Capítulo Cinquenta e Um / Quarta Temporada (04x02)

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Oi gente, estamos aqui mais uma vez com o segundo capítulo da série!!!

"GibGab": vc tem uma queda por essa palavra repetida tres vezes não é kkk Deixa meu abralo, não posso ser diferente kkk

"Biel": obrigado.

"Niss": mossa mãe, calma kkk Obrigado por sentir minha falta e não garanto nada entre Tom e Adam, como já disse.

"Edu": Tom safathenho kkk Deixem meu abralo em paz kkk

"diego": obrigado.

"Nick":calma, calma. Pois é, meu apelido é Stefan...

"Doce Anjo": eu espero não decepcioná-los.

"GarotoComum": me chamou de iludido... kkk Entendo perfeitamente esse seu lado realista, não critico. Na verdade deixei esse paradigma 'é amor ou não?' para vcs imaginarem. Não vou mentir que também chorei em 'O impossível' kkkk. Obrigado.

"Matheus": obrigado por achar minha história perfeita...

"Chris": esse paradigma é para vcs imaginarem kkk

"Flip": kkk pode deixar kkk

Continuação do Cap anterior

Vou fazer uma retomada.

Capítulo Cinquenta e Um (04x02)

(Sugestão: Born to try – Delta Goodrem)

Desmaiei na casa de Tomás e acordei em sua cama, com ele agarrado de conchinha comigo. Porém a raiva ainda estava em minha cabeça e isso me fez amargo nessa manhã. Senti alguns movimentos de Tom em mim, mas não conseguia me entregar ao momento. Estava triste com ele.

Senti que ele acordava e sua respiração mudava. Ele me apertou mais contra seu corpo. Eu não fiz nada. Fiquei parado, esperando que ele se movesse. Demorou-se uns minutos.

- Dan? – ele disse com aquela voz de sono sexy.

Demorei um pouco para responder

- Oi... – respondi ainda sem me mexer.

- Foi mal... – disse ele e foi se afastando do meu corpo.

- Não! – disse baixo para que ele parasse e ele parou – Estou morrendo de frio.

Ele hesitou um pouco e disse, sem voltar a me abraçar.

- Era só você ter pegado o controle e ter aumentado a temperatura ou desligado a central... – disse ele pegando o controle e desligando o aparelho.

- Você não deixou eu me mexer... – disse eu passando a culpa para ele. Nesse momento nós não havíamos olhado um no outro e aquela tristeza voltou.

Ele sorriu sonolentamente.

- Foi mal... – senti que ele se afastava mais.

- Você vai levantar? – perguntei frio.

- Vou sim. Estou meio que “armado” aqui em baixo... – ele respondeu tentando amenizar o modo rude com que eu falava com ele. Não iria resolver.

- Eu ainda estou com muito frio. Se for sair não levanta muito a coberta – falei sem dar importância para ele.

Ele não respondeu e nem se mexeu. Eu virei de costas para ele e me embrulhei bem com o edredom. Pareceu que ele não sabia se saia ou não.

Então ele veio e se aproximou de mim de novo, mas não encostou como antes. Ficou mais longe e não passou a mão em mim. Eu nem liguei muito, mas no fundo eu ligava. Esperei ele se aproximar mais, mas ele não o fazia. Decidi me mostrar um pouco preocupado com ele. Um pouco.

- Você quer um pouco do edredom? – perguntei secamente.

- Sim... – ele disse abaixando a vista. Era visível que ele estava arrependido do que fez.

Deixei um lado do edredom para ele e senti ele levantá-lo e entrar debaixo dele. Agora eu podia sentir a pele dele tocar em meu braço.

- Você não está com raiva de mim? – ele perguntou receoso da minha reação.

- Sim – respondi – E não... – ele fez uma cara de quem não entendeu – Estou magoado com você por ter feito aquilo – falei e quando eu vi que ele iria voltar no assunto para se explicar, repreendi – Não quero saber! – falei um pouco grosso – Depois você se explica. E não, eu não estou com ‘raiva’ realmente.

- Ainda bem – ele disse.

- Mas você me magoou muito.

- Vou te recompensar por tudo o que fiz... – disse ele.

- Não precisa ‘me recompensar’. O que está feito, está feito. Eu sou muito fácil de confiar, mas aí vem você e faz isso...

- Agora me ouve, eu posso me explicar, é sério – ele falou ao meu lado.

Virei meu rosto pela primeira vez para ele e dei de cara com aqueles olhos claros me observando, esperando uma resposta. Nenhum de nós sorria.

- Você já está fazendo isso... – disse eu – Mas não! Não quero isso agora. Depois vemos isso...

Ele me abraçou e apertou forte.

- Obrigado...

Eu pus minhas mãos em seu peito e o empurrei para afastar-se. Lancei-lhe um olhar de reprovação, para mostrar que ele não tinha toda aquela intimidade mais e ele voltou a ficar um pouco triste.

- Essa intimidade não te pertence mais – falei deixando que a verdadeira raiva me dominasse.

Vi que seus olhos quiseram lacrimar, sua córnea iluminou-se como se enchendo-se de lágrimas. Foi aí que vi que estava indo longe demais. Eu fui longe demais. Só que eu estava no meu direito ainda, mesmo me achando uma merda.

- Você está certo – ele confirmou coma voz pesada.

Ele levantou da cama e me deixou só. Eu fechei os olhos vendo no que aquilo estava dando, mas logo abri-os, precisava ver ele sair daquele quarto, ver o quanto ele estava triste. Pelo canto do olho vi ele parar na cômoda, se apoiar nela, passar a mão direita nos cabelos e ir em direção a porta. Pegou uma camiseta regata e um short e vestiu-os, cobrindo a cueca.

