Capítulo 7

Conto de Ruth M. como (Seguir)

Parte da série Até o fim

BielRock:kkkk incubado. Obrigado por comentar ;)

Na manhã seguinte na escola foi como se houvesse um chiclete invisível entre nós, não nos desgrudamos por um minuto sequer, sua mão durante toda a aula estava junto à minha e eu não conseguia parar de sorrir. Assim que as aulas acabaram viemos para a minha casa, estávamos no elevador quando ele morde a minha orelha e sussurra no meu ouvido.

-Já disse que te amo?

-Creio que não, se você tivesse dito algo do tipo eu teria me lembrado.

-Pois saiba que eu te amo.

-Hum...

-O que foi?

-Eu gosto de ouvir isso.

O elevador para e eu o puxo para fora em direção ao apartamento, fecho a porta, o seguro pela camisa e o jogo no sofá, ele me olha com um olhar interrogativo e um sorriso safado. Sento-me no seu colo e acaricio seu rosto.

-Eu te amo.

-É bom ouvir isso. Ele fala beijando o meu queixo.

Eu abraço o seu pescoço e capturo seus lábios nos meus, ele tem gosto de menta, um pouco de chocolate e Artur. É incrível a sensação de beija-lo, quando seus lábios tocam os meus é como se não houvesse mais nada, poderia muito bem acontecer uma invasão alienígena, um segundo diluvio o qualquer outra coisa, mas eu não iria me importar se isso acontecesse enquanto nos beijamos.

Ele me deita no sofá e coloca seu corpo sobre o meu enquanto enche o meu pescoço de beijos e pequenas mordidas, ele chupa o meu lábio inferior e quando eu acho que ele vai aprofundar o beijo ele se afasta, ele faz esse movimento repetidas vezes e quase me leva à insanidade.

-Artur. Eu digo frustrado.

-Hum?

Ele chupa o meu lábio inferior novamente e se afasta, esfrego minha panturrilha na parte de trás de suas coxas a procura de alguma fricção e fixo minhas mãos no seu cabelo o obrigando a me beijar, ele ri e cola sua pélvis na minha coxa.

-Olha o que você faz comigo, anjinho.

Ele faz pressão novamente na minha coxa e eu sinto sua dureza, minhas mãos deslizam para a sua virilha o fazendo soltar um pequeno rosnado, seus lábios procuram os meus gananciosamente, tomando tudo de mim, me deixo levar por ele e as coisas começam a esquentar, começo a tirar sua camisa fora mas a campainha toca, nos entreolhamos por um segundo e ele me beija novamente, mas eu o afasto.

-Pode ser alguém importante. Eu digo.

-Mais importante do que eu? Duvido.

Eu o tiro de cima de mim e me levanto, ele concerta sua camisa e põe uma almofada sobre o seu colo, ajeito minhas calças que de repente ficaram apertadas na área da virilha, tomo uma respiração profunda esperando as coisas se acalmarem a abro a porta. Assim que destranco a porta entram Alice, Paulo, Júlia e Sérgio, eu os encaro e eles se jogam no sofá.

-O que vocês estão fazendo aqui? Eu pergunto fechando a porta e me sentando ao lado de Artur.

-Oi para você também, Gabriel. Júlia fala.

-Que falta de modos. Sérgio acrescenta.

-EU acho que estamos interrompendo algo. Paulo fala me olhando e depois para o Artur.

-Eu sei, eles são fofos juntos, mas precisam sair desse casulo, então estamos indo para o shopping.

-Nos?

Ela concorda.

-Todos nos.

-Nos é muita gente, e eu estou bem aqui.

Júlia se levanta e puxa meu braço tentando fazer com que eu fique de pé mas eu continuo sentado.

-Por favor. Ela diz pulando e seus cachos balançando.

E aqui estou eu, em um sol escaldante caminhando para o shopping. Minha mão está entrelaçada na de Artur e ele chega mais perto e beija o meu pescoço.

-Seu gosto é tão excitante.

-Eu estou suado, tenho certeza que não há nada excitante nisso.

Ele olha para os lados.

-É mesmo?

Ele pega minha mão e a coloca sobre a sua virilha onde seu membro está a meio mastro, eu arregalo meus olhos.

-Eu disse que era excitante.

-Ás vezes você me assusta.

Ele ri e entrelaça sua mão na minha novamente.

