Cap. 17

Parte da série Teen Life

Teen Life

Oi meus leitores gatos... tudo bem com vcs? A briga entre o Thiago e o Guto vai ser bem... nem sei como descrever. Mas você pode saber o que aconteceu lendo o conto primeiro. Mas se vc é um leitor super curioso que adora que seu comentario seja respondido (quem não é?...), então vamos lá.

Fagner, obrigado meu querido. E quando eu escrevi a cena do Matheus caindo de cara na grama, foi algo que veio à minha cabeça na hora e eu escrevi. Quando eu li, minino, eu ri por HORAS, parecia um retardado (não sou isso não ok, só sou meio doido; me julguem haha). E perfeito é vc, adoro sua série e o aquele loiro super gato do Aílton rsrs. Um abraço.

BielRock, obrigado por comentar. E sim, acampamentos são "mágicos", acontece de tudo... pena que eu nunca fui em um ;-; (colégio medíocre, colégio de pobre, nem excursão a gente tem!!). Um abraço.

fran, obrigado. Cara, bem que eu queria encontrar um Thiago da vida com fogo que num acaba mais (eu vou pintar o cabelo dele de loiro e a minha felicidade vai ser ainda maior kkkkkk). E estão todos dando sermão no Thiago, coitado gente, quem teve ou tem namorado ciumento sabe como é que funciona! Um abraço.

didico445, obrigado por comentar. E eu não consigo imaginar o Thiago apanhando cara, ele é fofinho demais (ele é tipo, meu namorado imaginário kkkkkk). E eu sou exatamente como o Guto (e talvez como vc): só uso roupas pretas, ouço muito rock (Evanescence está incluido ^^)... só não sou isolado e anti social como o Guto, ainda bem. Um abraço queridão.

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Capítulo 17

- que merda que eu fui fazer... – eu disse baixinho.

Thiago chegou até a árvore e eu fui correndo até lá, não queria que eles dois brigassem.

- que porra é essa, hein Guto?! Tira o olho do meu namorado senão você vai se ver comigo, ta me entendendo?!

- quem é você pra mandar em mim?! Você não amava seu namorado o suficiente, eu que estava consolando ele naquela tarde enquanto você estava se deixando levar por aquela vadia da Larissa!! Eu que amo ele de verdade seu covarde!!

- olha quem fala!! Ainda está dentro do armário, Guto!! Todo mundo que me conhece já sabe que eu sou gay!! Eu não teria feito isso se não fosse pelo Matheus!! Ele me deu coragem pra isso! Eu cheguei a apanhar dos meus pais porque eles não me aceitaram, mas o Matheus me ajudou, e eu o amo mais ainda por isso!!

- cala a boca seu panaca!! Ele gostou do meu beijo, ele até correspondeu! Só não quer admitir!! E mesmo o papa sabendo que você é gay, pra mim você continua sendo um covarde!!

- pra você?! Eu to pouco me lixando pra sua opinião, quero mais é que se foda!!

Guto deu um empurrão em Thiago e ele caiu no chão.

- ah seu filho da puta!! – Thiago ia se levantar pra amassar a cara do Guto com um soco, mas eu intervim.

-JÁ CHEGA!! SEUS IDIOTAS, QUEM VOCES PENSAM QUE SÃO?!! EU NÃO SOU NENHUM TROFÉU NÃO!! THIAGO, SÓ PORQUE ELE ME BEIJOU NÃO QUER DIZER QUE EU GOSTE DELE!!

- ah Matheus... não negue, você gostou. Admita! Você me beijou com vontade... – disse Guto.

- CALA A BOCA GUSTAVO!! FOI VOCÊ QUE ME BEIJOU, E FAZ UM FAVOR?! ME ES-QUE-CE!!! EU NÃO TE AMO, VOCÊ NÃO TEM CHANCE COMIGO, VOCÊ TA SOFRENDO PORQUE VOCÊ QUER!! AGORA VAZA DAQUI!!!

Ele me olhou com os olhos marejados e saiu correndo. Fui pra direção oposta.

- eii Matheus!! – disse Thiago – onde você vai?!

Eu nem respondi. Eu estava de saco cheio. Quando não era o Guto se declarando pra mim, era o Thiago com seu ataque de ciúmes! Fui andando até voltar pra frente da casa, na área do camping e vi Gabi de longe. Fui até ela, eu precisava esfriar a cabeça.

