Capítulo 8

Conto de Ruth M. como (Seguir)

Parte da série Até o fim

“perry201”: Obrigada cara. :)

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-Alô. Eu digo meu grogue.

-Oi, anjinho.

Olho para fora da mina janela e vejo que ainda está escuro.

-Que horas são?

-Quinze para as seis.

-E porque diabos você está me ligando a uma hora dessas?

-Tenho uma surpresa para você?

-E não podia esperar o sol nascer?

-Não, eu quero te levar a um lugar.

-Tudo bem, a que horas?

-Agora.

-Agora?

-É, e abre a porta do apartamento que eu estou cansado de esperar do lado de fora.

-O que você está fazendo aqui?

-Já disse, vamos sair. Agora abre a maldita porta.

Desligo o telefone e o jogo na cama, me levanto da cama e vou rastejando até a porta.

-Achei que você tinha dito brincando quando disse que era um maníaco.

Ele ri e me dá um selinho enquanto fecha a porta, rastejo de volta para o meu quarto, me jogo na cama e puxo as cobertas, logo em seguida o colchão ao meu lado afunda e Artur me abraça.

-Você está tão quentinho.

-Deve ser porque eu estava dormindo.

Ele ri e se senta na cama, ele tira sua camisa e me abraça novamente, vou de bom grado e sinto seu peito nu e quente colado as minhas costas.

-Eu poderia ficar assim com você durante todo o dia. Ele fala apoiando seu queixo no meu ombro.

-Que bom. Fecho meus olhos e começo a cochilar, mas ele me acorda.

-Ei anjinho, se levanta, temos que sair.

-A única coisa que temos que fazer é dormir.

Ele arreda os cabelos da minha nuca para o lado com o nariz e cheira o meu pescoço.

-Você cheira tão bem durante a manhã.

-Oh sim, algo como edredons , cobertas e um pouco de sono.

Ele bate na minha bunda e tira minhas cobertas.

-Se levante e coloque uma sunga, vamos nadar.

-De madrugada?

-O caminho é longo. Agora pare de reclamar e vá se arrumar.

Eu sabia que ele não iria me deixar em paz, então me obrigo a me levantar e tiro minha cueca na sua frente mesmo, vou para o banheiro e faço de questão de trancar a porta. Tomo meu banho, escovo meus dentes e dou um jeito no meu cabelo, enrolo uma toalha em volta da minha cintura e volto para o meu quarto encontrando um Artur folgado deitado na minha cama sem camisa.

Ele me olha de cima a baixo e molha seus lábios, vou até o meu guarda-roupa embutido e deixo minha toalha cair propositalmente no chão. Visto uma sunga branca e me viro para trás, Artur me encara atentamente e isso mexe comigo, ele se levanta da cama, abraça minha cintura e me beija.

Ele me carrega até a cama deitando sobre ela, ele vai até a sua bolsa e volta com o protetor solar na mão.

Acabou que passar protetor solar nunca foi tão sensual, e a excitação foi inevitável.

Vesti uma bermuda azul e blusa cinza, peguei meus óculos escuros enquanto ele vestia sua camiseta novamente.

-Vamos?

Eu concordei e saímos do quarto, fui até a porta da minha mãe e dei duas batidinhas.

-Mãe?

-Oi.

-Eu vou sair com o Artur, qualquer coisa me liga.

-Tudo bem.

Vou até a cozinha e deixo um bilhete na geladeira, Artur me vê o escrevendo e ri.

-Minha mãe tem um sono confuso, apenas para me certificar.

Ele põe a mão na minha cintura e beija minha têmpora, o puxo para fora do apartamento. Assim que chegamos à rua ele segura a minha mão e me leva até uma moto, sorrindo para mim ele pergunta.

-E então?

-É sua?

Ele concorda.

-E... Você tem certeza que sabe pilotar isso?

-Desde que eu me entendo por gente.

-Ótimo, mas você não pode pilotar.

-Você está com medo?