O shopping não era muito longe, então não havia necessidade de algum transporte em poucos quinze minutos nós chegamos lá, passeamos pelas lojas fazendo algumas paradas em nome de Alice e Júlia e resolvemos ir à praça de alimentação.

Nós acomodamos em uma mesa e pedimos sanduíches e milk-shakes, gordura em forma de paraíso. Brincávamos e comíamos ao mesmo tempo, enquanto Artur contava as piadas mais sem graças possíveis fazendo todos rirem. Eu encostei minha cabeça no seu ombro e deixei um bocejo escapar, ele acariciou a palma da minha mão.

-Sono?

Eu concordei e ele esfregou meu braço com cuidado.

-Ei, sono não, vamos passear. Diz Alice já se levantando.

Continuamos passeando pelo shopping, tendo conversas com o segurança e às vezes comprando alguma coisa. Artur puxa minha mão e entra comigo em uma loja, ele tira uma blusa do cabide e vamos para o provador, assim que entramos ele coloca a camisa no cabide e me prensa na parede com o seu corpo.

-Você não tem noção de como eu estou doido para te tocar?

-E quem disse que você não pode?

Ele enfia suas mãos por dentro da minha blusa e acaricia o meu peito e abdômen.

-Eu posso te tocar assim na frente dos seus amigos?

Ele aperta meus mamilos com cuidado e eu fecho meus olhos com a incrível sensação do seu toque. Sinto sua respiração no meu pescoço e logo em seguida sua boca encontra minha pele chupando-a, eu abraço sua cintura e deslizo minhas mãos para debaixo da sua camisa acariciando suas omoplatas.

Sua boca finalmente encontra a minha e todo o meu corpo se arrepia, sua língua se mexe com maestria junto a minha e me perco. Seus quadris fazem fricção nos meus e ele me vira de costas, minha bochecha encontra a parede fria e ele aperta minha bunda com força.

-Lindo. Ele sussurra ao pé do meu ouvido, sua voz me traz arrepios me fazendo cair na real, faço com que vou virar de frente, mas ele aperta seu corpo no meu me impedindo de qualquer movimento.

-Artur, aqui não.

-Por quê?

-Aqui não é lugar.

Ele faz pressão dos seus quadris e eu posso sentir seu pênis pulsando, ele morde o lóbulo da minha orelha direita e suas mãos percorrem a minha lateral, seu toque me leva ao extremo e impulsiono meus quadris para traz de encontro à sua virilha, o ouço rosnar e ele me vira de frente, sua boca encontra a minha com impaciência e suas mãos desabotoam a minha calça, ele para o nosso beijo apenas para tirar a minha blusa fora e sua boca desce para a minha novamente, minha calças caem em torno do meu pé e caminhamos para o pequeno sofá.

Desabotoo suas calças e a desço junto com sua boxers e sapatos, ele tira sua camisa e me puxa para o seu colo, abraço seu pescoço e beijo sua boca, seus lábios macios me levam a loucura e começo a me remoer em seus quadris, suas costas encontram o sofá enquanto me apoio nos seus ombros e continuo fazendo fricção no seu pênis quando seu olhar de diamante encontra o meu. Beijo seu peitoral e arredo meus quadris mais para frente, seu membro faz fricção entre as minhas nádegas e solto um gemido, ele segura meus quadris e sai debaixo de mim.

-Apoie suas mãos no encosto do sofá. Ele manda e isso me deixa ainda mais excitado.

Faço com ele mandou e minha bunda fica no ar, ele tira minha cueca e amassa minha carne em suas mãos, me viro para traz e o vejo molhar os lábios, ele se abaixa e sua língua escorregadia encontra o meu orifício. Meus olhos se reviram de prazer e mordo meu lábio inferior para não fazer barulho e nos denunciar. Sua boca se alternava entre me chupar e me penetrar com a língua, à única coisa que eu podia em questão fazer era choramingar em deleite. Ele mordiscava a minha carne. Suas mãos encontraram o meu pênis e ele me virou deitando-me no sofá, ajoelhou-se ao lado do sofá sua e boca quente encontrou o meu pênis. Ele não está para brincadeiras e me chupa com uma aptidão invejável. Ele levanta sua mão e coloca dois de seus dedos na minha boca, eu os chupo e ele arreda meus quadris para a borda do sofá, os dedos molhados encontram o meu ânus e eles adentram minha abertura, solto um longo suspiro e afundo meus dedos no seu couro cabeludo.

