Ride

Parte da série Born To Die

Aviso : A Série contém : Palavras de baixo nível, drogas ilícitas.

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Sentado no ponto de ônibus com meus velhos fones de ouvidos, lendo um livro com a capa meio surrada, o nome era Little Secrets mais uma história cliché de um vampiro que se apaixona por um humano, bruxos e vampiros hoje em dia está tão cliché como romances adolescentes, eu nunca vou conseguir entender o personagem principal da história, sua vida é tão perfeita, não há muito sofrimento, então porque ele vive com medo?! Este é um tipo de história que eu odeio ler, mas há alguma coisa nele que me faz continuar sua longa jornada há algo nele meio que familiar à mim.

O fim da tarde chega, o céu que estava azul, agora está cinza rodiado por nuvens. Me levanto fechando o livro e pegando a sacola que estava ao meu lado.

A vida é algo tão tedioso como andar de bicicletas com os amigos. Eu não tenho amigos, o único que posso chamar de amigo é meu cachorro. Eu odeio minha vida.

Paro no bar de esquina da minha casa, um ponto meio caído, aonde só ficam velhos pançudos, fumando, bebendo e escutando músicas de corno, algo tão miserável quanto suas pobres vidas. Estou num ponto de pensar que Deus não tem piedade com nenhum de nós.

Chego no balcão daquele velho lugar pouco iluminado, com vidros de garrafas espalhados pelo chão e sangue seco manchando as cadeiras de madeiras corroídas por cupins.

O filho do dono do Bar, um jovem de 19 anos, cabelos loiros arrepiados, pele bronzeada, um belo corpo, e com um pequeno corte perto da boca que o deixava ainda mais sexy, invejado por muitos rapazes, adorado por muitas mulheres, mas eu sabia há quem seu coração pertencia, era à mim, seu confidente, seu companheiro, seu incrível brinquedo de luxo.

Ele me olha tirando seu cigarro da boca e abre um sorriso de canto de boca olhando para mim. Ao se aproximar ele olha ao redor para ver se não há ninguém nós observando, e aproxima seus lábios aos meus me dando um beijo veroz e apaixonado. Ao terminar o beijo ele coloca seu cigarro em minha boca.

- Estava com saudades Thur.-Era assim que ele me chamava, e eu odiava quando ele me chama assim.

-Já disse que meu nome é Arthur. - Falo secamente dando umas tragadas em seu cigarro.

-Me Desculpe. - Ele diz tirando o cigarro de minha boca.-O que faz aqui?.

-Quero o melhor drink da casa.-Grito animadamente girando naquele velho banco de madeira prestes à se quebrar.

-Você tem 17 anos.-Ele rir. -Não vou te dá a melhor bebida da casa.

-Então Ângelo Miguel.-O encaro.- O que seu pai acharia de suas ações comigo, me usando feito uma puta no banheiro do bar, me drogando com as drogas que você compra no tráfico, que aliás você compra roubando o caixa do seu velho pai. O que ele acharia disto?.-O ameaço.

Ele me encara sorrindo se aproximando mais de mim, e aperta meus pulsos com força e começa a gritar colando seu rosto no meu.

-O que sua mãe acharia de você?.-Ele pergunta a mim.-Seu pai nós descobriu e iria te expulsar de casa e o que você fez?.

-Eu não fiz nada.-Respondo.-Você que fez.

-Sim.-Ele continua. -Eu o atropelei. E o matei. Mais o que ela acharia de você que abandonou seu último ano na escola? É agora virou minha putinha se drogando no banheiro do bar?.-Ele aperta mais os meus pulsos.-O que ela acharia?

Nós dois começamos a rir feitos loucos e eu respondo.

-Ela acharia que eu sou um maluco fudido.

-Nós dois somos.-Ele diz beijando meu pescoço.

Ângelo me coloca em cima do balcão e me beija violentamente, enquanto vou arrancando sua camisa.

Nós somos loucos, somos cretinos, nossa vida é uma miséria, eu adoro isto, seu jeito selvagem, as marcas que ele deixava em mim, seu jeito vigarista de ser, mas não é isto que estou procurando.

Puxo seus cabelos violentamente para trás o afastando de minha boca.

-Eu preciso ir.-Falo.

-Você não vai.-Diz ele apertando fortemente minha cintura.