-Digamos que medo não, mas estou um pouco receoso.

Ele ri e me coloca o capacete.

-Não se preocupe, eu não faria nada para por você em perigo.

Eu apenas aceno e ele sobe na moto, coloca o seu capacete e me estende a mão.

-Vamos?

Eu seguro sua na sua mão para me apoiar e subo na motocicleta, ele segura minhas mãos e envolve sua cintura com o meu braço.

-Sabe, eu prefiro assim.

-Lógico que você prefere assim.

Ele ri e dá vida ao motor, a moto ruge abaixo de nos me fazendo sentir um frio na barriga.

-Não se solte de mim.

Como se eu fosse capaz.

Ele arranca a moto do meio fio e pegamos a rua.

-Fique calmo. Ele pede.

Tomo uma respiração profunda e aos poucos vou me acalmando. O trajeto foi relativamente logo, como ele disse era longe, pouco mais de vinte minutos de moto. Saímos da cidade e ele entra em uma estrada de terra, dois quilômetros a frente ele estaciona a moto ao lado de uma arvore, puxa o pezinho e desce da moto. Estávamos numa floresta, e quanto mais você adentrasse mais densa ela ficava.

-Sua primeira vez? Ele pergunta sorrindo.

Eu concordo e ele me ajuda a descer da motocicleta.

Ele tira carrega os capacetes em uma mão e com a outra ele entrelaça na minha, caminhamos por um caminho repleto de árvores até que ele para.

-Eu preciso que você feche os olhos, anjinho.

-Por quê?

-Surpresa.

Faço como ele pediu e fecho meus olhos, e ele começa a me guiar, de repente ele para e beija meu cabelo.

-Chegamos.

Abro meus olhos e meu queixo cai. É surreal. Parece algo que vemos apenas em filmes, há uma queda d’água e no poço que se forma logo abaixo a água é cristalina e se pode ver as pedras no fundo. Ao redor do local há diversos tipos de plantas, desde as da região até plantas exóticas e chamativas. O local é como uma estufa, as enormes árvores protegem o local do sol intenso e apenas alguns poucos raios de luz atravessam os galhos clareando o ambiente.

-Você gostou?

-Isso é incrível Artur. Viro-me de frente para ele e o abraço. –Lindo.

-Eu sei, é maravilhoso, eu amo vir aqui.

Ele tira a mochila, estende uma manta sobre a grama e tira sua blusa a jogando no chão.

-Vamos nadar?

Suas mãos percorrem a bainha da minha blusa e ele a puxa fora, tiro suas bermudas e ele a chuta para longe junto com seus sapatos. Ele morde o meu pescoço enquanto desabotoa minha bermuda, ela cai ao redor do meu pé e arranco meus tênis e meias. Artur segura minha mão e caminhamos para a margem, aos poucos eu ia adentrando a água estupidamente gelada na vã esperança do meu corpo se acostumar com a temperatura quando sinto suas mãos se fecharem em torno da minha cintura, ele me levanta e antes que eu possa dizer alguma coisa ele me joga na água, mas antes mesmo que eu consiga emergir ele está ao meu lado novamente rindo e me segura pelo quadril me jogando na água novamente, mas, no entanto dessa vez eu prendo o meu fôlego e em vez de tentar emergir eu nado para longe até uma rocha próxima e subo em cima dela, balanço meu cabelo tirando o excesso de água e o vejo emergir na minha frente sorrindo.

-E então, está gostando anjinho?

-É um lugar adorável, mas seria fabuloso se você parasse de jogar minha bunda na água.

Ele ri e vem nadando de braçadas até onde estou, encolho minhas pernas em cima da rocha ele sobe se sentando ao meu lado. Seu braço esquerdo laça o meu quadril e ele me puxa de encontro ao seu peito.

-Eu amo esse lugar, sempre que tenho tempo eu venho para cá para descansar.

-Parece um pedaço do paraíso.

Ele ri e beija o meu ombro.

