Cap. 27

Parte da série Teen Life

Γεια lindos, maravilhosos leitores!! Pelo que eu vi, todo mundo curtiu a nova vida do Matheus... (nem todo mundo), e eu fico feliz que tenham gostado, de verdade, porque eu escrevo essa série pra vcs, seus lindos! Bem, INFELIZMENTE eu estou sem tempo pra responder aos comments do outro capítulo, sem tempo mesmo, então pra não responder errado ou falar merda, ou escrever tudo embaralhado e talz, eu vou deixar pra responder no próximo capítulo, OK? OK. Neste capítulo vcs vão ver um pouco da vida atual do Guilherme, como muitos queriam... e também o surgimento de outros personagens da série. Ficou curioso? Vai ler logo, abestalhado HAHAHAHAHAHAHAHAHA brincadeira. Só pra acrescentar, adorei os comments de vcs do outro capítulo, e prometo responder a todos no próximo. Desculpas de um autor á parte, vamos logo ao capítulo de hoje! :D

Boa leitura!

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Teen Life

Capítulo 27

NARRADO POR MATHEUS

Eu estava na minha casa, em Salvador. Meu último show tinha sido em Gramado – RS. O próximo seria aqui, na minha cidade. Alguns meses depois do inicio da minha carreira, eu já tinha dinheiro suficiente, então resolvi comprar uma casa. Ficava perto da casa dos meus pais, e era do mesmo tamanho da deles. Ter a casa própria era o meu sonho; e lá estava eu, tirando um cochilo no meu sofá aconchegante depois de uma viagem super cansativa. A casa era toda decorada e mobiliada ao meu gosto (obvio), e minha mãe adorou a decoração. Até lembrei dos moveis novos que dei de presente a ela ano passado, em seu aniversario. Eu estava sem nada para fazer, então resolvi ligar para o Guto. A essa hora ele devia estar na casa dele com o Bruno. Tipo, ele teve de comprar uma casa para ele de qualquer jeito, pois a mãe dele nem liga mais para ele. Depois que ele assumiu ser gay, ela nunca mais falou com ele, mesmo ele tentando contato.

Então eu desisti de ligar. Nesse momento eles deviam estar fazendo sexo. Conheço o Guto. Ele nunca apaga o fogo (já disse que loiros são MUITO sexy?). E então resolvi ir para a casa de meus pais. Coloquei uma roupa simples e saí de casa. Fui andando mesmo, era pertinho e a rua não estava tão movimentada. Chegando lá eu toquei a campainha e meu pai abriu a porta. Sorridente, ele me deu um abraço apertado.

- depois que ficou famoso nunca mais veio me ver, não foi?!

- que isso pai... cê sabe que eu te amo MUITO né?!

- também te amo meu filho... meu Matheus... você ta com cara de homem rsrs.

- então eu nunca tive cara de homem não?! – eu disse fingindo estar bravo.

- não, tinha cara de garoto rsrs... e agora tem cara de homem. Daqui a uns 40 anos você vai ter cara de velho...

- nunca perde o senso de humor hein paizão... – eu dei um beijo no rosto dele – cadê as mulheres da casa?

- sua mãe está na cozinha fazendo o almoço e sua irmã está no quarto com as amigas dela.

- hum...

Entrei e abracei minha mãe, que deu pulinhos de alegria e disse que estava fazendo uma lasanha deliciosa. Era meu prato preferido, então decidi ficar para o almoço rsrsrs. Depois de falar com minha mãe, subi as escadas e fui até o quarto dela; ouvi vozes de varias garotas e bati na porta.

- que foi mãe? – disse Ana.

- não é a mamãe...

Acho que ela reconheceu minha voz, porque na mesma hora abriu a porta e pulou em cima de mim, gritando euforicamente.

- MATHEEEEEEEUUUUUUSSSS!!!!!!!!!!!! Tava morrendo de saudade irmãozinho!!

- eu também, senti falta das conversas com minha versão feminina (lembra, eu e Ana somos gêmeos)... Como está?

- bem! E você?

- bem também! E quem ta aí com você?

- ah você vai adorar rever essas figuras... entra.

Eu entrei e reconheci todo mundo. Laisa, Mariana e Paula, e até a Esther estava ali.

- quem é vivo sempre aparece né Theu?! Ou melhor, quem não é famoso, porque depois que ficou rico nem ligou mais pra mim né seu malandro?!

