Meio. Cap. 5:
Parte da série Acasos e DEScasos
- Pera ai, o Max deu um beijo no Fabio, e vocês, me desculpe Fabio, mas vocês so estão desconfiados do Max, mas e o Fabio, se o motivo é apenas o beijo o Fabio também deveria ser gay não é.
- Que isso professor – fala Fabio nervoso – era um jogo eu so fiz o que a Carla mandou.
- Não estou dizendo isso Fabio – Continua o professor – o que estou dizendo é que o que vocês estão fazendo é pura infantilidade, e se eu disse que sou gay, vocês me testariam também.
- Pera professor, claro que não – começa Samuel – o senhor não tem jeito de gay, por isso a gente nem ia pensar uma coisa dessas.
- Pois bem Samuel, fique sabendo que eu sou gay, e gay não precisa ter jeito, tem que ter personalidade. Vocês deviam era pedir desculpas ao Max, principalmente você Carla, e a Juliana, que se dizem amigas dele. – Falando isso Miguel sai deixando todos atônitos.
- Será que estava falando sério? – fala Carla sem esperar resposta – ele não pode ser gay.
- Vocês ouviram o cara – começa Samuel – vocês deviam era pedir desculpas ao Max, não é mesmo Fabio. - Fabio pegado de susto em seus pensamentos, apenas concorda.
Algum tempo depois Juliana retorna meio transtornada e fala:
- Bom ele deve ser mesmo gay, não que eu seja a mulher mais linda do mundo, e nem que eu seja a mais sedutora, mas eu tentei de tudo ...- Carla a interrompe:
- Ju a gente devia pedir desculpas ao Max!
- Como assim?
- Depois eu te conto, vamos falar com o Max.. – Samuel as interrompe:
- Tarde demais, o seu “amiguinho” já foi embora – e olhando para a mesa que Max estava, agora vazia, eles percorrem os olhos pelo salão, mas não o encontrão.
- Será que ele percebeu algo Ju – Fala Carla alarmada – e se ele agora está bravo mesmo com a gente.
- É, motivo é o que não falta – fala Samuel ironicamente.
Juliana se vira furiosa para ele, ao levantar a mão Fabio a interrompe no ar:
-Juliana, o que o Samuel falou é verdade, vocês quiseram “testar”, por se assim dizer seu melhor amigo na maior da cara de pau, vocês o julgaram, e se ele desconfiou de algo ou não, ficou bravo ou não, é inteiramente culpa da vaidade de vocês. – Falando isso, Fabio vira as costas e sai deixando a todos atônitos, e Carla finaliza:
- O que deu nele? – Samuel defende:
- Resolveu se manifestar.
- O que? – grita Juliana a Carla – Você ta dizendo que o professor Miguel é gay? Isso não pode ser verdade!
- E você acha que pra mim é fácil acreditar nesta história, você lembra o quanto eu era, não, eu ainda sou, caidinha por ele.
- Ta mas ele falou isso assim mesmo, com essa tranquilidade toda, como se isso não fosse nada?
- To te falando Juliana, foi assim como eu te disse sem tirar nem por.
- E porque você não me falou isso ontem a noite, quando eu voltei da mesa do Max?
- Ai Ju não deu, você começou falar, depois brigou com o Samuel, depois o Fabio saiu daquele jeito, tudo contribuiu. Ficou, mas não é isso o importante, apesar de tudo, o que importa é o próprio Max, ele é – pensa melhor – pelo menos acho que era nosso amigo, e se ele é gay mesmo ou não isso não devia importar, e na verdade pra mim não importa.
- Você tem razão, temos de achar o Max, pedir desculpas e encerrar este assunto, assim como sua paixonite pelo professor Miguel.
- Isso é que vai ser difícil – Fala Carla suspirando.
Ao chegar no quarto de Max, batem na porta, ela se abre, elas entram, o quarto parece estar vazio, Juliana vai entrando Carla a segue, Juliana avista o computador de Max jogado na cama, ela se aproxima para pega-lo e Carla a interrompe:
- O que você ta fazendo?
- Nada Carla, so vou dar uma olhada!
- Você não entendeu nada o que a gente acabou de conversar?
- Carla, menos drama, só vou dar uma olhada, pois quem sabe ele está afim de uma de nos, mas ontem do jeito que agimos pode ter ficado encabulado.
- Ju, eu te conheço bem, pra saber que não é isso. – Ao falar isso Carla ve Juliana se sentar na cama, colocar o computador de Max no colo, abri-lo, ao clicar a tecla enter uma imagem de tela se abre, Juliana começa a mexer, enquanto Carla olha pela porta a fora preocupada, logo Juliana chama Carla. – O que foi não cansou de mexericar ainda?
- Vem ver o que eu achei!
Meio a contra gosto, mas movida pela curiosidade, Carla se dirige a Juliana, olhando para o que aparecia na tela, era uma foto, em que apareciam Juliana, Carla e no meio estava Max.
- Eu lembro deste dia, foi no meu aniversário, e gente estava tão feliz. – Culpada continua – Ai Ju, a gente deve ir embora, eu me sinto mal com tudo isso!.
- Eu também, vamos – quando estava fechando o computador e o colocando sobre a cama Max entra pela porta:
- Ju, Carla, o que vocês estão fazendo aqui, e mexendo nas minhas coisas. – Elas se olham, e depois olham pra ele.
Pouco depois fora dali Carla comenta com Juliana:
- Será que a gente fez bem em mentir pra ele, a gente foi pedir desculpas e acabamos nos enrolando mais.
- Claro que fizemos bem, imagina Carla se a gente fala pra ele que desconfia que ele é gay ele pode ficar mais bravo ainda, pois mesmo se ele for, e quisesse que a gente soubesse teria falado pra gente.
- Então – fala enfurecida – porque a gente fez aquela papelada de tentar “seduzir” ele?
- Não sei Carla – desculpa-se Juliana – eu já disse que me arrependi daquela ideia idiota, mas não tive coragem de dizer pra ele.
- É mas de desconfiar e tentar testar ele você bem teve coragem.
- O santinha- despeja irônica Juliana – você também fez o mesmo e também mentiu pra ele.
Carla suspira alto e vai em direção as piscinas, Juliana segue rumo ao quarto Algum tempo depois Carla chega ao quarto de Juliana e entra se desculpando:
- Olha Ju, é nosso último dia aqui no clube, amanhã a gente volta pra casa, pra faculdade, pra nossa rotina diária, e eu não queria ficar nosso último dia e lazer brigada com você, tudo aqui começou tão bem.
- Eu sei Carla, e ficou assim por algo tão bobo e idiota.
- Então Ju, eu estava pensando em a gente falar com o Max, claro, vamos esquecer tudo que aconteceu, fingir que nem aconteceu, tocar pra frente, e a gente sair só nos três hoje a noite, andar por ai, curtir o ar fresco, voltar aos velhos tempos de amizade ininterrupta, eu você e o Max.
- Tudo bem, por mim ótimo – pensa um pouco – mas será que o Max vai topar?
- Já topou, eu já falei com ele!