-Não é que parece? Agora tem até anjo.

Eu bato em sua coxa o advertindo e ele me segura pela cintura novamente.

-Artur, não.

Tarde demais, ele me joga na água novamente. Assim que chego à superfície o encontro já de pé dando gargalhadas.

-Idiota. Eu grito para ele.

Ele me encara arqueando uma de suas sobrancelhas e faz um mergulho perfeito, ele nada até onde estou e me trava junto ao seu corpo, ele tenta me beijar, mas eu viro o rosto.

-Estou chateado e com a bunda doendo, sai fora.

-Tudo bem. Ele olha para a cachoeira e depois para mim.

-Você já atravessou uma queda d’agua.

-Não, mas...

Ele me interrompe.

-Você vai adorar.

Eu bufo e ele coloca minhas pernas ao redor da sua cintura e meus braços em volta do seu pescoço enquanto começa a nadar em direção a pequena cachoeira.

-Eu sei nadar, Artur.

-Eu sei, mas eu prefiro assim.

Reviro meus olhos e aos poucos vamos nos aproximando da queda d’agua e o barulho vai ficando cada vez mais alto enquanto ele nada, fecho meus olhos e sinto como se tivessem jogado um balde com água na minha cabeça, sim, o balde e a água, o que por incrível que pareça foi uma sensação boa.

Logo depois da travessia havia um paredão, Artur nadou até a parede e encostou suas costas nelas me virando de frente e apoiando seu queixo no meu ombro e suas mãos sobre o meu abdômen, ficamos a admirar a beleza daquela cortina de água e do doce e ensurdecedor som da água. O sol refletia na água dando um aspecto fictício ao local e tudo parecia ainda mais mágico.

Sinto sua língua brincar com o lóbulo da minha orelha mesmo debaixo d’agua meu corpo se arrepia. Viro-me de frente para e o encaro enquanto ele me observa com carinho.

-Você é lindo.

Fico tímido e tento desviar o olhar, mas ele trava meus olhos à suas pérolas negras e então me perco naquela imensidão escura dos seus olhos. Ainda com seu olhar travado no meu ele se abaixa lentamente e roça seus lábios nos meus, um pequeno gemido escapa dos meus lábios e ele reivindica minha boca para a sua. Ele me agarra apertando meu corpo ao seu e meus dedos procuram os seus fios de cabelos macios, deslizo meus dedos por entre eles e sinto sua dureza contra a minha pélvis.

-Artur?

-Eu já estava me segurando há muito tempo.

Nós começamos nadar de volta para a margem sem quebrar o beijo, mas de repente o ar ficou mais pesado e a margem parecia muito longe. Enfio minhas mãos por entre nos dois e aperto seu pênis sobre a sua sunga, ele se apressa ainda mais e sai da água me deitando com cuidado sobre a toalha, com minhas pernas ainda entrelaçadas ao redor da sua cintura eu o puxo para mim, ele se abaixa chupando meu mamilo e minhas costas se arqueiam.

-Você gosta quando eu chupo seu lindo mamilo assim?

Eu pretendia responder a sua pergunta, mas ele desceu sua boca sobre o meu outro mamilo e o chupou com força. Sua língua desliza pelo meu abdômen e para no cós da minha sunga, ele me encara por um momento e logo depois a abaixa com os dentes fazendo meu membro saltar para fora em toda a sua glória, ele molha seus lábios e abocanha o meu pau.

Sua boca hábil me chupa com maestria, me bombeia enquanto massageia as minhas bolas, raspa de leve seus dentes sobre a minha pele sensível me levando fundo na sua garganta e sinto minha liberação chegando.

-Artur... Mm. Assim. Cravo minhas mãos no seu cabelo e ele me chupa com força fazendo meus olhos revirarem. –Porra, Artur... Eu acho que eu vou... Ahh...

Ele me leva funda na sua garganta e imita o movimento de engolir me fazendo insano e gozo prolongadamente em sua boca.