-Artur. Seu nome não passa de um sussurro e o prazer domina cada célula do meu corpo. O puxo para cima do sofá e o deito onde eu estava a pouco me acomodando entre suas pernas, admiro seu pênis que faz um arco até o seu umbigo e seguro sua base o abocanhando até onde consigo, Artur prende a respiração e a solta vagarosamente entre suspiros. Lambo toda a sua extensão e o engulo novamente, raspo meus dentes com cuidado sobre a sua pele sensível e ele me levanta sentando-me sobre o seu colo.

-Meu Deus, você será a minha perdição.

Seus lábios tocam os meus e puxo seus cabelos para traz, sua boca fica entreaberta a minha mercê, fisgo sua boa e sua língua acha a minha, juntas elas brincam e eu provo do seu gosto misturado ao meu. Ele levanta meus quadris e segura a base do seu membro o apontando para cima, lentamente eu vou me abaixando e seu pênis duro vai me adentrando, minha boca cobre a sua para abafar nossos gemidos e assim que ele me invade por completo encosto minha testa na sua abraçando o seu pescoço. Mexo meus quadris para frente e para traz fazendo atrito entre nossos corpos, subo e desço no seu pau e então de súbito meu olhar é puxado para o enorme espelho onde posso ver os nossos corpos juntos, vejo seu pênis entrando e saindo de dentro de mim.

-Artur, olha.

Ele olha meu rosto e depois acompanha o meu olhar para o espelho, a junção de nossos corpos é perfeita, eles se ajustam como se fossemos feitos um para o outro, é algo fascinante. O mais sensual de tudo é o proibido, saber que a qualquer momento um desconhecido pode aparecer e nos pegar no flagra, fazendo sexo em um local inapropriado, saber que esse alguém vai saber que ele é meu e que eu sou dele, o receio de ser pego em flagrante se mistura ao prazer do momento e sinto minha liberação chegando.

-Artur, eu vou...

Ele me cala com um beijo e abafa nossos gemidos, ele segura meus quadris e faz com que o nosso ritmo aumente, eu subo e desço no seu pau, meu orgasmo atravessa o meu corpo e eu gozo no seu abdômen e peito, segundos depois ele solta um baixo e rouco gemido e o sinto me preencher com seu sêmen, encosto minha testa na sua e ele me dá um casto beijo.

-Você é incrível.

-Não mais do que você.

Ele solta uma pequena risada e segura minha nuca para um beijo de verdade, roubando o meu fôlego.

Recompomo-nos e ele pega a blusa e vai para o caixa, enquanto ele paga a blusa eu fico olhando os funcionários ao redor um pouco receoso, ele segura a minha mão e caminhamos para fora.

Passeamos pelo shopping e encontramos o pessoal em frente ao cinema, assim que Alice me vê ela coloca suas mãos ao redor da fina cintura e me encara com um olhar fulminante.

-Onde estavam?

Levanto a sacola na mão do Artur.

-Fazendo compras.

Ela sabe muito bem que eu não gosto de compras, mas deixa passar.

-Ok, vamos entrar o filme já deve ter começado.

Vamos entrando e pegamos as poltronas no final, me instalo na minha cadeira e então percebo que eu me perdi de Artur, levanto-me para procura-lo, mas assim que fico de pé o vejo entrando na sala com os braços recheados de pipoca, refrigerante, doces, e guloseimas. Ele se senta ao meu lado, acomoda sua comida e beija a minha bochecha.

-Você está com fome Artur?

Ele encolhe os ombros.

-Você acabou de comer dois hambúrgueres e incontáveis milk-shakes. Ele me cutuca.

-Mas eu perdi bastantes calorias agora a pouco e tenho que repô-las.

Eu o encaro e ele está com um sorriso todo orgulhoso, reviro os olhos e afundo na minha poltrona.

Não faço ideia de que filme vimos, mas estava bem consciente da mão do Artur na minha coxa. Ele acariciava, traçava círculos preguiçosos, apertava o meu joelho e às vezes tentava ir mais ao norte, mas eu batia em sua mão o espantando e ele ria.

Saímos do cinema e apostamos corrida até o estacionamento, mas dessa vez Paulo e suas pernas incrivelmente longas ganharam.

Caminhamos pela cidade e fico feliz por ter aceitado o convite da Alice, foi bom sair do meu “casulo” e respirar um pouco, além do mais eu me diverti bastante, é bom estar com meu namorado e meus amigos.

