Capítulo Cinco

Conto de Salvatore como (Seguir)

Parte da série Um Amor de Infâcia

Mais um minha gente: esse aqui é mais um capítulo esclarecedor, para que eu não tenha que enrolar na hora que todos não querem enrolação.

"victoriana victoriano" e "Cyrus": como já disse a vocês, gosto de fazer suspense, não me odeiem por favor. Obrigado por me acompanharem.

"Arthur": cara... fiquei sem palavras. O que eu posso dizer é obrigado, porque você realmente descobriu parte da história. Sou controlador: gosto de fazer cada personagem envolvido em algo meior do que só presença. Se ele parece inativo, espere porque ele vai se revelar. Adorei sua análise detalhada de Tomás (na verdade ele foi feito realmente para ser o cara que, mesmo sem você saber se ele é gay, te aceita como você é e brinca com sua cabeça). Esse é o "pique" da história. Quanto a sua análise em geral tem alguns erros... Você está deixando passar alguma coisa que tenho certeza que antes da série acabar, você vai sacar. Para acompanhar a série você tem que abrir bem sua mente...

Agora vamos lá...

...- te vejo depois do almoço? – ouvi ele gritar no meio dos outros, mas eu não respondi nada...

Saí andando apressadamente do colégio, até o momento em que me lembrei de Alicia. Fiquei esperando ela sair, não poderia deixa-la ir só para casa, muito menos má acompanhada.

Encostei-me em minha moto e aguardei que ela chegasse.

FLASHBACK

- Pessoas como você me enojam, me humilham e o melhor seria a sua morte mesmo! – a voz estava meio abafada e ecoava pelo corredor.

FIM DO FLASHBACK

Como seria possível? Ele parecia tão preocupado comigo hoje mais cedo, então ouço ele falando isso, falando igualzinho ao meu pesadelo, como se ele tivesse me observado enquanto dormia e tivesse entrado em minha mente. Aquilo me matava.

A voz do garoto que eu gosto me dizendo isso... Espera! Tomás é o garoto que eu gosto ou o garoto que eu amo? Minha mente começava a formular hipóteses que só me entristeciam.

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Minha dúvida: Tomás é o garoto que eu gosto ou o garoto que eu amo?

Contra-ataque da minha consciência: Se você vive falando que gosta dele é porque você só gosta e não ama...

Minha dúvida: Mas então por que fico imaginando o momento em que vou namorar com ele?

Contra-ataque da minha consciência: Você fica alimentando essa esperança que não passa de desejo, pura atração sexual.

Minha dúvida: Mas então por que ele fica me cercando como se estivesse se interessando por mim?

Contra-ataque da minha consciência: Ele não está interessado em você. Eu é quem faço você pensar que ele gosta de você, só para aumentar suas expectativas.

Minha dúvida: Mas então por que ele ficou em dúvida quando seus amigos forçaram ele a transar comigo? Se ele não aceitou é por que ele gosta de mim e não quer me machucar, certo?

Contra-ataque da minha consciência: Se ele negou é porque ele é hetero e é mais um motivo para você esquece-lo.

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- Ah cala a boca, consciência do demônio... – resmunguei baixinho comigo mesmo.

Vejo Alicia vindo pelo caminho do corredor, ela está conversando com uma amiga e anda devagar. Pouco atrás dela vem Tomás e, assim que me vê, começa a andar mais rápido abrindo caminho em meio à multidão de alunos loucos para ir para casa.

- Alicia, vamos? – disse a ela que quando me viu se despediu e chegou a mim antes de Tomás.

Subi rapidamente na moto e a liguei, assim que vi que ele se aproximava. Dei uma última olhada para ele. Ele havia parado e apenas me observava. Abaixei o visor do capacete e segui em direção a minha casa.

Chegando em casa eu guardei a moto enquanto Alicia colocava o nosso almoço para esquentar. Entrei em casa limpando o rosto. Tinha derramado algumas lágrimas pelo caminho. Ele me olhou e eu apenas dei um sorriso a ela.

- Já está pronto? – perguntei.

- Sim, pode vir...

Almoçamos e ela passou todo o tempo me observando com aqueles olhos castanho-claros. Parecia que estava lendo minha mente. Acabei de comer e ela já havia terminado.