- oi pra você também Laisa! – eu disse rindo e dando um abraço nela – continua a mesma maluca de sempre!

- e você continua o mesmo gato de sempre hein Theu?! Se eu tivesse solteira... AI PAULA! – disse Mariana, depois ela me deu um abraço.

- calma, sem DR aqui hein?! Continuam firmes e fortes, fico muito feliz pelas duas!

- ai brigada Theu... – disse Paula me abraçando.

- eu sou sempre a ultima... – disse Esther fazendo biquinho.

- oh florzinha, sem crise de ciúme, você sabe que eu amo todas vocês... – eu puxei ela para um abraço – vou querer um autografo depois hein Esther Fernandes... apesar de ser rockeiro, adoro suas musicas.

- digo o mesmo de você, suas musicas são muito bem expressivas, de onde você tira tanta inspiração?!

- ah é simples, eu escrevo tudo o que eu sinto no coração. E transformo em musicas.

- é assim mesmo... ai Theu você ficou tão sexy com barba, se eu não estivesse noiva do Arthur...

- ah por falar nisso cadê o Arthur? E peraí, vocês estão noivos?! Nossa que demais...

- é mesmo... é com ele que quero formar uma família...

Eu fiz um corinho com as meninas. Foi muito engraçado.

- ai que romântico. Preciso de um saquinho, estou prestes a vomitar arco-íris aqui... – eu disse, fazendo todo mundo rir.

Foi uma tarde bem divertida. Depois eu almocei e fiquei mais um pouco conversando com meus pais. Mais tarde eu saí com a Esther. Ela ia para a casa dela para eu rever o Arthur.

...

Chegando lá, Esther abriu a porta de casa e chamou por Arthur. Ele desceu com uma cara de sono e quando me viu, abriu um sorriso. Cara, ele estava muito diferente. Parecia que tinha perdido uns quilos e estava mais musculoso, mais atraente... estava sem camisa, mostrando os poucos pelos que tinha no peitoral. E tinha uma barba mal feita cobrindo o rosto. Se ele não fosse hetero... ui!

- Theu! Cara você ta muito mais gato ao vivo do que na TV!! – disse ele me abraçando – sou seu fã, cadê meu autografo?!

- oi Arthur, estou ótimo, obrigado por perguntar... ah minha mão está doendo de tanto dar autógrafos, fica pra próxima... – eu fiz um drama, mas o Arthur me conhece e só fez dar risada.

- desculpa amigo... – ele me deu outro abraço.

- Esther, seu noivo está me seduzindo... olha que eu fujo com ele hein... – eu disse e ela riu.

- ele não teria coragem... se ele fizer isso eu corto o bilau dele.

O Arthur fez uma careta muito engraçada. Eu dei risada.

- coitado...

- tudo porque o Theu num quer me dar autografo... – ele disse com uma cara triste de derreter qualquer um.

- ok me dá qualquer coisa pra eu rabiscar.

Fiquei mais um pouco na casa da Esther e depois fui embora. Nesse momento era mais ou menos 17h, já estava escurecendo. Peguei um taxi e fui direto para minha casa. Chegando lá eu paguei a corrida do taxi e saí. Estava quase chegando em casa quando alguém esbarrou em mim.

- AII... cuidado aí cara! – eu disse.

- desculpa desculpa... é que tem uns caras correndo atrás de mim, eles querem me bater... – olhei para trás dele e vi uns caras se aproximando, correndo na nossa direção.

- vem logo.

Eu coloquei a mão na pista e fiz um taxi parar. Rapidamente eu fiz o rapaz entrar no carro e entrei também. Pedi para o motorista acelerar o mais rápido possível e ele o fez, nos levando para bem longe daqueles homens.

- cara... muito obrigado... valeu mesmo! Se não fosse você eu nem sei se estaria vivo agora...

- não precisa me agradecer. Onde você mora?

- eu não tenho onde morar. Meu pai morreu tem pouco tempo... e eu estou dormindo na rua, pois minha casa foi roubada e tomada por uns ladrões.

- meu Deus! Que horror... qual o seu nome?

- meu nome é Vinicius. E você...? Espera eu acho que te conheço de algum lugar...

- sério isso cara? – eu ri – eu sou o Matheus.

- lembrei! Você é aquele cara, o vocalista da banda... é...

- Dark Side.

- isso! Cara, você é demais... desculpa não ter te reconhecido, é que eu nem conheço a sua banda direito, vocês são recentes pra mim... – ele disse rindo.

- tudo bem...