Dizer que isso foi bom seria um eufemismo, isso foi fodidamente incrível.

Abro meus olhos e o vejo limpando o canto da sua boca onde vazou um pouco do meu sêmen, ele limpa com o dedo e logo em seguida o chupa. Artur beija o meu abdômen e sobe beijos até a minha boca, seguro a parte de trás do seu pescoço e puxo sua língua para a minha a fim de provar o meu gosto nele. Minhas mãos vagueiam por suas costas até o cos da sua cueca, inverto nossas posições me sentando sobre seu abdômen, brinco com minha língua em um dos seus mamilos o deixando rijo e faço o mesmo com o outro. Traço beijos pelo seu peitoral e vou descendo até as ondulações do seu estômago e beijo cada um daqueles perfeitos gominhos, mais embaixo me deparando com aquele V fascinante que some logo abaixo do cos da sua cueca.

Encaro o seu volume e depois os seus olhos, ele arqueia uma sobrancelha sugestivamente e tiro a sua sunga, me acomodo entre as suas pernas e tomo seu membro pesado na minha mão brincando com meus lábios sobre a sua glande. Levo meu tempo saboreando o seu membro, mas em pouco tempo ele para e me puxa para cima.

-Ei, você ainda nem...

Ele me interrompe.

-Eu vou levar meu tempo com você, mas pode ter certeza, quando eu gozar eu vou estar enterrado profundamente que qualquer pessoa em um raio de cinco quilômetros irá ouvir os seus gritos. Ele me vira e me arruma de quatro sobre a toalha, com a sua “ameaça” o meu pau que estava à meia-bomba subiu para duro feito pedra.

Ele se lambuza brincando com meu anel, e depois introduz um dedo, logo em seguida o segundo e começa a fazer movimento circulares fazendo minhas pernas tremerem enquanto ele me preparava. Seus dedos foram trocados pela sua língua, ele a forçou contra o meu ânus.

-Caralho, anda logo Artur.

Ele ri.

-Ver você falando assim nem dá para perceber que você acabou de gozar litros na minha boca.

Sua língua aveludada e escorregadia lambeu toda a extremidade das minhas bolas até o meu ânus, minha excitação estava incontrolável e finalmente senti o seu membro roçar na minha bunda. Ele começa a colocar a cabeça do seu membro devagar na minha entrada, mas eu não me aguento e empurro meus quadris para trás o trazendo por completo para dentro de mim.

-Caralho! Artur grita atrás de mim e se curva soltando baforadas de ar. –Porra, anjinho.

Sim, doeu tê-lo trago todo de uma vez, mas o prazer compensou qualquer requisito de dor.

-Merda, você vai me matar.

Ele aperta os dedos ao redor do meu quadril e começa a se movimentar, balançando seus quadris vagarosamente. Ele sai de dentro de mim me deixando com uma sensação de vazio e me deita sobre a manta, sua boca desce sobre a minha e afasta minhas pernas enquanto encaixa seu membro novamente na minha entrada bombeando devagar.

-Tão malditamente apertado.

Seus quadris aumentam o ritmo e começa a gemer, seus olhos se abrem e me perco naquelas piscinas negras.

-Se prepare. Ele fala com um meio sorriso.

Ele arreda seus quadris para trás, pega uma das minhas pernas e coloca sobre o seu ombro e depois a outra, com uma estocada forte ele afunda em mim e tenho certeza que gritei, ele foi tão malditamente profundo. Uma gota de suor cai do seu rosto no meu peito e encaro o seu rosto bonito que agora está coberto por uma fina camada de suor. Ele continua a se mexer em estocadas fortes longas e profundas enquanto afunda o seu rosto na curva do meu pescoço e suas mãos prendem o que quadril me deixando firme no lugar.

Ele estava intenso, meu corpo e o dele estavam conectados de uma forma arrebatadora, ele rebolava e mexia seus quadris me levando ao delírio enquanto o seu corpo me dava um prazer que para mim não existia, ele me levava ao extremo, forçando cada gota de prazer a se acender no meu corpo.

