Meio. Cap.2:
Parte da série Acasos e DEScasos
- Você aceitou Max?
- Ai Ju que pergunta, o Max nem falou nada, ficou com esta cara de bobo dele de sempre, mas ai eu concordei por nos três.
- Então desconcorde, eu não vou, eu não posso mais ver a cara do Samuel.
- Ai Ju você não estava me empurrando pro Fabio, agora é a oportunidade.
- Ta mas dai eu vou ter de aturar o Samuel.
- Ju como você é dramática, o Max vai estar também.
- Não adianta Carla, você não vai me convencer a ir!
Algumas horas depois ao escurecer, Max, Carla e Juliana andavam por entre as árvores do bosque, na lateral das piscinas.
- Eu ainda não acredito que você me convenceu a vir Carla.
- Ai Ju, menos drama, e mais passos, devemos estar perto eu já até sinto o cheiro da lenha queimando.
- Na verdade deve ser o cheiro do inferno te esperando.
- Meus deus Ju, qual o problema, é só uma noite com meninos, e vamos combinar se o Fabio é gatinho o Samuel não fica atrás não ele até que é gostosinho viu aquele cabelo preto até o ombro, aqueles olhos verdes, corpinho bem definido, ele é quase mais gatinho que o Fabio, o Fabio só ganha pela maturidade e pelo ar de mistério, não vai ser nenhum sacrifício você ter de “ aturar “ ele.
- Mas você sabe que ele é um idiota, e você ouviu o que ele falou pro Max.
- Sim e o Max ta aqui e não esta reclamando, e outra você não precisa casar com ele, é só curtir o momento, afinal se é pra gente tirar algo de benéfico desse clube, vamos aproveitar, já que o professor é muita arreia pro meu caminhão, o Fabio pode servir. – ela riem.
- E ai – Samuel da um salto atrás deles – já estava achando que vocês não vinham mais, na verdade Ju – ele a olha – você deixou bem claro esta tarde que não viria de jeito nenhum.
- É, e na verdade já estou mudando de ideia – ela se vira na direção de voltar, quando Carla a pega pelo braço e puxa, e a fala em seu ouvido.
- Ju você não pode me deixar sozinha, pela nossa amizade – Ju suspira – assim é melhor. Já estamos perto Samuel? Afinal porque fazer esta fogueira tão longe?
- Não queremos chamar a atenção de ninguém no clube né Carlinha – ele se aproxima se enfiando no meio delas e as abraça, juliana se desvencilha e pega pelo braço de Max, seguem o caminho. – Vai ser legal, nos cinco a beira da fogueira, o clima pode esquentar - ele se aproxima de Max – Imagina Max, se o clima esquentar mesmo, você pode querer me dar um beijo e eu deixar.
- Eu acho que você ia adorar Samuel,- Juliano fala em tom de ironia - na verdade eu acho que você é caidinho pelo Max.
- Ok, ok – Samuel volta a abraçar Carla – eu não brinco mais com você Juliana, seu senso de humor é zero. E no mais chegamos.
Eles vem então entre algumas árvores uma luz crepitando no chão, atravessam as árvores e vêm Fabio sentado em um toco de madeira ao lado da fogueira queimando marchmelons.
- Nossa eu já estava quase saindo pra ir atrás de vocês!
- É meu amigo se percebe que você estava prestes a sair – Samuel senta em outro toco do lado oposto de Fabio e mostra outros para os outros convidados. – então meninas sentem – se corrige – e menino também, senta aqui Max, senta do meu lado.
- Ai Samuel, chega dessa brincadeira sem graça – defende Fabio – pega um espetinho e cala essa boca, vocês também pessoal, tem marchmelons pra todo mundo.
Carla se senta, Juliana ao seu lado e Max ao lado dela ficando ao lado de Fabio.
- Então Fabio você e o Samuel chamaram a gente aqui, pra comer marchmelons? – pergunta Carla, ao que Samuel responde.
- Depende Carlinha, você estava querendo, esperando algo mais, podemos resolver – Fabio joga um marchmelon quente em Samuel acertando seu rosto.
- Para de ser idiota Samuel, - se dirigindo para Carla Fabio fala – na verdade Carla, Ju e Max, sim, a gente convidou vocês pra virem comer marchmelons com a gente, na verdade a gente já se conhece a tanto tempo, achei que seria legal fazermos algo diferente além de nos cruzarmos pelos corredores da faculdade.
Carla olha desconfiada para Ju, quando Samuel fala:
- Mas no caso do plano do Fabio ficar muito chato, eu tenho um jogo que a gente pode se divertir.
- Que jogo? – pede Carla entusiasmada.
- Verdade ou consequência! Já ouviram falar? - Juliana e Carla se olham, olhando ambas para Max que não havia dito nada ainda, mas negam com os olhos e em movimentos negativos com a cabeça. – em que mundo vocês vivem? É muito simples, algum deve começar rodando uma garrafa em quem a garrava parar com o bico virado escolhe se quer verdade ou consequência. – ele faz uma pausa dramática – se a pessoa escolhe verdade o outro faz uma pergunta, qualquer pergunta e a pessoa tende responder somente a verdade, nada mais que a verdade... – Carla o interrompe:
- Mas como saber se o que os outro falou é mesmo verdade?
- Apesar de ser um jogo, exige ética dos jogadores, só a verdade deve ser dita e pronto.
- E o que é consequência? –pergunta Juliana demonstrando interesse no jogo.
- Bom – responde Samuel prestativo – com apropria palavra já diz é uma consequência, no caso quem escolher esta opção vai como dizem na língua popular “pagar uma prenda”, por se assim dizer, terá de fazer algo que o outro mandar.
- Que pode ser o que?
- Tudo – Samuel responde a Carla – é um verdadeiro vale tudo.
- Mas vocês não precisam fazer nada que não queiram – conforta Fabio, ao que é repreendido por Samuel:
- Claro que precisam, querendo ou não tende fazer o que o outro mandar, e outra regra, cada jogar tem direito a escolher apenas 5 vezes a alternativa “verdade”, depois só sobraram consequência – Samuel ri.
Juliana olha para Carla com cara de espanto:
- Eu não sei não Carla, eu tenho a impressão que o Samuel vai se aproveitar do jogo.
- Calma Ju, pode ser divertido mesmo, e como o Fabio falou você não precisa fazer o que não quiser o Samuel não pode te obrigar a nada.
- Então todos prontos? – pergunta Samuel, sem esperar resposta, coloca a garrafa no chão ao lado da fogueira e a gira – como eu trouxe o jogo e a garrafa eu começo.
A garrafa para na direção de Juliana, assustada fala para Carla:
- Ai que sorte a minha, começo logo eu.
- Então Ju – Samuel fala em meio a risos – Verdade ou consequência?
- Isso é tão infantil você não acha?
- Não acho não Ju, responda.
- Vamos Ju – Carla a incentiva – é só um jogo, uma brincadeira, pode ser legal.
- Ok, ok, Verdade!
- Um – pensa Samuel- ta certo, vou começar com algo bem sutil, Juliana você ainda é virgem?
- Você ta louco menino – ela se exalta levantando do chão, Carla a acalma fazendo se sentar de volta.
- Ju calma,- fala Samuel - é so um jogo, e o que for dito ou acontecer aqui fica só aqui.