Capítulo Cinquenta e Dois / Quarta Temporada (04x03)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Tudo bem com vocês meus leitores?

“Niss”: eu precisei fazer isso, me desculpe...

“GibGab”: você não está interessado no meu abraço?! Magoou... Um abralo pra você então!

“Flip”: vou estar esperando pela festa dos fogos, não que isso signifique que ela irá morrer

“Henry”: minha série é sambante? Ri muito com essa kkkk

“Nick”: paciência é uma virtude kkk Tenha calma...

“Doce Anjo”: obrigado por comentar!

“diego”: todos estão esperando que tudo se resolva, mas será que se resolverá?

“Edu”: sinto muito...

“Lycan”: senti alguém se apaixonando pelo Dan? Kkkk

“Sammy”: anjo? Dan? Boa hipótese... Digamos que Tom tem um sentimento meio reservado, se é que isso faz sentido para você kkkk Essa Chris ainda vai dar o que falar... Sobre o bilhete, espere e verá.

Deixa eu postar logo esse cap. esperado.

Capítulo Cinquenta e Dois (04x03)

...entrei no quarto e fechei a porta. Tudo que acontecesse lá fora não era meu assunto agora...

Mesmo dentro do quarto não conseguia ouvir o que se passava lá fora. De certo modo isso me preocupava porque Chris estava lá e algo nela me diz que é muito perigosa para poder brincar. Decidi adiar meu encontro com ela de novo e fui vestir-me. Peguei uma trouxa de roupa que tinha na casa do Tomás de reserva e vesti, guardando a carta dobrada no bolso da minha calça.

Aqueles dois não saiam da minha cabeça. A menina é linda e o rapaz tal qual, aparentemente irmãos. Logo me informaria quem eram. Se Tomás teve coragem de fazer aquilo comigo eu poderia esquecer um dia o amor que senti por ele e tentar de novo. Destravei a porta do quarto e não havia ninguém no corredor, nem mesmo Andy, a garota, estava no banheiro. Desci as escadas.

Na sala não encontrava-se nenhuma pessoa. Seria a hora perfeita para ir embora e evitar o furacão que era Chris. Andei em direção à porta e, me certificando de que estava com o celular no meu bolso, peguei na maçaneta e abri a porta. A forte luz do sol cegou meus olhos, fazendo com que eu não visse o rapaz na minha frente e esbarrasse nele.

Quando meus olhos se ajustaram e eu vi quem era, sorri e ele sorriu de volta, mostrando dentes lindos.

- Acho que você tem um complexo por esbarrar nos outros não é? Ou é só com minha família? – ele perguntou.

- Não, não. Não sou tão desajeitado assim... – falei e sorri – Quer dizer então que Andy é sua irmã?

- Sim.

- Ah, o rosto de vocês realmente se parecem bastante. Eu não me pareço tanto assim com minha irmã...

- Então você tem uma irmã? – ele mostrava-se muito interessado.

- Sim, mas vá com calma, ela já tem namorado kkk – tentei fazer uma graça.

- Não preciso ir com calma, não é nela que eu estou interessado – ele disse com um olhar penetrante.

O folego se perdeu dentro de mim e eu senti ele ‘começar’ a se aproximar quando alguém atrás dele puxava assunto conosco. Andy.

- Não vamos entrar? – ela perguntou.

- Claro! – disse o rapaz.

- Na verdade eu já estava indo embora...

- Nem pensar – interveio Andy – Almoce conosco hoje. Seria de grande prazer – ela falou com duplo sentido, estava óbvio.

- Não sei... – tentei escapar.

- Ela está certa – apareceu mais uma voz atrás de mim. Chris – Almoce conosco hoje, vai ser uma alegria pra gente – ela falou sorrindo já me puxando.

***

Chris foi andando na minha frente. Depois veio eu, Andy e o irmão dela por último. Entramos todos na cozinha e Tomás estava à beira do fogão, preparando o ‘nosso’ almoço. Chris foi logo pro seu lado enquanto que os irmãos se sentaram à mesa. Eu fiquei em pé do mesmo jeito que havia entrado.

- Oi meu amor – disse Chris beijando a bochecha de Tom. Mesmo eu estando sentido com Tomás, senti algo a mais se quebrar dentro de mim.

Ele não respondeu apenas deu os últimos preparos no que estava fazendo, que por sinal eu não consegui identificar, e pôs no forno. Depois virou-se para nós. Seus olhos rapidamente encontraram-se com os meus: ele nem conseguia me olhar direito e eu fazia pouco caso dele.

- Não vai se sentar Dan? – perguntou Chris sorrindo diretamente para mim. Algo estava errado.

- Eu realmente iria embora... – tentei.

- Não, nem me fale mais nada, você vai comer aqui e pronto – disse Andy – Não é Tom?

Ele apenas sorriu e voltou a me olhar.

- Vem se sentar – pediu o rapaz.

Eu cedi e fui caminhando para a mesa. Chris e Tomás permaneceram afastados de nós, mas estavam atentos ao que estava acontecendo. Antes de me sentar, Chris tomou a voz.

- Não vai apresenta-los Tom?

Ele sorriu e disse:

- Adam, esses são meus primos Andy e David. Eles vieram passar uma semana comigo aqui em casa. Andy e David, esse é meu amigo, Adam.

Nós sorrimos uns para os outros.