Senti meu orgasmo se construir, um imenso orgasmo fazendo meu corpo tremer em antecipação, agarrei seus ombros sentindo o peso do seu corpo sobre o meu e cravei meus dentes no seu ombro quando meu orgasmo atravessou a minha espinha e eu gozei novamente fazendo todo o meu corpo tremer, ele dá uma última estocada e forçando seu corpo ainda mais sobre o meu ele me enche com o seu esperma gemendo contra o meu pescoço. Ele se movimenta uma última vez e desaba o seu corpo sobre o meu, acaricio seu cabelo esperando nossa respiração se acalmar.

-Artur?

Acaricio o seu rosto mais ele não me responde.

-Artur?

Eu o empurro para o lado e o balanço.

-Artur, ei.

Começo a ficar preocupado com ele quando sinto a sua mão sobre a minha nuca e ele me abaixa puxando minha boca para a sua em um beijo e me deita na curva do seu braço.

-O que houve Artur?

Ele abre os olhos um pouco os deixando semicerrados e um pequeno sorriso se forma no canto da minha boca.

-Esse foi o melhor sexo da minha vida e meu orgasmo foi tão intenso que acho que apaguei por um minuto. Ele beija a minha têmpora e cruza o seu outro braço atrás da sua cabeça.

Olho em volta e me deparo com o que nos fizemos. Estávamos tão envolvidos em nossa nuvem de luxúria que eu completamente esqueci que estamos em um local público e que alguém poderia ter nos vistos. Encolho-me e começo a levantar a procura das minhas roupas quando o Artur me puxa de volta me deixando firme ao seu lado, com a outra mão ele pega a mochila e tira uma manta verde de dentro dela, ele a estende sobre nos, beija o meu cabelo e suspira.

-Estou muito cansado, vamos deitar um pouco e daqui a pouco nos levantamos.

Somos apenas um emaranhado de corpos suados, membros flácidos e sujos de sexo, mas nesse momento isso parecia à coisa mais fantástica do mundo.

A respiração de Artur se estabiliza ao meu lado e seu que ele está dormindo, me viro de lado para ele e me aconchego mais perto dele, o cansaço cai sobre os meus olhos e caio em um cochilo totalmente satisfeito.

Acordo com o sol forte no meu rosto e alguém passando algo sobre o meu peito, me apoio sobre os meus cotovelos e ponho uma das minhas mãos sobre os meus olhos tampando o sol. Focalizo na minha frente Artur com um protetor solar na mão o espalhando sobre a minha barriga, ele sorri quando percebe que eu acordei e me dá um selinho.

-Fique bruços que vou passar nas suas costas.

Faço como ele pediu e me deito sobre os meus braços. Ele é bem ágil com as mãos e fecho meus olhos desfrutando das suas mãos quando sinto morder o meu traseiro?

Olho para trás e ele está com um pequeno sorriso. Levanto-me vestindo a minha sunga e belisco o seu mamilo.

-Isso dói, garotão.

-Mas a tentação é maior. Ele fala sorrindo.

Belisco dessa vez o seu outro mamilo e ele se encolhe.

-Isso também dói.

-Eu sei.

O belisco uma última vez e saio correndo e rindo em direção ao poço, ele joga o protetor solar para o alto e corre atrás de mim.

Passamos um bom tempo brincando e namorando na água, apenas quando a fome apertou que saímos. Ele tinha trago frutas, biscoitos, sanduíches, sucos e uma porção de guloseimas.

Apenas quando o sol já estava se pondo que resolvemos voltar, arrumamos nossas coisas e colocamos nossas roupas e nossos pertences na mochila.

-Artur, dorme lá em casa hoje?

Ele acaba de vestir a sua blusa e me beija.

-Sua mãe está bem com isso?

Eu concordo.

-Sim, nós já conversamos sobre isso.

