Capítulo 2

Conto de Ruth M. como (Seguir)

Parte da série Até o fim

Acordo e me sento na cama assustado, tive pesadelos. Novamente. Esfrego minhas mãos pelo meu rosto e olho no relógio, cinco e vinte. Enrolo na caama até seis e meia e me arrumo para a escola.

Chego e vou logo me sentando na minha carteira.

-Oi. Diz Alice e se senta ao meu lado.

-Oi.

-E você e o Lucas? Ela pergunta balançando as sobrancelhas.

-Hum, o que têm?

-Rolou? Ela pergunta impaciente.

Eu a encaro por um momento.

-Rolou.

-Eu sabia. Ela diz sorrindo satisfeita.

-Se sabia porque perguntou?

-Nossa a passiva esta alterada hoje. Ela diz beija minha testa e se levanta.

-Usurpadora. Eu sussurro e ela ri.

-Sua vida é mais ativa que a minha, preciso de algo para me divertir.

A professora entra e ela se senta no seu lugar, as aulas passam em uma dolorosa lentidão, no intervalo um dos cãezinhos do Gerson passou em frente a minha sala e me olhou, me encolhi interiormente sabendo o que iria acontecer. Mas merda ontem ele não teve o suficiente? Normalmente isso acontece uma ou duas vezes por semana. O será que a cadela da sua namorada terminou com ele? Senti minhas costas doerem em antecipação. Da última vez que uma cadela terminou com ele não foi fácil para mim, ele fraturou um osso da minha costela, tive que dizer a minha mãe que cai da escada para ela me levar ao hospital. Olhei em volta da sala e vi no fundo um garoto pelo que parecia dormindo, ele tinha um porte forte mais eu não o conhecia,devia ser algum novato e ele estava de capuz e com a cabeça abaixada, o que dificultou o reconhecimento, deixa ele de lado e voltei minha atenção para a carteira que nesse momento parecia muito interessante. Alice entrou na sala correndo e rindo com Paulo logo atrás dela. Eu já disse que os dois iriam acabar namorando, mas eles negavam e falavam que eram apenas amigos, mas impossível não ver o amor entre ambos.

Ela agarrou meu ombros rindo e se prendeu a mim.

-Você vai me pagar por isso. Paulo disse rindo e tentando tirar os braços dela do meu pescoço.

-Ei, o que aconteceu? Eu pergunto me levantando, e ficando a frente de Alice.

-A Alice simplesmente roubou o meu chocolate e o comeu. Ele diz apontando para ela. -E eu o quero de volta.

Ela solta uma sonora gargalhada e saio da frente dela, antes que eu consiga detectar o que está acontecendo Paulo puxa Alice pela cintura, segura sua cabeça e fundem suas bocas, minhas sobrancelhas sobem até o meu couro cabeludo com espanto e eu me afasto. Paulo sempre foi tímido em relação à Alice e quando ele a puxou isso me espantou, mas eu sabia que isso iria acabar acontecendo mais cedo ou mais tarde. Alice coloca seus braços ao redor do pescoço dele e eu me sento fazendo-me de vela para o casal, o sinal toca e ele se separam. Eles ficam um pouco sem graça e faço o meu trabalho de cúpido.

-A Alice me disse que gostava de você Paulo.

Ele a encara, ela morde o lábio inferior e concorda.

-O Paulo me disse que gostava de você Alice.

-Sério? Ela pergunta.

-Muito. Ele se abaixa novamente mas eu os separo.

-Vão fazer suas putarias longe de mim. Eles riem e saem da sala de mãos dadas, na próxima aula eu não os vejo e duvido que o corredor abandonado no terceiro andar esteja vazio, no último horário eles chegam. Júlia e eu conversamos durante o quarto horário,já no quinto Alice chega e espanta Júlia do meu lado, ela puxa e se senta com um sorriso de orelha a orelha.

-Ele é o máximo. Ela diz suspirando.

-Que bom,mas vocês usaram camisinha?

Ela bate no meu braço.

-Ei, nos não fizemos isso.

-Você apenas fez boquete? Que chato.

-Houve apenas beijos, nada de sexo.

-Pelo tempo que vocês demoraram achei que você iria voltar de barriga.

Ela ri e se encosta no meu ombro.

-Ele beija bem pra caralho.

