Capítulo Cinquenta e Sete / Quarta Temporada (04x08)

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Olá leitores. Venho aqui postar mais um capítulo e avisar que amanhã estarei saindo em uma viajem de uma semana. Voltarei domingo se tudo der certo. Quando voltar, escreverei o capítulo que terei que postar e postarei na segunda ou data equivalente. Depois viajarei por mais um tempo, dessa vez bem maior, mais de quinze dias. Desculpem-me desde já, se puderem.

"Biel": você confundiu o beijo: foi entre Adam e David e não com Diego. Diego é o doutor amigo de Tomás. Obrigado.

"Martines": Diego é o doutor amigo de Tomás. Obrigado.

"Billy": sim, entendo perfeitamente como se sente. Algumas histórias fazem o mesmo comigo. Esperarei você se preparar piscicologicamente para o fim, não se preocupe. Obrigado.

"Niss": só corrigindo o que você digitou: não foi Diego quem disse que David costuma magoar seus namorados, foi Tomás. Diego nem conhece David assim tão bem. Obrigado pelo seu comentário.

"Flip": kkkk Chris é imortal HAHAHAHAHAHA... Brincadeira, só para descontrair mesmo. Obrigado.

"Neko": foi minha intenção que você pensasse esse "BEIJA, BEIJA, BEIJA...". Na verdade, eu estava escrevendo uma nova história, mas como meu pen drive resolveu me deixar na mão, perdi tudo e não tenho ideia de como reffazer tudo. E eu adoro fazer vocês imaginarem malícias entre os personagens kkk Obrigado pelo comentário.

"Ramom": vocês não são os vilões do meu conto. Vocês apenas dizem aquilo que aflinge o peito de muitos que se mantem calados para me agradar. Não julgo vocês que me criticam pelo meu bem. Acredite, apenas me desvalorizo ao ver que não estou me empenhando como poderia. Obrigado.

"Nick": kkkk amei seu comentário. Pequeno, mas agradável. Todos ainda vão conhecer a Chris. Sobre o capítulo estar bom, vou comentar algo a respeito já já.

"Matheus": obrigado pelo seu comentário. É bom imaginar finais felizes assim. Mesmo que o verdadeiro final que eu crie não o satisfaça, a sua mente já terá algo preparado para você.

"GibGab": explicarei a situação do meu pen drive aqui abaixo. Não vou comentar sobre as suas dicas de como melhorar o meu desempenho, depois faço isso com você. Mas, esse final me chamou atenção: Faça sem pressa e com carinho, como se estivesse tocando pela primeira vez em alguém que você ama. Foi uma boa comparação GG, sério mesmo. Obrigado por tudo.

Como eu disse no capítulo anterior:

* Disse que o capítulo de hoje estaria muito bom. Fiz algumas mudanças nele. Não tenho certeza de que está mesmo.

* Meu pen drive realmente me deixou na mão, para quem não sabe.

Agora o cap.

Capítulo Cinquenta e Sete (04x08)

...Só queria fugir.

Fugir, fugir e fugir.

- Adam! – ele me chamava.

Quando isso tinha se tornado frequente para mim?

- Adam!

Nem eu mesmo sabia.

- Fala Tom! – falei me virando abruptamente para encará-lo.

Ele parou e me encarou de volta...

Estávamos os dois parados um de frente para o outro no hall de entrada do HPR. Eu olhava um pouco mais para cima e ele um pouco mais para baixo, devido ele ser um pouco mais alto que eu. O movimento já não era tão corriqueiro e ainda consegui reparar que os pais de Caíque já não estavam mais lá.

- Não vai dizer logo o que você quer?! – falei um tanto grosso.

- Ah... Eu só não queria que você saísse desconfortável daquela situação...

- É só isso? Ótimo! Agora preciso ir... – falei já me virando de costas e abrindo a porta de vidro que estava a algumas palmas de mim.

Passei pela porta e notei que ele vinha atrás, insistindo em chamar minha atenção.

- Por favor, não aja tão rude assim. Deixa eu te explicar melhor.

- Tudo bem, pode falar, sou todo ouvidos – na hora eu realmente era.