- Agora me conte por que seu rosto estava melado de lágrimas quando entrou pela porta e por que você saiu da sala de aula hoje a ponto de chorar.

Fitei ela um pouco. Não podia mais mentir para ela.

- Tenho um segredo que guardo desde meus dez ou onze anos eu acho. Ninguém sabe, ninguém mesmo, nem os pais. Vou te contar porque não aguento mais me esconder de todo mundo.

Ela apenas me olhava. Parecia que ela já sabia o que eu iria falar.

- Alicia eu... é.... eu sou... gay, isso eu-sou-gay – disse a ela e ela aliviou a tensão na testa.

- Eu já sabia, Dan... – ela disse calmamente como a nossa mãe sempre fazia.

- Já sabia? Mas como assim já sabia?

- Não sabia, apenas desconfiei. Você nunca teve jeito de homem, assim, verdadeiramente homem. Nunca te vi namorando nenhuma garota, na verdade, nunca te vi namorar... – comecei a chorar e coloquei as mãos no rosto. Ela se levantou e veio sentar-se ao meu lado – Calma Dan, não se preocupe, não vou te julgar por isso. Eu vou te apoiar, te ajudar no que precisar...

- Obrigado mana – disse entre soluços – só não conta pra ninguém está bem? Por favor...

- Ninguém nunca saberá se você não quiser... Só uma coisa: acho que Carla já sabe. Ela sempre desconfiou de você. E Vitor uma vez perguntou para mim se você era gay e eu disse que não sabia. Você deveria falar com ele sobre isso. Eu falo com a Carla, se você quiser, é claro...

- Você pode falar com ela por mim? Eu ligo pro Vitor, Ok? – disse cessando com os soluços.

Ela se levantou e beijou minha testa.

- Sempre vou apoiar o meu irmãozinho protetor...

Ela saiu e começou a arrumar a bagunça na pia. Subi para o meu quarto e liguei para o Vitor. Poxa... confessar isso ao seu melhor amigo é muito difícil.

- Alô Adam, o que foi? – disse ele do outro lado da linha.

- Tenho algo para te contar, algo que deveria ter te contado há muito tempo, mas acho que você talvez já saiba...

- Sim, tenho uma ideia do que se trata...

- Eu sou gay Vitor – ele fez uma pausa e eu até pensei que ele iria desligar o celular.

- Sim, eu já sabia Dan.

- Olha cara, me desculpa, eu sinto muito por isso, caso tenha ofendido você ou feito você passar vergonha por minha causa...

- Que isso cara. Não vou aceitar suas desculpas...

- Eu entendo. Se você não quiser ser mais meu amigo eu entendo perfeitamente.

- Não vou aceitar suas desculpas porque não há pelo o que você se desculpar. Você não fez nada de errado. Eu é que fui insensível e não pude te apoiar quando você mais precisou.

- Acredite, você foi o melhor amigo de todos os tempos. Não poderia ter escolhido alguém melhor.

- Eu vou te apoiar sempre Dan. É para eu guardar segredo?

- Sim, só quem sabe é Alicia e, talvez, a Carla, viu.

- Tudo bem. Eu vou dormir agora, então até mais tarde cara.

- Ok.

Desliguei o celular e me arrumei para ir para a casa do Tomás. Eu ainda estava receoso pelo o que eu ouvi ele falar, mas eu ainda precisava fazer o trabalho de Física e ele foi a única pessoa que se prontificou a me ajudar.

Fui ao banheiro, tomei um banho, voltei ao quarto e abri o guarda-roupa para escolher uma roupa para ir. Escolhi uma camisa de manga azul-céu, uma bermuda de brim preta com alguns detalhes azuis e um sapato verde-água. Passei o perfume e fui até o quarto da minha irmã para contar tudo: que eu ia para a casa do Tomás fazer o trabalho e sobre a minha paixão por ele. Me despedi dela, peguei a moto e fui até a casa dele.

Continua...

Comentários

Há 2 comentários.

Por Salvatore em 2015-01-15 20:15:03
Obrigado, acho que você vai gostar do que vai acontecer
Por BielRock em 2015-01-15 19:59:39
Ansioso para saber oque vai acontecer na casa do Tomás . Ainda bem que Alicia e Vitor apoiaram ele . Vamos ver no qu dá . Continua , beijos