Capítulo Sessenta / Quarta Temporada (04x11)

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Boa noite, gente. Estou com um pouco de pressa, preciso estudar, mas pelo menos o capítulo eu postarei para vocês.

“Nando”: você vai achar esse aqui louco.

“hamilet$”: você não vai ficar sem um fim kkk Lerei a sua quando puder, tá?

“Iki”: você terá mais. Bem, já que você se declarou assim, I love you too kkk

“Niss”: espera só até você ler esse...

“lipinho”: muito obrigado por continuar comigo e comentar. Valeu.

“GG”: voltei kkk

Cap. Chegando....

Capítulo Sessenta (04x11)

...- Então, o que você tem mesmo? A tia Bárbara ligou antes de você chegar. Avisou que se você viesse aqui, poderia estar agindo estranho. Não pensei que fosse assim tão ruim.

Pigarreei.

- Estou alucinando, Ali.

- Como assim?

- Alucinações. Estou nas mãos da minha cabeça louca agora...

Ali não deixou que eu saísse mais de casa naquele dia. Não a culpo. Cheguei a ver um buraco extremamente fundo entre a porta do banheiro e o corredor, sendo que Ali afirmou dezenas de vezes não haver nada alí. Não banhei até que eu conseguisse acreditar que era falso.

Vitor passou o dia inteiro conversando comigo. Ele estava muito sem graça pelo que havia acontecido: eu havia empurrado seu membro enquanto alucinava. Acho que era eu quem deveria estar mal, mas não me sentia assim. Repetimos diversas vezes a mesma conversa.

- Me desculpa, eu não sabia...

- Eu sei, você estava alucinando. Eu entendo.

***

Pela tarde, resolvi fazer uma coisa que já deveria ter feito, mas não arranjei coragem nem tempo. Alicia havia saído com Vitor para irem ao supermercado por alguns minutos. Pediram para que eu não saísse e nem atendesse qualquer um que batesse à porta. Eu assenti. Assim que eles saíram, eu subi as escadas e entrei no meu quarto. Sentei em minha cama, ao lado da minha roupa suja (havia tomado banho finalmente, mas para mim o buraco ainda estava lá).

Segurei minha calça que eu usava quando cheguei em casa. Passei a mão pelo tecido até esbarrar em algo ‘cartilaginoso’, mais duro que o tecido da roupa. Desabotoei o bolso e retirei um pedaço de papel do tamanho de um celular digital. Era a carta que eu havia recebido enquanto estava no banheiro na casa de Tomás ontem pela manhã. Não haviam descrições na capa da carta.

Puxei a ponta da abertura da carta e dentro dela havia mais folhas do que eu pensava que haveria. Puxei o pacote completo de uma vez e deixei a carta de lado. A primeira folha dizia:

“Acho bom você tomar muito cuidado”

Só havia essa pequena frase digitada naquele papel. Tirei ele da frente das outras folhas. Ao contrário do que imaginei, não eram outros avisos. Bem, eram sim, mas não eram verbais como o anterior. Eram imagens, fotos do mesmo acontecimento. Foi no dia em que Tomás descobriu sobre minha sexualidade. Nas fotos eu estava pulando a janela do quarto de Tomás na noite. Estava sem camiseta. Se elas caíssem em mãos erradas, tudo estaria acabado. Descobririam ou desconfiariam sobre mim.

Eram fotos.

Eram provas.

Guardei-as. Não precisava que ninguém as encontrassem.

***

Pela noite recebi uma visita que não esperava ver. Eu estava no sofá, assistindo TV mais Vitor. Alicia estava na bancada da cozinha preparando algo para jantarmos. A campainha soou e bateram à porta. Alicia parou o que estava fazendo e foi atender.

- O Adam está? – eu reconhecia aquela voz.

- Me desculpe – disse Ali envergonhada por não saber quem era a pessoa – Posso saber quem é você?

- Ah, sim, onde estão meus modos. Sou Andressa, uma prima de Tomás.

Ela estava ali, em pé na varanda da minha casa.

- Andy? – disse eu pegando a lateral da porta e puxando-a para que eu me tronasse visível. Ela estava linda – Você está tão bem...

- Acordei ontem à noite – ela sorriu e me abraçou – Fiquei sabendo que você foi drogado... – senti ela se esfregar no meu corpo – Fiquei preocupada...

Escutei a risada de Vitor lá do fundo da sala. Miserável!