- Você estava beijando meu primo e eu não me importo com isso, até por que ele também é gay. O problema é Bruno. Você sabe do que eu estou falando.

Bruno! Era verdade!

- Ah, droga! – sussurrei comigo mesmo relembrando que Bruno era meu ‘namorado’. Mesmo que ele estivesse com Chris agora, ainda me sentia sujo.

- Por isso eu queria que você relevasse seu relacionamento com ele.

- Você está certo – falei deixando transparecer o quão cansado eu estava – Fui um idiota.

- Você está gostando mesmo de David? Ou melhor, você gosta do Bruno?

Pensei bem antes de me atrever a responder uma pergunta dessas.

- Eu gosto do Bruno sim... – nenhum de nós dois estava acreditando que eu estava me abrindo desse jeito – Mais do que David. Seu primo... Me agarrou a força praticamente!

- Você não parecia ter achado ruim...

- Não consegui me controlar... – pausei – Ai que vergonha... Raiva! Raiva de mim mesmo!

- Não precisa tanto. Essas coisas acontecem.

Não ia ficar escutando conselhos amorosos de Tomás.

- Quer saber, chega desse assunto. O que eu quero e vou fazer agora é comer. Estou morrendo de fome! – falei e saí andando pela calçada, deixando Tomás lá.

- Vou com você – ele disse me acompanhando – Estou com fome também.

Não respondi a essa justificativa. Continuei andando pela calçada por uns cinco minutos até avistar do outro lado da rua um aglomerado de barracas com alguns fregueses nelas. Era ali mesmo! Atravessei a rua assim que o trânsito cessou e segui para uma das barracas, em especial uma que trazia um cartaz com um recado escrito bem grande: temos acarajé.

Amo acarajé!

Sentei em uma cadeira de uma mesa vazia e Tomás, que vinha sempre ao meu lado, sentou-se à minha frente. Nos olhamos rapidamente e o silencio continuou até o momento em que o atendente apareceu pedindo nossos pedidos.

- Um acarajé, por favor – pedi.

- Dois – completou Tom.

Logo o rapaz se retirou e agendou nossos pratos. O cheiro no local era muito delicioso e minha barriga só urrava cada vez que eu via um lanche sendo carregado entre as mesas. Fiquei assim até Tom me tirar de meus pensamentos gulosos.

- O cheiro está tão bom não está?

- Sim... – limitei-me a dizer.

- E então? Não vai me explicar o porquê que você queria que eu ligasse para Chris?

- É besteira da minha cabeça.

- Por favor, me conta... – ele fez uma carinha de cachorro pidão que eu não pude me segurar. Sorri o mínimo que consegui – Tão bom ver você sorrindo de novo... – lá vem ele com esses papos estranhos.

- Ok... – tentei iniciar de um ‘começo’ – A algum tempo eu venho me sentindo estranho com Bruno. Primeiro ele era um amor de pessoa, mas depois ficou abusado. Me agarrou lá em casa naquela noite... – pausei e olhei nos olhos de Tomás. Ele não ria nem piscava. Só me olhava – É muito estranho falar isso para você – eu disse meio que sorrindo.

- Não há porque se sentir estranho. Somos amigos não somos? – ele perguntou seriamente. Eu olhei para ele sem nenhuma expressão, esperando ele afirmar que nós ainda éramos amigos – Quer dizer, pelo menos éramos...

Fiquei olhando para ele mais um instante, sem dizer nada, apenas olhando os seus olhos. A verdade que eu pude ver naquele momento era que eu queria, do fundo do meu consciente, que ainda fossemos amigos. Queria me sentir próximo dele, mesmo depois dele ter omitido suas pesquisas sujas com relação a mim.

- Na verdade, eu... – comecei a falar, mas parei sem um porquê. Acho que ainda me sentia atraído por aquele verde chamativo da córnea dele.

No instante em que iria continuar a falar o atendente chegou e parou ao nosso lado da mesa. Não vou mentir que ele era bonitinho. Até demais.

- Dois acarajés, estou certo? – ele perguntou segurando uma bandeja com dois acarajés abertos, cada um em um prato. Portava um sorriso lindo.