Cara, eu tive tanta pena do Vinicius. Ele estava todo suado, machucado, fedendo também... seus olhos cor de mel estavam assustados, mesmo com o perigo longe. Seria cômico se não fosse trágico: ele era maior do que eu, era definido na mesma medida que eu (pelo menos eu achava que sim), por que teve medo de um monte de brutamontes? Se bem que ele estava sozinho; e depois, talvez ele não sabia se defender, nunca se meteu em brigas, sei lá. Mas eu não podia deixar ele na rua. Eu não era assim. Eu sempre gostei de ajudar as pessoas. Olhei para ele.

- motorista, volta para aquela rua que você me pegou, por favor.

- certo.

Ele voltou e parou em frente à minha casa. Conferi se havia alguém na rua e saí do carro. Paguei o motorista e ele foi embora.

- bem... obrigado por tudo, Matheus. Agora é melhor eu ir, antes que eles voltem.

- quem disse que você vai embora? Você vai dormir na minha casa.

Sei, podem me chamar de maluco por colocar um estranho dentro da minha casa. Mas... o que eu poderia fazer? Ele estava correndo perigo aqui fora. Mas eu não ia abaixar a guarda, é claro. Eu ia colocá-lo no quarto de hospedes, e depois eu ia trancar a porta do meu quarto. Não ia confiar num estranho.

- não diga que... não Matheus, eu não posso aceitar. Já basta o que você fez por mim hoje. Sério, eu estou bem...

- isto não é um pedido. Eu te ajudei, agora mostre que está agradecido dormindo na minha casa.

Ele ficou meio sem graça. Acho que foi o meu jeito mandão e durão (sempre fui assim). Então balançou a cabeça devagar, sem olhar para mim.

- obrigado.

...

NARRADO POR GUILHERME

Cheguei do trabalho super cansado. Se bem que eu poderia ser modelo que nem o meu amigo Thiago. Mas eu resolvi cursar faculdade de direito e ser advogado... não estou reclamando do meu trabalho, eu gosto do que eu faço. Eu nunca faria algo que não gostasse, isso seria ruim tanto para mim quanto para a empresa na qual eu iria trabalhar. Atualmente eu tenho 22 anos e estou trabalhando como assistente numa empresa de advocacia junto com meu pai. Ele é o dono da empresa, então acabou me dando a vaga. Eu recebo um salário bom, minha vida está normal. Mas eu tenho estado tão triste ultimamente. Tipo... eu estou solteiro. Isso não é sinônimo de felicidade (pelo menos para mim). Deixei de ser galinha a muito tempo.

Às vezes eu corro atrás de um cara ou uma mulher... mas, sabe, acho que não vale a pena. Eu não me sinto satisfeito com qualquer pessoa. Odeio admitir isso, mas ainda gosto do Jonathan. Ele sumiu da minha vida há um bom tempo, nem faço idéia de onde ele está agora. Quanto ao meu pai... eu contei a ele que sou bissexual e ele aceitou numa boa. Super estranho, ou ele não está nem aí para mim, ou ele realmente não se importa de eu ser diferente. Mas o que importa é que nossa relação não mudou em nada, eu e meu pai continuamos próximos como sempre.

Eu cheguei em casa junto com meu pai. Ele estava bem mais cansado que eu, então eu vim dirigindo para ele até em casa.

- filho, será que aqui em casa tem miojo? To morrendo de fome...

- pai – eu disse rindo – miojo não enche barriga.

- um só não.

Ah também estou morrendo de preguiça.

- ok, eu faço um prato para o senhor. Dois miojos para você e dois para mim.

Enquanto eu fazia o “jantar”, lembrava sem parar daquela tarde no parque. A última vez que vi o Jonathan. Ainda sinto saudade dele. Vi meu pai na sala falando ao telefone euforicamente. Não sei quem era, mas que estava feliz ele estava. Assim que terminei de fazer a comida, fui até ele.

- pai, com quem o senhor tava falando?

- era o seu irmão Douglas.

- o que?! O que ele queria?

- Guilherme, calma! Ele é seu irmão!

Ainda não contei a vocês sobre o meu irmão. Eu tenho sim um irmão, ele é oito anos mais velho do que eu. Ele saiu de casa quando tinha 20 anos, disse que iria fazer sua faculdade em outra cidade. Ele viajou para o Rio de Janeiro e nunca mais manteve contato. E agora, assim do nada, ele liga para o meu pai falando algo que eu nem sabia o que era. Mas eu já imaginava, e torcia para não estar certo.