- Vai sair? – perguntei o óbvio.

- Vou – ele disse sem me olhar e já saindo do quarto.

Respirei fundo e pus a mão aberta sobre o lado dele no colchão, fechando os dedos na coberta. Nossa amizade de confiança estava acabada com certeza.

***

Me levantei e fui para o banheiro. Já lá, me olhei no espelho e vi um roxo na minha testa, no ponto onde cai e bati a cabeça. Ainda doía ao toque, era só evitá-lo. Molhei o rosto e me olhei melhor no meu reflexo: minha boca estava vermelha com umas marcas do sangue que eu senti o gosto na noite passada. Decidi tomar um banho.

Entrei no box e abri o registro, deixando a água cair sobre meu corpo e me relaxar. O dia iria ser difícil, eu iria enfrentar Tomás ainda e teria que me preparar para ouvir o que ele tinha a dizer. Enquanto me ensaboava, escutei que ele chegava, pois o barulho da porta da frente se fez soar. Parei de me movimentar no banheiro para escutar melhor. Os passos subiam as escadas e vinham pelo corredor.

Em um momento o barulho parou e eu imaginei que ele estivesse no quarto. Ao não me ver lá, veio em direção ao banheiro, pelo menos os passos me levavam a pensar isso. Pelo vidro do box eu observei o espaçamento entre o pé da porta e o piso, uma pequena abertura de uns dois centímetros de altura acho e por lá vi a sombra de dois pés marcarem a passagem da luz. Fiquei olhando aquilo em silencio. A porta estava destrancada.

Um papel do tamanho de uma pequena carta passou pelo espaçamento da porta e ficou visível para mim dentro do box. Imaginei que era Tomás que queria me dizer alguma coisa, mas não poderia ser agora, estava banhando. Abri o registro do chuveiro e deixei a água cair sobre meu ombro, mas meus olhos ainda estavam na sombra dos pés de Tomás lá fora. Depois de ouvir a água cair, ele voltou a andar para a sala. Eu voltei a banhar normalmente, mas o barulho da porta da frente soou de novo. Alguém acabou de entrar ou sair. Decidir verificar.

- Tomás? – gritei do banheiro.

- Oi? – ele respondeu da cozinha.

- Nada!

Ele não havia saído de casa de novo. Era outra pessoa. Os passos voltaram a soar nas escadas e a sombra foi se aproximando de novo. Abri a porta do box e fui desesperado trancar a porta do banheiro. Peguei no ferrolho e girei-o, fechando a porta. Nessa mesma hora os pés fazem sombra no espaçamento e eu vejo a maçaneta girar. Meu coração estava a mil.

- Adam? – era Tomás.

- Oi? – tentei não me mostrar assustado.

- O que era? – ele continuou.

- Nada, eu pensei que minha toalha não estava no banheiro, mas estava atrás da porta.

- A tá...

- Pode voltar agora – disse frio.

Ele não respondeu. Apenas saiu do corredor e voltou para a cozinha. Eu fiquei em pé, no tapete, escorrendo e molhando-o enquanto o chuveiro estava aberto. Voltei no box, terminei de me enxaguar rápido e fechei o registro. Sai, me enxuguei e enrolei a toalha na cintura. Olhei para o pedaço de papel que realmente era uma carta e peguei-o. Não havia remetente nem nada. Apenas uma carta em branco lacrada. Resolvi não abri-la agora. Misturei-a no meio da roupa suja e peguei o ‘bolo’, levando no meu braço esquerdo. Olhei mais uma vez para o espaçamento da porta e não havia sombras lá. Destravei a porta e abri.

Quando abri a porta e saí dei de frente com uma pessoa baixa, na altura do meu ombro. Era evidentemente uma garota. Não vi ela vindo naquela direção e acho que nem ela me viu porque agora ela estava com o nariz encima do meu peito nu e semi molhado. Eu me afastei e ela também, estava meio estranho a situação.

- Desculpa – ela começou. Aparentava ter a minha idade e era linda.

- Não, foi culpa minha, eu não te vi, desculpa.

Eu estava vermelho e ela também, mas ela não parava de olhar para um corpo semi nu. Que garota safada!

- Achou o banheiro Andy? – perguntou uma voz de um rapaz vinda das escadas. Um garoto aparentado com ‘Andy’ entrou no corredor e nos viu naquela situação.

- Sim... – ela disse com vergonha.

- O que aconteceu aqui? – ele perguntou sorrindo e me olhando dos pés à cabeça. Só pode ser irmão dela para poder ser descarado assim.

- Eu não vi ela vindo e esbarrei nela, só isso – me expliquei – Pode entrar – falei para ela.

- Não conseguiram achar? Mas é tão simples! – outra voz subiu as escadas e dois saltos vermelhos despontaram no corredor – Pelo visto encontraram... – ela falou, mas eu também senti que ela me olhava como os outros. Será que eu estou nu? Só pode...

- Chris... – falei.

- Adam – ela respondeu.

- Espera Chris! – respondeu Tomás subindo as escadas, mas ao me ver ele percebeu tudo – Pois é...

Nada me prendia naquela casa mais, nem Tomás. Eu estava pronto para sair assim que estivesse vestido. Caminhei em direção ao quarto, passando pelo rapaz que me comia com os olhos e, se eu não me engano (e tomara que eu tenha me engando), Chris também parecia ter desejo no olhar. Eu, nojo.

Entrei no quarto e fechei a porta. Tudo que acontecesse lá fora não era meu assunto agora.

Continua...

Bem, o próximo capítulo deve sair entre Quarta e Quinta feira. Não percam! Um abraço e até a próxima!

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