- Meu amigo, mesmo que não fosse, ponha logo aqui na mesa por que senão vou voar nessa bandeja – eu falei e todos sorrimos.

- Tirou as palavras da minha boca. Já ia dizer isso – respondeu Tom.

- Quem demora muito perde a vez – respondeu o atendente dando uma picadela para mim e se retirando.

Tomás olhou para mim e eu fiz o mesmo. O cara era um ousado.

- Isso foi uma resposta ou estou enganado? – ele perguntou para mim.

- Se foi, não foi para mim. Tenho certeza.

Ele provou um pedaço da comida.

- O que você ia me dizer ainda a pouco mesmo? – disse ele.

Rapidamente eu coloquei um pedaço na boca também, impedindo que eu respondesse alguma coisa referente à sua pergunta.

- Está delicioso não é? – comentei com uma das mãos na boca.

- Está mudando de assunto?

- Não. Esquece aquilo.

- Tudo bem.

Continuamos comendo e logo os pratos estavam limpos. Eu ainda estava com fome, mas não disse nada a Tom. Ele me olhou uns instantes e depois assoviou para o atendente, acenando para que ele se aproximasse. Assim aconteceu.

- Sim? – eu não conseguia esquecer a resposta que ele tinha dado a Tomás e comecei a sorrir comigo mesmo.

- Mais dois vatapás – disse Tomás. Meu sorriso sumiu na hora.

- Como assim? Para que isso?

- Para você comer.

- Eu não pedi nada!

- Sua cara de fome é inegável.

- Não estou com fome! – disse para Tom e me virei para o rapaz – Não vou comer nada, ok?

- Então cancelo o pedido?

- Não, mais dois vatapás – insistiu Tomás.

- Nem pensar, não vamos comer mais nada.

- Cancelo ou não?

- Não. Vá logo, vá – disse Tom empurrando ele para que saísse da mesa. Algumas pessoas sorriam da cena.

- Eu não estou com fome, Tom!

- Então porque que você não parava de olhar o vatapá da senhorinha aqui do lado? – ele disse se referindo a uma idosa na mesa ao lado da nossa. Ela olhou para nós.

- Eu não estava olhando pro prato de...! – desisti de brigar com Tom e me virei para ela – Olha, minha senhora, eu não estava olhando para o seu prato – um homem lá atrás gargalhou da situação.

- Estava sim. Eu vi – afirmou Tomás para ela – Quase babou um pouco.

- Mentira! – eu não conseguia segurar o sorriso.

- Você quer provar um pouco? – perguntou a senhora.

- Até a senhora?! – me fiz de vítima.

- Meu jovem, se o moço gatinho quer pagar algo para você, deixa. Quem dera eu tivesse um cavalheiro que pagasse as coisas para mim...

- Não se preocupe, sempre haverá homens interessados. A senhora ainda é bonita – disse Tomás.

- Ah, você é um amor... Como você pode brigar com ele? – ela perguntou para mim.

- O que?!

- Eu acho que ele ainda está com fome – comentou uma mulher de outra mesa. Todos sorriram.

- Será que ninguém vê que eu sou a grande vítima dessa história?!

- Claro que é. Todos sabemos disso – Tomás disse – A fome faz isso com as pessoas.

- Mas eu não estou... Quer saber? Vou me calar. Ganho mais assim.

- As pessoas gostam de ouvir a sua voz Adam – disse Tom.

- Claro que gostam. Só observo vocês – falei olhando para todos no pequeno salão.

Risos e mais risos.

- Ele sempre foi dramático, sabe – comentou Tom com a senhorinha ao lado. Ela sorriu alto.

Os vatapás chegaram e o rapaz estava sorrindo também.

- Até você? – as pessoas voltaram a sorrir – Não vai ganhar gorjeta – falei brincando.

- Só estou fazendo meu trabalho kkk – e se retirou.

Eu não demorei e provei do vatapá. Estranhei o silencio absurdo que fazia.

- Calma Dan, coma mais devagar – comentou Tom e tudo se tornou risadas.

- Não vou comentar nada. Melhor comer mesmo – disse e finalmente pudemos comer.

