Meio. Cap. 7:
Parte da série Acasos e DEScasos
- Tudo bem, por mim ótimo – pensa um pouco – mas será que o Max vai topar?
- Já topou, eu já falei com ele!
- Como assim, mas e como vocês sabiam que eu iria topar?
- A Ju, a gente se conhece desde que eu me conheço por gente, eu sabia que você estava tão triste com tudo isso quanto eu.
- Ok, sabichona, mas e que horas saímos dar este role pelo clube?
- Agora!
- Não, claro que não né Carla, eu preciso arrumar minha mala, como você falou hoje é o último dia, amanhã voltamos e eu não organizei nada das minhas coisas.
- Deixa isso pra depois- e pegando na mão de Juliana, a puxa – o Max já esta nos esperando. – elas saem as pressas pala porta, atravessando como vento os corredores do dormitório, passam pela piscina, e vão rumo ao bosque. Ao passarem pela piscina Samuel as avista e cutuca Fabio, eles a seguem, de longe para não serem vistos, quando elas entram no bosque eles vão atrás, mas logo as perdem de vista, Samuel vai para um lado e fala para Fabio seguir para o outro lado.
Algum tempo depois andando pelo bosque, Samuel encontra Carla e Juliana perdidas entre as árvores:
- E ai meninas, parece que se perderam, estão precisando ode um herói – ele olha para os lados – espera ai o Max não estava com vocês duas?
- Estava, por isso estamos preocupadas – começa Carla – quando percebemos que vocês estavam seguindo a gente, começamos a correr e quando nos demos conta ele não estava mais com a gente.
- Pois é, e eu me separei do Fabio pra procurar vocês e também não tive mais sinal dele.
- Que legal – desaba Juliana – o que era para ser um passeio de reconciliação, acabou virando um passeio de busca.
Eles começam a andar entre as árvores chamando tanto Max quando Fabio, sem resposta por um tempo, até que Fabio responde de dentro das árvores:
- Aqui, estamos aqui. – e aparece de dentro das árvores Fabio e ao seu lado Max – a gente acabou se topando e viemos atrás de vocês, e ouvimos vocês nos chamando.
- Ainda bem que encontramos cedo, logo vai escurecer, é melhor voltarmos, o passeio já fracassou mesmo.
- Na verdade – começa Samuel – já que estamos aqui, podíamos aproveitar...
- Aproveitar –o interrompe Juliana brava – Como?
- Cantando – em meio a risos medrosos – cantando é uma boa.
Já de volta a sede do clube Juliana, segue abraçada a Carla e Max, Samuel e Fabio seguem para o outro lado, e Samuel pergunta a Fabio:
- Você não achou estranha toda essa historia, tudo que aconteceu e agora agem como se nada, eu disse, nada, tivesse acontecido.
- Do que você está falando?
- Ora Fabio, da Ju, Carla e Max, deu o maior reboliço, mijada do professor Miguel e tudo mais e no fim nada, nenhum arranhãozinho sequer!
- Nossa- fala Fabio estupefato – Arranhão? Você queria que tivesse dado briga?
- Claro que não – se defende rápido – só, sei lá, agora tão tudo paz e amor.
- Uei Samuel, deixa eles, cada um cuida da sua vida.
- Em fala nisso – fala Samuel parando de andar se voltando para Fabio – como é que foi que você se “topou” com o Max, você falou que foram procurar a agente, mas como iam nos encontrar em silencio, eu não ouvi vocês chamarem a gente.
- O que você ta querendo dizer Samuel – Samuel volta a andar – em Samuel?
- Nada Fabio, esquece, toda essa história doida me deixou meio biruta.
No outro dia pela manha, todos os jovens reunidos na porta do clube, cada um com sua mala ou bolça a espera do ônibus que os levaria de volta a cidade, ao convívio de seus familiares, a faculdade, a vida cotidiana, tudo voltaria ao normal em poucas horas; a vida agitada de cada um deles logo seria retomada.