Capítulo Cinquenta e Nove / Quarta Temporada (04x10)

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Gente, eu finalmente consegui terminar o capítulo. Cheguei há uns dois dias e terminei agora.

"Um Alguém": kkkk obrigado pelo comentário.

"Martines": essa pergunta ainda vai fazer parte importante da série: Qual é o verdadeiro Tomás?

"Elton": kkkk espere.

"Niss": vá com calma nas suas conslusões. É só o que digo.

"Menino Pro Noctem": um nome meio exótico, não é mesmo, Arthur? kkkk Sabia que fui no show do A-ha? Foi ótimo mano. Obrigado. Que Deus lhe dê em dobro tudo que me desejas.

"kurosaki": muito obrigado pelo comentário. Alegrou meu dia! Porque desistiu da série que estava escrevendo? Pode continuar, não quero ser motivo de desanimos.

"lipinho": que desespero é esse? kkk

"Mirandinha": obrigado pelo comentário.

"Iki": muito obrigado pelo comentário. Você terá suas respostas e eu não deixarei a série sem um final, pode ter certeza.

"Ramon": obrigado por esperar.

"Genoom": já li muito sobre essa hipótese kkkk

Agora, o cap.

Capítulo Cinquenta e Nove (04x10)

...Ela se calou e eu também. O assunto estava morrendo ali. Mas ainda havia algo que eu precisava saber. Ou achava que precisava.

- E Tomás? Como ele está?

Ela ficou mais triste ainda...

- Tia Bárba...

- Ele não teve a mesma sorte que você, meu filho...

Na mesma hora eu imaginei: Meu Senhor, o Tom morreu! Mas achei que ela deveria estar mais acabada para alguém que acabou de perder um filho.

- Como ele está?

- Está dormindo ainda. Sem previsão para acordar. Está quase em estado de coma.

- Mas como é possível? Eu passei mal junto com ele, porque eu acordei primeiro?

- Na verdade vocês dois sofreram dos mesmos problemas. Só pode ter sido algo que ingeriram. Mas ele ingeriu mais contaminantes do que você.

- Contaminantes? Comemos algo contaminado, é isso?

- Não exatamente – ela andou até os pés da mesa e pegou uma planilha – Você e meu filho tinham doses altas no estomago de três medicamentos fortes: o flunitrazepam, o ácido gama hidroxibutírico (GHB) e a cetamida. Eles são conhecidos como “rape drugs” ou dogas de estupro.

- Mas isso é o Boa Noite Cinderela.

- Essa é uma variação alcoólica desses medicamentos misturados como coquetel. Mas o que acontece é que Tomás tinha altas quantidades do terceiro: cetamida. Esse, em poucas doses pode derrubar um ser humano. Aliás, ele é de uso veterinário, para você ter noção.

- Então Tomás está apenas dormindo?

- Sim. Mas se ele continuar dormindo, sem poder se alimentar ou ingerir nada, acabará desnutrido e pode morrer por isso.

- Então o foco disso tudo era derrubar Tomás... Algum inimigo dele talvez.

- Ele não foi o foco sozinho. Diferente dele, você tinha altíssimas doses do segundo composto, o GHB. Esse não causa sono forte como a cetamida, ele realmente é uma droga. Tem funções alucinógenas.

- Alucinógenas? Vou andar por aí encontrando com mortos e fantasmas?

- Por que você está se referindo a mortos? Não falei que veria mortos. Essa substância fará você ver coisas que não são concebíveis para o mundo real.

- Então ver mortos é uma possibilidade, certo?

- Não sei porque acho que você já andou vendo coisinhas por aí.

Não respondi.

- Por isso eu aconselharia a não sair do hospital até o efeito passar.

- Não posso ficar aqui tia, tenho que ver minha irmã – falei me levantando da cama.

- Escute o que eu estou te falando – ela disse com a mão no meu peito – Você não está em condições mentais de sair andando pelas ruas. Será melhor que fique no perímetro do Hospital.

- Desculpe, mas eu não posso.

Ela ficou me olhando. Eu beijei a testa dela e passei pelo seu corpo deixando-a olhando para o lugar onde eu estava. Peguei minhas coisas que estavam em uma mesinha ao lado da cama e estava pronto para sair.

- Você tem discutido com Tomás ultimamente?

A voz dela faltou ecoar pela sala. Esperava por algo, algo que me salvasse, não sei. Mas esse algo não veio. Me virei para vê-la.

- Como é?

- Ele te ama Adam! – ela disse se virando para mim.

O que?

- O que? – eu disse sem acreditar.

- Você está me ouvindo, não está?

- Tom... Me ama?

- Do que você está falando? – ela fez cara de confusa.

- O que você disse para mim?

- Perguntei se você discutiu com Tomás – ela disse e eu fiquei esperando ela dizer a outra frase – Por que você perguntou se Tom o ama?

- Pensei ter escutado você dizer isso...

- São as alucinações provavelmente – ela fez uma pausa – E então? Discutiram?

- Porque a senhora quer saber isso?