Artur beija a minha bochecha.

-Já volto anjinho. Ele desprende sua mão da minha, sai correndo e o vejo entrar em um supermercado.

Júlia se vira para mim e pergunta.

-O que ele foi fazer?

-Não sei.

Ela revira os olhos apoiando os braços no ombro de Sérgio e ele resmunga.

-Folgada.

Julia ri e aperta sua bochecha.

Mais adiante vejo Artur sair do supermercado com um monte de sacolas na mão, ele atravessa a rua e o acompanho com meus olhos ele caminha pouco menos de vinte metros e se agacha ao lado de cinco crianças de rua, eles conversam por um instante e ele se senta no chão ao lado delas, atravesso a rua e vou atrás dele, quando chego lá ele está abrindo as sacolas onde tira pacotes de biscoito, suco, guloseimas e tudo aquilo que as crianças adoram, eu sorrio para ele, cruzo minhas pernas e me sento no chão ao seu lado. Uma das crianças, a mais nova, saí do colo da sua irmã mais velha e se senta na minha coxa, a menininha não parece ter mais de dois anos, ela tenta ficar em pé e se apoia no meu ombro, a seguro para não cair e ele enfia seus dedinhos no meu cabelo brincando com ele.

Artur vai distribuindo o biscoito entre as crianças e abre um para si próprio.

-Cadê a mãe de vocês?

-Ela saiu e disse que voltava de noite.

-E como vocês se chamam.

A menina mais velha, de pele pálida e cabelos castanhos cortados na altura dos ombros responde.

-Eu me chamo Joana. Ela aponta para um garoto ao seu lado com os olhos fundos e pele castigada pelo sol. –Esse é meu irmão, o Caio. Diego. Ela diz apontando para um garoto com por volta de seis anos com os cabelos arrepiados e os pés sujos. –E a Lara. Ela fala olhando para a sua irmãzinha no meu colo.

O pessoal chegou e a gente se apresentou, as crianças eram tão simples e humildes, o que Artur fez por elas as deixaram extremamente felizes que me doeu o coração. Nos muitas vezes reclamamos da vida, e muitas das vezes são por motivos fúteis, e por estamos acostumados apenas em reclamar esquecemos-nos de agradecer o que temos, mesmo que não tenhamos muito agradecer é essencial, se você não crê em algum Deus não tem problema, apenas valorize o que você tem, pois no mesmo instante em que você tem muito a vida poder dar um salto e te deixar sem nada.

Ficamos conversando com as crianças até depois do pôr do sol e quando já estávamos nos levantando uma mulher com roupas desgastadas e chinelos se aproximou das crianças e pegou a caçula no colo.

-Quem são vocês? O que estão fazendo aqui?

Joana a mais velha segura o braço da mãe.

-Eles são nossos amigos, eles passaram a tarde conosco.

-Até fizemos um pique... que... nique. Caio, o garoto de profundos olhos castanhos completa.

A mulher olha cada um de nós minuciosamente e seu olhar cai sobre Artur que entrega uma sacola que ainda tem biscoitos a menina mais velha.

-Obrigado, Tu.

Ele sorri para ela e fica ao meu lado, a mulher muda a criança de braço e deixa as sacolas que trouxe caírem no chão, ela as empurra com o pé para o canto e caminha até ficar frente a frente com Artur.

-Obrigado. Ela prensa os lábios juntos. –Eu não sabia mais o que fazer, o resto da comida que havia acabou. Ela prensa os lábios juntos para não chorar e Artur a abraça, a mulher deita a cabeça no seu ombro e chora.

-Obrigado mesmo, você foi enviado por Deus. Deus te trouxe até aqui.

Enquanto ela chorava nos apenas observávamos, e até algumas pessoas na rua pararam para olhar aquela bonita cena. Ele enxugou as lágrimas dela e a mesma sorriu.

-Se você precisar...

Ela segurou o braço dele.

-Você já fez demais por nos filho, apenas saber que no mundo ainda há pessoas como você renova a minha esperança que meus filhos terão um futuro diferente do que eu vivo hoje.

Ela pegou as suas coisas, nos deu um último sorriso e saiu junto com seus filhos. Eu cheguei mais perto de Artur e apertei sua mão, compartilhamos um sorriso e continuamos nosso trajeto.