-Certo, no quero imagens de vocês se pegando, mas fico feliz por vocês.

-Eu também estou feliz.

-Vocês marcaram alguma coisa?

-Ele vai me levar pra sair hoje a tarde.

-Quando você chegar me ligue e deixe-me a par dos acontecimentos.

-Tudo bem.

O sinal toca e saio da escola, vou caminhando com a matilha atrás de mim. Quando chegamos ao terreno baldio eles logo me puxam pelo braço e me levam para um canto. Um deles me puxa pelo cabelo e da um soco na minha cara, o outro me da uma rasteira me jogando no chão.

Sei que é injusto pois são quatro contra um, mas não estamos perante um juiz para dizer o que é certo e o que é errado, ou seja, se você tem músculos você está certo, e nossa, como Gerson está certo.

Ele chuta minhas costelas e os outros as minhas costas, me encolho em posição fetal para cobrir meu rosto e chovem chutes pelas minhas costas. Não sei que sapatos esses caras usam, mais parecem ter bico de ferro pois a porra dói. De repente sinto os chutes pararem aos poucos até cessarem, será que eles cansaram? Me viro para ver um cara dando uma surra na matilha,mas não consigo enxergar direito, minha visão esta turva, vejo os caras caindo no chão aos poucos e o cara se aproxima de mim, volto a minha posição fetal para proteger o meu rosto de mais possíveis chutes,de um possível hulk homofóbico, mas sinto ele me levantar. Ele coloca um dos meus braços sobre seus largos ombros e me ajuda a levantar.

-Você consegue andar? Ele pergunta.

Eu apenas aceno com a cabeça e ele começa a caminhar devagar me levando junto dele, mas eu paro.

-Vou levar você para minha casa e cuidar dos seus ferimentos. Ele fala.

-Não, obrigado. Eu vou para a minha casa.

Tento me desvencilhar dele mais cambaleio e ele me segura.

-Eu moro aqui perto, você vem comigo. Ele diz em um tom de voz firme e vai me levando, alguns metros a frente ele para abre um portão e me ajuda a entrar dentro da casa, ele me senta sobre uma mesa de madeira.

-Fique aqui. Ele diz jogando sua mochila no chão e sai correndo.

A casa que eu suponho ser dele é bonita, dois andares mas não grande, a sala tem um conjunto de sofás beje com uma enorme televisão na parede, há algumas plantas e vasos no ambiente,além da mesa onde estou sentado, a minha esquerda há uma porta e eu posso ver que é a cozinha e a minha direita uma escada para o segundo andar.

Penso em fugir, mas ele logo volta com uma maletinha de primeiros socorros e um copo com água, ele me entrega um par de comprimidos e a água.

-Isso vai aliviar um pouco da dor.

Eu os pego meio incerto mas acabo aceitando, jogo os comprimidos na minha boca e bebo a água. Ele tira a mochila das minhas costas e tira minha blusa, com um algodão molhado em soro ele limpa meu lábio inferior, um arranhado na minha bochecha e minha testa que está sangrando, ele pega um band-aid e coloca na minha testa para parar o pequeno sangramento. O observo enquanto ele cuida de mim e ele é bem bonito, alto, seus cabelos são escuros e assim como seus olhos, ele é forte, mas não um brutamontes, músculos no lugar certo, ele parece ter por volta de dezenove anos.

-Odeio pessoas como eles. E me vira deixando-me de costas para ele.

-Como ele?

-Sim, esses malditos homofóbicos covardes. Ele diz com os dentes cerrados, e começa a espalhar o que parece ser um gel pelas minha costas

Como ele sabe que eu sou gay? Como se pudesse ler meus pensamentos ele responde.

-Ontem eu vi você e um colega no intervalo e sei que voce tambem é gay.

-Também?

Ele concorda

-Oh. Apenas isso que eu consigo dizer.

-Você está melhor?

-Sim, obrigado.

Ele me desce da mesa e me leva até o banheiro me entregando uma toalha.

-Tome uma ducha e você vai se sentir melhor.

-Não obrigado, mas eu preciso...

-Você vai tomar banho sim. Ele me interrompe em um tom firme mais depois volta ao normal. -Isso vai fazer com que se sinta melhor.