- Não precisava ficar preocupada, já estou melhor.

Ela me soltou e me olhou no fundo dos olhos. O brilho da safadeza pairava neles.

- Eu até ficaria para jantar com vocês, mas David disse que não seria muito elegante, então nós vamos voltar para casa do primo.

Foi então que percebi que David estava atrás dela, escondido pela sombra escura da varanda.

- Acenda a luz da varanda, Ali! – gritei para ela e logo a luz se acendeu. Ele estava me olhando – Vocês podem ficar para jantar.

Andy faltou implorar com os olhos para o irmão. Ele ficou encarando-a, não tão severamente. Depois ele voltou os olhos para mim e conversamos em silencio pelo ar.

- Você pode ir para o carro – disse David para Andy – Só vou falar com Adam e já estou indo.

- David...

- Vá logo, Andy.

Ela me olhou triste e depois foi embora, descendo os degraus. Ele não saiu de onde estava: encostado na grade branca que cercava a área. Andei em direção a ele.

- Oi – falei.

- Você não está com raiva de mim? – ele falou manhosamente.

- Aposto que Diego já contou a você o que eu disse a ele. Não me faça repetir cada palavra.

- Você está sim com raiva de mim. Posso sentir.

- Você me enganou! – falei entre os dentes, para que a conversa não passasse da porta para dentro de casa – Não culpo Diego por ter caído no seu jogo sedutor. Você é bom nisso.

- Não ligue para esse meu caráter – ele falou como se estivesse arrependido – Eu nunca consegui namorar sério. Não faz parte de mim. Por isso Tomás me alerta tanto...

Não respondi de imediato. Por algum motivo eu compreendia a situação daquela pessoa ali na minha frente. Tive misericórdia.

- É uma pena mesmo que você tenha sido tão infeliz assim na sua vida. O que posso desejar a você é sorte no amor.

- Obrigado. Eu desejo o mesmo a você – ele fez uma pausa – Mas deveria desejar isso a Tomás, não a mim.

- O que quer dizer com isso?

- O que está óbvio. Aquela Chris não ama Tomás. Ela tem outros planos com ele, eu pude ver. Tomás está sendo cego ao ficar com ela. Tente avisar a ele.

- Eu já tentei, mas ele faz o que ele quer.

- Não podemos controlar as pessoas, não é mesmo? – ele pergunta, mas não necessitava de uma resposta – Até mais, Adam. Boa noite. Se precisar de alguma coisa, estou na cada de Tom.

- Tudo bem, David. Boa noite.

Esperei em pé até que ele entrasse no carro e fosse embora. Pude ver o rosto de Andy me olhando, louca para ficar. Na verdade, eu tive pena dela também, mas não seria eu a ser seu namorado. Entrei em casa e jantei com Alicia e Vitor, estava realmente delicioso o jantar que ela tinha feito. Depois fomos assistir a um filme qualquer que estava passando na parabólica.

***

Em certo momento meu celular vibra. Era a chamada de alguma pessoa que eu não conseguia ver quem era, pois o número não estava salvo no meu celular. Alicia e Vitor tinham ido se deitar havia mais ou menos uma hora, mas eu queria continuar acordado. Não sentia sono. Atendi.

LIGAÇÃO

EU: Alô?

(?): Oi, Adam?

EU: Chris?!

CHRIS: Sim, sou eu – sua voz estava diferente – Poderia vir a minha casa?

Certo, isso era muito, muito estranho mesmo.

EU: Tem certeza do que está falando? Andou bebendo?

CHRIS: Não, realmente preciso que você venha aqui. É algo que envolve Tomás.

EU: Você sabe muito bem que não tenho mais uma ligação muito afetiva com Tom.

CHRIS: Eu sei, eu sei. Poderia apenas vir?

EU: Não sei onde você mora e já está tarde...

CHRIS: Prometo que não vai demorar. É só uma coisinha rápida.

Respirei fundo.

EU: Tudo bem... Qual é o endereço?

Ela me passou o endereço e depois desligou na minha cara. Só por essa eu nem deveria ir mais, mas algo em mim evitava que eu quebrasse minha palavra. Dei uma última olhada no cômodo de cima: Ali dormia junto com Vitor. Desci para a cozinha, peguei as chaves no porta-chaves no balcão e liguei a moto no jardim, saindo pela rua até o endereço de Chris.