- Já tivemos o prazer de nos conhecer ainda a pouco – disse David com certa ambiguidade, olhando diretamente para mim.

Começamos uma conversa gostosa entre todos, mas qualquer um que conheça minimamente eu e Tomás saberiam de cara que algo estava errado e eu tinha certeza que Chris estava bebendo dessa fonte, pois seu sorriso estava estampado até nos cotovelos. Foi então que Tomás anunciou que tudo estava pronto para almoçarmos e todos se levantaram e foram lavar as mãos e se servir. Eu preferi ficar mais atrás e esperei que todos tomassem dianteira. Tomás também esperou.

Enquanto Chris e os irmãos serviam seus pratos, eu os olhava do lugar onde estava e Tomás estava a dois metros de mim, observando-os também, julguei. Olhei-o por um momento e me deparei com seus olhos me analisando fixamente. Meus olhos entraram na linha dos dele e pela primeira vez em horas eu pude ver direito aqueles verdes campos. Ele estava sério e, quando viu que eu olhava-o, vacilou a visão e desviou para baixo. Eu permaneci olhando-o. Logo ele voltou a me olhar, mas dessa vez ele não fugiu, me lançou o brilho da sua pupila e eu não queria ceder também. Então ele sorriu minimamente com o canto esquerdo da boca, um sorriso tímido e tristonho, mas aparentemente sincero. Retribuí seu sorriso por educação e sorri também, sutilmente.

- Não vão se servir? – perguntou David saindo de perto do fogão e deixando o lugar livre.

- Claro – falei e agi simpaticamente, andando mais para perto da comida.

Tomás também andou e ficamos um ao lado do outro. Ele se recusou a pegar a colher.

- Por favor... – ele disse.

Eu aceitei e comecei a me servir. A situação estava tão desconfortável quanto poderia estar. Tratei logo de acabar com aquilo e terminei de montar meu prato, deixando-o sozinho e livre para se servir. Peguei os meus talheres e fui para a mesa. Tom já estava vindo também. A mesa, de 3x1, estava assim: ao lado de Chris que estava no canto, havia dois lugares vagos ao seu lado; do outro lado, David e Andy estavam sentados separados por uma cadeira vazia; nas pontas da mesa não havia ninguém.

- Sente-se aqui – disse Andy e David já estava puxando a cadeira entre eles.

- E você aqui meu amor – falou Chris apontando uma cadeira ao seu lado.

Nos sentamos onde pediram. Acabou que ficamos um de frente para o outro e nos entreolhamos rapidamente e começamos a comer. Durante o almoço os assuntos surgiam e a mesa estava até animada. Os papos entre todos estavam alegres, mesmo eu evitando de falar diretamente com Tom. Mal sabiam que por debaixo da mesa as coisas também estavam animadas. Andy roçava sutilmente sua perna à minha, mas quando olhava para ela de canto de olho ela se fazia de desentendida. Do outro lado, David não só roçava como fazia pressão entre as pernas. Irmãos descarados ao máximo!

Após algum tempo de conversa, todos estavam fartos e o sono abateu a todos. Até eu que tinha planos de ir embora estava exausto e precisava descansar. Levamos os pratos para a pia e como sempre fiz questão de lavar as louças. Assim o fiz. Eles não quiseram ir se deitar e ficaram me esperando.

Assim que terminei Tomás começou:

- Bem, na casa temos três quartos: o meu, o dos meus pais, mas eles quase nunca vem aqui então é como se fosse um quarto normal e o quarto de hóspedes. Eu vou dormir no meu quarto...

- E eu vou com você – adiantou-se Chris.

- Bem, eu não me importo de dividir o quarto de hóspedes com os garotos – sugeriu Andy, mas eu sabia que ela queria ficar comigo.

- Nada disso! – interrompeu Chris – Você é mulher e eles homens, não podem dormir no mesmo quarto. Fique no quarto de hóspedes que o David e o Adam dormem no outro.

- Okay então – ela aceitou com uma cara de desapontamento.

- Vamos nos deitar então? – perguntou David – Estou cansado...

- Vamos – disse Chris indo em direção as escadas junto de Andy.

Tomás me olhou rapidamente e depois para David. Acabamos subindo as escadas juntos. No corredor, eu e David teríamos de ir para um lado e Tomás para o outro.

- A porta está destrancada – disse Tomás.

- Valeu – disse David e foi andando para dentro do quarto. Eu ia segui-lo quando Tomás segurou meu braço e me parou.

- Ainda tenho que conversar com você. Por favor, não vá embora – ele disse sussurrando para mim.

- Se eu for, eu te aviso – disse no mesmo tom.

- Não, não vá. Eles vão embora pela tarde. Chris vai pro seu apartamento e meus primos vão no shopping. Teremos tempo – ele parecia implorar.

Eu pensei rapidamente em uma resposta, mas não achei nenhuma.

- Só diga que não vai. Vou me explicar. Você entenderá tudo – ele fez uma pausa – Eu te prometo – disse apertando suavemente meu braço.

Eu apenas assenti com o rosto e fui para a porta do quarto enquanto Tomás seguia para o dele. Quando entrei e fechei a porta me deparei com...

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Continua...

Desculpas por ter atrasado a data de postagem do capítulo, não me planejei bem. Mas pretendo postar o outro no meio da semana. Um abralo pra todos!