Capítulo Nove

Parte da série Um Amor de Infâcia

Gente, voltei... Ufa... foi muito tempo, desculpa faze-los esperar.

"BielRock": tem sim um doido atrás do Adam.

"Edu": valeu por comentar, continue lendo...

"Jon": fico mega feliz de saber que é seu conto do coração agora...

... “ele nem sequer se levantou para ir ver se eu estava bem…”

Tudo que eu queria era que aquele dia passasse rápido. Mas eu não podia mandar no tempo. Não estávamos tendo aula, os professores apenas entravam, sentavam e conversavam com os alunos. A aula de Física era a única que realmente tinha um compromisso com os estudos e ela havia acabado de começar. A professora pediu os trabalhos que ela passou ontem.

Eu me levantei e levei o meu. Até que enfim a Chris saiu do colo do Tom, ela foi pegar o trabalho dela e ele foi levar o dele. Depois de ter entregue-o para a professora, ele veio em minha direção e sentou-se ao meu lado (Caíque tinha saído para entregar a pesquisa também e perdeu o lugar kkkkkkk, trouxa).

- Tudo bem com você? – ele perguntou com uma voz rouca sexy.

- Tudo – respondi com um sorriso falso. Ele ficou olhando nos meus olhos. Os seus estavam cerrados como se procurasse alguma coisa na minha mente. Como se procurasse a verdade....

- Você está mentindo... – ele finalmente disse – O que aconteceu? Me conta...

- Não aconteceu nada Tom, não precisa se preocupar. Vai lá dar umas encoxadas na Chris, você estava adorando, dava de ver pela sua cara... – doeu muito dizer isso a ele, mas eu não podia dar uma de fácil.

- Eu não estava “encoxando” a Chris. Ela só estava sentada no meu colo – ele disse e se aproximou da minha orelha, sussurrando – Você não aproveitou ontem lá em casa, agora perdeu a vez... – ele desgrudou seu rosto do meu. Eu estava em êxtase.

- Seu safado.... – eu disse e ele deu uma risada.

- Por que é tão bom brincar com a sua mente ein? Kkkkkkk.

- Porque você é um tarado por natureza. Aliás eu posso ir na sua casa hoje? Tenho que te entregar suas roupas...

- Pode ir quando quiser e também tenho que te dar as tuas que você deixou lá...

O sinal tocou. Era hora do intervalo. Me levantei, fui em direção a porta e vi Tomás conversando com seus amigos como ontem. Não pude deixar de escutar aquela conversa.

- E ai Tom, eu vi a sua nova prostituta na sua casa ontem... – disse o Max – Ela passou atarde toda lá na sua casa...

- De quem você está falando? – perguntou o Tomás.

- Do Dan, é claro.

- Como você sabe que ele foi lá em casa ontem?

- Esqueceu que eu trabalho no bosque principal? O Caíque viu na hora que ele saiu de casa e eu vi na hora que ele chegou na sua.

- Caíque viu ele? Mas como? – eu também estava com essa dúvida.

- Eu trabalho na parte oeste pela tarde, próximo a sua casa e ele na parte leste, próximo a casa dele. A gente fica revezando no dia, mas chega disso. O importante foi a sua tarde. Como foi?

- Foi boa – disse ele. Eu não acredito que ele achou apenas “boa”.

- E como foi a sua inicialização?

- Minha inicialização?

- É cara, sua primeira vez – eu não podia acreditar, Tomás era virgem – Ele deixou ou você agarrou a força?

- Deixa disso cara, não aconteceu nada de mais, ele é meu amigo...

- Mas quando ele saiu da sua casa ele estava usando suas roupas e você estava sem camisa... Quer que eu acredite que não aconteceu nada?

- Foi só uma brincadeira. Ele me molhou, eu molhei ele, eu tirei a camisa e dei umas roupas minhas para ele usar...

- Quer dizer que ele te molhou, é óbvio que ele queria que você tirasse a roupa cara... – disse Max – Ele é uma putinha mesmo, hoje no banheiro eu vi que ele me olhava enquanto eu mijava. Estava até gostando, até o Caíque aparecer e sair com ele.

Eu me lembrei do meu celular e eu tinha que pegá-lo, quem sabe aquele desconhecido não estava vendo eu olhando os outros. Entrei na sala, e eles (três, na verdade) me olharam. Eu apenas olhei eles e virei meu rosto, segui em direção a minha mesa e peguei meu celular. Tinha chegado uma mensagem. Eu li na sala mesmo.

MENSAGEM

Tá espionando né. Eu estou aqui de olho em você.

FIM DA MENSAGEM

Eu olhei em direção a eles e Max estava me olhando com uma cara suspeita, do tipo: “estou te avisando”. Sim, com certeza o perseguidor era ele. Botei meu celular no bolso e fui pro intervalo. Não demorou para que eles viessem também. Estava comendo em um canto em uma mesa solitária. Tomás sentou ao meu lado.

- Você estava nos ouvindo não estava?

- Do que você está falan...

- Você me disse ontem que escutou a nossa conversa e aparentemente acho que você escutou hoje também – ele não estava ameaçador, estava apenas pedindo a verdade e mentir para aqueles olhos verdes era muito difícil.

Meu celular vibrou, ele estava sobre a mesa. Eu olhei para a tela que tinha ligado e apareceu uma mensagem fechada com o nome DESCONHECIDO. Olhei para Tomás, ele tinha percebido e olhado para mim. Tentei pegar o celular o mais rápido possível, mas ele segurou minha mão e abriu a mensagem com a outra.

MENSAGEM

Sai de perto dele, não esquece o que eu te disse: eu também estou vendo a Alicia daqui e ela parece tão feliz agora...

FIM DA MENSAGEM

Olhávamos o celular e silencio, ele virou-se para mim.

- É por isso que você estava triste hoje, não era? Quem é ele?

Chegou outra mensagem e já foi abrindo: “Sai agora!”. Eu me levantei.

- Tenho que ir agora, depois a gente se fala... – ele agarrou o meu braço forte.

- Ele tá te chantageando? Deixa eu te ajudar...

- Acredite, você vai me ajudar muito ficando longe de mim...

Peguei meu celular e saí andando para longe dele. Eu definitivamente não queria fazer aquilo, mas era preciso: não brinquei quando disse que era super protetor. Andei mais um pouco, devaneando pela minha mente e me deparei com Vitor.

- Foi mal por ontem cara... Eu fiz muita besteira....

- Tomara que você não tenha feito a besteira que eu estou imaginando...

- Não sei o que você está imaginando, mas eu acho que sim, eu fiz...

Saí andando e ainda escutei ele dizer ao longe: “foi mal....”. Minha cabeça estava mil. O sinal não demorou a tocar e a diretora subiu em um palanque que tinha no pátio para dar avisos

- Eu preciso que os alunos do teatro se reúnam comigo agora. Vou dar a confirmação dos papeis. Só relembrando: Quarta-feira (amanhã) as 20:00 – Festa a fantasia (tema livre); Quinta-feira (depois de amanhã) as 20:00 – Apresentação do teatro. Podem ir para as salas.

Alguns alunos se reuniram ao redor dela, inclusive Tomás. Um garoto tão lindo como ele teria que estar na peça: o seu papel era o principal. Fui para sala com os outros e esperei até que eles chegassem. Não demorou até que Chris apareceu na porta, gritando:

- Eu vou fazer com o Tom! .... – Vaca!!!!!!!!!!!!!!!

Continua...