-Me deixe ir. -Falo.-Ou ..

-Ou o que?.-Ele pergunta.

Pego uma garrafa do balcão e quebro em suas costas, o empurro e saio correndo de suas garras o escutando gritar :

-Seu viadinho de merda quando te pegar irei te foder todinho.

É isto que veremos.

Chego em casa, e meu cachorro preso em sua corrente no quintal, balançava seu rabo em pura alegria em me ver, ele era um mistura poodle ( não sei se é assim que se escreve) com vira - lata. Seus pelos haviam tons de cinza e marrom.

- Bradley. -Falo chamando seu nome. -Comprei sua ração favorita.

Abro a porta de casa e vejo minha mãe sentada com minha irmã de 7 messes no colo.

-Demorou.-Diz ela.

-Tive que resolver alguns assuntos na escola.-Minto.

- Fico feliz em saber.-Diz ela.

Minha mãe ultimamente tem deixado sua aparência meio descuidada, seus olhos são verdes, e seus cabelos são ruivos por causa da tinta, sua pele é pálida, seu rosto anda meio acabado depois que meu pai morreu. Eu tenho que cuidar da casa. Minha irmã Alice é apenas um bebê, eu prometi a mim mesmo que tiraria ela dessa vida, que ela teria uma vida melhor não passaria pela miséria que eu passei.

Me olho de frente aos espelho, minha aparência estava destruída, meu corpo um pouco magro, minha pele mais pálida do que o costume, meus olhos verdes estavam sem cor, e uma pequena cicatriz perto do meu olho esquerdo, casado pelos ataques de fúria do meu pai. Eu tenho várias cicatrizes pelo meu corpo mais esta é uma das quais eu mais tenho medo.

Fecho meus olhos para esquecer a dor do passado, eram tantas feridas com dores enormes do passado, tantas feridas causadas pelas surras que meu pai dava em mim e minha mãe, mas agora o demônio está no inferno não há mais o que temer. Mas mesmo assim ele me assustava, mesmo com minha minha mãe dizendo que devemos temer aquilo que está vivo e não aquilo que está morto.

Limpo minhas lágrimas e entro dentro do meu quarto.

Meu quarto é um espaço muito pequeno, só tem espaço para minha cama e um pequeno guarda roupa aonde guardo minhas poucas peças de roupa e meus livros que roubo da biblioteca da cidade.

De baixo da minha cama mora meus demônios do passados, gillettes que usava para aliviar à minha dor, meus pequenos ataques de suicídio que não deram certo. Olho pela pequena janela do meu quarto que havia o vidro quebrado e vejo que está chovendo lá fora.

Deito em minha cama e fecho meus olhos tentando acordar inteiro no dia seguinte, coisa que é impossível para alguém que tenha a alma bastante ferida.

Acordo no dia seguinte, 14:00 da tarde, escutando os latidos altos e irritantes de meu cachorro, vou até a porta para ver o que era e escuto alguém falar.

-Se este cachorro continuar irie dá uns tiro na cabeça dele.

Só pode ser estes moleques abusados da minha rua.

Abro a porta de casa violentamente, e dou de cara com dois rapazes armados no portão de minha casa, eles me encaram e o mais baixo deles diz :

-Se não dá um jeito em seu cachorro eu darei um tiro nele e depois em você.

O outro rapaz só me observava, ele tem a pele morena, olhos negros, cabelos raspados do lado e em cima usava uma touca preta, o rapaz menor que acaba de me ameaçar, tem a pele branca, olhos azuis , magricelo, e cabelos loiros de farmácia.

- Pode deixar.-É tudo o que eu digo.- Vamos Bradley.

Pego meu cachorro no colo e o coloco dentro de casa e sussuro.

-Marginais vagabundos. Tudo bando de bandidinhos de merdas.

-O que foi que você disse?.-Pergunta o menor.

-Nada não. -Respondo sinicamente.

-Você nós chamou de fudido.-Ele diz.-Você não tem medo de morrer?.-Ele diz apontando sua arma para mim.-Vai levar uns tiro agora viadinho.

Olho com um sorriso de canto de boca para o menor apontando a arma para mim e respondo.

-Como se isto fosse aliviar a minha dor.

O menor prepara o gatilho então o garoto moreno de touca ao seu lado se pronuncia.