Quando chegamos á casa dele Nanda já havia regressado do trabalho, ela estava sentada no sofá vendo televisão, nos sentamos ao lado dela e ele me puxou me fazendo deitar sobre o seu abdômen, ela aperta minhas bochechas e sorri.

-Você é tão bonitinho.

Artur revira os olhos e se levanta.

-Vou tomar um banho e já desço.

-Tudo bem.

Ele sobe as escadas e eu cutuco Nanda.

-Ei, que tal você ir jantar lá em casa hoje também?

-Hum, não sei.

-Por favor, o Artur também vai.

-Eu vou incomodar.

-Lógico que não, minha mãe vai adorar vocês.

-Você tem certeza?

-Claro.

-Então tudo bem. Vou me arrumar e volto logo.

Ela se levanta do sofá e vai para o seu quarto.

Continuo deitado no sofá e surfo pelos canais enquanto os espero.

Às vezes a vida nos pega de surpresa, eu nunca poderia imaginar que a minha vida iria mudar assim e para melhor, eu tenho uma mãe que me ama e nos damos bem, os melhores amigos, e o melhor namorado do mundo. Artur em tão pouco tempo se tornou o centro da minha vida, ele sempre foi paciente e carinhoso comigo, muitas vezes fico me perguntando se isso é apenas um sonho e daqui a pouco irá amanhecer, tudo terá ido embora e as coisas vão voltar a ser como antes. Mas por enquanto eu quero aproveitar, mesmo que seja um sonho. O melhor dos sonhos.

Perco-me nos meus pensamentos e nem vejo Artur descer as escadas, tomo um susto quando ele puxa minha perna e quase caio do sofá, ele ri e cai no sofá em gargalhadas.

-Bobo. Eu resmungo e sento-me.

Depois de sua pequena convulsão de risos ele vai se arrastando até mim e beija o meu braço, meu pescoço, meu rosto e quando chega a minha boca ele dá um pequeno selinho e se afasta.

-Sério Artur?

Ele da de ombros e se levanta.

-Sua irmã nunca lhe disse para não cutucar onça com vara curta?

Antes de ele responder mais uma de suas gracinhas eu o seguro sua nuca e guio sua boca para a minha, mordo seu lábio inferior e mergulho minha língua dentro da sua boca quente, me derreto contra ele e meus joelhos fraquejam, ele aperta me trazendo para mais perto do seu corpo. Seu beijo é avassalador.

Chovem beijos pelo meu pescoço e eu seguro seus cabelos o afastando de mim, ele me olha confuso.

-O quê houve anjinho?

-Não quero criar uma cena perto da sua irmã.

-O que têm eu? Pergunta Nanda descendo as escadas.

-Está linda. Eu respondo de prontidão.

E ela realmente está, seu cabelo longo e negro cai solto até o meio de suas costas, ela está com uma saia vermelha caindo pouco acima dos seus joelhos e uma blusa branca com listras pretas sem mangas. Ela usa sapatilhas carvão e um pouco de maquilagem.

-Obrigada. Vamos?

-Claro.

-Tudo bem, só um instante que vou pegar a minha bolsa.

Artur foi fechar uma das janelas e aproveitei para dar uma boa olhada nele. Como sempre estava lindo, um par de jeans preta folgadas, uma camisa xadrez e sapa tênis cinza, acho que se ele estivesse usando uma túnica ainda iria parecer fantástico.

Vou atrás dele e aperto seu bumbum durinho, ele solta uma pequena risada e se vira para mim.

-Calma anjinho.

-Você está tão apetitoso.

-Eu sei, mas não me tente. Não queremos criar uma cena.

Eu aperto seu queixo quadrado.

-Impertinente.

-Vamos, crianças.

Nanda diz voltando e já abrindo a porta. Caminhamos para fora e Artur tranca a porta, ele pega minha mão na sua e começamos a caminhar para a minha casa. Durante o percurso, “acidentalmente” a mão dele passava pela minha bunda, logo seguida por malícias que ele sussurrava no meu ouvido como: “Você está tão gostosinho.” “Vou transar com você no banheiro da sua casa.” “Sua bunda está tão comestível” “Minha vontade agora era de fugir com você e fodermos até perder nossos sentidos.” “Estou tão feliz em estar com você que caiu uma lágrima do meu pau.”