Pego a toalha das mãos dele e entro para dentro do box, ele sai e tiro minhas roupas, quando abro a água ouço a porta abrir, vejo o reflexo dele pelo box e fico tímido e um pouco excitado com fato dele poder ver meu reflexo nu, mesmo que seja uma visão turva.

-Trouxe uma cueca limpa para você e uma blusa.

-Ok.

Vejo que ele demora um pouco mas depois sai.

Enfio minha cabeça debaixo da água e minhas costas ardem,mesmo assim deixo a água correr pelo meu corpo.

ARTUR

Engulo em seco com a visão dele nu, mesmo que embaçada eu posso ver os contornos de seu corpo e algo ao sul do meu corpo se agita e eu saio do banheiro.

No primeiro dia de aula eu o vi rodeado de amigos sorrindo imediatamente e apaixonei por ele, aqueles cachos claros, olhos que mais pareciam duas esmeraldas e sua pele que parecia tão macia, mesmo que em nenhum momento ele tenha me visto seu jeito me cativou. Fiquei durante toda a aula o admirando, ele parecia tão sereno e calmo, isso o deixava com um ar tão angelical. No final da aula vi uns caras o seguindo e fiquei de longe observando, quando vi o que estava acontecendo meu sangue ferveu, eles o chamando de viadinho, aberração e o espancando. Meu corpo simplesmente não se mexia, não obedecia aos comandos do meu cérebro, eu eu fiquei apenas lá paralisado, meu sangue fervia e meus punhos coçavam de vontade de esmagar aqueles caras, mas meu corpo estava em choque. Depois o vi se levantando e rastejando para ir embora, fiquei durante horas parado lá, quando cheguei em casa eu estava irado, comigo mesmo por não ter feito nada e com aqueles caras por terem feito aquilo. Desci para a garagem e soquei meus saco de pancadas até não conseguir sentir os nós dos meus dedos.

Hoje quando vi o que estava para acontecer novamente eu os segui, quando vi ele deitado no chão todo encolhido meus sangue ferveu, mas meu corpo não parou corri em direção aos caras e apenas vi vermelho. Arranquei a merda fora daqueles caras,e eu trouxe para a minha casa. Quando vi aquelas marcas roxas contrastando com a sua pele pálida eu usei todo o meu bom senso e força de vontade para não ir atrás daqueles covardes e matar cada um deles.

Joguei fora fora os pedaços de algodão sujo de sangue, guardei as coisas e preparei sanduíches e suco para nos dois. Ele entrou na cozinha vestindo uma camisa minha e eu sorri interiormente com aquela visão, ele puxou uma cadeira e se sentou, comemos em um silêncio confortável e quando acabamos ele se levantou.

-Obrigado por tudo. ele fala me dando um fraco sorriso.

Eu não consigo me conter e o puxo para mim o abraçando, mas com cuidado para não machucá-lo. Por quê ele não reclamou? Qualquer pessoa iria reclamar da dor, ou chorar enquanto eles o estavam espancando, mas ele não, nenhuma lágrima derramou de seus olhos.

Ele recosta sua cabeça contra o meu ombro e me abraça de volta, seus braços finos estão em torno da minha cintura e ele recostando-se contra o meu peito, ele está seguro, e eu não podia me sentir melhor, aliás eu poderia me sentir melhor, mas minha irmã não iria achar legal eu sair por aí cometendo alguns homicídios, mas eu poderia me mascarar, quem sabe enterrar os corpos? Afasto esses pensamentos quando ele se afasta.

-Obrigado novamente. Ele pega sua mochila. -Posso devolver sua blusa amanhã?

-Claro.

-Obrigado mais uma vez e tchau.

Por quê ele vai embora? Melhor ainda, por quê eu quero que ele fique? Quer saber de uma coisa? Foda-se.

Ele começa a sair mais eu seguro seu braço, ele se vira para mim e me encara com aqueles enormes olhos verdes.

-O que foi?

-Eu não quero que você vá embora.

Ele morde seu lábio inferior.

-Eu preciso ir, além do mais, nem seu nome eu sei.

-Artur. Eu digo de prontidão

-Gabriel.

-Belo nome.

-Obrigado. Mas então Artur, eu preciso ir.

Eu gostei do modo como meu nome soou em sua boca.

-Por quê?

-Eu não avisei minha mãe.

Tiro meu celular do bolso e o entrego para ele.