-Espera.-Ele para seu amigo e olha para mim.-Qual o seu nome?

-Arthur Valdez.-Digo.

-Já segurou numa arma?.-Ele me pergunta.

Sorriso olhando o garoto que até tem um corpo legal, o olho de cima em baixo e dou o sorriso mais safado que tenho.

-Não. -Falo.-Nunca mas se quiser me ensinar a segurar numa arma.-Ironizo a última palavra.

-Vem até aqui. -Diz ele.

Não penso nem duas vezes e vou em direção à ele.

-O que está fazendo?.-Pergunta o menor.

-Cala à merda de sua boca Rodolfo e entrega sua arma para ele.-Diz o rapaz.

-Mas Thales...

-Mas nada entrega logo.- Thales ordena.

Rodolfo me entrega sua arma para mim então à seguro sem medo.

-Gostou?.-Pergunta Thales.

-Sim.-Falo.

-Então pode ficar.-Ele sorri.

-Obrigado. -Falo.-Mas não sei usar.

-Deixa que eu te ensino.-Ele diz colocando sua arma em sua cintura ele se posiciona atrás de mim e manda eu segurar a arma com uma mãos apenas, ele coloca meu dedo no gatilho e mira em direção ao Rodolfo. Uma de suas mãos acaba segurando minha cintura.-Então é assim que se faz.-Ele pressiona meu dedo puxando o gatilho e o tiro passa de raspão na perna esquerda de Rodolfo que me olha assustado.

-Thales tu tá maluco meu irmão? .-Rodolfo pergunta.

-Vai bancar o maricas agora?.-Thales retruca.

Escuto barulhos de fogos de artifícios sendo soltos.

-Precisamos ir.-Diz Thales.-Entra para casa e se tranca, não saia de lá por nada.-Ele me olha.- E esconda a arma.

Coloco a arma em minha cintura e vejo eles dois correndo pela rua, entro para dentro de casa e me tranco e vou andando para o meu quarto sem dizer uma palavra.

À noite chega, estava exausto precisava, do meu cigarro, da minha bebida, precisava ir ao bar do meu sogro.

Saio de casa dizendo à minha mãe que iria sair com uns " amigos da escola", é ela acaba deixando.

Coloco a arma na minha cintura e vou para o bar, chegando lá vejo meu namorado perto do balcão com as costas enfaixadas e uma vadia agachada de joelhos chupando o pênis do meu namorado.

A raiva subiu a minha cabeça, pego a arma de minha cintura e aponto na direção da puta sem eles perceberem que estou lá dentro e disparo o gatilho. A vadia cai morta sangrando no chão e Ângelo olha para trás assustado, com seu menbro ainda ereto ele encontra os meus olhos e vejo o medo estampado em seu rosto.

-Me desculpa.-Ele diz olhando para arma que está apontada para ele.

-Não. -Grito. -Do que adianta se isso vai sempre se repetir.

Dou um disparo em seu pênis e Ângelo cai de joelhos no chão chorando e gemendo de dor.

-Seu filho da puta.-Ele diz.-Teu viado inútil.

-Eu pensei que me amava.-Disparo o último tiro em seu coração.

Sentado no bar tomando a última garrafa de whisky, vendo a vadia e meu ex namorado, mortos no chão, a arma jogada no chão, tocava Ride-Lana Del Rey, na rádio. Eu estava fudido, eu iria para cadeia por causa dos ciúmes, eu não me importava, mas pensando bem isto me levaria ao inferno que eu já estava condenado, e lá eu veria meu demônio novamente. Eu estava completamente ferrado.

Fecho meus olhos e me jogo no chão agarrando meus joelhos e começo a chorar sussurando.

-O que foi que eu fiz?.

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Este é o primeiro capítulo de uma nova série que estou postando, desculpe o baixo plavriado, à série é toda inspirado nas músicas da Lana Del Rey♥ Deixem seus comentários, até domingo que vem sai o próximo capítulo

Comentários

Há 2 comentários.

Por perry201 em 2014-08-17 19:52:05
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii eu tbm amo Lana Del Rey <3
Por Rafinha sexy em 2014-08-17 19:35:04
Muito bom ,ameiiiii <3 lana del rey love :3 quando vai posta o outro conto ?