Eu já estava um tanto irritado, afinal Nanda estava do nosso lado, então fiz minha jogada, cheguei bem perto do seu ouvido e sussurrei:

-Sabe, eu queria mesmo era pular o jantar e ir direto para a sobremesa. Eu iria chupar você até que você gozasse na minha boca, esse seu pau grande e grosso na minha boca enquanto eu me masturbava, iria ser bem gostoso. Depois eu iria fazer de você meu garanhão, iria cavalga-lo bem duro e forte, o som das nossas pele batendo e os nossos gemidos iriam ser ouvidos à longa distância, e quando você gozasse você estaria tão fora do ar que meu nome será única coisa que você conseguirá gritar.

-Golpe baixo. Ele fala com sua voz um pouco rouca.

Eu olho para ele e seu olhar está focado para frente enquanto ele engole a seco e ajeita suas calças, sorrio para mim mesmo e beijo seu pescoço. O resto do caminho foi bem mais amigável, Nanda e eu conversámos sobre a sua clínica e ela parecia muito feliz com o seu consultório e os trabalhos voluntários que ela fazia com cães de rua.

Quando chegamos em casa imediatamente um cheiro bom invade as minhas narinas, seguro a porta para Nanda entrar e puxo o Artur comigo.

-Mãããããeee. Eu grito. –Fiquem à vontade. Eu digo à eles.

Minha mãe aparece na porta da cozinha trajando um avental e com um pano na mão, seu cabelo loiro está preso em um divertido rabo-de-cavalo e ela sorri.

-Oi filho.

Assim que ela vê Nanda e Artur seu sorriso se abre mais ainda, ela tira seu avental e vem em nossa direção.

-Mãe, esse é o Artur. Eu digo passando a mão no braço dele.

Ela o abraça sorrindo.

-Oi Artur, que bom te conhecer.

-Digo o mesmo Dona Ana.

-Ei, nada de Dona, posso ser velha mas nem tanto, apenas Ana está bom.

-E essa é Fernanda, a irmã dele, os dois moram juntos.

Ela a abraça também.

-Oi Fernanda, prazer em conhecê-la.

-O prazer é meu, e obrigado por ter nos convidado.

-Isso não foi nada. Sentem-se.

Sento-me em um lado do sofá com Artur e Nanda a minha mãe se sentam no outro.

-Linda seu apartamento, Ana. Nanda fala olhando em volta.

-Obrigada. Algo apita na cozinha e minha mãe se levanta. –Só um minuto, acho que o meu assado está pronto.

Ela some na cozinha e Artur aperta a minha mão.

-Sua mãe é super. simpática.

Nanda concorda.

-É mesmo. E vocês são tão parecidos.

-Hum, obrigado.

Eu fico um pouco envergonhado e me levanto.

-O jantar já deve estar pronto.

Eu os conduzo até a mesa de jantar que minha mãe está arrumando.

-Sentem-se, estou acabando aqui. Gabriel venha cá me ajudar a trazer o resto das coisas.

-Tudo bem.

A acompanho para a cozinha e ela me entrega a salada sorrindo, ela aperta minhas bochechas e aposto que ela ia dizer algo, mas antes dela dizê-lo eu saio de lá evitando qualquer constrangimento. Coloco a salada na mesa junto com as outras coisas e minha mãe chega com o assado.

-O cheiro está divino Ana.

-Obrigada Fernanda.

Minha mãe senta-se à mesa e começamos a nos servir, ela tinha feito uma enorme variedade de comidas, um completo banquete.

O jantar correu maravilhosamente bem, minha mãe e Nanda de cara se deram bem e já eram como amigas de longa data. Elas conversavam em um ritmo que era quase impossível acompanha-las e de vez em quando olhavam para mim e para o Artur soltando suspiros, o que me fazia corar constantemente.

Depois do jantar fomos para a sala e continuamos conversando, aliás, minha mãe e Nanda conversavam sobre nos entre si e Artur deitou no meu colo, ficamos assim enquanto eu lhe afagava os cabelos, estávamos em perfeita sintonia.

-Você vai dormir lá em casa hoje? Ele pergunta puxando a minha mão e beijando os nós dos meus dedos.

-Acho que não.

-Por quê?

-Eu estou com sono, e digamos que se dormimos juntos com certeza as horas de sono serão escassas. Eu falo sussurrando.

Ele ri enquanto acaricia a minha perna e levanta a barra da minha calça revelando a tornozeleira que ele me deu, seus dedos brincam e se divertem com o pingente.