- Por que ele sussurrou seu nome ontem à noite enquanto dormia.

- Sussurrou? – meu coração acelerou com essa notícia. Eu não posso deixar isso acontecer!

- Sim. Disse: “Me desculpa Dan...”. Depois não disse mais nada.

- Sim, nós discutimos. Mas foi coisa leve.

- Não sinto que foi ‘coisa leve’.

- Tenho que ir, tia.

- Não vá. Já está alucinando!

- Desculpa – saí.

Já do lado de fora, me apoiei na parede do prédio do HPR e pensei em tudo que acabara de dizer a tia Bárbara. Grosso, sem dúvida. Esse não sou eu. Resolvi deixar isso para ser explicado da próxima vez que a visse e segui meu caminho a frente. Em certos momentos os rostos das pessoas que passavam por mim pereciam contorcer-se ou mostrar-se ameaçadores. Eu me assustava com certeza, mas imaginava ser minha mente me pregando uma peça.

Andei alguns quilômetros a pé mesmo até dobrar a esquina da minha rua. Algum tempo depois eu estava de frente para o portão da minha casa, onde eu encontrara Tom numa madrugada. A porta da rua estava fechada, assim como todas as janelas. Algo estranho, pois pensei que Ali estivesse em casa. Abri o portão e andei os poucos passos até a porta da rua. Dei uma batida nela, mas nem foi preciso outra. Ela se abriu, revelando a casa escura.

- Ali?

Sem respostas. Continuei andando pela sala e cozinha, observando apenas um ar pesado e escuro. Subi os degraus da escada para o andar de cima.

- Ali? – mais uma vez eu falava com o ar.

Cheguei até a porta de seu quarto. Estava entreaberta. Pela fenda observei que alguém dormia na cama dela, virado de costas para a porta e sem camisa. Era um homem. Vitor, imaginei. Empurrei um pouco mais a porta e dessa vez pude notar que uma figura esguia estava parada em pé na janela, de costas para mim, vestindo um pijama. Era Alicia.

- Por que não me responde, Ali? – perguntei enquanto me aproximava dela, relaxando meus ombros.

Quando parei ao seu lado vi em sua mão uma tesoura grande ensanguentada, manchando seu pijama e mãos. Seus olhos eram assustados.

- Que diabos é isso, Ali?! – balancei seu corpo, mas ela não se moveu.

Olhei para o corpo de Vitor na cama. Não podia ser verdade, aquele não podia ser ele. Mas eu conhecia aquela pele branquinha e os ombros esticados eram dele com certeza. Me aproximei da cama e toquei na pele dele. A fria pele dele. Logo após o lençol seu intestino se espalhava pelo colchão próximo a ele.

Senti meus olhos travarem de tantas lágrimas. Me virei para Alicia.

- Que diabos...

Nem pude terminar. Ela pulou encima de mim e tentava desesperadamente me dar o fim dado a Vitor.

- Adam?! Adam! – era a voz de Ali.

Eu estava sentado no chão, escorando as costas numa parede do quarto que reconheci ser o de Alicia. Ela segurava meus pulsos, os quais eu relutava a soltá-los das mãos dela, mesmo depois de ver que era minha irmã na minha frente.

- Adam? – ela forçou mais um pouco para poder me segurar – Você está bem?

Até que eu estava, mas no momento não reconhecia aquela pessoa como alguém confiável. Então aquela figura se mostrou visível para mim. Aquele corpo sem camisa, com rasgos na altura do abdômen e vísceras a mostra. Gritei, ou pelo menos pensei ter gritado. Dessa vez aquela garota que me segurava não pode mais me conter e eu me soltei dela, ficando de pé em um canto do quarto.

- Deixa que eu o seguro, Ali – disse aquele rapaz vindo para cima de mim.

Me pressionei contra a quina da parede em busca de me defender dele, mas não tinha como e todos nós três sabíamos disso. Suas mãos tocaram primeiro meus braços, mas não eram eles que ele queria segurar. Foram se arrastando, tentando chegar nas costas enquanto eu tentava impedir. Ele me abraçou, me prendendo. Estava imóvel. Mas o intestino dele agora tocava em mim, sujando minha roupa de sangue. Tentei empurrar suas ‘tripas’ para longe de mim e logo minhas mãos e braços estavam melecados de sangue. Senti nojo.

- Se acalme, Adam – sussurrou a voz da figura no meu ouvido direito – Calma...

Por algum motivo meus batimentos se amenizaram e eu estava me tranquilizando, alí, nos braços de um ‘estranho’.

- Vitor? – minha voz amedrontada resolveu sair.

- Sim, amigão. Sou eu. Relaxa...

Passados alguns minutos eu finalmente parei de resistir de todas as formas e ele parou de me apertar com tanta força. Admito que já estava ficando sem ar.

- Senta ele aqui na cama – disse a verdadeira Alicia, a minha irmã, apontando para a cama dela perfeitamente arrumada.

Vitor me soltou, mas ainda me segurou nos ombros. Me olhou fundo nos olhos.

- Consegue andar?