-Então tudo bem, só precisamos passar na minha casa para pegarmos algumas roupas.

-Tudo bem.

Ele entrelaçou minha mão na sua e caminhamos para o moto.

O caminho de volta foi tranquilo, parecia que nos estávamos em sintonia com o mundo, estávamos em paz. Abracei sua cintura e deitei minha cabeça na suas costas vendo o sol se pôr no horizonte pintando o sol de tons alaranjados um pouco róseos.

Quando chegamos à sua casa o sol já havia se posto, entramos por um caminho atrás da casa e ele abre o portão elétrico da garagem e entramos, descemos da moto e ele sorri para mim quando acende as luzes.

-Bem-vindo à Bat Caverna.

-Bat Caverna?

-Sim, o local onde a mágica acontece.

A “Bat Caverna” era uma grande garagem para quatro carros, do lado esquerdo havia o jipe e a moto, no fundo tinha prateleiras repleta de caixas e a esquerda uma mini academia. Tinha um aparelho de musculação, esteira, um colchão de ginástica no chão com um suporte onde havia inúmeros pesos, e bem no meio da garagem havia um enorme saco de box pendurado.

-Isso é...

Ele me interrompe.

-Eu sei isso aqui é lindo. Mas vamos subir.

Ele segura minha nuca e me beija, saímos da agarrem e entramos para a casa, assim que chegamos encontramos Nanda sentada no sofá dividindo um balde de pipoca com um homem ao seu lado. Ela nos vê e cumprimenta-nos com um caloroso sorriso.

-Oi, vocês.

-Oi.

-Olá. O rapaz diz.

Artur me segura pela cintura e subimos para o quarto, eu me sento na cama e ele pega uma mochila colocando algumas roupas dentro dela.

-Eu vou deixar para tomar banho na sua casa. Com você.

-Eu também prefiro assim.

Ele fecha a mochila e a pendura nas suas costas, ele vem até onde estou e toma meu rosto em suas mãos roçando seus lábios nos meus.

-Acho melhor irmos antes que alguém mude de ideia.

Ele cheira o meu pescoço dá uma pequena mordida.

-Tudo bem.

Voltamos para a sala.

-Nanda, hoje eu vou dormir na casa do Gabriel.

-Ok.

Artur caminha até ela e beija sua testa.

-Durma bem.

Vou até ela e a abraço.

-Tchau Nanda.

-Tchau e cuida bem do meu menino.

Eu sorrio.

-Pode deixar.

Artur segura minha mão na sua e força um sorriso ao visitante enquanto caminhamos para fora.

-Acho melhor você estar fora da minha casa até as dez.

Caímo-nos fora e quando já estávamos na calçada eu não consegui me conter mais e cai na risada, ele franziu o cenho e olhou para mim.

-O que foi?

-Você só pode ser doido, como você fala assim com o cara? Ele está com a sua irmã.

Ele dá de ombros.

-Eu acho que nunca vou me acostumar a vê-la com outro homem.

-Por quê? Acha que ela vai te esquecer?

-Na verdade não, ela já provou que eu valho mais que qualquer namorado dela.

-Hum.

-Só é meio estranho pensar na Nanda em algo diferente da minha irmã mais velha, saber que ela... Sabe?

-Saber que ela faz sexo?

Ele torce o nariz em desagrado.

-É, mas vamos falar de outra coisa.

Eu comecei a rir e o resto do caminho conversamos sobre outras coisas.

Quando chegamos em casa minha mãe não estava lá, devia estar trabalhando ainda, fomos para o meu quarto e eu me joguei na minha cama, Artur se deitou ao meu lado.

-Eu adorei o dia de hoje, anjinho.

-Eu também, foi incrível Artur.

Eu seguro seu queixo e trago sua boca para a minha em um beijo calmo.

-Eu te amo.

-Eu também te amo, Artur.

-Vamos tomar banho?

-Daqui a pouco.

-Ei, deixe de ser preguiçoso.