-Ei, vamos lá ao meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. Ele me encara com as sobrancelhas levantadas sugestivamente e eu lhe dou um tapa no braço. –Não é o que você está pensando.

Ele ri e nos levantamos.

-Mãe, já voltamos.

Creio que ela nem me ouviu, mas puxo Artur pela mão e vamos para o meu quarto, abro a porta e mantenho a luz apagada, me escoro na janela e Artur me abraça por trás cruzando suas mãos no meu abdômen, coloco minhas mãos sobre as suas e ele descansa o seu queixo no meu sobre a minha cabeça.

-Olha que lindo, Artur.

O céu estava lindo, apenas algumas estrelas brilhavam no firmamento, a lua estava minguante deixando a noite ligeiramente mais escura. A rua lá fora estava calma e deserta, uma brisa leve passou por nós e eu deitei minha cabeça na curva do seu pescoço enquanto ficávamos a observar o céu e a suave calmaria da noite.

Ele me vira de frente para ele enrolando seu braço em torno da minha cintura e me beija, um beijo doce lento e suave, assim como a noite. Lágrimas silenciosas salgam o nosso beijo e eu me afasto o encarando, ele sorri para mim de um jeito tímido e roço meu dedão no seu lábio inferior.

-O quê foi?

Ele me abraça enterrando seu rosto na curva do meu pescoço e o sinto molhar a minha camisa, o abraço de volta e esfrego suas costas com cuidado.

-Artur?

Ele solta uma pequena risada.

-Não sei, acho meu amor por você está transbordando. Você representa tanto para mim, anjinho.

Ele escora seus quadris na janela e me acomoda entre suas pernas ligeiramente abertas, descanso meu rosto contra o seu peito forte e seus braços mágicos me envolvem.

-Sabe, também te amo, Artur. Muito.

Ele me abraça apertado e eu me sinto protegido e amado, e também sei que não importa o que aconteça entre nós, eu vou ama-lo até o fim dos meus dias.

-Você vai dormir aqui em casa? De repente dormir já não tem mais graça.

-Hoje não vai dar, anjinho.

-Por quê?

-Surpresa.

-Hum.

Deslizo minha mão para suas costas e as infiltro debaixo da sua camisa sentindo o calor do seu corpo.

-O que você pensou na primeira vez que me viu? Eu pergunto para ele

Ele cruza suas mãos na parte inferior das minhas costas e sorri.

-Gatinho gostoso totalmente comestível ao leste. Recuar soldado, recuar soldado.

Eu solto uma gargalhada e ele ri também.

-E o que você pensou a primeira vez que me viu?

-Você era aquele garoto lá do fundo de capuz?

Ele concorda.

-Pois bem, eu pensei que você era estranho. Eu digo rindo. –E a segunda vez que te vi imaginei que você era algum tipo de maníaco tarado.

Ele joga a cabeça para trás e solta uma profunda e rica risada.

-Dizem que a primeira impressão é a que fica, então você me acha um estranho maníaco tarado?

-Talvez

Ele chupa o meu lábio inferior.

-Estranho eu sou por parte da Nanda. Maníaco por comida? Talvez. E tarado? Apensa por você.

Ele aperta a minha bunda e cola sua pélvis à minha. Ele brinca com a minha boca mordiscando o meu lábio, o lambendo, e chupando a minha língua, eu já estava doido, então o segurei pela nuca e direcionei sua boca para a minha. O beijo lentamente, apenas saboreando os seus lábios e curtindo a brandura do momento com sua língua deslizando junto à minha se sentindo em casa. Volto a recostar minha cabeça contra o seu peito e ele beija minha testa enquanto sua mãos massageiam as minhas costas.

-De hoje eu diante eu dedico a minha vida para te proteger.

A falta de claridade faz com que suas íris pareçam negras, beijo seu queixo quadrado e sorrio para ele. Eu não sabia o que dizer diante de tais palavras que me tocaram a alma, eu sabia que ele não disse isso da boca para fora.

Mordo meu lábio inferior e ele sorri.

-Mas mesmo você sendo um anjinho eu vou continuar te tentando. Sabe luxúria não é um pecado assim tão grave, e afinal somos todos pecadores.

Eu reviro os olhos e ele agarra minha cintura com força fixando seu corpo completamente ao meu, em um piscar de olhos depois sua boca desce sobre a minha faminta, agarro seus cabelos e ele geme contra a minha boca. Eu tento afasta-lo mas ele me carrega e me joga no meio da minha cama, afundo nos travesseiros macios e logo em seguida ele engatinha sobre mim, seu corpo quente ajustado ao meu me prensa na cama e sua boca vai a procura da minha.