Fiz que sim com a cabeça e ele me ajudou a chegar até a cama mesmo assim. Sentei-me e fiquei olhando para o nada por uns bons segundos. Alicia sentou-se ao meu lado. Vitor ficou em pé, à nossa frente.

- Está melhor agora? – perguntou ela a mim, com a voz suavizada.

- Sim...

Ela tocou minha mão e uniu-a a dela.

- O que aconteceu realmente? – ela questionou.

Então lembrei de tia Bárbara me dizendo sobre minhas possíveis alucinações. Fiz alguma besteira, tenho quase certeza.

- Primeiro me diga o que foi que eu fiz. Estou com medo do que vou escutar.

Ela olhou para Vitor, suspirou e disse.

- Você bateu na porta ainda a pouco. Eu estava descendo para atender, mas você já havia entrado. Porém não me respondeu quando falei com você. Parecia que estava procurando por alguém, mas eu estava ali na sua frente – ela disse e buscou respostas nos meus olhos. As quais não teria – Você continuou seguindo para o corredor e escadas, sem me escutar. Me preocupei e corri na frente para chamar Vitor. Foi quando você entrou em nosso quarto. Não era você, eu vi.

- Você ficou olhando para mim deitado na cama. Estava me vendo não estava? – perguntou Vitor, chamando nossa atenção.

- Sim.

- Então você passou a olhar algo na janela. Não sabíamos o que era, não havia nada lá.

- Estava falando com você. Você estava na janela.

- Nós percebemos que era comigo. Você me chamou enquanto olhava para ela. Mas depois você se assustou com alguma coisa, não sei o que.

- Era uma tesoura na sua mão. Estava ensanguentada – respondi me lembrando.

- Uau... – foi o que ela disse.

- Aí depois você veio em minha direção – falou Vitor – Pegou no meu ombro e se assustou ainda mais...

- E quando fui tentar pegar em você para perguntar o que estava acontecendo, você se debateu e tentou fugir. Foi quando segurei seus pulsos e você pareceu acordar de um transe.

- Na minha cabeça, você tinha pulado em mim e estava tentando me matar com a tesoura.

Pensei por uns segundos. Depois levantei os olhos para o abdômen nu de Vitor. Estava inteiro e perfeito. Até toquei para ter certeza de que não era outra ilusão. Não era. Vitor ficou me olhando.

- Tem alguma coisa errada? – ele me perguntou.

- Sua barriga estava toda recortada. Seu intestino estava caído pela cama – fixei a mão num ponto específico da barriga dele, depois tirei.

- Eu havia matado ele? – Ali estava horrorizada.

Assenti.

- Depois você mandou Vitor me segurar – continuei – Ele veio para cima de mim com as vísceras para fora – engoli – Elas estavam se esfregando em mim – olhei minhas mãos – Tive que... empurrá-las para longe de mim... – me arrepiei.

- Ah... – disse Vitor com o rosto avermelhado de vergonha – Não eram as minhas ‘tripas’ que você estava ‘empurrando’...

Que meda!

- Desculpa, Vitor. Sério, eu não sabia.

- Tudo bem.

Ficamos dois segundos em silencio.

- Então, o que você tem mesmo? A tia Bárbara ligou antes de você chegar. Avisou que se você viesse aqui, poderia estar agindo estranho. Não pensei que fosse assim tão ruim.

Pigarreei.

- Estou alucinando, Ali.

- Como assim?

- Alucinações. Estou nas mãos da minha cabeça louca agora.

Continua...

Acabou por hoje e até o dia em que eu conseguir terminar o próximo kkk

Até mais.

E-mail: gab.salvatore@outlook.com

Conta no Kik: Gab Salvatore ou salvatorely

Comentários

Há 5 comentários.

Por lipinho em 2016-01-21 23:41:11
Gostei desse capítulo pq me fez rir um pouco pois lembrei que quando tinha febre eu ficava tendo alucinações muito esquisitas iguais a do Dan. Espero que Tomás acorde logo e descubra quem drogou eles. Salvatore este seu conto fica melhor a cada capítulo parabens
Por Niss em 2016-01-20 02:21:44
Nossa... To chocada! Bege! Como é que tu faz isso comigo?! Minha nossa senhora da netflix... Te juro que eu quase gritei quando a Bárbara disse que o Tom amava o Dan... Foi tão broxante! Enfim. Daí vem essa parte que ele chega em casa e começam as alucinações "Meu pai! É agora!" Quem sera que fez isso??? Noss.. Quero só ver... Espero pelo próximo. Kisses, Niss.
Por Iki em 2016-01-20 01:42:28
Quero mais, quero mais.... I love you
Por hamilet$ em 2016-01-19 15:34:06
Até que emfim em moço. Todo hora vinha ver se você já tinha postado. Amei o capitulo e continuarei lendo essa serie que eu estou lendo desde o inicio dela. Continua querido e pelo o amor de Deus, não mim deixa ansioso de novo não. Leia a minha serie "Cartas a Romeu" kkkkkkkk
Por Nando martinez em 2016-01-19 13:44:12
Nossa tenso mas otimo