O Amor de Um Valentão - Parte 3
Parte da série O Amor de Um Valentão
Nós saímos da lanchonete e fomos direto pra quadra.
Eu: Jorginho, fica me esperando aqui que eu já volto tá ? Vou só ali fazer uma ligação.
Jorginho: Tudo bem Rodrigo! Eu vou sentar ali e te espero. - Ele estava aparentemente muito contente. Eu por um momento pensei em desistir, mas, eu nunca desisti de uma coisa antes. Eu sempre consigo e faço o que eu quero.
Eu saí o mais rápido possível de perto dele e logo liguei pro Diogo.
*Ligação On*
Eu: Fala Diogo! Tá fazendo alguma coisa ?
Diogo: Não! Depois que você decidiu virar melhor amigo do novato eu fiquei só e decidi vir pra casa. E você ?
Eu: Cara, se você não tá fazendo nada corre pra quadra que tenho um serviço pra a gente fazer ... Chama o Gui e liga pro Felipe também beleza ?
Diogo: Ai ai ai! Que serviço é esse hein senhor Rodrigo ?
Eu: Quando você chegar aqui você vai ver. Vem logo! Tchau.
*Ligação Off*
Depois de falar com o Diogo era hora de enrolar o babaca do Jorginho até meus amigos chegarem.
Nós ficamos lá conversando sobre como era na sua antiga escola, falando sobre músicas, sobre garotas etc. Mas a pior parte foi quando ele falou uma coisa que partiu meu coração. Não da forma ruim, mas sabe quando seu coração aperta quando você tá com remorso ? Pronto, eu estava desse jeito.
Jorginho: Rodrigo ?!
Eu: Oi Jorginho!
Jorginho: Sabe, eu queria te falar uma coisa ... Hum ... Eu sei que os homens não dizem isso a outro homem, mas, eu estou adorando ficar com você. Tipo, eu achei que não íamos ser amigos depois do incidente de hoje cedo, mas, eu me enganei. Estou adorando a sua amizade. Valeu mesmo cara!
Pronto, essas palavras dele foi a deixa pra eu desistir de tudo que ia fazer, porém, já era tarde. Quando olho pro portão da quadra avisto Diogo, Gui e Felipe vindo com um sorriso malicioso já. Acho que eles já tinham entendido o que nós íamos fazer. Eu corri em direção à eles para dizer que não era mais pra bater no Jorginho mas eles foram mais rápidos e partiram pra cima dele e começaram a bater muito nele. Eles socavam e chutavam o Jorginho e o coitado sem saber o que estava acontecendo só ficava encolhido no chão. Eu rapidamente corri para parar eles.
Eu: Gente! GENTE! PARA DE BATER NELE!
Eles olharam incrédulos com a minha reação e o Felipe logo falou:
Lipe: Porra Rodrigo, você que chamou a gente pra fazer esse serviço e agora quer que a gente pare ? Ficou com peninha ? Virou covarde ? Ah não, melhor, tá tendo um caso com ele é ?
Eu olhei rapidamente para o meu anjinho ali, todo machucado no chão e ele olhava triste pra mim. Vi uma lágrima cair dos seus olhos, provavelmente por saber que eu mandei os meninos fazerem aquilo, e mais uma vez meu coração estava em mil pedaços. No começo eu bem que queria fazer aquilo mesmo, mas depois eu desisti. Mas, mais uma vez o meu orgulho falou mais alto. Eu não queria que os meus amigos achassem que eu sou covarde, então, eu fiz a maior burrada da minha e falei:
Rodrigo: Claro que eu sei que foi eu que mandei, - e mais lágrimas desceram dos olhos do meu anjinho e mais uma vez o coração em mil pedaços - só que vocês já bateram muito nele. Vamos embora e deixem esse otário aí. Vamo lá galera!
Enquanto os meninos riam e saíam eu continuei olhando pro Jorginho que olhou pra mim com desprezo e virou a cara. Aquilo pra mim foi uma facada, muito pior do que se fosse eu no lugar dele levando aquela surra. Mas também eu queria o que ? Que eu mandasse bater nele e ele viesse me abraçar e me beijar ? Eu era um idiota, mas eu ia mudar por ele e consertar essa burrada.
Eu ainda continuava olhando pra ele quando eu escutei meus amigos me chamarem, então, eu deixei o Jorginho lá e fui embora ... Mas uma coisa era certeza, eu ia cumprir a minha promessa ...
CONTINUA ...