-Ligue para ela e diga que você está bem.

Ele ri.

-Você é um completo estranho.

-Artur Carvalho, dezessete anos, morava na capital mas como moro com minha irmã ela quis se mudar para uma cidade pequena, e meu meu passatempo favorito é comer.

-Comer? Ele pergunta rindo.

Eu amei esse som, poderia grava-lo rindo e escuta-lo durante todo o maldito dia.

-Sim, isso é bem legal.

-Ok, tudo bem.

-Você vai ficar? Ele parece meio incerto então eu insisto. -Por favor, não sou nenhum maníaco, muito menos algum psicopata ou serial killer,talvez um pouco doido, mas eu prometo me conter.

-Tudo bem. Eu fico, mas não vou demorar muito.

Eu imediatamente sorrio.

-Parece bom.

Tiro a mochila de suas costas e a coloco na mesa, pego sua mão e começo a subir para o quarto o levando comigo.

-Sabe eu estava doido para ver um filme, achei você uma ótima companhia. Quer ver comigo?

-Sim.

Entramos para dentro do meu quarto e ligo minha enorme TV da qual tenho o maior orgulho e ligo o dvd.

Ele está sentado na cama me observando, o sol reflete nos seus cabelos dourados o dando um ar angelical e o fazendo parecer surreal, como se ele não passasse de um sonho, mas como eu sou um pouco encapetado...

-No interior faz um calor danado né?

Ele concorda e eu tiro minha camisa. Eu faço academia a mais de dois anos, modéstia à parte eu tenho um corpo bem legal e definido.

Gabriel me encara com aquelas esmeraldas um pouco arregaladas e seu olhar vagueia pelos meus ombros, meu peitoral, braços e abdômen definido, ele coloca aquela pequena língua rosa para fora e molha seus lábios quase que em câmera lenta e meu se agita.

-Faz muito calor, não é Gabriel? Eu pergunto sorrindo, ele balança a cabeça um pouco.

-Muito.

Me jogo na minha cama de casal e cruzo meus braços atrás da minha cabeça, ele tira seu tênis e se senta na outra extremidade da cama.

O filme começa e ele sorri.

-Eu simplesmente amo esse filme, é super demais. Ele coloca suas pernas para cima da cama e as cruza.

O filme vai transcorrendo na tela mas eu não consigo prestar a atenção, toda hora o meu olhar cai para o Gabriel, o modo como ele fica ansioso nas cenas, o jeito que ele ri quando algo o agrada e como ele fala com os personagens. Eu sorrio interiormente. Parabéns Artur, acertou no filme. Estamos vendo o senhor dos anéis; as duas torres, imito a voz do Smigol e começo a cutuca-lo e ir para cima dele.

-Precioso, hum, precioso. Ele ri e me empurra, mas como sou muito chato eu volto a cutuca-lo, nos começamos a rir e ele me cutuca de volta, ele cai para trás na cama e cutuca minhas costelas, nos rimos e rolamos sobre a cama para um lado e para outro, começo a cair da cama e puxo o lençol para me segurar, mas em vez disso eu peguei o braço dele e acabamos que caímos os dois no chão. Minhas costas entram em contato com o chão frio e ele cai por cima de mim, seus olhos se abrem ele eme encara com um pequeno sorriso de lado.

-Bobo. Ele fala e tenta se levantar, mas eu aperto seu quadril junto ao meu, seus olhos me encaram confusos mas eu não o solto. Sentir seu corpo contra o meu, sentir o seu calor, seu cheiro inebriante, isso é maravilhoso, mas quando ele morde seu lábio inferior meu pau se agita e já estou a meio-mastro, ele arregala os olhos e antes dele dizer alguma coisa eu o beijo, foi apenas um selinho, mas como eu sou um bastardo ganancioso, seguro sua cabeça e a trago de encontro a minha, seus lábios são macios e adocicados. Ele não corresponde no começo, mas depois suas mãos deslizam pelo meu peito e ele abre a sua boca, minha língua desliza contra a sua e eu me perco, sua boca quente e úmida, seu gosto capitoso. Nossas línguas dançam juntas, seu gosto agindo no meu corpo como uma espécie de droga, me deixando alucinado. Rolamos e agora eu estou por cima dele,, apoio meu peso em um joelho para não esmaga-lo e apoio um braço acima de sua cabeça,com a outra mão eu a deslizo pelo seu corpo macio, mas nunca quebrando o beijo, ele esfrega seus quadris no meu e eu gemo contra a sua boca, ele agarra meus cabelos e sua outra mão navega pelas minhas costas.