- oi Matheus! Que cara é essa?

- aii Gabi, você nem imagina o que aconteceu agora a pouco.

- não mesmo, mas acho que tem a ver com seu namorado né?

- isso mesmo! Vem cá, preciso conversar um pouco...

- ok.

- cadê seu primo? É... John... Johnny...

- Jonathan. Ele está vadiando por aqui, nem sei onde ele está. Mas deixa ele pra lá, me conte o que aconteceu...

- ok...

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NARRADO POR JONATHAN

Eu me chamo Jonathan. Sou gay assumido desde os 15 anos. Meus pais até ficaram meio que implicando comigo, que eu era muito jovem pra ter certeza, que era só uma fase, que eu ia conhecer uma garota e tal... coisas do tipo. Bom, hoje eu tenho 17 anos e continuo sendo eu mesmo, eles se tocaram que isso faz parte de mim e pararam de implicar comigo. A não ser que eu traga um namorado pra casa, aí é que meu pai pega no meu pé mesmo. Chega a ser chato isso, eles me tratam como se eu fosse uma garota indefesa e inocente sendo atraída por um cara mais velho que eu. Eu odeio ser tratado como uma garota, por que todos os gays têm que ser afeminados, ou têm que se vestir como mulher ou fazer coisas de mulher? Comigo não tem isso não. Não é por que gostamos da mesma fruta que as mulheres que temos que ser iguais a elas em todos os aspectos.

Enfim, eu não sou nem gordo nem magrelo. Tenho o corpo definido por fazer natação e sou moreno (cabelo castanho escuro e com mechas loiras na parte de cima), meu cabelo é liso e meio espetado. Tenho os olhos castanhos escuros. Minha prima me convidou pra um acampamento do colégio dela e eu aceitei. Não gosto de ficar preso em casa, e se eu ficasse seria pior porque meus pais não me deixariam em paz um segundo. Chegando no colégio, conheci um amigo da Gabi, um tal de Matheus. Ele era até bonito, eu pegaria ele, se ele não tivesse namorado. Uma pena mesmo.

O ônibus chegou e minha prima estava conversando com o Matheus. Eu fiquei um pouquinho em pé do lado de fora do ônibus, já tinha entrado num dos ônibus e guardei meu lugar com a mochila. Queria ficar um pouco em pé porque eu passaria as próximas duas horas de viagem com a bunda amassada no banco do ônibus.

Até ali, estava tudo tranqüilo. Só que de repente um imbecil esbarrou em mim e como ele era fisicamente mais forte que eu, acabou me derrubando no chão. E ele ainda teve a cara de pau de reclamar comigo!

- não olha por onde anda, viado?! Quase derruba minhas coisas!

- eu?! Eu estava aqui de boa, você que veio na minha direção e esbarrou em mim! Ta pensando o que, que tu é o dono da calçada?! Vai procurar o que fazer!!

Deixei ele falando sozinho e fui pro meu ônibus. Sentei no meu banco e chamei Gabi pela janela; ela quando começava a conversar não parava mais, falava mais do que a nega do leite!

- Gabi!! Gabrielleee!!! Vem logo, vai perder o lugar!!

Ela se despediu do amigo e veio. Logo quando ela chegou, percebeu minha cara emburrada. Fazer o que, eu detesto discutir com as pessoas, por mais irritante que elas sejam.

- o que foi?

- nada.

- não, aconteceu alguma coisa pra você estar com essa cara.

- minha cara está normal.

- então sua cara sempre foi de quem comeu limão com vinagre, né?

- limão com vinagre? Eca... – ela riu da careta que eu fiz, e eu acabei rindo também.

- bom, me diga o que houve.

- um garoto esbarrou em mim agora a pouco, me derrubou no chão e ainda disse que a culpa era minha. Aí eu discuti com ele e vim pra cá.

- hum. Você conhece ele?

- se eu conhecesse, eu estaria mencionando o nome dele não é?!

- iih Jonathan! Você fica insuportável quando fica de mau humor!

- então não fale comigo até a viagem terminar.

Eu amava discutir com minha prima. Ver ela irritada era tão engraçado. Mas o legal era que sempre fazemos as pazes depois, somos como irmãos. Coloquei meus fones e botei uma música bem tranqüila, daquelas que você ouve e fica tão calmo que fica até com sono. Botei uma dessas e recostei no banco. Em poucos minutos, eu dormi.