***

Enquanto comíamos, um senhor pediu permissão para se sentar com a senhorinha. Ela deixou e nos olhou. Piscou para nós e nós piscamos para ela. Sorrisos. Logo depois Tomás e eu terminamos de comer e a senhorinha também. Ela se levantou da mesa ao lado junto com o senhor e parou de pé na nossa mesa. Percebi que todos pararam para prestar atenção.

- Como estava o vatapá? – ela perguntou para mim.

- Bonzinho... Não estava com fome mesmo – falei sorrindo.

- Alguém vem conferir como o prato dele está limpo – falou Tomás. Mais risadas.

- Advinha quem pagou a conta – disse a senhorinha para Tomás.

- Eu tenho certeza de que sei quem foi.

- Por que é que não estou entendendo o que está acontecendo? – perguntou o senhor alegre.

- Liga não, eles estão compactuando desde quando eu cheguei aqui – falei para o senhor.

Eles foram embora. Tomás pediu a conta e acabou pagando tudo.

- Estou tão cheio que acho que vou passar mal – brincou Tom.

Voltamos andando para o HPR. Mais uma vez estávamos calados. Porém, diferente de antes, o clima estava bem mais amigável e eu gostava daquilo. Gostava de me sentir confortável. Quando estávamos quase chegando na porta do hospital, aconteceu.

- Dan... – ouvi a voz fraca de Tomás me chamar a alguns passos atrás.

A mão dele ainda tocou no meu branco. Estava gelada e suada. Quando me virei para olhá-lo, já não havia mais tempo. Ele já estava tombando. Levei minha mão no reflexo para tentar segurá-lo, mas só alcancei a camisa, que acabou rasgando. Ele caiu na escadaria do hospital.

- Tom? – como achei que aconteceria, não houve resposta.

Ao contrário, pude perceber que uma gota vermelha escorria pelo pescoço dele e pingava devagar no concreto. Logo depois as gotas aumentaram a velocidade e uma poça de sangue se formava sobre a escadaria principal do HPR.

Continua...

Até semana que vem e um abralo!

Comentários

Há 9 comentários.

Por diegocampos em 2015-12-25 17:37:24
Capitulo muito bom espero que o fique tudo bem ansioso para o próximo
Por Viihtinho em 2015-12-23 01:26:56
Aí o que será que aconteceu??Ancioso pelo próximo capítulo!! Quero ver no que vai dar *u*
Por lipinho em 2015-12-22 18:29:30
Aí meu Deus agora é o Tomás espero q o Tom fique bem pois os dois formam um casal lindo
Por Um alguém em 2015-12-22 03:12:39
Eu li todo o conto nessa madrugada mesmo, eu gostei muito, parabéns, sua imaginação é extraordinária, criei uma conta apenas para lhe dar parabéns e pedir que um final suficiente para meu heart kk, e é isso, kk até breve.
Por Neko7 em 2015-12-22 01:37:24
Esse Tomás não existe... kkk. .. e és super fofo, virei fã dele e da senhora nesse cap. Esse final me buguo de novo, mas como você disse, você gosta de brincar com nossas mentes. E Sinto muito pelo pen drive!
Por hamilet$ em 2015-12-21 22:51:21
estou amando a serie. desde o inicio eu acompanho ela e não vou para agora, continua assim.
Por Martines em 2015-12-19 11:50:19
Muito bom, estranho o jeito do Tomás desde o início da história, mas fazer o que. Também vi que sua linguagem para eles mudou muito, isso foi bem estranho, mas continua me endoidando. A parte que termina o capítulo me estranha, pois não sei se foi por causa da camisa que cortou o pescoço de Tomás ou foi outra coisa? E por fim, sentiremos sua falta e BOA VIAGEM...
Por Niss em 2015-12-19 02:03:07
Desculpe pelo erro. Nossa esse capítulo foi muito bom hahaha. Tirando a última parte, o que será que aconteceu? Espero que fique tudo bem... Kisses, Niss.
Por Billy em 2015-12-19 01:42:33
MASOQ??????? TÔ PASSADO COM ESSE CAPITULO!!! Espero que o Tom não morra pq aí não vai ter mais graça :/ tô mega ansioso pro próximo :3 bjão :*