pano para eu limpar essa bagunça aqui? – apontei para o molhadeiro feito no chão.

- Você não preci...

- Onde? – o interrompi.

- Em um armário atrás do fogão. Ali ó – ele apontou a direção para mim.

Fui lá peguei o pano e me abaixei no chão. Fiquei de quatro de novo e percebi que ele havia parado de andar, provavelmente estava olhando para minha bunda de novo. Esfreguei todo o chão até ficar brilhando. Mas ainda havia um lugar que ainda faltava limpar e era aos pés de Tomás, pois a água havia escorrido até o chão.

- Faltou só esse lugar aí – disse apontando para seus pés.

- Agora que você começou, termina...

Ele se apoiou no balcão e ficou me olhando. Eu me arrastei de quatro até ele e esfreguei o pano para enxugar o piso. E ele só ficava lá me olhando: só Deus sabe o quanto de bobagens ele estava pensando. E talvez nem Deus saiba o tanto de bobagens que eu estava pensando.

Estava ali. Bastava eu olhar para cima e daria de cara com o membro dele, ainda dentro da bermuda, é claro. Mas depois de me ver dar aquele show de sensualidade, embora eu fiz parecer que era uma coincidência, ele não seguraria uma ereção. Eu me contive e não olhei.

Ainda de quatro, dei meia volta e fiquei com a minha bunda empinada em sua direção. Comecei a andar no sentido oposto e bem devagar, para que ele pudesse apreciar a vista e pra que eu ganhasse mais pontos no meu plano de torná-lo meu.

Levantei-me devagar, ainda não tinha olhado para ele que por sinal continuava encostado no balcão. Torci o pano na pia e pendurei-o em um gancho acima da torneira. Só então me virei para ele e ele estava com um volume fora do normal na bermuda. Depois de apreciar a paisagem me virei rapidamente, demonstrando que o fato de ele estar excitado tinha me ofendido (é eu gosto de fazer drama).

- Me desculpa, mas foi você que fez isso comigo – ele disse.

- Eu sei que fui eu, mas você não precisa ficar me dizendo isso, já é humilhante demais... – ainda estava de costas pra ele – E eu acho que já deu a hora de eu ir embora – eu não falei com voz de choro, apenas disse que ia embora. Segui depressa em direção ao seu quarto para pegar a minha bolsa. Ele me seguiu.

- Espera! – ele dizia.

Eu subi as escadas e entrei em seu quarto. Peguei minha bolsa em sua cama e me virei para poder sair e ele estava parado na porta.

- Eu não vou deixar você ir para sua casa todo molhado assim.

- Não tem problema, eu vou de moto – disse sorrindo para mostrar que estava tudo bem.

- Não, você não pode ir molhado. Toma um banho e ai eu e empresto uma roupa minha para você ir para casa.

- Não precisa...

- Vem, eu vou te mostrar onde é o banheiro.

Ele me levou até o banheiro, abriu a porta e acendeu a luz. Aporta do banheiro era pequena e mesmo assim ele ficou encostado no batente vertical para que eu passasse apertado pela porta. De novo.

- Já disse que não precisa...

- Vem logo, larga de ser teimoso – ele pegou no meu ombro e me puxou. Dessa vez eu passei de costa para ele.

Com a porta estreita, me esfreguei pelo seu corpo e senti, não muito perfeitamente, mas eu senti seu membro ainda meia-bomba. Não tinha se recuperado totalmente do meu “show”, o que me deixou um pouco orgulhoso de mim. No momento em que estávamos eu e ele colados, percebi um salto de seu membro. Tomás não disse nada e eu também não me pronunciei.

Eu estava dentro do banheiro, ele fechou a porta e ficamos só eu e aquele espaço enorme.

- Que banheiro grande... – e instintivamente me lembrei daquela cena.

FLASHBACK

- Tudo que você tem é tão grande assim? – perguntei a ele.

- Isso porque você ainda nem me viu pelado kkkkkkk.

FIM DO FLASHBACK

- Pelo o que eu vi e senti ele realmente é bem grande – falei comigo mesmo e sorri.

Banhei e vesti as roupas que ele havia deixado para mim. Estranho, porque quando ele me trouxe ao banheiro ele não tinha trago roupa. Logo ele entrou lá enquanto eu banhava distraidamente.

Quando sai, não chamei ele, segui direto para o seu quarto. A porta estava entreaberta. Empurrei-a e vi Tomás sem camisa. Ele me olhou e meu olhar pulou rapidamente de seu abdômen sarado para o seu rosto.

- Que os deus me ajudem – gemi baixo e continuei – Desculpa... – peguei a maçaneta da porta e fechei-a imediatamente.

Corri em direção a escada para ir para casa e lembrei da minha bolsa.

- Putz cara, a bolsa!

Voltei e subi novamente os degraus. Quando ia dobrando para ir pro quarto dele, eu bato a cabeça no seu peitoral. Quando abri os olhos de novo eu estava em seus braços, do mesmo modo como estava na escola. Soltei-me dele.

- Eu esqueci a minha bolsa – fui ao quarto e peguei a mochila.

Passei por ele quando estava indo embora.

- Mas você já vai?

- Já, está muito tarde e a minha irmã está só em casa. Até amanhã e obrigado por tudo.

Sai, peguei minha moto e, quando ligava ela para ir embora, escutei Tomás falar:

- Sou eu quem agradeço...

Continua...

Comentários

Há 1 comentários.

Por BielRock em 2015-01-21 10:14:58
Estou adorando cada vez mais o conto .Esses dois vão dar cada história . continua