***

Parei em frente a um prédio luxuoso próximo ao centro da cidade. Ela dissera que o número do apartamento era 21. Parei na portaria e o moço que vigiava por lá deu uma ligada para o interfone no apartamento que eu lhe dera. Logo a permissão foi concedida e eu estava apertando o botão do elevador no térreo.

Não havia ninguém andando por lá. Estava desertamente deserto.

A porta se abriu em um corredor de uns doze metros de comprimento, mas a porta com o número 21 era a segunda, logo depois do elevador. Dei dois toques na madeira MDF e quando o terceiro iria soar, a porta foi aberta, como se a pessoa já me esperasse em pé.

Chris vestia um roupão bege com a logo do prédio bordada no lado esquerdo, bem em cima do seio. Ela tinha os cabelos molhados, tinha acabado de banhar, eu supus.

- Então? O que você queria falar comigo? – eu perguntei secamente.

- Acho melhor você entrar.

- Sinceramente, eu não acho...

- Entra logo, pare de ser medroso – ela disse e deu alguns passos para dentro, permitindo minha passagem.

Tive vontade de empurrar ela pela escada do andar, mas enfim. Entrei. Ela fechou a porta e trancou.

- O que está... – quando ia pensar em terminar a frase, ela me empurrou na cama do apartamento e sentou encima do meu colo.

Imobilizou minhas pernas com as dela. Puxou a lateral do roupão de banho e exibiu uma lingerie preta que realçava os atrativos dela. Mas ela bem sabia que os atrativos dela não me atrairiam. Ela pousou as mãos ao lado da minha cabeça e inclinou seu corpo para frente, movimentando-se no meu colo em um vai-e-vem. Eu posso ser gay, mas aquilo iria me excitar qualquer hora.

- Sabia que eu sou louca por você?

- Com certeza você é louca. O que acha que está fazendo Chris?!

- Tendo você para mim.

- Mais isso nunca!

Dizendo isso, segurei na cintura dela e joguei ela para o outro lado da cama. Ela caiu com um grito suave.

- Você gosta de brutalidade?

- Eu não, mas se você gostar posso dar um jeito rapidinho.

Me pus em pé e peguei a maçaneta da porta. Depois levei a mão na chave, mas ela não estava lá. A porta estava trancada e a chave perdida!

- Não seja tão duro comigo... – disse ela me puxando de novo e me jogando contra a parede – Ou melhor, seja duro sim.

Aquilo estava me dando nojo. Segurei em seus ombros e empurrei-a tão forte que ela caiu de bunda no tapete do chão.

- Onde escondeu a chave, Chris?!

- Você não achará ela mesmo...

Ignorei ela e fui andar pelo quarto para procurar pela chave, mas ela agarrou nos meus tornozelos, me derrubando no chão. Senti suas mãos subindo nas minhas pernas.

- Seja meu Adam. Eu te quero.

- Você é louca! – tentei rastejar para longe, mas ela me prendia.

- Por que não acredita em mim?

Agarrei um abajur encima de uma mesa próximo a televisão e taquei-o contra a cabeça dela, que emitiu um grito. Ela tombou para o lado desacordada.

- Porque você é uma mentirosa! – respondi, mesmo sabendo que ela não podia ouvir.

Continuei deitado no chão, tentando controlar minha respiração e o suor. Foi então que encontrei a chave largada perto do pé da mesinha da televisão. Apanhei-a, levantei, destravei a porta e saí. Quando passei pela portaria, ainda dei uma boa noite para o vigia. Peguei a moto e saí.

Se aquilo fora uma alucinação, eu não sabia.

Mas espero que seja.

***

NARRADO PELO AUTOR

Um rapaz dormia em uma cama em um quarto escuro. Tomás. Bárbara estava sentada em um banquinho de madeira bem ao lado do leito. Seu cotovelo esquerdo estava apoiado no pedaço da cama perto da perna do jovem que dormia. Sua mão sustentava um terço de contas meio transparentes, meio esbranquiçadas. Seu rosto tinha caminhos de lágrimas secos. Ela olhava o filho desacordado.

Sabia que não precisava se preocupar tanto, que não era um caso tão sério, mas seu instinto de mãe não arredava o pé.

- Acorde, meu filho – suspirava – Acorde...

Pálpebras ressecadas tremeram.

Dois olhos verdes criaram vida.

Uma palavra foi dita.

- Mãe?

Continua...

Até quando der, pessoal!

Comentários

Há 12 comentários.