Ele esfrega os seus quadris contra a minha coxa e ataca o meu pescoço com beijos e pequenas mordidas, eu suspiro em deleite e posiciono minhas mãos nos seus quadris. Ele apoia suas braços ao meu lado e começa a esfregar seus quadris contra os meus criando um atrito perigoso, solto um suspiro exasperado e empurro seus ombros para trás o fazendo cair na cama ao meu lado, me sento sobre o seu abdômen e sorrio para ele.

-Minha mãe e Nanda estão na sala.

Antes de ele conseguir dizer alguma coisa eu saio de cima dele o deixando no quarto completamente duro e sozinho. Vou direto para a cozinha e tomo uma copo de água para me acalmar.

-Gabriel! Minha mãe me chama.

-Pois não?

-Nanda disse que está de saída, onde Artur está.

-Acho que ele foi ao banheiro. Assim que eu acabo de falar ele aparece, sorrio para ele e o mesmo me joga um olhar mortal, deixo uma pequena risada escapar e ele não se aguenta e também deixa um sorriso de lado escapar.

Nanda se levanta e vê Artur.

-Aí está você, vamos?

-Claro.

-Foi bom conhece-lo, Artur. E espero que esteja cuidando bem do meu menino. Minha mãe o abraça e beija sua bochecha.

Vou até Nanda e a abraço.

-Fico feliz que você veio.

-Eu também.

Ela aperta a minha bochecha e vira-se para abraçar a minha mãe.

Olho para Artur e ele está de braços cruzados fazendo bico, descruzo seus braços e o abraço.

-Está triste por quê?

Ele me lança mais um olhar mortal e vira o rosto, sobre o meu ombro minha mãe e Nanda estão entretidas na sua despedida, abaixo minha mão de suas costas e aperto o seu traseiro, seu olhar imediatamente encontra o meu e ele me encara com os olhos arregalados.

-Área perigosa, anjinho. Ele sussurra no meu ouvido.

Ele levanta a minha mão e a coloca ao redor da sua cintura, segura o meu queixo e me beija ternamente, ele me dá dois beijos castos e nos entreolhamos e sorrimos. Minha mãe e Nanda lançam olhares apaixonados sobre nos e suspiram.

-Olha que fofo.

-Eles são uma graça juntos.

Ele entrelaça sua mão na minha e vamos para a porta, ele me beija e sai correndo em direção ao elevador eu sorrio para ele e dou um aceno com a mão, ele me assopra um beijo e eu reviro meus olhos voltando para dentro da apartamento, me jogo no sofá e logo em seguida ele entra a passos apressados, me beija e sai correndo.

-Você não recebeu o meu beijo.

-E você está parecendo um chiclete mascado.

Ele ri e vai embora.

Minha mãe fecha a porta e se senta no sofá também.

-Eu gostei deles, são educados e agradáveis.

-É, eles são bem divertidos.

-Parece que o Artur realmente gosta de você.

-Eu também gosto muito dele.

Ela se inclina na minha direção e começa a me cutucar nas costelas e a fazer cócegas.

-Acho que alguém está apaixonado.

Eu começo a rir e saio do sofá.

-Tudo bem. Sim, ok?

Ela me olha com carinho e beija a minha testa.

-Meu menino está apaixonado.

Eu fico um pouco envergonhado e ela ri. –Boa Noite, filho.

-Boa Noite.

Tranco o apartamento, fecho as janelas e vou para o meu quarto. Tomo um relaxante banho e escovo meus dentes, visto um par de boxers brancas e me enfio debaixo das cobertas. Pouco tempo depois meu celular toca.

-Oi, anjinho.

-Oi.

-Sentiu saudades minha?

-Nem um pouco.

Ele liga o som do outro lado.

-Você não sabe mentir.

-É, talvez um pouco.

Ele ri.

-O que temos para hoje?

-Enya.

-Parece bom.

-É perfeito.

Eu fecho meus olhos e me concentro na música calma, sua respiração constante me conforta e pouco tempo depois adormeço.

Comentários

Há 1 comentários.

Por perry201 em 2015-02-20 09:47:07
Sem duvidas as mulheres escrevem melhor do que os homens, ótimo...