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NARRADO POR GUILHERME

Eu estava louco pra ir a esse acampamento. Só teriam gatas e mais gatas chovendo na minha horta. Eu estava distraído olhando pro Thiago. Ele estava de longe conversando com uns caras lá, amigos dele. Confesso que não queria que ele se afastasse, eu ainda gostava muito dele, ele sempre foi meu melhor amigo. Mas nem adianta chorar sobre o leite derramado, fui eu quem acabei com a nossa amizade, tudo por causa de um preconceito sem noção. Eu até queria ter apoiado ele, mas os garotos, todos os meus amigos, iriam me chamar de viado por estar defendendo um. E eu não queria isso. Mas a questão é, o que eu ganhei com isso? Nada, eu só perdi. Perdi meu melhor amigo por puro preconceito. E ainda fiz o Matheus sofrer na minha mão.

Eu estava lá perdido nesses pensamentos, aí o diretor chamou todo mundo pra entrar no ônibus. Eu estava meio mal com o que eu tinha acabado de pensar, parece que só agora a ficha caiu. Sem querer acabei esbarrando em um garoto e o derrubei no chão.

Como eu sou idiota. Ao invés de ajudá-lo a levantar, botei a culpa nele, quando o culpado mesmo era eu.

- não olha por onde anda, viado?! Quase derruba minhas coisas!

- eu?! Eu estava aqui de boa, você que veio na minha direção e esbarrou em mim! Ta pensando o que, que tu é o dono da calçada?! Vai procurar o que fazer!!

Eu ia responder, mas ele nem me ouviu, apenas virou de costas e saiu andando em direção a um dos ônibus. Sei lá o que me deu, senti vontade de puxar o braço dele e continuar encarando aqueles olhos castanhos. Epa, eu não sou gay! Por que eu pensei nisso?! Eu já nem sei mais...

Entrei no ônibus e não vi nenhum lugar. Quer dizer, só tinha um lugar sobrando... ao lado de Matheus e Thiago. “Aii essa viagem vai ser longa...”, pensei.

Sentei ao lado deles. Eles estava se beijando, é tão estranho isso de dois caras se beijarem. Será que é tão bom quanto beijar uma mulher? Ai não acredito, aqui estou eu pensando besteira de novo. A viagem prosseguiu normalmente e eu acabei dormindo um pouco. Assim que chegamos, eu acordei e rapidamente me levantei e saí do ônibus.

Eu olhei pro camping logo a frente. Acho que seria bem divertido.

- ei Gui! Vamos pegar geral nesse camping! Tem cada mina cara... já to doidão aqui! – disse um amigo meu.

- podes crer rsrsrs...

- bora, o diretor vai fazer o discurso chato dele e vamos entrar no camping!

- vamos lá.

...

Depois do almoço, fiz questão de sair, dar uma volta. Eu estava de saco cheio dos meus amigos, eles só me faziam passar vergonha! Durante o almoço umas garotas foram até a nossa mesa, pediram nossos telefones, quando um dos caras disse:

- oh Gui, aquela mina ta te dando mole! Vai lá, aproveita!

- pow cara, não to a fim. To meio cansado...

- cansado?! Você, cansado de pegar as minas?! Cadê o Guilherme que eu conheço?!

- foi tirar férias, agora me deixa almoçar em paz.

- iih Guilherme, vai deixar escapar essa oportunidade cara?! Ta virando baitola é?

- cala a boca, idiota, e me deixa almoçar!

- ui, a loka! (risos) – disse outro garoto, e todos começaram a rir.

- já chega, perdi o apetite!! – eu levantei e os deixei ali rindo sozinhos.

Fui pegar um ar, dei um volta por aquela fazenda enorme. Cheguei até um lugar perto de um rio, a paisagem era linda. Deitei na grama e fiquei olhando as nuvens no céu. Imaginei que minha mãe estaria lá, olhando por mim. Ela morreu quando eu tinha 12 anos, num acidente de carro. Ela era minha melhor amiga, eu contava com ela pra tudo. Talvez se ela estivesse aqui, eu não seria esse Guilherme. Um Guilherme preconceituoso, um Guilherme frio e sem sentimentos. Uma lágrima brotou dos meus olhos. Queria que as coisas fossem diferentes. Fechei os olhos, como se isso fizesse meus problemas desaparecerem. Mas isso só me fez adormecer.

...