Traço beijos pelo seu queixo, maxilar e vou descendo para o seu pescoço onde o cubro de beijos castos, ele inclina sua cabeça para trás me dando mais acesso ao seu pescoço, e eu deslizo minha língua pela carne macia e ele geme acima de mim.

-Artur. Ele fala meu nome quase em um sussurro.

Beijo atrás se sua orelha , apero suas coxas e minha boca cai para a sua novamente, mas ele para o beijo.

-Artur.

-Hum., o que foi?

-Pare.

Sua boca diz para mim para, mas seu corpo quer o contrário, quer que eu continue. Deslizo minhas mãos por dentro da blusa e sinto seu calor contra a palma da minha mão, encontro seu mamilo e o acaricio, ele faz um pequeno ruído e deslizo minhas mãos de volta para suas laterais e aperto sua bunda.

-Você tem um bumbum tão lindo, firme e macio.

Seus olhos estão fechados e sua boca entreaberta, e essa é a visão mais linda que eu já tive. Chupo seu lábio inferior, mas quando vou aprofundar o beijo ele segura meus ombros e me interrompe.

-Artur, para.

Ele abre os olhos e começa a sair debaixo de mim e se levantar, me sento no chão e o encaro.

-O que foi?

-Nos não podemos fazer isso. Ele fala apontando para mim e depois para ele.

-Por quê?

Ele pensa por um minuto mas não acha resposta.

-Não há nada que nos impeça.

-Tem o Lucas.

-Lucas?

-Sim, aquele cara que você viu me beijando ontem.

Ah, claro. O beijo. Quando o vi aos beijos com aquele cara ontem minha vontade era de ir lá socar o cara e o reivindicar para mim. Será que eu sou algum tipo de maníaco?

-Vocês namoram?

-Nos não namoramos, mas...

Eu o interrompo.

-Mas nada, se você não quiser ou não tiver gostado apenas diga, não invente desculpas. Eu digo me levantando.

-Eu não estou inventando desculpas. Sabe de uma coisa, eu gostei, e muito, mas apenas acho que isso não é certo com o Lucas. Ele diz e cruza os braços eu chego mais perto e o abraço.

-Você tem razão. Beijo sua testa. -Então amanhã você irá terminar com ele.

Ele se afasta.

-Você não manda em mim.

-Eu sei, eu estou apenas pedindo. Pego seu rosto entre minhas mãos e o abrigo a me olhar. -Eu quero você, o que eu senti agora eu nunca senti com ninguém, eu nunca me descontrolei assim.

Eu me assusto com minhas palavras, mas o pior é que é verdade, nunca houve um beijo tão bom, ele praticamente me nocauteou,mais alguns minutos de beijos e eu estaria estirado no chão em puro êxtase.

Ele afunda seu rosto no meu peito.

-Eu também não. Ele sussurra baixinho, levanto seu queixo e roço seus lábios nos meus antes de beija-lo.

-Tenho que ir agora, ele fala se afastando de mim.

-Tudo bem, não vou te prender aqui dentro.

Mas bem que eu queria.

Ele calça seu tênis, descemos as escadas, lhe entrego sua mochila, vamos para a porta e ele se vira para mim.

-Tchau.

-Tchau.

Ele entrelaça seus braços ao redor do meu pescoço e me beija, eu abraço sua cintura e colo seu corpo ao meu.

-Obrigado.

-De nada, quer que eu te leve até sua casa?

-Não, eu estou bem.

Eu abro a porta e nos saímos.

-Tem certeza?

Ele concorda.

-Então tudo bem. Ele começa a se ir embora mais eu o seguro. -Ei, você esquecer de me passar o seu número de telefone. Eu lhe digo e entrego meu celular desbloqueado para ele gravar seu número.

Ligo para o número que ele salvou e o celular começa a tocar em sua mochila.

-Apenas para me certificar que você não me deu um número qualquer.

Ele ri, eu beijo sua testa e observo ele ir embora até ele virar a esquina e desaparecer.

ruthmaria2@hotmail.com

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