- seu irmão quer vir aqui semana que vem. Ele vai sair do Rio e vem para cá.

- não acredito... – eu estava certíssimo, sabia que ele viria.

- por que você odeia tanto o seu irmão, Guilherme?

- pai, ele nos abandonou aqui! E agora ele quer vir pra cá e você quer recebê-lo de braços abertos?!

- Guilherme, eu sou o pai dele. E também sou seu pai e o dono dessa casa, isso faz dele o seu irmão.

Eu fiquei calado.

- quando?...

- ele vai vir semana que vem, acho que na segunda.

- ok... mas ele não vai trazer alguém com ele, vai?

- sim. Vai trazer o namorado dele.

- namorado? Não sabia que o Douglas era gay.

- ele sempre foi.

- desde quando o senhor sabia?

- desde sempre Guilherme. E o miojo, já está pronto?

Fui pegar nossa comida e jantamos. Na boa, eu não estava gostando nenhum pouco da idéia do meu irmão vir para cá. Será que ele pretende morar aqui?

...

NARRADO POR THIAGO

- oi mãe...

- oi meu filho! Quanto tempo!

Entrei em minha antiga casa e dei um abraço nela. Eu tinha acabado de chegar lá.

- você está tão diferente... tão bonito meu filho...

- obrigado mãe...

Ouvi um barulho na cozinha.

- querida... tem alguém aí com você?

- quem é esse? – perguntei.

- é o Wallace. Vem, vou te apresentar a ele.

Um homem veio da cozinha. Ele era um pouco mais baixo que eu, tinha uma barba rala, cabelo grisalho, olhos castanhos, um pouco fora de forma... mas era charmoso.

- querido, esse é o Thiago, meu filho.

- ah então você é o famoso Thiago? Prazer em conhecer, rapaz! – disse ele apertando a minha mão – meu nome é Wallace e eu estou pegando a sua mãe!

- Wallace! – disse minha mãe dando um tapa no braço dele. Eu dei risada junto com ele.

- to ligado cara... só num vai machucar ela, senão vai se ver comigo!

- não se preocupe, sua mãe é um doce. E eu também (risos).

- ok (risos).

Minha mãe me disse que tinha um pouco do almoço que tinha sobrado, então pegou um pouco para mim e eu comi. Depois Wallace disse que ele e minha mãe estavam noivos e que iriam se casar em breve (eles tinham se conhecido há nove meses). Fiquei por lá mesmo, pois sabia que ninguém iria me procurar aqui, iriam atrás de todos os hotéis da cidade menos aqui.

Umas 19h eu fui para o meu antigo quarto. Ao chegar lá, recebi a ligação de Willian.

- fala Will.

- CADE VOCÊ MENINO?! EU TE PROCUREI POR TODO CANTO E TE LIGUEI DESDE O INICIO DA MANHÃ!!! – Willian gritava do outro lado da linha, obviamente nervoso. E também achando que eu tenho algum problema de audição, o que eu definitivamente não tenho.

- calma, Willian. Eu estou na minha cidade, descansando um pouco.

- descansando?! Esqueceu que você trabalha?!

- sim cara... é que eu não estava me sentindo muito bem... e resolvi vir para cá. Olha, por que não traz sua equipe para fazermos uns ensaios fotográficos, tirarmos umas fotos minhas nos pontos turísticos daqui?

- o que? Mas para que as fotos?

- a revista *******. Lembra, eles pediram umas fotos minhas no mês passado.

- bem... certo. Vamos pegar o próximo vôo para Salvador. Mas ESPERO que isto não seja uma desculpa sua para se livrar da sua “fuga” repentina.

- relaxa cara. Só venha para cá e vamos trabalhar. Tchau.

- tchau.

Eu sempre sou bom em inventar desculpas. Sinceramente, eu nem me lembrava desse ensaio com a revista; a idéia surgiu na hora. Mas uma pena que eles me ligaram semana passada e remarcaram o ensaio para daqui a dois meses. Okay, não digam nada ao Willian.

Continua...

E aí, gostaram?! Se sim, comentem aí embaixo ó, seus comments me movem, me incitam a escrever mais e mais... e pra vc que não gostou, pode me xingar também, fale o que quiser, desde que comente hahaha, enfim, semana que vem volto com mais um capítulo fresquinho pra vcs. Até lá, Teen Lifers, abraços e beijos! :*