“Aqui estou eu sonhando de novo. Estava deitado na grama com os olhos fechados. De repente uma mão tocou meu rosto e eu abri os olhos. Era uma mulher. A mais linda de todas. Eu a abracei com delicadeza, não queria que ela desaparecesse.

- mãe... – eu começava a lagrimar – por que me deixou sozinho?...

- meu filho, a minha hora havia chegado, não se pode mudar o tempo de vida de uma pessoa. Como tem passado? – ela disse passando a mão em meus cabelos.

-mãe, eu to tão confuso... eu abandonei meu melhor amigo por puro preconceito. Lembra do Thiago e do Matheus? Pois é, eles são gays e são namorados agora.

- eles têm muita coragem.

- sim, eles têm. Eu ameacei muito o Matheus quando ele se assumiu, e acabei me afastando quando o Thiago se assumiu também. Eu perdi dois grandes amigos, mãe, e o pior é que tudo isso é culpa minha!

- Guilherme, eu não estou te reconhecendo! – ela disse severa e eu abaixei a cabeça, envergonhado – onde está aquele Guilherme que tinha a própria opinião, era autoritário, sorridente, estava sempre com ao lado dos amigos independente da situação? Guilherme, aqueles garotos com quem você anda não prestam. Eles não valorizam a pessoa maravilhosa que você é.

- eu sei disso. Passei a andar com aqueles falsos e abandonei meus amigos. E sabe o que me deixa envergonhado? Todos eles protegeram o Matheus e o Thiago quando eles assumiram, eles os protegeram de mim, mãe. De mim! Eu sou um idiota... não mereço mais a amizade deles.

- Guilherme, quem sabe eles não estão esperando uma atitude sua? Você quem errou, você tem que ir atrás deles e pedir desculpas. Principalmente o Thiago e o Matheus.

- eu sei, mãe. Eu farei isso, eu te prometo!

- é bom mesmo, se não enquanto você estiver dormindo eu vou puxar sua orelha com tanta força que você vai sentir a dor no seu corpo real!

- nossa rsrs...

- então, faça o que a mamãe está pedindo a você, meu filho. Você não está sendo feliz. Volte pros seus amigos. E vá procurar alguém pra namorar sério dessa vez! Você não é galinha...

- tudo bem mãe... vou tentar mudar.

- quero que prometa. Alguém irá se apaixonar por você e se você não assumir um relacionamento com ela, ela vai sofrer muito!

- tudo bem, eu prometo! Mas de quem você ta falando? Quem vai se apaixonar por mim?

- você verá... talvez você conheça essa pessoa brevemente. Ou talvez já conheça. Mas lembre que nem tudo é o que parece ser.

- mãe... não vai embora... me diz o que quer dizer isso...

- você terá que descobrir isso sozinho, meu filho... – ela beijou minha testa e desapareceu entre as árvores. Eu tornei a deitar na grama e fechei os olhos.

De repente ouvi uma voz um pouco familiar. Uma voz masculina. Um rapaz falando alguma coisa comigo. Eu abri os olhos e vi a forma de seu corpo de pé sobre mim. Não consegui ver seu rosto. Ele me disse que eu precisava levantar pra ir embora.

- não quero, aqui está tão bom... fica aqui comigo...

- eu não posso Guilherme, você sabe disso! Seus amigos vão me bater! Preciso ir agora! Vem comigo...

- eu queria que você ficasse comigo só um pouco... por favor...

- ahn... ok, mas só por causa disso não vai ganhar um beijo!

- por mim tudo bem (risos)!

Por que eu estava falando aquilo? Estava conversando com aquele garoto como se ele fosse meu... namorado! Isso é impossível, eu não gosto de homens, eu não sou gay! Foi um dos sonhos mais estranhos que eu já tive. Ele deitava ao meu lado e repousava sua cabeça em meu peito. Me senti estranho. Estranhamente bem.

Eu passava a mão no cabelo dele e cheirava. Tinha um cheiro tão agradável, parecia morango. Ele se levantou um pouquinho e subiu no meu colo. Estávamos de frente um pro outro, e seu rostinho foi se aproximando do meu. Eu confesso, pela primeira vez eu estava morrendo de vontade de beijar um homem. Ele mexia comigo, de alguma forma. Seu nariz tocou o meu e senti um leve arrepio. Seus lábios estavam quase tocando os meus...”.

...