Por Fla Morenna em 2016-02-27 09:54:32
Olha.Querido em menos de 24 horas consegui ler toda a série e.posso te dizer que é fantastica me monopolizou. Sei q alguns podem nao entender esse tipo de narrativa mais assim como eu tem aqueles apreciadores nao se deixe desistimular sei.q muitas vezes coisas acontecem para desistimular. Como not quebrado e outros... Mais assim como eu tem uma igalera aguardando.o.desfecho dessa saga continue. LNBjpodem
Por fabiii ....S2 em 2016-02-09 03:47:07
Você brinca com os pensamentos dos leitores, assim como, Tom faz com Adam! Parabéns! adorei seu conto, é a forma que você escreve!
Por Neko7 em 2016-02-09 01:29:20
Cara..... Não sei o que "dizer", tá um quebra cabeça muito, muito louco. Mas estou amando tudo isso <3 .tom acordou *--* ao menos.
Por Martines em 2016-02-07 02:51:51
Ta bom
Por Sammy Fox em 2016-02-05 17:21:48
Adoron quero saber dessa possível alucinação aí
Por Iki em 2016-02-04 19:52:37
Kkkkk você gostacde brincar conosco né. Passa vários dias sem postar e me manda esse capítulo assim.... Claro que amei ,mas posta outro logo. 😘😘😘😘
Por hamilet$ em 2016-02-03 12:43:47
Cada capitulo mim faz acredita mais que adam não vai fica com tom. Isso está virando um jogo já né? Vamos Agilizar isso meu amor por favor em.
Por lipinho em 2016-02-03 11:01:32
Salvatore amo muito sua série e há andei lendo alguns comentários ridículos aqui a baixo e relaxa seu conto continua ótimo com sempre. Sobre o capítulo estava ótimo espero que tenha sido só uma alucinação do Dan mesmo pq a Chris é muito ridícula mesmo, gostei da parte que ele bate nela com o abajur. Bem continuo sendo seu fã e não demora para postar outro capítulo estou ansioso bjs.
Por Billy em 2016-02-02 22:11:12
Eu não acredito que tu demorou quase 1 MÊS pra postar um capítulo tão sem sal como este... Por favor Salvatore, vc já foi melhor hein, nem um capítulo pra compensar a demora vc fez... lamentável!
Por Dark em 2016-02-02 15:55:43
Olha, me desculpe mas a verdade ter que ser dita: não acredito que passei 2 duas lendo isso... A série está sinceramente maçaneta aí extremo, seja por os personagens sem graça oü por ações que são tão absurdas que da vontade de morrer. Adam: ninguém consegue ser desse jeito, aquele coisa de "tenho que ver minha irmã" mesmo estando sob cuidads médicos, é muito chato e ridículo. Tomás: não existe isso, uma coisa é a pessoa ter medo de assumir a sexualidade e tal, mas além de ser um personagem sem marco, você conseguiu deixar ele pouco atrativo pelas suas ações "você é muito especial Dan" ah pelo amor de deus, vamos acordar pra realidade! Chris: por incrível que pareça ela é a personagem que mais tem algo com a realidade, por as ações dela realmente se encaixam no personage, espero que você não consiga estragar ela assim como fez com os outros. Além disso, a coisa que logo na apresentação notei: série totalmente racista de forma velada, todos são de pele clara, olhos claros , ridículo, meu amor, a beleza negra é mil vezes melhor, e não existe alguém que não conheça um negro na vida, outro ponto absurdo pra o Adam... Eu sinceramente não queria soar mal educado e um hater, mas ler esses capítulos todos de Maria do bairro... se quiserem os algo clichê e sem atrativos eu iria ver The Vampire Diaries. Sempre fui um leitor, nunca criei uma conta pra comentar nada, mas essa série... tive que fazer.
Por Fillype12 em 2016-02-02 01:33:25
Adorei o capitulo de hoje. Não demora muito pra postar viu?
Por Niss em 2016-02-02 00:21:18
Pela Fé hein... Essa Chris... Espero que tenha sido uma alucinação mesmo, porque só de imaginar aquela quenga se esfregando no Dan kkkkkk ptm.. Tá! Finalmente o Tom acordou, pelo menos eu espero que ele fale logo com o Dan. Não sei não... Acho que o David pode saber muito bem do que se trata, masss.... Anyway. Vamos ver no que vai dar. Vê se não demora a postar Tore. Kisses, Niss. Haha.