Ele vai para o banheiro me levando junto com ele. Ele me senta sobre a tampa do vaso e tira minhas roupas, quando estou completamente nu ele me leva para dentro do box e abre a torneira. Ele pega o meu xampu e começa a lavar o meu cabelo enquanto apoio minhas mãos no seu quadril.

-Eu amo quando você cuida de mim.

-Eu amo cuidar de você.

Artur pega meu gel de banho e me limpa com todo cuidado como se eu fosse de cristal e pudesse quebrar a qualquer momento, depois de tirar todo a espuma do meu corpo ele começa a me levar para fora do box.

-Ei, deixe-me cuidar de você também.

-Não precisa além do mais você está cansado.

-Você também está cansado, e eu quero cuidar de você também.

Voltamos para dentro do box e eu tiro suas roupas molhadas, faço com ele o mesmo que ele fez comigo, minhas mãos memorizando cada parte do seu corpo.

Saímos do banheiro e nos secamos, vou para o meu guarda-roupa e visto um short de pijama e uma velha camisa dos Beatles, volto para o banheiro e começo a escovar meus dentes quando o Artur para na porta do banheiro com o torso nu e um velho moletom cinza pendurado nos seus quadris ameaçando cair. Tenho certeza que estou babando, mas Deus, ele está sexy como o inferno. Espere ai, o inferno é sexy? Foda-se, não há nada no mundo mais sexy que essa visão na minha frente.

Ele abre um meio sorriso e meus joelhos fraquejam, ele muda seu peso de perna e tenho um pequeno vislumbre do V do seu quadril sumindo a baixo no cos da sua cueca branca.

Acabo de escovar meus dentes e vou até onde ele está, raspo meus dedos de leve pelo seu estômago o fazendo prender a respiração e segurar a minha mão.

-Vá para a cama. Ele dá um tapa na minha bunda e entra para o banheiro, vou para a cama me instalando debaixo das cobertas e pouco tempo depois ele volta para o quarto.

Artur deita na cama ao meu lado entrelaçando minhas pernas nas suas e me puxa para ele, minhas costas encontram o seu peitoral e mesmo eu estando com camisa posso sentir o calor que emana do seu corpo. Deslizo minha mão entre nos dois e chego à sua virilha onde posso sentir um notável volume, eu o aperto, mas ele arreda seus quadris para trás, para longe da minha mão.

-Você precisa descansar anjinho.

-Artur...

-Não.

Eu bufo e ele chupa o lóbulo da minha orelha.

-Você tem que descansar. Ele beija o meu ombro. –E... anjinho, eu machuquei você hoje? Eu sei que fui um pouco áspero com você.

Virei-me e encarei seu rosto bonito, ele realmente estava preocupado, e eu amava isso nele, saber que ele se preocupava de verdade comigo. Havia sim uma pequena dor, mas era uma dor boa, é como se eu pudesse fechar meus olhos e voltasse a aquele momento e o sentisse novamente.

-Não, você foi incrível.

-Sério?

Eu concordo.

-Muito bem, agora vamos dormir.

Ele deita-se de barriga para cima e me puxa para a curva do seu braço entrelaçando nossas mãos sobre o seu abdômen, e dormimos rapidamente cansados e satisfeitos.

Comentários

Há 2 comentários.

Por jpli em 2015-03-22 19:07:22
Meu Deus só isso é que possao dizer milhões de milhões de notas ♡
Por Ryan Benson em 2015-03-22 10:29:25
Owwnnn TωT gente, isso é tão lindo... Guria vc está de parabéns, escreve estupendamente bem, português nota 10, enredo nota 100, personagens nota 1000000000 rsrs. Estava acompanhando essa série há algum tempo, agora resolvi comentar hehe :v me emocionei bastante com os momentos love do Arthur, cara, ele é um anjo, tão fofo, tão romântico, tão carinhoso ^ω^ vc mandou muito bem guria! Pfvor continua...