- Guilherme!!! Acorda criatura de Deus!!! Vai dormir ao ar livre hoje é?!

Levantei bem devagar e olhei pro meu “amigo”, o que tinha zoado comigo naquela tarde.

- o que é, mongolóide?! Volta pra Mongólia vai!...

- eita, isso é jeito de falar com seu amigo?!

- pow não me enche garoto! Você sabe que fico assim quando to com sono!

Eu até tentei despistá-lo, mas ele só ficou enchendo meu saco, falando de mulheres, mulheres, mulheres... A conversa estava tão chata que nem prestei muita atenção. Me lembrei do sonho. Fiquei muito feliz por ter visto minha mãe, fazia semanas que eu não sonhava com ela.

Mas lembrei do que ela falou comigo. Realmente eu não estava feliz com minha vidinha. Eu queria meus amigos verdadeiros de volta. Thiago e Matheus, eles sofreram muito por minha causa... não sei se eles ainda têm coragem de olhar na minha cara. Lembrei do carinho entre os dois no ônibus. Ao meu redor, vários casais passeavam tranquilamente. Eu acho que eu estou carente... minha mãe tem razão, eu preciso encontrar alguém pra namorar sério. Mas quem vai querer namorar com um galinha como eu? Mesmo que eu queira, a pessoa vai achar que eu to traindo ela, mesmo se eu não tiver feito isso. O que eu faço agora? A única coisa a ser feita, primeiramente, é ir atrás de Thiago ou Matheus e pedir perdão aos dois.

- eeiitaaa Guilherme do céu... – gritou Everton do meu lado.

- o que foi garoto?!

- olha aquela mina ali cara, dá pra ver a calcinha daqui! Olha como ela arrebita a bundinha... que delicia mano, vamo lá ver se ela quer brincar com a gente...

- vai você... eu não to a fim.

- ah Guilherme, você ta estranho desde que chegou aqui! Eu vou ter que te arrastar até a garota?! O que ela vai pensar da gente?!

- que você é um idiota! Pelo menos eu to tentando não pagar mico. Agora dá licença que eu vou vazar!

Deixei ele falando sozinho. Ao invés de ir atrás de mim e pedir desculpa, ele foi atrás é da garota. Eu nem liguei, sei que ele não é meu amigo, é só mais um falso que anda comigo pras garotas prestarem atenção nele. Olhei numa direção e vi um garoto sentado ao pé de uma árvore. Já estava anoitecendo, então nem consegui ver ele direito. Vi um garoto passando e perguntei se ele conhecia o Thiago.

- conheço sim, o cara que namora o Matheus, né?

- isso! Você viu ele por aí?

- vi sim, ele ta meio emburrado não sei com o que, saiu correndo pra lá olha...

- aquele garoto sentado ao lado daquela árvore?

- acho que deve ser ele mesmo, ele foi naquela direção!

- ótimo! Valeu cara, me ajudou bastante!

- de boa... mas você ta ligado que ele tem namorado né?

- ahn? Ah não não é isso... ele é meu amigo! Vou lá, valeu!

Fui correndo até o garoto. Ele estava com a cabeça pra baixo e nem notou minha presença. Realmente, era o Thiago.

- eu sou um idiota, eu sou um idiota ao quadrado... – ele disse baixinho.

- oi Thiago.

Ele levantou a cabeça assustado e se levantou.

- Guilherme?! O que você quer?!

- calma, só quero conversar.

- bora, fala logo que eu to com pressa.

- pressa? Você tava se chamando de idiota aí, parece super tranqüilo (sqn). Por que será?...

- Noé...

- Noé?...

- Noé da sua conta! Agora fala logo o que você quer...

- ta bem... senta aí, vamos conversar.

Ele sentou e eu sentei ao seu lado.

- pode começar... – disse Thiago.

Continua...

Não esqueçam de comentar hein?! Ah e lá no G.R.G.A. 2014 só duas pessoas votaram em mim (fran e Fagner)(se tiver algum outro, perdão por não ter lembrado), então eu estou de mal com vcs que leem meu conto e não votaram em mim RUM U.U não vou responder mais nenhum feed de vcs seus escrotos... brincadeira gente, não ligo muito para isso, mas mesmo assim torci para os escritores que realmente merecem ganhar. Afinal de contas, eu nem quero ganhar mesmo U.U kkkkkkk. Um abraço pra vcs e um beijo no core!